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Osteologia - Cranio

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Osteologia 
6 
Visão Geral do Capítulo 
Crânio e Vértebras Cervicais 
Crânio 
Aspectos Externos do Crânio 
Visão Interna do Crânio 
Mandíbula 
Hioide 
Vértebras Cervicais 
Vértebras Cervicais Típicas 
Termos-chave 
Arco Zigomático representa a maior parte da proeminência óssea da bochecha. É 
formado pelo processo zigomático do temporal e pelo processo temporal do 
zigomático. O espaço superior profundo, em relação ao arco, é chamado de fossa 
temporal, enquanto o espaço inferior profundo, em relação ao arco, é chamado de 
fossa infratemporal. Ambas as fossas são preenchidas por três dos quatro músculos 
da mastigação. 
Arcos Dentais estão presentes em número de dois. Um arco é formado nas maxilas e 
o outro na mandíbula. No adulto, cada arco possui, normalmente, 16 dentes que se 
articulam com o dente correspondente no arco oposto, como resultado da ação dos 
músculos da mandíbula. 
Atlas é a primeira vértebra cervical e é amplamente modificada. Seu corpo é 
substituído por um arco anterior, em cuja superfície ventral existe um tubérculo 
anterior, enquanto a sua superfície dorsal apresenta uma fóvea para o dente do áxis, 
possibilitando, dessa maneira, o movimento de rotação. As faces articulares 
superiores articulam-se com as respectivas faces presentes no occipital, enquanto as 
faces articulares inferiores articulam-se com as respectivas faces presentes no áxis. 
Áxis, a segunda vértebra cervical, também é modificada e participa da formação da 
articulação atlantoaxial. Seu corpo apresenta uma projeção superior, o dente do áxis, 
que possui uma face articular que encaixa na face articular (fóvea) presente na 
superfície posterior do arco anterior do atlas. Esse encaixe permite a rotação do arco 
do atlas ao redor do dente do áxis. 
Crânio representa a porção da cabeça que aloja o encéfalo.1 O crânio é composto por 
oito ossos, incluindo ossos pares – temporal e parietal – e ossos ímpares: etmoide, 
frontal, esfenoide e occipital.2 
Face é composta por 14 ossos. Estes incluem os pares dos ossos nasais, as maxilas, 
os palatinos, os lacrimais, os zigomáticos e as conchas nasais inferiores, além dos 
ossos não pareados, o vômer e a mandíbula. 
Hioide é um pequeno osso em forma de “U” situado horizontalmente na linha mediana 
da região anterior do pescoço. Não forma articulação com qualquer outro osso, mas é 
suspenso por três ligamentos bilaterais e até 10 (às vezes 11) músculos. 
Mandíbula é o único osso móvel do crânio.3 É um osso com articulação dupla, 
envolvendo os tubérculos articulares presentes nos processos zigomáticos dos 
temporais. Esta articulação é reforçada pela presença de vários ligamentos ao seu 
redor e pela contração dos músculos que atuam sobre a mandíbula. 
Vértebras Cervicais são as sete vértebras superiores da coluna vertebral. As duas 
vértebras cervicais superiores, o atlas e o áxis, apoiam a cabeça e permitem a sua 
rotação na articulação atlantoaxial. Com exceção da 7a vértebra cervical, os processos 
transversos de todas as vértebras cervicais são perfurados por um amplo forame 
transversário que aloja os vasos vertebrais e o plexo simpático associado. 
CRÂNIO E VÉRTEBRAS CERVICAIS 
O crânio e as vértebras cervicais, bem como o hioide, compõem o sistema 
esquelético da cabeça e do pescoço. Além disso, as vísceras do pescoço – 
principalmente a laringe – contêm um esqueleto cartilaginoso que será discutido 
mais adiante. Este capítulo descreve o crânio, as vértebras cervicais e o hioide. 
CRÂNIO 
 Resumo. O crânio é constituído por 22 ossos pareados e não pareados que, 
reunidos, compõem o crânio propriamente dito (neurocrânio) e a face (viscerocrânio). À 
exceção da mandíbula, os ossos do crânio são intimamente ligados entre si por meio de 
suturas que os tornam imóveis. 
Com exceção dos três pares de ossículos da orelha média, o crânio é composto 
por 22 ossos. Alguns destes são pareados, enquanto outros são ímpares. Vinte 
e um destes ossos são fortemente ligados entre si por meio de suturas, sendo 
imóveis. O único osso móvel é a mandíbula que aloja os dentes e que se articula 
com o par de temporais por meio de uma articulação combinada em dobradiça 
e em gínglimo (ginglimoartrodial), a articulação temporomandibular. A 
articulação neste local permite que os dentes da mandíbula se articulem com os 
dentes presentes no arco oposto, o par de maxilas, funcionando, desta forma, 
nas ações de oclusão e mastigação, dentre outras. 
De forma arbitrária, o crânio é subdividido em duas porções: os ossos que 
participam da formação da face (viscerocrânio) e os ossos que formam o 
neurocrânio. A face é composta por 14 ossos: os pares dos ossos 
nasais, maxilas, palatinos, lacrimais, zigomáticos e as conchas nasais 
inferiores, juntamente com os ossos ímpares vômer e mandíbula. O crânio, a 
porção que aloja o encéfalo, é composto por oito ossos: o par 
de temporais e parietais, e os ossos 
ímpares frontal, esfenoide, etmoide e occipital (Quadro 6.1). 
Em geral o exame do crânio é feito externamente e, em seguida, internamente. 
O exame externo inclui a inspeção a partir de várias perspectivas: anterior, 
lateral, posterior, superior e inferior; o exame interno avalia a base do crânio e 
a calvária (teto do crânio). 
Aspectos Externos do Crânio 
Vista Anterior 
 Resumo. A vista anterior revela os ossos da face e a porção anterior da calvária. 
Na vista anterior destaca-se a face, permitindo a observação de todos os ossos 
que a compõem, bem como alguns ossos que formam a calvária. À primeira 
vista, as características mais destacadas são o par de órbitas separadas medial e 
inferiormente pela abertura nasal anterior. A proeminência óssea frontal 
(fronte) é superior às órbitas, enquanto o arco zigomático é a característica mais 
visível lateral e inferiormente às órbitas. Outra característica marcante é a 
presença dos dentes localizados nas maxilas e na mandíbula (Figuras 6.1 e 
6.10). 
 
