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Direito Internacional Público II

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Direito Internacional Público II
Organizações Internacionais
Conceito:
Características:
Classificações:
Quanto à participação dos Estados:
Aberta ilimitadamente: é permitido o ingresso de todo e qualquer Estado, indiscriminadamente; ex.: ONU;
Aberta limitadamente: é permitido o ingresso de Estados que preenchem determinados requisitos, geralmente geográficos; ex. OEA, apenas Estados Americanos; União Européia, apenas países europeus;
Fechada: não permite o ingresso de novos Estados que não tenham participado inicialmente da organização.
Personalidade Jurídica de Direito Internacional - PJDI: ter PJDI significa ser um sujeito de Direito Internacional;
Todas as Organizações Internacionais possuem PJDI; isso significa que, com a organização, cria-se uma nova pessoa que tem liberdade e autonomia de posicionamento, representando seus países participantes; se a organização não é livre e autônoma ela deixa de cumprir seu objetivo;
Subentende-se, na junção de países numa organização internacional, que há a transferência de poder, de soberania, dos países para a organização, segundo os objetivos desta;
Havendo a transferência de soberania, a Organização nunca poderá deixar de cumprir seus objetivos; não poderá privilegiar os interesses de um Estado em detrimento dos demais;
Não são todas as OIs que podem celebrar tratados, já que os Estados participantes da OI podem não ter repassado o poder para celebrá-los;
Uma OI pode constituir outra OI, se o seu Tratado Constitutivo permitir;
* ONU: ingressou com um pedido junto à Corte Internacional de Justiça, pedindo explicações para um país sobre a morte de um ex-presidente; a Corte concedeu-lhe o direito, consagrando sua personalidade jurídica de direito internacional e sua autonomia de ação;
Tratado Constitutivo ou Tratado Fundação: é o que dá vida à organização internacional, dando-lhe a condição de PJDI; é fundamental para a vida da organização internacional, pois estabelece todas as regras, tais como as de funcionamento, de administração, de poderes, de recursos transferidos por cada Estado, etc.;
Quando os Estados fazem parte de um Tratado Simples e após decidem constituir uma Organização Internacional baseada nos seus fundamentos, podem elaborar um Tratado Complementar ou Tratado Complementar Constitutivo, passando a criar a PJDI;
Processo Decisório: 
Em regra, as decisões são tomadas em votação de assembléia, que representa a vontade conjunta dos Estados participantes da OI;
Critério de votação da ONU:
 Na Assembléia Geral, todos os Estados participam; 
No Conselho de Segurança, somente 15 Estados votam e também decidem o que vai para votação da Assembléia Geral; 10 países possuem direito a voto; 5 países possuem direito a veto (EUA, China, França, Reino Unido, Rússia);
Sistemas Decisórios:
Sistema de Unanimidade: todos os Estados participantes da OI devem concordar com a decisão; sem Cláusula de Reserva;
Sistema de Dissidência: os Estados podem deixar de aplicar determinadas decisões, por não aprovarem a decisão tomada; semelhante à Cláusula de Reserva; o Estado deve declarar que não cumprirá a decisão tomada;
Sistema de Voto Ponderado: quando um Estado tem direito a mais voto do que outros Estados; quando um Estado possui direito de voto e outros Estados não o possuem; ex.: Conselho de Segurança da ONU;
Sistema de Maioria Simples: metade + 1 dos países-membros votantes; previsto no art. 18, § 2º da Carta das Nações Unidas;
Sistema de Maioria Qualificada: 2/3 dos países-membros votantes;
Diferenças de Fundos: todos os entes do Direito Internacional são considerados Organismos Internacionais; é um conceito residual: tudo que não é PF ou OI ou Estado é um Organismo Internacional; PJ é considerada um Organismo Internacional; a doutrina vai além, instituindo que tudo que não se sabe o nome, chama-se de Organismo Internacional; ex.: Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, constituída por Brasil e Paraguai;
Sede da Organização: convencionou-se denominar de Acordo de Sede o estabelecimento da Sede da OI; apesar de ter uma Sede, uma OI pode ter Escritórios em outras localidades;
Estados-membros: admissão:
Originários: aqueles que participaram da criação da OI;
Admitidos: aqueles que ingressaram na OI posteriormente à sua criação;
Associados: não possuem Personalidade Jurídica de Direito Internacional; ex.: colônias, Estados ainda não reconhecidos (ex.: Palestina);
Filiados: ONGs;
* de acordo com a OI podem existir limitações para entrada de novos membros;
* é possível uma OI ser membro de outra OI, se prevista esta possibilidade no Tratado Constitutivo; ex.: Comunidade Européia é membro da OMC;
Sanções aos Estados-membros: previstas no Tratado Constitutivo, segundo seu conteúdo; tipos de sanções normalmente comuns em OIs:
Suspensão de Direitos e Privilégios: previsto no art. 5º da Carta das Nações Unidas; ex.: perda do direito ao voto;
Exclusão: previsto no art. 6º da Carta das Nações Unidas; consiste na expulsão do Estado-membro da OI; é necessária votação de 2/3 da Assembléia Geral, conf. Art. 18; na ONU, o Conselho de Segurança é quem indica para a Assembléia qual o Estado-membro que deve passar pela votação de exclusão;
Saída Voluntária de Estados-membros – denúncia: o Estado-membro pode pedir sua saída da OI; para isso, existem dois requisitos: Aviso Prévio e Realização de Acerto de Contas com a OI (deve estar com todas as contas pagas).
