Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo 2ª prova Microbiologia Alberto Galdino - Biomedicina Bactérias Anaeróbias Pode-se definir bactéria anaeróbia estrita com base na quantidade de oxigênio que ela pode tolerar, na exigência de uma tensão de oxigênio reduzida e o não crescimento em superfície de um meio de cultura sólido sob a atmosfera de 10% de CO₂ (18% de O₂). O oxigênio é letal ao anaeróbio porque na sua redução são formados intermediários tóxicos (radical hidroxila/ânion superóxido/ peróxido de hidrogênio) que são removidos eventualmente, por enzimas da família das superóxido dismutase e peroxidase, presentes em quantidades variáveis em algumas espécies, que assim garantem certa tolerância ao O₂. Os anaeróbios exigem, além da exclusão de O₂, um ambiente com potencial de oxirredução (Eh) baixo, que pode também variar em função do pH estabelecido. Bactérias x Oxigênio Aeróbios obrigatórios: necessitam de oxigênio para crescerem. Anaeróbios facultativos: crescem em condições aeróbias ou anaeróbias. Microaerófilos: apresenta crescimento ótimo em 5% de oxigênio. Anaeróbios aerotolerantes: exibem crescimento limitado em ar ambiente ou em estufa com níveis de CO entre 5% a 10% e um bom crescimento na ausência de oxigênio livre. Anaeróbios obrigatórios: crescem na ausência de oxigênio livre: Estritos: são incapazes de crescer em níveis de oxigênio superiores a 0,5%. Moderados: são capazes de crescer em níveis de oxigênio que variam de2% a 8%. Tolerância ao Oxigênio A tolerância de muitos anaeróbios obrigatórios moderados ao oxigênio depende da produção das seguintes enzimas: Superóxido dismutase Catalase Peroxidase Elas protegem contra produtos tóxicos de redução de O₂ (O₂⁻, H₂O₂, OH•) Resumo 2ª prova Microbiologia Alberto Galdino - Biomedicina Habitats Apresentam baixa tensão de oxigênio e potencial de oxirredução reduzido: Cavidade Oral – ao redor dos dentes Trato gastrointestinal – particularmente no cólon Orifícios no Trato Genitourinário Pele Bactérias Anaeróbias: Gêneros Bacilos gram-negativos - incluindo formas curvas, espiraladas e espiroquetas. Cocos gram-positivos Cocos gram-negativos Bacilos gram-positivos não formadores de esporos Bacilos gram-positivos formadores de esporos Infecção por Bactérias Anaeróbias Sitio Anatômico Surgimento de infecção após a mordida de animal ou humana Infecção associada a tumores Odor fétido Presença de grânulos de enxofre no material clinico. Resumo 2ª prova Microbiologia Alberto Galdino - Biomedicina Patologias Infecção hospitalar – Clostridium difficile Botulismo – Clostridium botulinum (A,B,E e F) Gastroenterites – Clostridium difficile Tétano – Clostridium tetani Gengivite – Streptococcus, Actinomyces, Porphyromonas gingivalis, etc. “PARTE PRATICA QUE NÃO TEMOS” Isolamento Seleção das amostras - exsudato de abscessos profundos e biópsias teciduais. Coleta – descontaminar adequadamente a superfície (sabão amarelo, álcool iodado, iodo polvidona, ou clorexidina). Transporte adequado: sem ou com mínima exposição ao oxigênio atmosférico. Exame das Colônias Tamanho Cor Característica da superfície – brilhante, fosca. Densidade – opaca, translúcida. Consistência – viscosa, membranosa, quebradiça. Exame Bacteriológico Microscopia direta – coloração de GRAM Cultura – isolamento e identificação PS: ver bactérias que produzem doenças (ver + gram positivas) tipos, tratamento. Resumo 2ª prova Microbiologia Alberto Galdino - Biomedicina Vírus Os vírus são estruturas subcelulares, com um ciclo de replicação exclusivamente intracelular, sem nenhum metabolismo ativo fora da célula hospedeira. Basicamente, uma partícula viral completa, ou “vírion”, é composta de uma molécula de ácido nucléico circundado por uma capa de proteína, podendo conter lipídios e açúcares. Os Vírus tem ORIGEM CELULAR, ou seja, podem ser derivados de componentes de células de seus próprios hospedeiros. Características gerais do Vírus Não crescem, pois não tem enzimas especificas para o seu metabolismo São nanoestruturas Possuem DNA e RNA Causam doenças especificas em espécies especificas Apresentam tropismo para uma célula Não são considerados organismos vivos Necessitam de uma célula para sua replicação Crescem em métodos de cultivo “in vivo” Morfologia do vírus: Definições e Nomenclaturas utilizadas em Virologia Unidade Protéica: uma cadeia polipeptídica, como, por exemplo, a VP1 do poliovírus. Subunidade Estrutural ou Protômero: uma ou mais unidades proteicas, não-identicas, que se associam