Quadro 6.1 Ossos do Crânio 
Neurocrânio Número Viscerocrânio Número Ossículos da orelha, número 
Esfenoide 1 Concha nasal inferior 2 6 
Etmoide 1 Lacrimal 2 
Frontal 1 Mandíbula 1 
Occipital 1 Maxila 2 
Parietal 2 Osso nasal 2 
Temporal 2 Palatino 2 
 Vômer 1 
 Zigomático 2 
Total 8 14 6 
Com estas características em mente, podemos agora iniciar o exame 
detalhado da face anterior do crânio. A região frontal é formada pela escama do 
frontal, cujo prolongamento posterior se estende até a sutura coronal. Aqui, o 
frontal se articula com os parietais direito e esquerdo, separados entre si pela 
sutura sagital, ao longo da linha mediana. O par de eminências frontais são 
elevações mais ou menos proeminentes, em ambos os lados da região frontal, 
imediatamente acima aos arcos superciliares, que podem ser palpadas no 
indivíduo vivo como elevações acima dos supercílios. Entre os arcos 
superciliares encontra-se uma depressão lisa, a glabela. Em alguns casos existe 
outra sutura acima da glabela, a sutura frontal metópica, um remanescente da 
fusão pós-embrionária entre as metades direita e esquerda do frontal. 
Inferiormente ao arco superciliar encontra-se a margem superior da órbita. 
Órbita 
 Resumo. A órbita é composta por vários ossos, incluindo partes do frontal, da 
maxila, do etmoide, do esfenoide, do palatino, do zigomático e do lacrimal. No indivíduo 
vivo, a sua concavidade aloja os músculos do bulbo do olho, vasos, nervos e tecido 
conectivo. 
A órbita é uma cavidade complexa formada por sete ossos: a maxila, o frontal, 
o etmoide, o palatino, o zigomático, o esfenoide e o lacrimal (Figuras 6.1 e 6.2). 
Ela aloja o bulbo do olho e seus músculos associados, vasos, nervos e tecido 
conectivo. As paredes mediais das órbitas são paralelas entre si (e à sutura 
sagital), enquanto suas paredes laterais são posicionadas em um ângulo de 
aproximadamente 45° em relaçãoà parede medial. Consequentemente, cada 
órbita é mais larga anteriormente e mais estreita posteriormente e a sua forma 
pode ser comparada à de uma pirâmide truncada (ver Figura 6.14 e Capítulo 
10). 
A porção mais anterior da órbita (ou de sua base), conhecida como margem 
orbital, é formada por três ossos: o frontal, o zigomático e a maxila. Toda 
porção superior da margem é formada pelo frontal, que é interrompido 
pelo forame supraorbital (ou, frequentemente, uma “incisura”), localizado 
medialmente. Esse forame conduz vasos e nervos supraorbitais. A maior parte 
da margem medial e cerca da metade da margem inferior da órbita são formadas 
pela maxila, especificamente seu processo frontal e parte de seu processo 
orbital. A parte inferior restante e a maior porção da parte lateral da margem 
orbital são formadas pelo zigomático. O restante da órbita será descrito em 
relação ao seu teto, assoalho, paredes lateral e medial, além do ápice. 
O teto da órbita (parede superior) é formado por uma lâmina do frontal 
conhecida como lâmina orbital. Duas depressões são localizadas anteriormente 
no teto; a medial é menor e conhecida como fóvea troclear e aloja uma pequena 
cartilagem associada ao músculo oblíquo superior do bulbo do olho; a 
depressão maior é posicionada lateralmente e é chamada de fossa lacrimal. Ela 
contém a glândula lacrimal. O teto é complementado posteriormente por uma 
pequena porção da asa menor do esfenoide. 
A parede lateral é formada pela asa maior do esfenoide, posteriormente, e 
pelo zigomático, anteriormente. A linha de fusão entre o teto e a parede lateral 
é incompleta posteriormente, criando a fissura orbital superior, que é limitada 
também pela asa menor do esfenoide e pela lâmina orbital do frontal. A fissura 
orbital superior é atravessada pelos nervos cranianos III, IV, VI e pela divisão 
oftálmica do V, bem como por pequenos ramos arteriais e a veia oftálmica 
superior. De forma semelhante, uma lacuna entre a parede lateral e o assoalho 
da órbita, a fissura orbital inferior, é formada pela asa maior do esfenoide, a 
maxila, o palatino e o zigomático. A fissura orbital inferior conduz a divisão 
maxilar do nervo craniano V, o nervo zigomático, os vasos infraorbitais e a veia 
para o plexo pterigóideo. 
O assoalho (parede inferior) da órbita é composto pela maxila, palatino e 
zigomático. No centro do assoalho, principalmente na lâmina orbital da maxila, 
há uma depressão, o sulco infraorbital, que se comunica com o forame 
infraorbital através do canal infraorbital. Os vasos e o nervo infraorbitais saem 
da órbita pelo canal infraorbital. 
A parede medial da órbita é formada por quatro ossos: a maxila, o lacrimal, 
o etmoide e o esfenoide. Tangenciando medialmente a margem da órbita, o 
processo frontal da maxila e o lacrimal participam na formação de uma 
depressão conhecida como fossa do saco lacrimal. Esta fossa se continua 
inferiormente com o canal lacrimonasal. Dois pequenos forames, visíveis na 
parede medial da órbita, na sutura frontoetmoidal, são os forames etmoidais 
anterior e posterior. O forame etmoidal anterior conduz o nervo e os vasos 
etmoidais anteriores, enquanto vaso e nervo etmoidais posteriores passam pelo 
forame etmoidal posterior. 
O ápice da órbita consiste em uma única abertura arredondada, o canal 
óptico, pelo qual o nervo craniano II, a artéria oftálmica, um ramo da artéria 
carótida interna e o plexo carótico (uma bainha de neurônios autônomos 
envolvendo a artéria) entram na órbita, provenientes da caixa craniana. 
Cavidade Nasal 
 Resumo. A cavidade nasal situa-se ao longo da linha mediana inferior, entre as 
órbitas, recoberta pelo par de ossos nasais. Sua parede medial é formada pelo etmoide, 
enquanto a sua parede lateral é formada pelo zigomático. O frontal representa a parede 
superior e a maxila forma o assoalho. 
A cavidade nasal situa-se inferiormente e entre as duas órbitas. Sua parede 
anterossuperior é recoberta pelo par de ossos nasais que se articulam entre si, 
na linha mediana, com a lâmina perpendicular do etmoide internamente, bem 
como com o processo frontal da maxila e o frontal. Os ossos nasais e as 
cartilagens nasais formam o dorso ósseo e cartilaginoso do nariz. 
A abertura da extremidade anterior da cavidade é denominada abertura nasal 
anterior (abertura piriforme), cujos limites superiores são formados pelos dois 
ossos nasais e os limites inferiores e laterais, pela maxila. Inferiormente, ao 
longo da linha mediana do septo nasal anterior, as maxilas direita e esquerda se 
fundem e formam uma pequena estrutura óssea em forma de mamilo, a espinha 
nasal anterior. Posteriormente, a cavidade nasal se estende até a abertura 
nasal posterior (cóanos) onde, de forma semelhante, as lâminas horizontais 
dos palatinos se fundem ao longo da linha mediana, formando as espinhas 
nasais posteriores. 
A cavidade nasal é subdividida pelo septo nasal, ao longo da linha mediana, 
em metades direita e esquerda. Anterior e superiormente, o septo nasal é 
composto pela lâmina perpendicular do etmoide e, inferior e posteriormente, 
pelo vômer. O esfenoide, as maxilas e os palatinos também contribuem, em 
parte, para a formação do septo nasal ósseo. O assoalho de cada cavidade nasal 
é formado posteriormente pela lâmina horizontal do palatino e, anteriormente, 
pelo processo palatino da maxila. 
Os canais incisivos situam-se na junção do vômer com a porção mais 
anterior do processo palatino de cada maxila. Esses canais conduzem as artérias 
septais descendentes e os nervos nasopalatinos, que se estendem de ambos os 
lados do septo nasal. Os dois canais incisivos se abrem na superfície oral da 
face palatina das maxilas, na linha mediana, imediatamente atrás da face 
interproximal dos dentes incisivos centrais, nos forames incisivoslocalizados 
na fossa incisiva. 
A parede lateral da cavidade nasal é complexa, já que contém os forames que 
se comunicam com os seios, os meatos nasais (que representam passagens de 
ar em direção anteroposterior), e ossos turbinados conhecidos como conchas 
nasais sobrepostos a eles. 
Vários ossos participam da formação da parede lateral e são listados a seguir 
no sentido anteroposterior: maxila, lacrimal, etmoide e palatino; lâmina 
pterigóidea do esfenoide; e conchas nasais inferiores. O etmoide possui uma 
parte óssea turbinada, as conchas superior e média, que se projetam para o 
interior da cavidade nasal. 
Situados lateral, profunda e inferiormente, em relação a essas conchas, 
encontram-se os espaços para a passagem de ar, os meatos nasais. O meato 
nasal superior se estende até a concha nasal média e se comunica com 
as células etmoidais posteriores. O espaço inferior e profundo em relação à 
concha nasal média e superior em relação à concha nasal inferior é o meato 
nasal médio. Este meato se comunica indiretamente com as células etmoidais 
anteriores, direta ou indiretamente com o seio frontal, e com o seio 
maxilar através da abertura (óstio) do seio maxilar. O espaço lateral e inferior 
à concha nasal inferior é o meato nasal inferior que se estende inferiormente 
até o assoalho da cavidade nasal. O canal lacrimonasal desemboca na porção 
anterior do meato nasal inferior. 
 