ONU – Organização das Nações Unidas
Origem histórica:
O primeiro marco histórico foi a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918);
Em 1920 foi criada a Liga das Nações ou Sociedade das Nações, organização internacional que buscava a paz e harmonia mundial; esta organização fracassou principalmente pela não adesão dos EUA e pela falta de poder bélico e militar;
Entre 1939 e 1945 ocorreu a Segunda Guerra Mundial;
Em 1943 houve a Declaração de Moscou (Reino Unido, EUA, China), que declarou a necessidade de criação de uma Organização Internacional que tivesse força suficiente para coagir os Estados ao cumprimento de ações voltadas para a paz;
Em 1944 foi iniciada a elaboração de projetos jurídicos visando à reconstrução político-jurídica mundial;
Em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, é criada a Carta das Nações Unidas (Tratado Constitutivo da ONU); após a criação da Carta, elaborou-se o Estatuto da ONU;
Em 24/10/1945, na cidade de São Francisco, a Carta das Nações Unidas passou a ter vigência internacional; a sede da ONU é em Nova York;
Quando foi criada, a ONU possuía 51 Estados-membros; atualmente são 192 Estados-membros.
Propósitos da ONU: 2 questões na prova...
Preservar as gerações vindouras de outras guerras;
Preservar os Direitos Humanos;
Estabelecer regras para garantir o respeito aos tratados;
Promover o progresso;
Manutenção da Paz e Segurança Nacional;
Criar mecanismos internacionais para promover o progresso;
Tomar medidas para preservar a Paz e a Segurança Internacional;
Igualdade entre Estados;
Buscar a cooperação internacional para resolver problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural e humanitário;
Ser um centro destinado a harmonizar as nações;
Membros Originários: os 51 Estados-membros que assinaram o Tratado-fundação da ONU; o Brasil se ingressou na ONU em 24/10/1945, sendo membro originário;
Membros Admitidos: os Estados-membros que ingressaram na ONU após a sua fundação; os últimos países a ingressar foram a Suiça e o Timor Leste, em 2002;
Requisitos para ser admitido como membro da ONU:
O Estado-membro deve declarar ser um amante da Paz;
O Estado-membro deve declarar que aceita todas as declarações presentes na Carta das Nações Unidas;
O Conselho de Segurança deve indicar o Estado-membro para ser votado na Assembléia Geral, que decidirá se aceitará ou não o ingresso.
Suspensão e Expulsão de Estado-membro:
Artigo 5 
O Membro das Nações Unidas, contra o qual for levada a efeito ação preventiva ou coercitiva por parte do Conselhode Segurança, poderá ser suspenso do exercício dos direitos e privilégios de Membro pela Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança. O exercício desses direitos e privilégios poderá ser restabelecido pelo conselho de Segurança. 
Artigo 6 
Membro das Nações Unidas que houver violado persistentemente os Princípios contidos na presente Carta, poderá ser expulso da Organização pela Assembléia Geral mediante recomendação do Conselho de Segurança.
A Suspensão pode ter caráter Preventivo ou Punitivo;
Procedimento: o Conselho de Segurança indica o Estado-membro para a Assembléia Geral, que votará pela Suspensão dos direitos do Estado; a extinção da suspensão possui o mesmo procedimento;
O Estado-membro suspenso pode freqüentar, mas não pode votar nas reuniões da Assembléia Geral; como exceção, a Assembléia Geral pode permitir que o Estado-membro vote em alguma reunião específica;
Expulsão: requer Violação Persistente de alguma obrigação relacionada à ONU;
O Procedimento da Expulsão é igual ao da Suspensão;
A aplicação de Suspensão ou Expulsão requer o voto de 2/3 dos Estados-membros presentes na Assembléia Geral;
* membros permanentes do Conselho de Segurança possuem direito de Veto de qualquer decisão;
Princípio da Segurança Coletiva Mundial: é o princípio básico da ONU, consistindo na criação de parâmetros de convivência respeitosa entre os Estados; na preservação dos Direitos Humanos; no art. 103 da Carta, a ONU institui a Supremacia da Carta das Nações Unidas, indicando que tal carta está acima de quaisquer Acordos ou Tratados Internacionais, estando no topo da hierarquia das normas internacionais; a ONU está acima do Direito Interno de cada Estado-membro; Teoria Monista Radical: as normas internacionais prevalecem sobre as normas de Direito interno; Teoria Monista Moderada: as regras de Direito interno prevalecem sobre as regras do Direito Internacional;
Artigo 103 
No caso de conflito entre as obrigações dos Membros das Nações Unidas, em virtude da presente Carta e as obrigações resultantes de qualquer outro acordo internacional, prevalecerão as obrigações assumidas em virtude da presente Carta.
Órgãos Principais/Especiais da ONU
Artigo 7 
1. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma Assembléia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, um conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado. 2. Serão estabelecidos, de acordo com a presente Carta, os órgãos subsidiários considerados de necessidade.