para formar estruturas maiores denominadas “capsômeros”. Unidade de Montagem: um grupo de subunidades ou de protômeros que é formado durante a montagem do vírus, no processo de síntese viral. Capsômeros ou Unidades Morfológicas: protuberâncias vistas nas superfícies dos vírus não-envelopados, por microscopia eletrônica. Os capsômeros interagem entre si de forma ordenada, geralmente seguindo um eixo de simetria. Essas unidades morfológicas formam o “capsídeo”, que, geralmente, é formado por hexâmetros nas áreas planas dos vírus e pentâmeros nos vértices virais. Capsídeo: capa de proteína que envolve diretamente o ácido nucleico. Core ou Cerne: é formado pelo ácido nucleico viral + as proteínas envolvidas na replicação e a ele associadas. Matriz Proteica: uma estrutura de proteínas não-glicosiladas presente em alguns vírus localizada entre o envelope e o capsídeo, que tem como principais funções dar sustentação ao envelope viral e servir de ancoragem para as proteínas virais de superfície. Envelope: camada bilipídica proveniente da célula hospedeira, que envolve certas partículas virais (vírus envelopados), onde se encontram inseridas as glicoproteínas conhecidas pelo nome de PEPLÔMEROS ou ESPICULAS VIRAIS. Vírion: uma entidade viral completa e infecciosa. Resumo 2ª prova Microbiologia Alberto Galdino - Biomedicina Tipos de estruturas virais, suas características e funções CAPSÍDEO: “proteção, antigenicidade, imunogenicidade”. São encontrados na natureza capsídeos com simetrias denominadas – helicoidal ou tubular (Hepatite B); icosaédrica (Hepatite B) e complexa. ENVELOPE: “proteção, antigenicidade, imunogenicidade”. É derivado das membranas celulares. Adquirida através do processo chamado brotamento. ÁCIDO NUCLEICO VIRAL: “especificidade viral, informação genética, infecciosidade”. Os genomas do tipo DNA podem ser: -fita dupla (herpesvírus) -fita simples (parvovírus) -circular. Os genomas do tipo RNA de: -fita simples, negativa ou positiva. Podem ser de polaridade positiva, isto é, apresentam a sequencia genômica que corresponde a um RNAm (paramixovírus). A maioria dos RNA viral negativa possui um único segmento, que tem 7 ou 8 segmentos de RNA fita simples. - fita dupla, segmentada. O conjunto CAPSIDEO+ÁCIDO NUCLEICO é denominado “NUCLEOCAPSIDEO”. Os termos ‘RNA genômico’ ou ‘DNA genômico’ são designados para o ácido nucleico que se encontra na partícula viral madura (Vírion). Espiculas: H (Hemaglutinina) – adsorção; N (Neuraminidase) – adsorção/penetração; F (Fusão). Arranjo dos Capsômeros Pentons ou pentâmeros: 5 unidades em torno, são agrupadasno vértice. Hexons ou hexâmetros: 6 unidades em torno, são agrupadas nas faces do icoságono. Funções do Capsídeo Empacotamento Proteção do Ácido Nucleico Transporte do Ácido Nucleico para outras células Fornece a especificidade para a adsorção Envelope Viral Só há em alguns vírus Combinação de lipídeos, proteínas e CHT Espículas: projeções na superfície do envelope -Ancoragem -Caracterizado para alguns vírus (hemoaglutinação) -Imunidade -Mutações (por isso infecções virais podem ser contraídas mais de uma vez) Bicamada: fosfolipídios e proteínas. Glicoproteínas: geralmente virais. Resumo 2ª prova Microbiologia Alberto Galdino - Biomedicina Infecções Subvirais São agentes infecciosos que são ainda mais simples e menores que os vírus: Vírus Satélites: possuem Ac. Nucleico incompleto, necessitando de um outro vírus para completar seu ciclo replicativo. Virusóides: associados aos vírus de plantas. Possuem pequenos genomas (RNAfs circular com 200 a 400 bases). Viróides: apresentam genomas maiores (1.600 bases) que os virusóides e causam doenças em plantas. Vírus Defectivos: (maioria genoma RNA) produzem partículas defectivas interferentes (defective interfering – DI), quando se inocula grande quantidade de vírus na célula hospedeira. As partículas DI são importantes porque estabelecem infecções persistentes. Elementos Genéticos Móveis: estudos mostraram que alguns elementos genéticos replicativo ou plasmídeos poderiam se transferir de uma célula para outra PRÍONS: são agentes subvirais inteiramente diferente dos descritos acima, pois se compõem somente de ‘proteínas (PrP)’, sem nenhum resquício de ácido nucleico, e são muito resistentes à inativação por processos físicos ou químicos. Tem capacidade de modificar outras proteínas celulares saudáveis em proteínas doentes (PrPS), fazendo o cérebro tornar-se esponjoso e cheio de vacúolos (Encefalopatias espongiformes).
Compartilhar