Face 
 Resumo. A face é formada por 14 ossos: os pares de ossos nasais, zigomáticos, 
lacrimais, maxilas, palatinos, conchas nasais inferiores e por ossos ímpares, o vômer e 
a mandíbula. 
A porção da face entre a margem inferior da órbita e os dentes superiores é 
formada, primariamente, pela maxila. Imediatamente abaixo dessa margem 
situa-se o forame infraorbital. Lateralmente encontra-se a sutura entre 
o processo zigomático da maxila e o processo maxilar do zigomático. Os 
dois processos contribuem para a proeminência óssea da bochecha (Figuras 6.1, 
6.2 e 6.6). 
As margens inferiores das maxilas alojam 16 dentes e formam o arco dentalmaxilar (arco dental superior) (Figuras 6.1, 6.2 e 6.10). Cada maxila contém 
dois dentes incisivos – central e lateral –, além de um dente canino, cuja raiz 
única forma uma tuberosidade protuberante na maxila conhecida 
como eminência canina. Medialmente à eminência canina situa-se a fossa 
superior dos dois dentes incisivos, a fossa incisiva, além de uma fossa 
semelhante, localizada lateralmente em relação à eminência canina, conhecida 
como fossa canina (ver Figura 4.3). O arco dental maxilar também contém 
dois dentes pré-molares e três dentes molares. Os dentes deste arco se articulam 
com os dentes mandibulares, sendo a mandíbula o único osso do crânio que 
possui a capacidade de movimento. 
Cada uma das metades direita e esquerda da mandíbula contém dois dentes 
incisivos – lateral e central – e um canino, cuja raiz única apresenta uma 
protuberância na mandíbula conhecida como eminência canina. De forma 
semelhante à maxila, existe uma fossa incisiva medial em relação a essa 
eminência. Dois dentes pré-molares e três dentes molares completam o arco 
dental mandibular. No nível do segundo pré-molar mandibular situa-se o 
forame mentual, através do qual saem nervo e vasos mentuais provenientes 
do canal da mandíbula. 
Em alguns casos, podemos observar, ao longo da linha mediana, uma 
rugosidade, a sínfise da mandíbula. Esta linha se estende inferiormente até o 
septo interdental, entre os dois incisivos centrais, e atravessa a protuberância 
mentual ou se projeta em direção ao mento (queixo). Esta linha representa a 
fusão das metades direita e esquerda da mandíbula durante a embriogênese. 
A linha oblíqua, o ângulo e a margem anterior da mandíbula também são 
evidenciados nesta vista. 
Vista Lateral 
 Resumo. A vista lateral mostra a calvária craniana com algumas das suturas 
presentes entre os vários ossos que compõem o crânio, alguns ossos da face e os ossos 
que formam o arco zigomático. 
A vista lateral mostra o crânio em perfil. A calvária torna-se bem evidente, bem 
como alguns ossos da face (Figuras 6.2 e 6.5). Várias linhas de sutura podem 
ser observadas, como a sutura coronal, entre o frontal e os parietais, que 
termina na sutura esfenoparietal na asa maior do esfenoide. Outra sutura 
separa a escama temporal do parietal, a sutura escamosa, que descreve um 
arco para trás e termina na sutura lambdóidea, que separa o occipital dos 
parietais. A sutura lambdóidea se continua inferiormente como sutura 
occipitomastóidea, que separa a parte mastóidea do temporal do occipital. A 
margem anterior da escama temporal participa da formação da sutura 
esfenoescamosa, que delimita a linha de fusão com a asa maior do esfenoide. 
Duas linhas, as linhas temporais superior e inferior, se estendem, em forma 
de arco, sobre os frontais e parietais e indicam os locais de fixação da fáscia 
temporal e do músculo temporal, respectivamente. Esta região do crânio situa-
se profundamente em relação ao arco zigomático e constitui a parede medial de 
uma ampla região conhecida como fossa temporal. 
Fossa Temporal 
 Resumo. A fossa temporal é visível lateralmente como uma depressão entre o arco 
zigomático e as linhas temporais superiores no temporal. Seu espaço é preenchido pelo 
músculo temporal. 
A fossa temporal é um espaço delimitado anteriormente pelo zigomático e pelo 
processo zigomático do frontal e superior e posteriormente pelas linhas 
temporais superiores (Figuras 6.5 e 6.6). Seu limite inferior é formado pela 
crista supramastóidea, pela raiz posterior do arco zigomático, por uma linha que 
conecta as raízes anterior e posterior do arco zigomático, pela crista 
infratemporal da asa maior do esfenoide e por um prolongamento posterior no 
temporal até a raiz anterior do arco zigomático. 
O arco zigomático marca o limite lateral desta fossa, enquanto as estruturas 
ósseas do crânio formam a sua parede medial. A face anteromedial da fossa 
temporal apresenta a fissura orbital. A fossa temporal é preenchida por 
músculos, vasos e nervos. Ela se comunica inferiormente e de forma contínua 
com outro espaço profundo, a fossa infratemporal. 
Fossa Infratemporal 
 Resumo. O espaço profundo, inferior ao arco zigomático quando observado na 
vista lateral, constitui a fossa infratemporal. É limitado medialmente por uma porção da 
maxila, pela lâmina lateral do processo pterigoide do esfenoide e pela fissura 
pterigomaxilar. Este espaço aloja os músculos pterigóideos medial e lateral e a inserção 
do músculo temporal. 
Este espaço é localizado inferior e profundamente em relação ao arco 
zigomático. Seu conteúdo inclui os músculos da mastigação, seus suprimentos 
vascular e nervoso, bem como outras estruturas profundas da face. O limite 
anterior da fossa infratemporal é a face infratemporal da maxila e a face 
profunda do zigomático. Seu limite medial é formado pela face lateral da lâmina 
lateral do processo pterigoide do esfenoide, a margem alveolar da maxila, e uma 
lacuna, a fissura pterigomaxilar. Seu limite superior é formado pela crista 
infratemporal do esfenoide (o limite entre as fossas temporal e infratemporal), 
a superfície inferior da escama do temporal e a face infratemporal da asa maior 
do esfenoide, alojando o forame oval e o forame espinhoso. 
Posteriormente, a fossa infratemporal não é claramente definida pelos limites 
anteriores da fossa mandibular, e inferiormente, a fossa infratemporal é 
completamente aberta. 
Fossa Pterigopalatina 
 Resumo. A fossa pterigopalatina pode ser observada nas vistas lateral e 
lateroinferior. Ela se situa no interior da fissura pterigomaxilar que se localiza na parede 
medial da fossa infratemporal, entre o processo pterigoide do esfenoide e a face 
posterior da maxila. A fossa pterigopalatina conduz os vasos maxilares. 
A entrada para a fossa pterigopalatina ocorre pelafissura pterigomaxilar, uma 
lacuna que conduz os vasos maxilares. Esta fissura se localiza na parede medial 
da fossa infratemporal e é formada pelo espaço entre o processo pterigoide do 
esfenoide e a face posterior e convexa da maxila. 
A fossa apresenta uma forma piramidal e é delimitada por três ossos, a 
maxila, o palatino e o processo pterigoide do esfenoide (Figura 6.6). Ela se 
comunica com o interior do crânio através doforame redondo que conduz o 
ramo maxilar do nervo trigêmeo; com a órbita através da fissura orbital inferior; 
e com a cavidade nasal pelo forame esfenopalatino. 
O canal pterigóideo se estende posteriormente nessa fossa e conduz o nervo 
do canal pterigóideo. A fossa apresenta uma constrição inferior e termina 
no canal pterigopalatino (canal palatino maior) que conduz os vasos e nervos 
palatinos maiores. A fossa contém um gânglio autônomo e suas associações 
com vasos sanguíneos. 
Arco Zigomático 
 Resumo. O arco zigomático é formado por uma sutura entre uma parte do 
zigomático e uma parte do temporal. Ele pode ser observado nas vistas lateral, 
inferolateral, frontal, inferior e lateral oblíqua. Além de participar do formato da face, a 
parte do arco zigomático do temporal contribui para a formação da articulação 
temporomandibular. 
O arco zigomático participa da formação da proeminência óssea da bochecha e 
permite a fixação da fáscia temporal e do músculo masseter. O arco zigomático 
é formado pelo processo temporal do zigomático e pelo processo 
zigomático do temporal, que são unidos entre si por uma sutura posicionada 
aproximadamente a 45° em relação à linha vertical (Figuras 6.2, 6.5, 6.6 e 6.7). 
Medialmente a essa sutura o músculo temporal atravessa a fossa temporal para 
inserir na mandíbula. 
O processo zigomático do temporal origina-se de duas ou (de acordo com 
alguns autores) três raízes. A raiz anterior termina em frente à fossa 
mandibular (glenoidal), representada por uma proeminência arredondada, o 
tubérculo articular, onde a cabeça da mandíbula se articulacom o temporal. A 
raiz posterior continua mais posteriormente, estendendo-se acima do meato 
acústico externo e lateralmente à fossa mandibular. O tubérculo pós-
glenoidal, uma estrutura óssea posterior à fossa mandibular, que bloqueia o 
deslocamento posterior da cabeça da mandíbula para fora da fossa, é 
considerado, por alguns autores, como a terceira raiz do processo zigomático 
do temporal. 
O arco zigomático continua-se medialmente com o zigomático, um osso de 
forma quadrangular que constitui parte das margens inferior e lateral da órbita. 
A margem superior é formada pelo processo frontal do zigomático e a margem 
inferior pelo processo maxilar do zigomático. 
O forame zigomaticofacial (frequentemente dois forames) perfura o corpo 
do zigomático e conduz o nervo e os vasos zigomaticofaciais. Em sua face 
orbital, o zigomático apresenta os dois forames zigomático-orbitais que 
conduzem nervos e vasos para os forames zigomaticofacial 
e zigomaticotemporal. Este último forame se abre na face medial (temporal) 
do zigomático e permite a entrada do nervo e dos vasos zigomaticotemporais 
na fossa temporal. 
O zigomático articula-se com o processo zigomático da mandíbula que 
descreve uma linha arqueada, a crista zigomaticoalveolar, que se curva 
inferiormente para entrar em contato com a porção alveolar da maxila. 
Processos Mastoide e Estiloide 
 Resumo. A região imediatamente atrás e inferior ao meato acústico externo é o 
processo mastoide, que serve como ponto de fixação para vários músculos. 
Anteriormente ao processo mastoide encontra-se um osso alongado e pontiagudo, na 
direção anteroinferior em relação ao espaço do pescoço. Trata-se do processo estiloide, 
que serve como ponto de fixação de alguns músculos e ligamentos relacionados com 
os movimentos da mandíbula, do hioide, da língua e da faringe. 
O meato acústico externo e a porção lateral da parte timpânica do temporal 
são posicionados entre o processo mastoide e a raiz posterior do processo 
zigomático do temporal, imediatamente atrás da fossa mandibular (Figuras 6.5, 
6.6 e 6.7). Esta abertura oval conduz à parte cartilaginosa do meato acústico 
externo que leva à membrana timpânica. 
Posterior e inferiormente ao meato acústico externo situa-se o processo 
mastoide, que serve como região de fixação para vários músculos. Em sua 
superfície posterior encontra-se, frequentemente, o forame mastóideo que 
conduz as veias emissárias. O processo estiloide localiza-se anteriormente 
ao processo mastoide e é um osso longo e pontiagudo em forma de “furador de 
gelo”, direcionado para baixo e anteriormente. Serve como local de fixação para 
vários músculos e ligamentos que auxiliam no controle dos movimentos da 
mandíbula, do hioide, da língua e da faringe. Entre os processos mastoide e 
estiloide situa-se um forame constante, o forame estilomastóideo, que conduz 
o nervo facial. 
Vista Posterior 
 Resumo. O occipital e as suturas lambdóidea e sagital são observados na vista 
posterior. Entretanto, o forame magno não é visível posteriormente. Ele pode ser 
observado na vista lateroinferior quando se examina a base do crânio. Vários músculos 
posteriores do pescoço se fixam ao occipital, como indicado pelas linhas nucais. 
Quando o crânio é observado na vista posterior, o forame magno não está 
visível. Entretanto, ele pode ser observado na vista lateroinferior (Figura 6.6), 
quando se examina a base do crânio (Figura 6.7). As características mais 
marcantes são as faces posteriores da sutura sagital e a sutura lambdóidea. A 
primeira separa o par de parietais e a segunda atua como linha de separação 
entre o occipital e os parietais. Em alguns casos existem pequenos ossos 
incluídos nas suturas, conhecidos como ossos suturais (ossos wormianos), 
especialmente no ápice da sutura lambdóidea, correspondente à extremidade 
inferior da sutura sagital. As linhas divergentes da sutura lambdóidea envolvem 
uma porção achatada do occipital, em forma de concha, chamada de escama 
occipital. 
Uma crista espessa, conhecida como linha nucal superior, se estende pela 
escama occipital dividindo-a em partes superior e inferior. No centro, as linhas 
nucais superior direita e esquerda se encontram em um relevo ósseo, 
a protuberância occipital externa. 
Uma crista óssea delgada da escama occipital, conhecida como crista 
occipital externa ou linha nucal média avança diretamente para baixo, 
terminando na crista posteromedial do forame magno. No ponto médio da crista 
occipital externa, a linha nucal inferiorestende-se lateralmente e representa a 
margem superior de fixação de três músculos posteriores do pescoço. Em 
alguns casos, linhas nucais supremas, posicionadas imediatamente acima das 
linhas nucais superiores, também são evidenciadas. Tais linhas servem como 
pontos de fixação da aponeurose epicrânica. 
Vista Superior 
 Resumo. A vista superior do crânio mostra um formato oval, mais largo na 
extremidade posterior, especialmente na eminência parietal. Os ossos observados 
nesta visão são os parietais e partes do frontal e do occipital. 
A vista superior do crânio revela um formato oval. Esta forma é mais estreita 
anteriormente e mais larga posteriormente. A região mais larga corresponde 
à eminência parietal. Esta vista mostra as partes dos ossos que formam a 