Assembléia Geral:
Composta por representantes de todos os Estados-membros (o representante pode estar acompanhado por no máximo 5 delegados); 
É o maior foro de discussão em nível mundial; 
Temas que a Assembléia Geral está preocupada em discutir são:
Paz e segurança internacional;
Eleição de membros não permanentes do Conselho de Segurança;
Eleição dos membros do Conselho Econômico;
Eleição dos membros do Conselho de Tutela;
Admissão de novos Estados-membros, suspensão e expulsão dos já existentes;
Aprovação de emendas à Carta;
Aprovação do orçamento da Organização;
Subordinação da Assembléia Geral ao Conselho de Segurança (art. 12, § 1º): temas em debate no Conselho de Segurança não podem ser debatidos na Assembléia Geral;
Assembléia Geral e Direitos Humanos (art. 13, § 1º): estudar e realizar recomendações para o desenvolvimento do próprio Direito;
Voto (art. 9, § 1º e art. 18, § 1º): cada Estado-membro possui direito a um voto, exceto se estiver com as contribuições atrasadas em 2 anos; salvo se existir motivo justo, havendo o atraso de 2 anos o Estado-membro não pode votar;
Assunto Importante (art. 18, § 2º): 2/3 dos membros presentes para aprovação;
2. As decisões da Assembléia Geral, em questões importantes, serão tomadas por maioria de dois terços dos Membros presentes e votantes. Essas questões compreenderão: recomendações relativas à manutenção da paz e da segurança internacionais; à eleição dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança; à eleição dos Membros do Conselho Econômico e Social; à eleição dos Membros dos Conselho de Tutela, de acordo como parágrafo 1 (c) do Artigo 86; à admissão de novos Membros das Nações Unidas; à suspensão dos direitos e privilégios de Membros; à expulsão dos Membros; questões referentes o funcionamento do sistema de tutela e questões orçamentárias.
Outros Assuntos: maioria dos membros presentes para aprovação;
3. As decisões sobre outras questões, inclusive a determinação de categoria adicionais de assuntos a serem debatidos por uma maioria dos membros presentes e que votem.
Comunicações da Assembléia Geral para Estados-membros: Resoluções, Declarações e Recomendações; tais comunicações não possuem efeito vinculante; a Assembléia Geral pode mandar recomendação para o Conselho de Segurança;
Reuniões: anualmente e em seções especiais, convocadas pelo Secretário Geral da ONU (até 2011: Ban Ki-Moon);
Secretário Geral da ONU: é o Chefe Administrativo Oficial; é Conselheiro do Conselho de Segurança; possui Mandato Eletivo de 5 anos; pode ser reeleito; o Conselho de Segurança escolhe o Conselheiro baseado na rotação geográfica; não pode ser membro dos Estados-membros Permanentes do Conselho de Segurança;
Conselho de Segurança:
Órgão primordial da ONU; é o órgão que determina o que será votado pela Assembléia Geral; dentro deste órgão, o Conselho Permanente é quem mais determina os rumos da Organização;
Objetivo: manutenção da Paz e Segurança Internacional;
Composição: 5 Estados-membros Permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e EUA); 10 Estados-membros Não Permanentes;
Membros Não Permanentes: indicados pelo Conselho Permanente e eleitos pela Assembléia Geral; possuem mandato de 2 anos; proibida reeleição imediata; cada Estado-membro possui direito a 1 voto no Conselho de Segurança;
Os Membros do Conselho Permanente possuem direito a veto;
Principais atribuições: aplicação de sanções aos Estados-membros; recomendações; admissão de novos membros; suspensão ou expulsão dos Estados-membros;
Decisões: são Mandatórias; são obrigatórias; possuem Efeito Vinculante; devem ser obedecidas pelos Estados-membros;
Votação: a omissão de voto do membro permanente não configura Veto, porém, nas questões não processuais, não é aprovada a decisão, já que estas carecem de votação afirmativa de todos os Membros Permanentes;
Artigo 27 
1. Cada membro do Conselho de Segurança terá um voto. 
2. As decisões do conselho de Segurança, em questões processuais, serão tomadas pelo voto afirmativo de nove Membros. 
3. As decisões do Conselho de Segurança, em todos os outros assuntos, serão tomadas pelo voto afirmativo de nove membros, inclusive os votos afirmativos de todos os membros permanentes, ficando estabelecido que, nas decisões previstas no Capítulo VI e no parágrafo 3 do Artigo 52, aquele que for parte em uma controvérsia se absterá de votar. Convencionou-se dizer que esta necessidade de voto afirmativo dos membros permanentes chama-se “Unanimidade das Grandes Potências”.
Participação de Estados não pertencentes ao Conselho de Segurança em reuniões:
Artigo 32 
Qualquer Membro das Nações Unidas que não for Membro do Conselho de Segurança, ou qualquer Estado que não for Membro das Nações Unidas será convidado,desde que seja parte em uma controvérsia submetida ao Conselho de Segurança,a participar, sem voto, na discussão dessa controvérsia. O Conselho de Segurança determinará as condições que lhe parecerem justas para a participação de um Estado que não for Membro das Nações Unidas.