calvária do crânio, constituída pela escama frontal, os dois parietais e uma 
pequena porção da escama occipital. As eminências frontais e as suturas 
metópicas, quando presentes, são evidenciadas nesta visão. A sutura coronal 
indica o limite entre o frontal e os dois parietais. A extensão anterior da sutura 
sagital encontra a sutura coronal e forma, nesse ponto de encontro, o bregma. 
A sutura sagital separa os parietais esquerdo e direito e termina posteriormente 
no lambda, o ápice da sutura lambdóidea. 
Anteriormente ao lambda e imediatamente ao lado da sutura sagital 
encontramos os dois forames parietais, pelos quais passam as veias 
emissárias. Os ossos da calvária são bem peculiares pois apresentam duas 
camadas de substância compacta, as lâminas interna e externa, que formam um 
“sanduíche” ao redor de uma camada de substância esponjosa, conhecida 
como díploe. 
Vista Inferior 
 Resumo. A base do crânio oferece uma vista das maxilas contendo anteriormente 
os dentes do arco maxilar, lateralmente os arcos zigomáticos e posteriormente a linha 
nucal superior do occipital. 
A superfície inferior do crânio (a base do crânio) normalmente é observada com 
a mandíbula removida, para permitir a visualização das diferentes estruturas 
(Figura 6.7). A margem mais anterior inclui os dentes incisivos centrais 
maxilares, enquanto a margem posterior é definida pela linha nucal superior. 
Sua extensão lateral inclui os dois arcos zigomáticos e os dois processos 
mastoides. A base do crânio será examinada em três porções: a porção anterior, 
que se estende até o palato duro; a porção central, que termina em uma linha 
tangencial projetada ao longo do ponto mais anterior do forame magno e a 
porção posterior, que inclui o restante da base do crânio. 
Porção Anterior 
 Resumo. A porção anterior é representada pelos 16 dentes maxilares contidos no 
arco maxilar, que se funde posteriormente aos terceiros dentes molares e forma o 
tubérculo alveolar. Superiormente ao tubérculo alveolar se encontra o túber da maxila. 
O palato duro forma o teto entre as metades direita e esquerda do arco maxilar. 
A porção anterior é uma região aplainada, em forma de cúpula, que contém os 
16 dentes maxilares, arranjados perifericamente em uma configuração de 
ferradura (Figuras 6.7 e 6.8). Com exceção da mandíbula, esta porção é a mais 
inferior do crânio. 
Os dentes são incluídos no arco alveolar. No espaço entre cada dois dentes, 
conhecido como região interproximal, há uma extensão óssea, o septo 
interdentário. Posteriormente aos terceirosmolares ocorre a fusão dos arcos 
alveolares bucal e lingual. A área de fusão é conhecida como tubérculo 
alveolar. A extensão posterior larga da maxila localizada superiormente ao 
tubérculo alveolar é o túber da maxila. 
Na porção anterior (e neste ponto devemos constatar que os termos 
descritivos se referem à posição anatômica normal, embora esta vista observe 
o crânio invertido, “de cabeça para baixo”) o teto descreve um arco e é separado 
em quatro fragmentos por duas suturas cruzadas, a sutura cruciforme. A parte 
mais longa desta sutura é a combinação das suturas intermaxilar/interpalatina, 
que separa o palato duro em metades esquerda e direita. A parte mais curta 
desta sutura consiste nas suturas palatomaxilares que separam as lâminas 
horizontais dos palatinos dos processos palatinos das maxilas. 
A porção mais anterior da sutura intermaxilar situa-se em uma depressão, 
a fossa incisiva (que não deve ser confundida com a depressão de mesmo 
nome na face externa da maxila), onde desembocam os forames 
incisivos (Figura 6.8). O forame incisivo recebe os canais incisivos direito e 
esquerdo, cada um conduzindo o ramo nasopalatino da artéria esfenopalatina e 
o nervo nasopalatino. 
Posteriormente, na face lateral do palato duro, normalmente no interior da 
sutura palatomaxilar, localiza-se o forame palatino maior, pelo qual passam os 
nervos e os vasos palatinos maiores. Imediatamente atrás deste forame existem 
dois – em alguns casos três – forames menores, os forames palatinos menores 
(Figura 6.8). Estes forames possibilitam a passagem dos vasos e dos nervos 
palatinos menores. Eles estão situados no processo piramidal do palatino, que 
forma uma protuberância para trás e lateralmente, e interpostos entre 
as lâminas lateral e medial do processo pterigoide do esfenoide. 
A superfície posterior do palato duro termina em uma projeção óssea na linha 
mediana, conhecida como espinha nasal posterior, a origem do músculo da 
úvula. 
Porção Média 
 Resumo. A porção média consiste em partes do esfenoide, do palatino, do 
temporal, do vômer e do occipital, além de seus forames, que representam as vias de 
passagem de vasos e nervos para dentro e para fora do crânio. 
Esta é a porção mais complexa da base do crânio. Ela é composta por partes do 
esfenoide, palatino, temporal, vômer e occipital e aloja vários forames que 
servem como vias de passagem para o interior e para o exterior do crânio 
(Figuras 6.7 e 6.8). A parte piramidal do palatino já foi descrita. Ela recobre 
uma parte do túber da maxila e é interposta entre o tubérculo alveolar e as 
lâminas lateral e medial do processo pterigoide do esfenoide. 
A lâmina medial do processo pterigoide apresenta uma estrutura curta, em 
sua margem inferior, em forma de cunha, o hâmulo pterigóideo, por onde 
passa o tendão do músculo tensor do véu palatino. Este músculo origina-se 
na fossa escafóidea, uma pequena depressão na base do processo pterigoide. 
Acima dessa fossa, na raiz da lâmina medial do processo pterigoide, situa-se a 
abertura do canal pterigóideo (canal do nervo vidiano), pelo qual passa o 
nervo do canal pterigóideo (nervo vidiano). Abaixo dessa fossa existe uma 
depressão maior entre as lâminas medial e lateral do processo pterigoide, 
conhecida como fossa pterigóidea. Ela contém as origens do músculo 
pterigóideo medial e do músculo tensor do véu palatino. 
Entre as lâminas mediais direita e esquerda do processo pterigoide localiza-
se o cóano, a entrada posterior da cavidade nasal, que é separada em 
compartimentos direito e esquerdo pelo septo nasal. A parte posterior deste 
septo é o vômer, cuja porção superior mais larga – evidente na vista inferior – 
articula-se com uma projeção horizontal da base da lâmina medial do processo 
pterigoide, conhecida como processo vaginal. Este processo forma o assoalho 
do canal palatovaginal, que conduz o nervo faríngeo. 
Posteriormente ao vômer encontra-se um osso espesso, em forma de ponte, 
a parte basilar do occipital, que se projeta lateralmente e se estende para trás, 
contornando o forame magno e se unindo aos côndilos occipitais. Uma 
protuberância óssea no centro da parte basilar do occipital é conhecida como 
tubérculo faríngeo. Essa estrutura atua como ponto de fixação da faringe, por 
meio da rafe da faringe. Depressões rasas e pequenas cristas, em ambos os lados 
do tubérculo faríngeo, representam os pontos de fixação para alguns músculos 
posteriores do pescoço. 
O occipital se aproxima da parte petrosa denteada do temporal, que aloja 
o canal carótico. Através deste canal, a artéria carótida interna entra na 
cavidade do crânio. O canal carótico termina anteromedialmente no ápice da 
parte petrosa do temporal, no forame lacerado. Este forame é obstruído no 
indivíduo vivo por uma lâmina cartilagínea e é formado pela junção do 
temporal, occipital e esfenoide. Pequenos ramos arteriais direcionados às 
meninges e veias emissárias, provenientes do seio cavernoso, passam pelo 
forame. 
A parte petrosa do temporal se articula anteriormente com o esfenoide, 
formando um sulco que se estende para trás e lateralmente, constituindo um 
canal na parte petrosa. O sulco e o canal alojam a parte cartilagínea da tuba 
auditiva. Uma crista óssea, a espinha do esfenoide, forma a margem lateral 
desse sulco. Ela é perfurada pelo forame espinhoso, que representa a entrada 
da artéria meníngea média e do ramo meníngeo recorrente do ramo mandibular 
do nervo craniano V na cavidade do crânio. 
O forame oval se localiza imediatamente atrás e medialmente ao forame 
espinhoso e perfura a asa maior do esfenoide, permitindo a passagem da artéria 
meníngea acessória e do ramo mandibular do nervo trigêmeo. 
Ao lado do forame oval se situa a porção achatada da asa maior do esfenoide 
e parte da raiz do arco zigomático do temporal. Essas estruturas formam a parte 
do teto da fossa infratemporal. A margem lateral desse teto se curva para cima, 
descrevendo quase um ângulo reto e formando uma crista, a crista 
infratemporal, que define o limite entre as fossas infratemporal e temporal. A 
sutura esfenotemporal se estende obliquamente sobre essa crista. 
Posteriormente existe uma depressão profunda nas partes escamosa e timpânica 
do temporal, a fossa mandibular (fossa glenoidal). Essa depressão incorpora 
o disco articular e, indiretamente, a cabeça da mandíbula, participando, assim, 
da formação da articulação temporomandibular. 
A fissura timpanoescamosa cruza obliquamente a fossa mandibular. 
Aproximadamente na metade do trajeto, a extremidade mais inferior do tegme 
timpânico, uma cunha óssea delgada, se estende através dessa fissura e forma 
duas novas fissuras, uma fissura anterior (petroescamosa) e uma fissura 
posterior (petrotimpânica). 
A fissura petrotimpânica conduz a corda do tímpano, um ramo do nervo 
craniano VII, e o ramo timpânico anterior da artéria maxilar. A margem anterior 
da fossa mandibular é representada pelo tubérculo articular do processo 
zigomático. A extensão posterior da fossa mandibular é constituída pelo 
tubérculo pós-glenoidal que, de acordo com alguns autores, corresponde à raiz 
posterior do arco zigomático. A porção livre da parte timpânica do temporal 
descreve uma curva para baixo e posteriormente em relação ao tubérculo pós-
glenoidal. 
Porção Posterior 
 Resumo. O occipital, o forame magno, os côndilos occipitais que se articulam com 
o atlas, além dos processos mastoide e estiloide, formam a maior parte da porção 
posterior. De forma similar, muitos forames localizam-se na porção posterior. 
Esta porção contém o forame magno, os côndilos occipitais, os processos 
estiloide e mastoide, além da região da escama occipital até a linha nucal 
superior (Figuras 6.5, 6.6 e 6.7). Os côndilos occipitais, localizados em ambos 
os lados do forame magno, articulam-se com o atlas. Imediatamente à frente e 
acima de cadacôndilo estende-se o canal do nervo hipoglosso, que atravessa o 
osso em direção posteromedial e conduz o nervo craniano XII e uma artéria 
meníngea. Imediatamente atrás do côndilo há uma depressão, a fossa condilar, 
que pode ou não ser perfurada pelo forame condilar, que conduz por veias 
emissárias. 
Lateralmente ao canal do nervo hipoglosso situa-se o forame jugular, 
formado pela incisura jugular do occipital e pela incisura jugular do 
temporal. Várias estruturas importantes passam por este forame: os nervos 
cranianos IX, X e XI, o seio petroso inferior da dura-máter, o seio transverso da 
dura-máter (drenando para o bulbo da veia jugular, a extremidade expandida da 
veia jugular interna), além de algumas artérias meníngeas. 
Imediatamente ao lado do grande forame jugular existe o pequeno forame 
estilomastóideo, situado entre o processo estiloide pontiagudo e o processo 
mastoide espesso e em forma de cone. O nervo craniano VII deixa o crânio pelo 
forame estilomastóideo. O processo mastoide também dá origem a vários 
músculos, sendo que um deles tem a sua origem em uma fenda profunda, 
a incisura mastóidea, na superfície medial desse processo. 
Medialmente a essa fenda existe o sulco para aartéria occipital. Este sulco 
mantém contato medial com a sutura têmporo-occiptal e lateralmente com a 
crista óssea que o separa da incisura mastóidea. Superior e posteriormente ao 
processo mastoide encontra-se, frequentemente, o forame mastóideo, que 
conduz as veias emissárias. 
A estrutura mais marcante nesta porção da base do crânio é o forame magno, 
que dá passagem ao bulbo e às meninges associadas, às raízes espinais do nervo 
craniano XI, às artérias vertebrais, às artérias espinais anteriores e posteriores, 
além das fibras autônomas que seguem as artérias vertebrais. As demais 
características do occipital foram descritas na vista posterior. 
Visão Interna do Crânio 
A visão interna do crânio pode ser subdividida em duas regiões principais: a 
visão superior – isto é, a superfície interna da calvária – e a face interna da base 
do crânio. 
Superfície Interna da Calvária 
 Resumo. A calvária representa o teto do crânio e protege o encéfalo. O frontal, os 
dois parietais e uma pequena porção do occipital compõem a calvária. 
A calvária, ou teto do crânio, é uma estrutura em forma de calota que protege 
o encéfalo. Ela é composta pelo frontal, os dois parietais e uma pequena porção 
do occipital. A parte mais anterior pode conter ou não o prolongamento mais 
superior dos dois seios frontais situados entre as lâminas externa e interna do 
frontal. Uma delgada crista óssea em forma de cunha, a crista frontal, surge 
com extremidade pontiaguda e direcionada para trás. Aqui se fixa a foice do 
cérebro (Figura 6.3). A parte mais superior da crista frontal desaparece em 
seguida na escama frontal vizinha. Em sua origem ela apresenta um sulco que 
marca a localização do seio sagital superior. Esse sulco sagital torna-se mais 
profundo na parte posterior, ao longo da linha mediana. As suturas coronal, 
sagital e lambdóidea também são evidenciadas. 
Algumas depressões irregulares e rasas, as fovéolas granulares, situam-se 
lateralmente ao sulco e marcam a localização das lacunas laterais, estruturas 
associadas às granulações aracnóideas. As partes laterais da calvária 
apresentam sulcos para os vasos meníngeos (Figura 6.4). 
 