Veto: poder que os 5 membros permanentes possuem de embargar qualquer decisão que não concordem;
Presidente do Conselho de Segurança: o cargo de presidente pode ser exercido por qualquer membro, que é escolhido mensalmente pelo sistema de rodízio alfabético;
Crítica à ONU: desigualdade entre os Estados-membros, com predominância de poder dos 5 Membros Permanentes do Conselho de Segurança;os demais Estados-membros ficam sujeitos às decisões de interesse dos Membros Permanentes;
Poder de Recusa: diante das decisões interesseiras dos Membros Permanentes, a Sociedade Internacional assumiu a posição doutrinária de “Poder de Recusa”; quando tais decisões são contrárias ao interesse do Estado-membro, este pode utilizar-se do Poder de Recusa e deixar de cumprir a decisão; este não cumprimento sujeita o Estado-membro às sanções da ONU;
Comissão de Estado Maior: órgão do Conselho de Segurança que cuida de questões militares; é composta por 5 representantes dos Membros Permanentes; a função principal desta comissão é dar orientações técnicas ao Conselho de Segurança;
Corte Internacional de Justiça ou Tribunal Internacional de Justiça:
Principal órgão judicial da ONU;
Sua sede é em Haia, na Holanda;
Finalidade: resolver conflitos entre ESTADOS;
É composta por 15 juízes (art. 92);
Os juízes são eleitos pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança; exercem um mandato de 9 anos, cabendo reeleição;
A escolha dos juízes é baseada na capacidade e não na nacionalidade;
É proibido ter neste órgão 2 ou mais juízes da mesma nacionalidade;
Competência: Contenciosa (quando a Corte resolve alguma lide) e Consultiva (quando a Corte emite opinião para algum outro órgão da ONU);
Todos os Estados-membros da ONU estão submetidos à Corte Internacional de Justiça (art. 93);
No não cumprimento por algum Estado-membro de deliberações da Corte, o Conselho de Segurança aplica as devidas sanções;
Corte Penal Internacional ou Tribunal Penal Internacional:
É um órgão permanente; porém, nada impede que a ONU crie um Tribunal Penal Internacional Provisório;
Sua sede é em Haia, juntamente com a Corte Internacional de Justiça;
Objetivo: julgar questões que envolvam INDIVÍDUOS que cometeram crimes de guerra, crimes contra os direitos humanos fundamentais, etc.;
Conselho Econômico e Social – ECOSOC:
Preocupação inerente à ONU: implementação de melhorias de condições de vida;
Interesse da ONU: redução de desigualdades econômicas e sociais;
Como conseqüência desta Preocupação e Interesse, houve a positivação do artigo 55 e a criação do Ecosoc, que tem como competência (artigo 62, § 1º) a promoção das questões econômicas, sociais, culturais e direitos humanos;
A contribuição mais expressiva do Ecosoc foi a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no ano de 1948, em Paris; esta declaração influenciou e influencia todos os Tratados Internacionais, que devem respeitar seus postulados;
Artigo 55 
Com o fim de criar condições de estabilidade e bem estar, necessárias às relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão: 
a) níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento econômico e social; 
b) a solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, sanitários e conexos; a cooperação internacional, de caráter cultural e educacional; e 
c) o respeito universal e efetivo raça, sexo, língua ou religião.
O Ecosoc possui 54 membros, que são eleitos pela Assembléia Geral; 2/3 dos Estados presentes e votantes;
O mandato no Ecosoc é de 3 anos;
Objetivos/funções do Ecosoc:
Promover o estudo de questões econômicas, sociais, culturais e de direitos humanos;
Fazer recomendações para Estados-membros ou para outros órgãos da ONU;
Pode criar Comissões específicas em determinados assuntos para ajudar a cumprir suas funções; a principal comissão criada, de maior importância para a ONU, foi a Comissão de Direitos Humanos (CDH), criada em 1946, sendo esta a comissão a elaborar a Declaração Universal dos Direitos Humanos; a CDH era composta de 53 membros, eleitos pelo Ecosoc, com mandato de 3 anos; a CDH, submetida ao Ecosoc teve vigência desde 1946 até 2006; após tal data, a CDH passou a se chamar Conselho de Direitos Humanos, independente do Ecosoc, com o objetivo de aplicabilidade dos Direitos Humanos e reafirmar que a ONU é capaz de gerir a paz e a segurança internacional;
Conselho de Direitos Humanos:
É um órgão subsidiário da Assembléia Geral;
Pode ter status de órgão autônomo quando transcorridos 5 anos (em 2011), segundo interesses da ONU;
Sede em Genebra;
47 membros, eleitos por maioria absoluta de votos da Assembléia Geral, para mandato de 3 anos; mandato não renovável após 2 mandatos consecutivos;
Divisão de assentos: 13 Estados-membros da África; 13 da Ásia; 6 da Europa Ocidental; 8 da América Latina e Caribe; 7 da Europa Oriental e outros;
Faz Recomendações à Assembléia Geral;
Conselho de Tutela:
Objetivo: proteger, amparar e defender países de povos colonos até sua independência; a última colônia terminou em 1960; a última declaração de independência de País ocorreu em 1994; atualmente, o Conselho de Tutela não possui mais tanto significado, já que perdeu seu objeto de trabalho;