 
Face Interna da Base do Crânio 
 Resumo. A face interna da base do crânio apresenta três depressões chamadas 
de fossas anterior, medial e posterior do crânio. Nessas depressões se alojam diferentes 
lobos do cérebro. 
A face interna da base do crânio se apresenta como conjunto de três depressões 
posicionadas em direção anteroposterior. Cada depressão situa-se em um nível 
inferior à anterior: as fossas anterior, média eposterior do crânio (Figura 
6.9). 
No indivíduo vivo, a face interna da base do crânio e a calvária são revestidas 
por uma membrana periosteodural que é refletida sobre si mesma, formando 
seios venosos (descritos no Capítulo 17). Estes seios deixam suas marcas nos 
ossos na forma de sulcos. Um destes sulcos, o sulco sagital, já foi mencionado. 
Marcas adicionais nesses ossos são consequência da presença de vasos 
sanguíneos (Figura 6.4), da dura-máter do crânio, dos sulcos e giros do cérebro 
e dos forames que permitem a passagem para dentro e para fora da cavidade do 
crânio. 
Alguns forames podem ser observados na base do crânio e foram descritos 
na seção anterior, onde seus conteúdos também foram mencionados. As 
localizações relativas dos forames serão indicadas nesta seção, mas sua 
descrição não será repetida, uma vez que o Quadro 6.2 e a seção anterior contêm 
estas informações. 
Fossa Anterior do Crânio 
 Resumo. As depressões localizadas na fossa anterior do crânio formam-se nos 
ossos frontal, etmoide e esfenoide e alojam os lobos frontais do cérebro. 
A fossa anterior do crânio é composta pelas porções do frontal, do etmoide e do 
esfenoide (Figura 6.9). Os lobos frontais do cérebro situam-se sobre esse 
assoalho. Suas extensões anterior e lateral são formadas pelos frontais e o seu 
limite posterior é formado pelas asas menores e corpo do esfenoide. 
 
Quadro 6.2 Forames do Crânio e Seu Conteúdo 
Forame Localização no 
crânio 
Osso(s) Localização 
no osso 
Conteúdo 
Alveolar superior 
posterior 
Anteriormente à 
fissura 
pterigomaxilar 
Maxila Superfície 
infratemporal e 
túber da maxila 
Nervos e vasos 
alveolares superiores 
posteriores 
Canal carótico Fossa média do 
crânio 
Temporal Parte petrosa 
do temporal 
Artéria carótida 
interna e plexo 
simpático associado 
Canal do nervo 
hipoglosso 
Fossa posterior 
do crânio 
Occipital Diretamente 
acima da face 
anterior do 
côndilo occipital 
Nervo craniano XII, 
ramo meníngeo da 
artéria faríngea 
ascendente 
Canal lacrimonasal Face 
anteromedial da 
órbita 
Maxila e 
lacrimal 
Região da 
articulação 
entre o 
processo frontal 
da maxila e o 
lacrimal 
Ducto lacrimonasal 
Canal palatovaginal Face externa da 
base do crânio; 
medialmente à 
lâmina medial do 
processo 
pterigoide 
Esfenoide 
e palatino 
Entre o 
processo 
vaginal do 
esfenoide e o 
processo 
esfenoidal do 
palatino 
Nervo faríngeo, 
artéria faríngea 
Canal pterigóideo 
(nervo do canal 
pterigóideo) 
Estende-se do 
forame lacerado 
até a fossa 
pterigopalatina 
Esfenoide Corpo do 
esfenoide, 
imediatamente 
acima do 
processo 
pterigoide 
Nervo e vasos do 
canal pterigóideo 
(nervo e vasos 
vidianos) 
Cego Fossa anterior 
do crânio 
Frontal e 
etmoide 
Entre a base da 
crista frontal e a 
crista etmoidal 
Veias emissárias 
Condilar Fossa posterior 
do crânio 
Occipital Na fossa 
condilar 
imediatamente 
atrás do côndilo 
Veias emissárias 
Esfenopalatino Parede medial 
da fossa 
pterigopalatina 
Esfenoide 
e palatino 
Entre os 
processos 
esfenoidal e 
orbital 
Artéria 
esfenopalatina e 
ramos nasais 
superiores 
posteriores dos 
nervos nasopalatinos 
Espinhoso Fossa média do 
crânio 
Esfenoide Espinha do 
esfenoide 
Vasos meníngeos 
médios e ramo 
meníngeo recorrente 
da divisão 
mandibular do nervo 
craniano V 
Estilomastóideo Entre os 
processos 
estiloide e 
mastoide 
Temporal Posterior à base 
do processo 
estiloide 
Nervo facial, vasos 
estilomastóideos 
Etmoidal anterior Parede medial 
da órbita 
Etmoide e 
frontal 
Sutura 
frontoetmoidal 
Nervo etmoidal 
anterior e vasos 
Etmoidal posterior Parede medial 
da órbita 
Frontal e 
etmoide 
Sutura 
frontoetmoidal, 
posteriormente 
ao forame 
etmoidal 
anterior 
Nervo etmoidal 
posterior e vasos 
(quando presentes) 
Fissura orbital 
inferior 
Órbita Esfenoide, 
maxila, 
palatino e 
zigomáticoEntre a parede 
lateral e o 
assoalho da 
órbita 
Divisão maxilar do 
nervo craniano V, 
nervo zigomático, 
vasos infraorbitais, 
veias para o plexo 
pterigóideo, veia 
oftálmica 
Fissura orbital 
superior 
Face 
posterossuperior 
da órbita 
Esfenoide 
e frontal 
Entre o teto e a 
parede lateral, 
lateralmente ao 
ápice 
Nervos cranianos III, 
IV, VI e divisão 
oftálmica do V; fibras 
simpáticas; ramos da 
artéria meníngea 
média; ramo 
recorrente da artéria 
lacrimal; veia 
oftálmica superior 
Hiato do canal do 
nervo facial 
Fossa média do 
crânio 
Temporal Parte petrosa 
do temporal, 
lateralmente à 
impressão 
trigeminal 
Nervo petroso maior 
Incisivo Linha mediana 
do palato 
Maxilas Abre-se no 
interior da fossa 
incisiva, 
imediatamente 
atrás do septo 
interdental entre 
os dois dentes 
incisivos 
centrais 
Nervos 
nasopalatinos e 
ramos septais 
descendentes da 
artéria 
esfenopalatina 
Infraorbital Inferior à 
margem da 
órbita 
Maxila Inferior à 
margem da 
órbita, 
lateralmente à 
abertura nasal, 
superiormente à 
fossa canina 
Vasos e nervo 
infraorbitais 
Jugular Fossa posterior 
do crânio 
Occipital e 
temporal 
Lateralmente ao 
forame magno, 
medialmente ao 
processo 
estiloide 
Nervos cranianos IX, 
X e XI; seios petroso 
inferior e sigmóideo 
da dura-máter; 
artérias meníngeas; 
bulbo da veia jugular 
interna 
Lacerado Fossa média do 
crânio 
Temporal, 
occipital e 
esfenoide 
Medialmente ao 
ápice da parte 
petrosa do 
temporal; 
lateralmente à 
parte basilar do 
occipital 
Revestido por uma 
lâmina cartilagínea 
que é perfurada por 
artérias meníngeas e 
por veias emissárias 
Magno Fossa posterior 
do crânio 
Occipital Posteriormente 
ao clivo 
Bulbo e meninges 
associadas, raízes 
espinais do nervo 
craniano XI, artérias 
vertebrais, artérias 
espinais anteriores e 
posteriores, fibras 
simpáticas pós-
ganglionares 
Mandibular Superfície 
medial da 
mandíbula 
Mandíbula Superfície 
medial do ramo, 
inferiormente à 
língula 
Vasos e nervo 
alveolares inferiores 
Mastóideo Superfície 
externa posterior 
Temporal Superior e 
posterior ao 
processo 
mastoide, 
próximo à 
sutura têmporo-
occipital 
Veias emissárias, 
ramo mastóideo da 
artéria occipital 
Meato acústico 
interno 
Fossa posterior 
do crânio 
Temporal Face posterior 
da parte petrosa 
do temporal 
Nervos cranianos VII 
e VIII, nervo 
intermédio e vasos 
sanguíneos da 
orelha interna 
Mentual Superfície 
anterior da 
mandíbula 
Mandíbula Inferiormente à 
região 
interproximal 
entre o primeiro 
e o segundo 
dente pré-molar 
Nervo e vasos 
mentuais 
Olfatório Fossa anterior 
do crânio 
Etmoide Lâmina 
cribriforme do 
etmoide que 
circunda a crista 
etmoidal 
Nervos olfatórios 
Óptico Fossa média do 
crânio 
Esfenoide Ápice da órbita, 
entre as duas 
raízes da asa 
menor do 
esfenoide 
Nervo óptico, artéria 
oftálmica e fibras 
simpáticas pós-
ganglionares 
associadas, artéria 
central da retina 
Oval Fossa média do 
crânio 
Esfenoide Asa maior do 
esfenoide, 
anterior e 
medialmente 
em relação ao 
forame 
espinhoso 
Divisão mandibular 
do nervo craniano V, 
artéria meníngea 
acessória, às vezes o 
nervo petroso menor 
Palatino maior Base anterior do 
crânio 
Palatino e 
maxila 
Entre a sutura 
palatinomaxilar, 
lingual em 
relação ao 
terceiro dente 
molar 
Vasos e nervo 
palatinos maiores 
Palatino menor Palato (parte 
posterior do 
palatino) 
 Processo 
piramidal do 
palatino 
Vasos e nervos 
palatinos menores 
Parietal Anteriormente 
ao lambda, em 
ambos os lados 
da sutura sagital 
Parietal Na face 
superior, 
próximo à 
sutura sagital 
Veia emissária para 
o seio sagital 
superior, às vezes 
um ramo da artéria 
occipital 
Redondo Fossa média do 
crânio 
Esfenoide Asa maior Ramo maxilar do 
nervo trigêmeo 
Supraorbital Margem superior 
da órbita 
Frontal Inferiormente ao 
arco superciliar 
Nervo e vasos 
supraorbitais 
Zigomaticofacial Lateralmente ao 
ângulo 
inferolateral da 
margem da 
órbita 
Zigomático Superfície 
malar, 
superiormente à 
origem do 
músculo 
zigomático 
maior 
Nervo e vasos 
zigomaticofaciais 
Zigomático-orbital Assoalho 
anterior da órbita 
Zigomático Superfície 
orbital 
Nervos e vasos 
zigomaticofacial e 
zigomaticotemporal 
Zigomaticotemporal Fossa temporal Zigomático Superfície 
temporal 
Nervo e vasos 
zigomaticotemporais 
 