Secretariado:
Órgão Administrativo da ONU;
Sede em Nova York;
Chefiado pelo Secretário Geral da ONU (atualmente Bank Monn);
Funções: além de Administrar a ONU, registra todos os Tratados Internacionais celebrados entre os Estados-membros;
Organismos Especializados: segundo o artigo 57, a ONU pode criar organismos especializados; tais organismos são divididos em: Cooperação Econômica, Cooperação Social, Cooperação em Comunicação e Para Fins Específicos; atualmente existem os seguintes Organismos Especializados:
Organismos de Cooperação Econômica:
Banco Internacional Para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD – Banco Mundial;
Data de criação / Sede / Tratado: 1944; Washington; Acordo Bretton Woods;
Objetivos: reconstruir os Estados destruídos pela guerra; erradicar a pobreza; empréstimos a juros aos Estados-membros;
Presidente: tradicionalmente americano; nomeado pelos EUA, sem direito à discussão;
Fundo Monetário Internacional – FMI;
Data de criação / Sede / Tratado: 1944; Washington; Conferência Monetária ONU; Acordo Bretton Woods;
Objetivos: promover o bom funcionamento do Sistema Financeiro Mundial; monitoramento das taxas de câmbio; elaborar a balança de pagamentos mundial; prestar assistência técnica e financeira; promover a cooperação internacional;
Presidente: tradicionalmente um cidadão europeu;
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO;
Data de criação / Sede / Tratado: 1945; Roma;
Objetivos: fomentar a pesquisa científica na área agrícola; aumentar o nível da alimentação; aumentar a expectativa de vida do planeta; melhorar a conservação dos recursos naturais; melhorar o sistema de distribuição de produtos agrícolas;
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial – ONUDI;
Data de criação / Sede / Tratado: 1966; Viena;
Objetivos: favorecer o crescimento; estimular a industrialização nos países em desenvolvimento;
Organização Mundial Propriedade Intelectual – OMPI;
Data de criação / Sede / Tratado: 1967; Genebra;
Objetivos: autorizar propriedade intelectual; proteção técnica da propriedade intelectual; promoção de estudos e publicações; registro de marcas, desenhos ou modelos industriais;
Organização Mundial do Comércio – OMC: não vinculada à ONU; é uma Organização Internacional; é uma Pessoa Jurídica de Direito Internacional;
Data de criação / Sede / Tratado: 1994; Genebra; início das atividades em 1995; originou-se do Tratado Multilateral GATT;
Objetivos: supressão gradual das tarifas alfandegárias; ajudar produtores de bens e serviços importadores e exportadores; negociar novas regras internacionais; solucionar controvérsias sobre tarifas do comércio internacional (já que é uma PJDI);
Organismos de Cooperação Social:
Organização Internacional do Trabalho – OIT;
Data de criação / Sede / Tratado: 1919; Genebra; Tratado de Versailles / Paz;
Objetivos: buscar a melhoria de condições de trabalho no mundo; promover a justiça social;
Organização das Nações Unidaspara Educação, Ciência e Cultura – UNESCO;
Data de criação / Sede / Tratado: 1946; Paris; resultado da Conferência entre 44 ministros de Educação; lema: “se a guerra nasce na mente dos homens, é na mente dos homens que se deve construir as defesas da PAZ”
Objetivos: fomentar a educação, ciência e cultura; auxiliar os Estados em educação, ciência e cultura; difundir o conhecimento por todos os meios de comunicação; difusão da cultura e do saber;
Organização Mundial da Saúde – OMS;
Data de criação / Sede / Tratado: 1946; Genebra; criada por iniciativa brasileira;
Objetivos: alcançar os mais elevados índices de saúde para todos; combater a mortalidade infantil; erradicação de epidemias; assistência técnica a serviços sanitários; auxiliar os governos; fomentar a pesquisa; fomentar a recuperação dos portadores de deficiência;
Organismos de Cooperação em Comunicação:
União Internacional de Telecomunicação – UIT;
Data de criação / Sede / Tratado: 1865; Genebra; 1º Organismo Internacional; vinculado à ONU em 1947;
Objetivos: melhoria e uso racional e apropriado dos serviços de telecomunicações, inclusive espaciais (permissão de uso de satélites);
Organização da Aviação Civil Internacional – OACI;
Data de criação / Sede / Tratado: 1944; Montreal; vinculado à ONU em 1947;
Objetivos: desenvolvimento da aviação civil; desenvolvimento dos aeroportos, instalações e serviços; difundir técnicas de desenvolvimento e de aeronavegação; segurança de vôos;
União Postal Universal – UPU;
Data de criação / Sede / Tratado: 1874; Berna, na Suiça; 2º Organismo Internacional; vinculada à ONU em 1948;
Objetivos: unificar as tarifas postais internacionais; fomentar o aperfeiçoamento dos serviços postais dos Estados-membros;
Organização Marítima Internacional – OMI;
Data de criação / Sede / Tratado: 1948; início em 1958; Londres;
Objetivos: criar mecanismos de cooperação marítima internacional; segurança na navegação marítima;
2º BIMESTRE
Órgãos Principais/Especiais da ONU
Organismos de Cooperação para Fins Específicos:
Organização Meteorológica Mundial – OMM;
Data de criação / Sede / Tratado: 1947, vinculando-se à ONU em 1951; Genebra;
Objetivos: realizar estudos meteorológicos que auxiliem aos Estados a reagirem com sucesso a potenciais catástrofes naturais;
Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA;
Data de criação / Sede / Tratado: 1957; Viena; criou os seguintes Tratados Internacionais:
Tratado de Proibição das Experiências com armas nucleares na atmosfera, no espaço cósmico e sob a água, em 1963;
Tratado Sobre a Não-Proliferação de armas nucleares, em 1968;
Tratado de Proibição das Armas Nucleares, em 1967;
Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, em 1996;
Objetivos: impor o controle de energia atômica no planeta e destinar estes bens para fins pacíficos;
Organização Mundial do Turismo – OMT;
Data de criação / Sede / Tratado: 1974, vinculando-se à ONU em 2003; Madrid;
Objetivos: desenvolver o turismo e contribuir para o desenvolvimento econômico de todas as regiões do planeta, sem distinções;
Organização para Proibição de Armas Químicas – OPAQ;
Data de criação / Sede / Tratado: 1997, vinculando-se à ONU em 2001;
Objetivos: eliminar completamente todas as armas químicas do planeta e impedir que novas armas químicas sejam confeccionadas;
Artigo 57 
1. As várias entidades especializadas, criadas por acordos intergovernamentais e com amplas responsabilidades internacionais, definidas em seus instrumentos básicos, nos campos econômico, social, cultural, educacional, sanitário e conexos, serão vinculadas às Nações Unidas, de conformidade com as disposições do Artigo 63. 
2. Tais entidades assim vinculadas às Nações Unidas serão designadas, daqui por diante, como entidades especializadas.
Revisão da Carta ONU: arts. 108 e 109 da Carta:
Pode ocorrer a Revisão Total ou Parcial da Carta a partir da Assembléia Geral, segundo os seguintes requisitos:
2/3 dos votos dos membros da Assembléia Geral;
Ratificação das mudanças por 2/3 dos membros; é obrigatória a ratificação de todos os membros do Conselho de Segurança;
Também pode ocorrer a Revisão Total ou Parcial da Carta a partir da Conferência Geral (como se fosse a Assembléia Geral, porém, convocada de forma extraordinária);
Antes da 10ª Sessão da ONU era necessário: 2/3 membros da Assembléia e 9 membros do conselho Segurança para convocar a Conferência Geral; para aprovar as mudanças era necessário 2/3 dos votos dos membros, 2/3 de ratificações e ratificação de todos os membros do Conselho de Segurança;
Após a 10ª Sessão da ONU passou a ser necessário: maioria dos votos dos membros da Assembléia Geral e 7 votos de quaisquer membros do Conselho de Segurança para convocar a Conferência Geral; para aprovar o texto, é necessário 2/3 de ratificações dos membros e ratificação de todos os membros do Conselho de Segurança.
Orçamento da ONU
A cada 2 anos é realizada uma Assembléia, que faz uma projeção orçamentária para 2 anos, de responsabilidade do Secretário Geral;
O orçamento deve compreender todas as despesas da ONU;
A contribuição dos Estados é em escala de cotas, que é determinada pela Assembléia;
A Assembléia se baseia no PIB de cada Estado-membro para determinar a escala de cotas;
As cotas por Estado-membro variam de 0,01% a 22% do total do orçamento; EUA e Japão são os únicos países que contribuem com 22%;
A escala de cotas é revisada a cada 3 anos.
União Européia – Organização Supranacional:
Única no planeta organizada de tal forma; constitui a base para o Direito Comunitário; possui a denominação de Organização Supranacional; atualmente conta com 27 membros;
Neste tipo de organização há transferência de parte da soberania dos Estados-membros para a Organização Supranacional; nas organizações internacionais comuns, transfere-se autonomia específica para determinados assuntos e não soberania;
As normas editadas pela União Européia possuem eficácia imediata;
Conceito de Organização Supranacional: trata-se de uma União Voluntária de Estados para a criação de uma Organização Internacional mediante transferência de parte de sua soberania; os Estados da União Européia transferiram parte de sua competência legislativa para a Organização; existindo conflito entre o direito interno de cada um dos Estados-membros e o Direito legislado pela União, prevalecem as regras desta;
Direito Comunitário: conjunto de normas e princípios provenientes de um organismo internacional ou de uma organização internacional criada por determinados Estados, que lhe transferiram poder legislativo, com força de lei e acima do direito interno de cada Estado-membro; é dividido em Direito Comunitário Originário (tem como fonte os tratados internacionais criados antes da constituição da organização) e Direito Comunitário Derivado (tem como fonte os regulamentos, diretrizes e pareceres da CECA e da União Européia);
História:
1957: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos (membros originários);
1973: Dinamarca, Irlanda e Reino Unido;
1982: Grécia;
1986: Espanha e Portugal;
1995: Áustria, Finlândia e Suécia;
2004: República Tcheca, Estônia, Chipre, Letônia, Lituânia, Hungria, Malta, Polônia, Eslovênia e Eslováquia;
2007: Romênia e Bulgária;
Origem:
1944: criada a Benelux – união entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que possuía como objetivo principal a ampliação do comércio pela cooperação de seus membros;
1952: Comunidade Européia do Carvão e Aço – CECA; se uniram à Benelux a Alemanha, a Dinamarca, a França, o Reino Unido e a Itália – Livre Circulação do Ferro e Aço entre esta comunidade;
1957: Comunidade Européia – CE ou Mercado Comum Europeu ou Comunidade Econômica Européia – CEE: embrião da União Européia; amplia o CECA;
1993: Tratado Maastricht: estabeleceu bases jurídicas e ampliou a cooperação internacional entre os países até então unidos; este tratado foi tão importante para a constituiçãoda União Européia, que passou a ser conhecido como o “Templo da União Européia”;
1999: Tratado Amsterdã: ampliou a possibilidade de ingresso de novos membros;
2001: Tratado de Nice: adaptar as bases jurídicas para permitir o ingresso de novos membros, visando à ampliação da união entre os Estados;
2004: criado o Tratado “Constitucional da União Européia”, como união legislativa entre os membros da União Européia; não deu certo, pois a maioria dos membros não concordou com as regras estabelecidas, não abrindo mão de sua soberania Constitucional;
2009: Tratado de Lisboa: negociado em 2007 e ratificado pelos Estados-membros até 2009; instituiu a União Européia, que passou a ter personalidade jurídica de direito internacional; eleito o 1º Presidente, o 1º Ministro Belga Herman Von Rompuy;
Objetivos da União Européia:
Fortalecer a Comunidade Européia: unir, harmonizar;
Política Externa e de Segurança Comum de todos os Estados-membros;
Estimular a Cooperação em Matéria de Política Interna e Justiça;
Tripé Legislativo:
Conselho da União Européia (representa os Estados-membros);
Parlamento Europeu (representa os cidadãos);
Comissão Européia (representa o interesse geral da União);
Órgãos da União Européia:
Conselho da União Européia (também chamado de Conselho de Ministros ou apenas Conselho):
Sede em Bruxelas;
Principal órgão da União Européia; é seu órgão decisório; possui capacidade legislativa; é composto por Ministros (dos Estados-membros); os Ministros são convocados de acordo com a matéria em discussão (cultura, agricultura, trabalho, transporte, etc.) e enviados ao Conselho por cada Estado-membro;
O Presidente do Conselho é rotativo e exerce seu mandato por 6 meses;
Reuniões são organizadas pelo Comitê de Representantes Permanente (Coreper), que é formado por embaixadores dos Estados-membros; ordinariamente as reuniões ocorrem 4 vezes por ano;
Trabalho administrativo é gerido pelo Secretário-geral;
Em questões importantes, a forma de votação é por maioria qualificada (até 2014; após este ano, a União se reunirá novamente para decidir sobre como será a maioria qualificada); ex.: alteração do tratado, nova política comum, novas leis para todos os Estados-membros, adesão de novos Estados-membros;
Demais matérias, a forma de votação é por maioria simples;
Conselho Europeu:
Reúne os Chefes de Estado + o Presidente do Parlamento Europeu + o Presidente da Comissão Européia;
Objetivos: debater as principais questões Européias; desenvolver a política externa e a segurança comum;
Ordinariamente se reúne 4 vezes ao ano;
Possui um Secretário-geral, que é conhecido como Senhor Europa; é nomeado pelo próprio conselho;
Parlamento Europeu:
Assembléia Parlamentar que representa o povo; é composto de Deputados, que são eleitos pelos cidadãos que compõem a União Européia, com mandato de 5 anos;
O Parlamento participa do processo legislativo; para que uma lei seja aprovada é necessário o aval do Parlamento Europeu;
O objetivo principal é impulsionar a discussão da política comunitária;
Grupos políticos: PPE (Partido Popular Europeu) e PSE (Partido Socialista Europeu);
Funções:
Co-decisão ou procedimento de co-decisão (o Parlamento está em pé de igualdade com o Conselho da União Européia, responsáveis por legislar conjuntamente em assuntos importantes, como ex.: educação, agricultura, saúde, defesa dos trabalhadores, etc.); o Parlamento Europeu tem poder de rejeitar propostas legislativas; também pode propor assuntos legislativos;
Controle democrático: buscar e garantir o exercício da democracia entre os Estados-membros; ex.: o Parlamento deve dar parecer sobre tratados, se são democráticos à luz da União Européia;
Poder orçamental: a Comissão Européia elabora o orçamento anual de despesas da União; o Parlamento e o Conselho da União Européia devem aprovar tal orçamento; também exerce o controle/fiscalização do cumprimento do orçamento;
Comissão Européia:
É um órgão independente dos outros Conselhos;
É composto de 25 membros, nomeados pelo Conselho da União Européia por maioria qualificada após aprovação pelo Parlamento Europeu;
É o guardião dos tratados, garantindo a aplicação da legislação da União; é considerado, por conta disso, um órgão executivo; se algum Estado-membro não cumprir a legislação da União, a Comissão encaminha o caso para o Tribunal de Justiça;