O frontal apresenta uma estrutura em forma de cunha na sua linha mediana, 
a crista frontal, terminando em um ponto inferior que demarca a contribuição 
do frontal para forame cego. Este forame conduz as veias emissárias e 
representa o local de origem do seio sagital superior. 
A porção posterior do forame cego é formada pelo etmoide. Imediatamente 
atrás do forame cego localiza-se uma cunha óssea em forma de triângulo, 
a crista etmoidal (“crista de galo”), situada no etmoide, e que fornece a fixação 
para a foice do cérebro. A base da crista etmoidal localiza-se em uma depressão 
entre as duas lâminas orbitais do frontal. O assoalho dessa depressão é 
conhecido como lâmina cribriforme do etmoide. Como o nome indica, esta 
lâmina é perfurada por um grande número de forames olfatórios que 
conduzem os nervos olfatórios para osbulbos olfatórios que ocupam essa 
depressão. 
Uma pequena lâmina óssea triangular se estende anteriormente a partir do 
corpo do esfenoide. O ápice do triângulo ósseo, a espinha etmoidal do 
esfenoide, faz contato com a parte mais posterior da crista etmoidal. Desta 
maneira, a espinha é intercalada entre as lâminas orbitais do frontal e a lâmina 
cribriforme do etmoide. A espinha etmoidal se continua lateralmente com a asa 
menor do esfenoide. 
Posteriormente, as asas menores do esfenoide terminam em uma lâmina 
curvada, na superfície inferior da qual encontramos o seio esfenoparietal. A 
asa menor do esfenoide se alarga em direção medial e termina em uma estrutura 
arredondada, o processo clinoide anterior, que forma uma saliência acima da 
fossa média do crânio. Este processo forma o ponto de fixação mais anterior 
do tentório do cerebelo. 
Fossa Média do Crânio 
 Resumo. A fossa média do crânio é formada pelas asas menores do esfenoide, 
que se estendem para as asas maiores, e por partes do temporal e do parietal. Os lobos 
temporais do cérebro repousam sobre o assoalho da fossa média do crânio. A porção 
central da fossa é ocupada pela sela turca, que contém a hipófise. 
O assoalho da fossa média do crânio, que sustenta os lobos temporais do 
cérebro, se localiza inferiormente à fossa anterior do crânio e se estende em 
direção anterior por baixo desta. Anteriormente, a fossa média do crânio é 
delimitada pelas asas menores do esfenoide, pela margem anterior do sulco 
do quiasma óptico e pelo processo clinoide anterior. Lateralmente, ela se 
estende até as asas maiores do esfenoide, a parte escamosa do temporal e a parte 
inferior dos parietais (Figura 6.9). Posteriormente, é delimitada pelo dorso da 
sela do esfenoide e pela porção superior da parte petrosa do temporal. 
A maior parte do centro desta fossa é ocupada pela sela turca do esfenoide 
que se estende anterolateralmente e posterolateralmente em direção às paredes 
da fossa. O corpo do esfenoide forma, na linha mediana, a sela turca, cuja 
porção mais profunda é conhecida como fossa hipofisial. A parede anterior da 
sela turca, o tubérculo da sela, é quase vertical e possui uma projeção de cada 
lado, o processo clinoide médio. A parede posterior da sela turca, o dorso da 
sela, se estende para cima e apresenta duas pequenas projeções em forma de 
botão, os processos clinoides posteriores. Estes processosfornecem a 
fixação para o tentório do cerebelo. 
O sulco do quiasma óptico estende-se lateralmente em direção ao canal 
óptico. O nervo óptico, a artéria central da retina e o ramo oftálmico da artéria 
carótida interna e seu plexo simpático associado entram na órbita através desse 
canal. Lateralmente ao canal óptico existe uma fenda oblíqua entre as asas 
maior e menor do esfenoide, conhecida como fissura orbital superior, que dá 
passagem aos nervos cranianos III, IV, VI e à divisão oftálmica do V, 
juntamente com as veias oftálmicas. 
Posteriormente à fissura orbital superior situa-se o forame redondo, o ponto 
de saída da fossa média do crânio para a divisão maxilar do nervo trigêmeo. 
Dois forames adicionais, o forame oval e o forame espinhoso, situam-se no 
esfenoide, posterolateralmente em relação ao forame redondo. 
Medialmente ao forame oval existe o forame lacerado que, em alguns casos, 
forma um canal incompleto pela existência de uma parte óssea, a língula, que 
se estende para trás a partir do corpo do esfenoide. A origem da língula participa 
da formação de uma crista que forma a margem lateral de um sulco raso para a 
artéria carótida interna. Posteriormente, a língula se aproxima da região mais 
medial da parte petrosa do temporal, cuja superfície anterior possui uma 
pequena impressão conhecida como impressão trigeminal (para o gânglio 
trigeminal). 
Lateralmente a essa impressão existe um pequeno sulco na face anterior e 
profunda da parte petrosa do temporal. Este sulco se abre na parte posterior em 
um canal, o hiato do canal facial. Superior e lateralmente ao hiato existe uma 
proeminência óssea, a eminência arqueada, que recobre o canal semicircular 
superior. O teto ósseo delgado da cavidade timpânica circunda, em parte (lateral 
e anteriormente), a eminência arqueada e é conhecido como tegme timpânico. 
A porção mais superior da parte petrosa do temporal é uma crista delgada que 
faz parte da margem posterior da fossa média do crânio. Esta crista contém 
o sulco do seio petroso superior. 
Fossa Posterior do Crânio 
 Resumo. A fossa posterior do crânio é mais larga e profunda do que as outras duas 
fossas. Ela aloja o tronco encefálico, o cerebelo e o lobo occipital do cérebro 
(telencéfalo). O forame magno ocupa sua porção mais profunda. Os forames jugulares 
também se localizam nesta fossa. 
A porção posterior da face interna da base do crânio é a fossa posterior do 
crânio. É formada por partes do temporal, do occipital e do parietal, além de 
uma pequena contribuição do esfenoide. Esta fossa aloja o tronco encefálico, o 
cerebelo e o lobo occipital do cérebro. O forame magno situa-se na parte mais 
profunda da fossa. 
O restante da face interna da base do crânio é chamado de fossa posterior 
do crânio. Ela é formada pelo occipital, temporal e parietal, além de uma 
pequena contribuição do esfenoide (Figura 6.9). 
Imediatamente à frente do forame magno situa-se o clivo côncavo que se 
estende para cima e se articula com o esfenoide. Ao longo da superfície lateral 
da parte basilar do occipital, à medida que ela se aproxima da parte petrosa do 
temporal, surge o sulco do seio petroso inferior. Um forame oval, o meato 
acústico interno, perfura a face posterior da parte petrosa do temporal e 
constitui uma passagem para a orelha interna dos nervos cranianos VII e VIII e 
das artérias e veias do labirinto. 
Diretamente abaixo do meato acústico interno localiza-se o forame 
jugular que conduz vários nervos e vasos. Medialmente ao forame jugular 
existe uma elevação óssea, o tubérculo jugular, cuja face superior possui um 
sulco para a passagem dos nervos cranianos IX, X e XI em direção ao forame 
jugular. 
O forame hipoglosso, que leva ao canal do nervo hipoglosso, perfura o 
occipital imediatamente abaixo do tubérculo jugular. Este canal conduz o nervo 
craniano XII e o ramo meníngeo da artéria faríngea ascendente. 
Ocasionalmente, o canal condilar também perfura o occipital e termina na 
entrada do forame jugular, onde ele se encontra com o sulco do seio sigmoide. 
Este sulco descreve uma curva sigmóidea sobre o occipital, o temporal e o 
parietal, onde ele se continua como sulco do seio transverso no occipital. O 
sulco do lado esquerdo é normalmente mais raso do que o sulco do lado direito. 
Próximo à linha mediana da parede posterior da fossa posterior do crânio, o 
sulco do seio transverso descreve um ângulo de 90° e se continua para cima, 
terminando no sulco do seio sagital superior. 
Na região onde o seio transverso se curva para cima existe uma grande 
protuberância, a protuberância occipital interna, que marca a interseção 
cruciforme de duas elevações ósseas lineares, a eminência cruciforme. A 
eminência cruciforme divide a região em quatro concavidades. As 
concavidades inferiores alojam os dois hemisférios do cerebelo e são chamadas 
de fossas cerebelares, enquanto as duas depressões superiores marcam a 
localização dos lobos occipitais do cérebro. 
A parte inferior da eminência cruciforme estende-se da protuberância 
occipital interna até o lábio posterior do forame magno e corresponde à crista 
occipital interna, que recebe as fixações da foice do cerebelo. 
MANDÍBULA 
 Resumo. A mandíbula é o único osso móvel do crânio e aloja os 16 dentes 
mandibulares no adulto. É um osso com articulação dupla em relação aos temporais, 
formando a articulação temporomandibular e possibilitando o encaixe dos arcos dentais 
mandibular e maxilar, durante a oclusão. 
A mandíbula forma o esqueleto do mento e é um dos maiores ossos do crânio, 
sendo o único osso móvel. A mandíbula contém 16 dentes mandibulares 
(inferiores) e, por meio de sua articulação com os temporais, promove o contato 
íntimo entre a dentição mandibular (inferior) com o arco dental maxilar 
(superior). A mandíbula consiste em um corpo, em forma de ferradura, 
posicionado horizontalmente, e em dois ramos, que se projetam para cima e 
para trás (Figuras 6.1, 6.2, 6.5 e 6.10). 
Os dois ramos são suspensos no crânio por uma série de ligamentos e de 
músculos bilaterais. Essas estruturas limitam o movimento do osso e, 
simultaneamente, promovem uma grande variedade de movimentos, incluindo 
abertura, fechamento, protrusão, retração, excursão lateral e um grau limitado 
de rotação. 
A mandíbula apresenta uma superfície interna e uma superfície externa 
(Figura 6.10). A superfície externa será primeiramente descrita. O corpo em 
forma de ferradura apresenta uma faixa de fusão ao longo da linha mediana 
anterior, entre os dois dentes incisivos centrais, conhecida como sínfise da 
mandíbula (sínfise mentual), cujo prolongamento inferior apresenta uma forma 
triangular chamada de protuberância mentual ou extremidade do mento. 
A base da protuberância mentual forma a porção mais anterior da margem 
inferior da mandíbula. Ela é levemente côncava na linha média, mas apresenta, 
lateralmente, duas pequenas projeções ósseas, os tubérculos mentuais. 
Superiormente aos tubérculos mentuais, em ambos os lados da sínfise da 
mandíbula, o corpo da mandíbula apresenta duas depressões, as fossas 
incisivas. 
O forame mentual torna-se evidente na superfície lateral. Ele se localiza 
inferiormente à região interproximal entre o primeiro e o segundo dente pré-
molar. O forame mentual abre-se em uma direção posterior e conduz nervo e 
vasos mentuais. 
Uma linha, a linha oblíqua, conecta o tubérculo mentual com a margem 
anterior do ramo da mandíbula. Essa linha é muito discreta até chegar ao 
primeiro dente molar, onde se torna mais proeminente, e, no nível do segundo 
molar, começa a se elevar e torna-se contínua com a aguda margem anterior do 
ramo. 
No lado medial da linha oblíqua, imediatamente ao lado e distal em relação 
ao terceiro dente molar, existe uma depressão rasa, a fossa retromolar. 
Medialmente à fossa retromolar existe outra depressão rasaem forma de 
triângulo, o trígono retromolar. 
A margem lateral do trígono retromolar torna-se contínua com a crista 
alveolar lateral (bucal), enquanto a margem medial se continua com a crista 
alveolar medial do terceiro dente molar. Estas cristas continuam, em seguida, 
para a frente e formam as lâminas alveolares bucal e lingual da mandíbula. Nas 
regiões interproximais, estas lâminas são unidas entre si por meio de conexões 
ósseas, os septos interalveolares. 
A superfície interna na linha mediana do corpo da mandíbula apresenta dois 
– em alguns casos quatro – tubérculos ósseos. Os dois superiores são constantes 
e são as espinhas mentuais (também chamadas de espinhas genianas 
superiores ou tubérculos genianos), representando os pontos de origem dos 
músculos genioglossos. Os tubérculos inferiores, as espinhas genianas 
inferiores, servem como origem para os músculos gênio-hióideos. 
A superfície medial do corpo da mandíbula apresenta uma crista óssea, 
a linha milo-hióidea, que se estende da sínfise da mandíbula até a região do 
terceiro dente molar. A linha milo-hióidea indica a origem do músculo milo-
hióideo. Acima da linha milo-hióidea existe, anteriormente, uma fossa rasa, 
a fossa sublingual, enquanto a fossa submandibular se projeta para trás 
abaixo dessa linha. Cada uma das fossas recebe o nome da principal glândula 
salivar aí localizada. 
Posteriormente ao corpo da mandíbula existe o ramo da mandíbula. O ângulo 
da mandíbula é a região onde a margem posterior do ramo se continua como 
uma extensão posterior do corpo da mandíbula. A superfície bucal (externa) do 
ramo apresenta tuberosidades e depressões, indicando os locais de fixação do 
músculo masseter. 
Imediatamente à frente da fixação do músculo masseter existe um sulco raso, 
raramente evidente, no corpo da mandíbula, o sulco da artéria facial, marcando 
o trajeto da artéria quando esta se curva para cima e entra na face. A extensão 
superior do ramo da mandíbula termina nos processos coronoide e condilar. 
O processo coronoide, em forma de triângulo, é achatado e serve como ponto 
de inserção do músculo temporal. A inserção deste músculo também ocupa a 
margem anterior do ramo em sua superfície medial. O processo condilar 
termina em uma face articular, a cabeça da mandíbula, que se articula com o 
temporal.4 
A região imediatamente abaixo da cabeça da mandíbula é o colo da 
mandíbula, em cuja face medial se insere o músculo pterigóideo lateral, em 
uma leve depressão, a fóvea pterigóidea. A região em forma de arco entre os 
processos coronoide e condilar é conhecida como incisura da mandíbula, por 
onde o nervo e os vasos massetéricos entram no músculo masseter. 
Próximo ao ponto médio da superfície medial do ramo localiza-se o forame 
da mandíbula que se abre no canal da mandíbula. Este canal dá passagem ao 
nervo e aos vasos alveolares inferiores. A abertura é protegida anteriormente 
por uma crista óssea aguda, a língula, cujo ápice livre é posicionado para trás 
em direção ao processo condilar. A língula serve como ponto de fixação do 
ligamento esfenomandibular. 
Inferiormente à língula situa-se o sulco milo-hióideo, que se estende do 
forame da mandíbula, em direção anteroinferior, e marca o trajeto do nervo 
milo-hióideo. O ângulo da mandíbula e a região posterior do sulco milo-hióideo 
possuem uma aparência áspera devido à inserção do músculo pterigóideo 
medial. (Ver Figuras 6.11 a 6.13.) 
HIOIDE 
 Resumo. O pequeno hioide, em forma de “U”, localiza-se na parte superior do 
pescoço, acima do nível da cartilagem tireóidea. Ele forma uma ponte na linha mediana 
do pescoço. Vários tendões se ligam a esse osso e um total de 10 ou 11 músculos se 
fixam em cada metade do hioide. 
O hioide é um pequeno osso em forma de “U” que, ao primeiro olhar, parece 
insignificante, devido a seu pequeno tamanho (Figura 6.15). Entretanto, cada 
metade fornece pontos de fixação para três ligamentos e 10 – às vezes 11 – 
músculos. Este osso é suspenso por ligamentos e músculos entre os temporais 
e o esterno. Ele consiste em cinco porções: o corpo quadrilateral mediano e 
quatro cornos, os dois cornos maiores e os dois cornos menores. 
Os dois cornos maiores são direcionados para trás e terminam em um 
tubérculo, sendo ligados por uma conexão cartilaginosa em uma fase precoce 
da vida. A cartilagem ossifica em indivíduos de meia-idade. Os cornos menores 
são pequenas estruturas em forma de mamilos e se projetam em direção superior 
e posterior. Eles são fixados na articulação entre os cornos maiores e o corpo. 
Comumente, uma crista vertical na linha mediana divide o corpo do hioide 
em metades esquerda e direita. A margem inferior do corpo é achatada, exceto 
uma pequena concavidade na linha mediana e direcionada para cima. 
Os seguintes músculos se fixam no corpo do hioide: músculo genioglosso 
(com algumas alças tendíneas), gênio-hióideo, hioglosso, levantador da 
glândula tireoide (quando presente), milo-hióideo, omo-hióideo, esterno-
hióideo e tíreo-hióideo. Dois ligamentos, o ligamento hioepiglótico e o 
ligamento tíreo-hióideo (parcialmente) também são ligados ao corpo do hioide. 
Os seguintes músculos são fixados ao corno maior: músculo digástrico (por 
uma alça tendínea), hioglosso, constritor médio da faringe, estilo-hióideo e 
tíreo-hióideo. A membrana tíreo-hióidea é em parte ligada ao tubérculo do 
corno maior. 
O corno menor liga a porção condroglossa do músculo hioglosso e o 
ligamento estilo-hióideo. 
VÉRTEBRAS CERVICAIS 
 Resumo. As sete vértebras mais superiores são as vértebras cervicais. As duas 
primeiras, o atlas e o áxis, são amplamente modificadas para permitir a rotação da 
cabeça sobre o restante da coluna vertebral. 
Existem sete vértebras cervicais que constituem a extensão suprema da coluna 
vertebral. As duas vértebras superiores, o atlas e o áxis, são amplamente 
modificadas para sustentar a cabeça e permitir a sua rotação na articulação 
atlantoaxial. A sétima vértebra cervical (C7) também é modificada, mas não 
será tratada individualmente. 
Interposto entre cada duas vértebras vizinhas existe um disco intervertebral, 
além de outras estruturas cartilaginosas envolvidas nas regiões das faces 
articulares, para facilitar movimentos suaves sem atrito e permitir 
amortecimento e sustentação para toda a coluna vertebral. 
Vértebras Cervicais Típicas 
 Resumo. Uma vértebra cervical típica é muito parecida com uma vértebra torácica, 
exceto que os processos transversos de todas as vértebras cervicais (com exceção da 
sétima) são perfurados pelo grande forame transversário que dá passagem os vasos 
vertebrais e aos plexos simpáticos associados. 
Como todas as outras vértebras típicas, as vértebras cervicais possuem um 
grande corpo direcionado para a frente, a partir do qual o arco vertebral se 
estende para trás (dorsal) (Figura 6.16). Este arco envolve o forame vertebral. 
Todos os forames vertebrais formam, em conjunto, o canal vertebral, que 
contém a medula espinal, as meninges e os vasos associados. O arco vertebral 
consiste em dois pedículos anteriores curtos e duas lâminas posteriores mais 
largas. Das lâminas saem dois processos articulares superiores, 
dois processos articulares inferiores, dois processos transversos e um 
único processo espinhoso, direcionado para trás e para baixo. 
As superfícies superior e inferior dos pedículos apresentam incisuras 
vertebrais conhecidas como incisuras vertebrais superior e inferior. Quando 
duas vértebras se articulam, a incisura superior da vértebra inferior e a incisura 
inferior da vértebra superior formam o forame intervertebral, onde os nervos 
espinais saem do canal vertebral. 
Os processos transversos de todas as vértebras cervicais (com exceção da 
sétima) são perfurados pelo grande forame transversário que conduz os vasos 
vertebrais e os seus plexos simpáticos associados.A sétima vértebra cervical possui um forame transversário pequeno ou 
duplicado. O processo articular superior projeta-se para cima e apresenta 
as faces articulares direcionadas para trás. Os processos articulares inferiores 
projetam-se para baixo, com suas faces articulares direcionadas para a frente. 
A superfície superior do corpo é ligeiramente côncava e apresenta, em ambos 
os lados, um lábio que se curva para cima. A superfície inferior do corpo é 
ligeiramente côncava na direção anteroposterior e convexa no plano transversal. 
O processo espinhoso bífido (mais longo em C7) projeta-se para trás e para 
baixo. 
Atlas 
 Resumo. A primeira vértebra cervical é amplamente modificada, já que se articula 
superiormente com os côndilos occipitais, em vez de uma vértebra superior. Seu corpo 
é um arco anterior modificado que apresenta uma face para o dente do áxis em sua 
superfície posterior (dorsal). Este dente é fixado ao atlas por um ligamento. As faces 
inferiores se articulam com as faces superiores do áxis. 
O atlas, a primeira vértebra cervical, é amplamente modificado. Seu corpo é 
substituído por um arco anterior cuja superfície anterior (ventral) possui um 
tubérculo anterior, enquanto a sua superfície posterior (dorsal) apresenta 
uma fóvea para o dente do áxis (Figura 6.17). O arco anterior é conectado com 
o arco posterior por meio das massas laterais esquerda e direita. Essas 
massas possuem as faces articulares superiores e inferiores. As faces 
superiores articulam-se com os côndilos do occipital e as faces inferiores com 
as faces articulares superiores do áxis. 
O dente do áxis é mantido fixado ao atlas pelo ligamento transverso do atlas, 
uma alça fibrosa que é ligada ao tubérculo na superfície medial de cada massa 
lateral. 
Os processos transversos do atlas são muito longos e contêm os forames 
transversários para a passagem da artéria vertebral e de suas estruturas 
associadas. A superfície superior do arco posterior possui um sulco para a 
passagem da artéria vertebral, permitindo que essa artéria entre no forame 
magno. O arco posterior termina no pequeno tubérculo posterior e representa 
o remanescente do processo espinhoso. 
Áxis 
 Resumo. A segunda vértebra cervical é modificada para ajudar na formação da 
articulação atlantoaxial. O corpo é modificado e apresenta um dente que se articula com 
o arco anterior do atlas. O processo espinhoso é longo e bífido e serve para a fixação 
de vários músculos responsáveis pelos movimentos da cabeça. 
O áxis, a segunda vértebra cervical, também é modificado para poder participar 
da formação da articulação atlantoaxial (Figura 6.17). O corpo do áxis é 
alterado superiormente e apresenta uma projeção cranial, o dente, que possui 
uma incisura posterior para fixação do ligamento transverso do atlas. O dente 
do áxis possui anteriormente uma face articular que faz contato com a face 
articular do arco anterior do atlas. 
Os pedículos são modificados superiormente, porque são recobertos pelas 
faces articulares superiores e as incisuras vertebrais, nesta superfície, são muito 
rasas. Por outro lado, as incisuras vertebrais inferiores são muito profundas. Os 
processos transversos do áxis são curtos e possuem somente um único 
tubérculo, mas não se distinguem em outros aspectos. O processo espinhoso é 
longo e bífido, e serve para a fixação de vários músculos responsáveis por 
diversos movimentos da cabeça. 
 
Figura 6.1 Vista anterior do crânio. (continua) 
 
Figura 6.1 (continuação) Vista anterior do crânio. 
 
Figura 6.2 Vista anterior oblíqua do crânio. 
 
Figura 6.3 Corte mediano do crânio com o septo nasal mantido. 
 
Figura 6.4 Corte mediano do crânio com o septo nasal removido. 
 
Figura 6.5 Vista lateral do crânio. (continua) 
 
Figura 6.5 (continuação) Vista lateral do crânio. 
 
Figura 6.6 Vista lateroinferior do crânio. 
 
Figura 6.7 (continuação) Base do crânio. 
 
Figura 6.7 Base do crânio. (continua) 
 
Figura 6.8 Palato e regiões associadas. 
 
Figura 6.9 Face interna da base do crânio. 
 
Figura 6.10 Mandíbula. Face lateral (figura superior). Vista superior (figura do 
meio). Vista medial (figura inferior). (A) Processo coronoide. (B) Cabeça da 
mandíbula. (C) Incisura da mandíbula. (D) Corpo da mandíbula. (E) Ramo da 
mandíbula. (F) Fossa submandibular. (G) Fossa sublingual. 
 
Figura 6.11 (continuação) Radiografia posteroanterior da cabeça. 
 
Figura 6.11 Radiografia posteroanterior da cabeça. (continua) 
 
Figura 6.12 Radiografia lateral da cabeça. (continua) 
 
Figura 6.12 (continuação) Radiografia lateral da cabeça. 
 
Figura 6.13 Radiografia cefalométrica, pronta para marcação ortodôntica. 
 
Figura 6.14 Escaneamentos axiais normais da órbita. (A, C e E). 
Escaneamentos por ressonância nuclear magnética. (B, D e F). Escaneamentos 
por tomografia computadorizada contrastada. Aq, humor aquoso; Az, anel 
tendíneo comum (anel de Zinn); CiB, corpo ciliar; Co, córnea; FB, frontal; G, 
bulbo do olho; I, íris; IO, músculo oblíquo inferior do bulbo do olho; IR, músculo 
reto inferior do bulbo do olho; L, lente; LG, glândula lacrimal; L-c, córtex da 
lente; LEI, pálpebra inferior; L-n, núcleo da lente; LP, músculo levantador da 
pálpebra; LR, músculo reto lateral do bulbo do olho; MR, músculo reto medial do 
bulbo do olho; OA, artéria oftálmica; OS, septo orbital; R-Ch, corioide da 
retina; Sc, esclera;SO, músculo oblíquo superior do bulbo do olho; SO/MR, 
músculo oblíquo superior/músculo reto medial do bulbo do olho; SOV, veia 
oftálmica superior; SR, músculo reto superior do bulbo do olho; SR/LP, músculo 
reto superior do bulbo do olho/músculo levantador da pálpebra; Tr, tróclea; UEI, 
pálpebra superior; Vi, corpo vítreo; Z, zônula. 
 
Figura 6.15 Hioide. 
 
Figura 6.16 Vértebra cervical típica. 
 
Figura 6.17 Vistas superiores do atlas (em cima) e do áxis (embaixo). 
1N.R.T.: Na verdade, o crânio é o esqueleto da cabeça. A parte do crânio que aloja o encéfalo é chamada 
de neurocrânio. 
2N.R.T.: Nesse caso, o autor está se referindo apenas ao neurocrânio. 
3N.R.T.: Nesse caso, o autor não está considerando os ossos (ossículos) da orelha média, que são móveis. 
4N.R.T.: O processo condilar da mandíbula é formado pela cabeça da mandíbula (que se articula com o 
temporal), o colo da mandíbula e a fóvea pterigóidea (local de inserção do m. pterigóideo lateral).

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