Pode iniciar o processo legislativo, fazendo propostas junto ao Conselho da União ou ao Parlamento;
Pode intervir com os demais órgãos para buscar o acordo em decisões comuns;
Tribunal de Justiça:
Sede: Luxemburgo;
Composição: 1 juiz de cada Estado-membro e 8 advogados gerais, designados em comum acordo pelos Estados-membros; possuem mandato por 6 anos;
Objetivo: cumprir o Direito Comunitário; Interpretar e aplicar o Direito Comunitário; busca a homogeneidade entre todos os Estados-membros;
Tribunal de Contas:
Composição: 1 membro de cada Estado, com mandato por 6 anos;
Objetivo: verificar a legalidade das receitas e despesas de toda União; promover a boa gestão financeira;
Comitê Econômico e Social Europeu – CESE:
É um Órgão Consultivo, composto por representantes de diferentes componentes econômicos (agricultores, comerciantes, etc.);
Composição: os membros são designados pelo Conselho Europeu e possuem mandato por 4 anos;
Comitê de Regiões – CDR:
Assembléia Consultiva da União;
Conhece mais detalhadamente a realidade das diferentes regiões da União;
Consultado pelo Conselho, Parlamento e Comissão em assuntos de: educação, juventude, cultura, saúde pública, etc.; emite pareceres;
Composição: 344 representantes da coletividade, eleitos para o mandato de 4 anos;
Banco Europeu de Investimentos – BEI:
Sede: Luxemburgo;
Objetivo: contribuir para o desenvolvimento equilibrado da União;
Acionistas: Estados-membros;
Apóia a estratégia de Adesão dos países;
Possui melhor situação financeira que o Banco Central;	
Em regra: não concede financiamentos, mas financia projetos selecionados, quando tais financiamentos: contribuem para a União; beneficiam regiões desfavorecidas;
Busca atrair outras fontes de financiamento (mesmo de países não pertencentes à União);
Banco Central Europeu:
Sede: Frankfurt;
Responsável pela moeda Euro (implantada em 2002);
Responsável pela Zona do Euro;
Objetivo: preservar o poder de compra do Euro; estabilidade;
Zona do Euro: países que usam o Euro como moeda comum; existem países que não pertencem à União Européia, mas adotaram o Euro como moeda;
Conflitos Internacionais
Finalidade:
Solucionar as controvérsias entre os Estados e Organizações (Finalidade Impeditiva);
Prevenir o uso de força (Força Preventiva);
Classificação:
Meios Diplomáticos;
Negociação direta: negociação entre os envolvidos, podendo ter a participação de terceiros (junta os conflitantes e não interfere no conflito); pode ser verbal ou por escrito;
Bons ofícios: intervenção benévola de terceiro que busca, através de argumentação, o entendimento entre os Estados conflitantes; o terceiro tenta persuadir os estados para que se entendam;
Sistema consulta: os Estados conflitantes pedem o aconselhamento de Estados terceiros sobre o conflito;
Mediação: quando o terceiro é parte ativa na tentativa de acordo entre os Estados conflitantes;
Conciliação: comissão organizada pelos Estados conflitantes e Terceiros voltada para resolver o conflito; esta comissão é formada sempre por um número ímpar de Estados;
Inquérito: criada uma comissão com o objetivo de investigar a origem do conflito e buscar a solução a partir disso;
Meio Semi-judicial: através da arbitragem;
Arbitragem:é um meio ágil e seguro de solução de controvérsias internacionais;
Só é possível a aplicação da arbitragem quando existe anteriormente um Tratado que estabelece a cláusula de arbitragem;
A arbitragem consiste num Tribunal Temporário (ad hoc), que será criado somente para resolver o conflito específico;quando resolvido o conflito, desfaz-se o Tribunal de Arbitragem;
Os Estados são obrigados a cumprir as decisões do Tribunal Arbitral (Compromisso Arbitral);
Não cabe recurso sobre as decisões do Tribunal Arbitral, cabendo apenas o Pedido de Interpretação (quando o Laudo Arbitral não é claro ou não responde como o conflito será resolvido);
A Sentença arbitral é chamada de Laudo Arbitral;
* cairão 2 questões na prova sobre arbitragem;
Meios Judiciais: Tribunais Internacionais;
Sanções:
Retorsão: o Estado ofendido responde ao Estado que o ofendeu na mesma proporção do ato, com permissão da sociedade internacional;
Represálias: contra-ataque (mais grave que a Retorsão); o Estado contra-ataca de uma forma mais gravosa que a ofensa;
Embargo: exemplo de uma represália; ocorre quando um Estado seqüestra os navios e cargas dos países estrangeiros; é uma represália muito grave, repudiada pela sociedade internacional;
Boicote: interrupção das relações comerciais entre os Estados envolvidos no conflito;
Bloqueio pacífico: sem declarar guerra, um Estado proíbe que certo Estado comercialize com outro, utilizando-se de força em alguns casos;
Rompimento das relações diplomáticas: rompimento com todas as relações entre os Estados envolvidos no conflito; fecham-se as embaixadas, não são permitidos os vistos para originários dos Estados conflitantes, etc.;
Sanções coletivas: quando a ONU aplica sanções aos Estados-membros envolvidos no conflito;

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