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UNIVERSIDADE ESTÀCIO DE SÁ 
2018 - I 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos 
 
 
Prof. Eduardo Valadares. 
1ª Parte – 1ª Avaliação 
Material de Apoio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos 
Profº Eduardo Valadares 
 
 
2 
 
1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 
 
1.1 Evolução das empresas 
O consumo de bens e a utilização de serviços são necessidades inerentes à própria condição 
humana, o que remonta aos primórdios da civilização. No início, com ferramentas muito rudimentares, o 
homem só utilizava os bens naturais no mesmo estado em que eram encontrados na natureza ou com 
pequeno beneficiamento executado pelo próprio consumidor ou membros da sua família. Houve o 
desenvolvimento da civilização em que o homem ou seu clã extraía os bens da natureza, beneficiava-os 
rudimentarmente e oferecia-os a outros homens ou a outros clãs, aparecendo o sistema de trocas. Isto 
conduziu ao aparecimento dos grandes empórios e das empresas de navegação. O desenvolvimento do 
comércio e do transporte marítimo proporcionou a ampliação da produção, envolvendo maior número de 
pessoas, embora ainda artesanalmente. Todo este processo evolutivo culminou com a Revolução Industrial 
iniciada na Inglaterra, cuja primeira fase ocorreu na segunda metade do Século XVIII. Este estágio da 
evolução determinou a necessidade de ser incrementada a forma de organização societária, proporcionando o 
desenvolvimento da empresa capitalista, cujo valor do capital aplicado transformou-a de propriedade 
individual em coletiva, despersonalizando-a. 
 
1.2 A Era Mercantilista e a Contabilidade Geral 
Nessa época a contabilidade era essencialmente Financeira (ou Geral) e estava bem 
estruturada para atender às empresas comerciais, uma vez que estas viviam basicamente do comércio e não 
da fabricação. A apuração dos custos era feita mediante a verificação do montante pago pela compra dos 
produtos. Utilizava-se da contagem física dos itens por intermédio de inventário para prover a apuração do 
custo do período. 
Estoques Iniciais 
(+) Compras 
(-) Estoques Finais 
(=) Custo das Mercadorias Vendidas. 
 
1.3 A Revolução Industrial e a Contabilidade de Custos 
Entretanto, um dos principais problemas decorrentes da evolução do sistema produtivo 
residia na avaliação dos estoques, fator essencial na determinação do resultado das empresas. 
Essa nova empresa industrial, de propriedade diluída, submetida aos rigores do Fisco na 
busca do lucro tributável, determinou que a avaliação dos estoques seguisse a apuração dos custos 
envolvidos na produção dos bens estocados, exigindo que fossem conhecidos os montantes de material, mão-
de-obra e de gastos gerais de fabricação aplicado na produção de cada um dos bens. 
 
 
1.4 A Empresa Moderna e a Contabilidade de Custos 
Atualmente, num cenário de extrema competitividade, a contabilidade de custos tem como 
objetivo atender a duas mais recentes e, provavelmente, mais importantes tarefas: auxiliar a administração 
das empresas no controle de seus gastos internos e propiciar uma série de informações para a tomada de 
decisão quanto a preços, corte de produtos, adoção de novas linhas de produção, fabricação interna, 
compra de determinados componentes etc. 
 
O cerne da questão da Contabilidade de Custos está, portanto, na adoção do método de 
custeio que indique quais custos devem fazer parte da apuração do custo dos produtos e está ligado a duas 
questões: 
a) quais os custos que devem fazer parte da apuração do custo dos recursos, produtos, serviços, 
atividades ou departamento e, por conseqüência; 
b) quais os custos de um recurso, produto ou serviço final que devam ser ativados enquanto esses bens 
estão em estoque (enquanto não vendidos), com o objetivo de apurar o custo de uma unidade do 
produto fabricado. 
 
 
Contabilidade de Custos 
Profº Eduardo Valadares 
 
 
3 
1.5 Contabilidade Financeira (geral) x Contabilidade de Custos 
 
 
1.5.1 Contabilidade Financeira (Geral) 
A Contabilidade Financeira surgiu com o desenvolvimento do comércio. Seu objetivo 
fundamental é o controle do patrimônio da empresa e suas variações, que são resultantes da Apuração do 
Resultado das atividades mercantis (lucro ou prejuízo). A Contabilidade Financeira se concentra nos 
demonstrativos dirigidos ao público externo (acionistas, credores etc.), que são guiados pelos Princípios 
Fundamentais de Contábilidade. 
 
1.5.2 Contabilidade de Custos 
Com o advento da Revolução Industrial e a conseqüente proliferação das empresas 
industriais, a contabilidade viu-se as voltas com o problema de adaptar os procedimentos de apuração do 
resultado em empresas comerciais (que apenas revendiam mercadorias compradas de outrem) para as 
empresas industriais, que adquiriam matérias-primas e utilizavam fatores de produção para transformá-las 
em produtos destinados à venda. A solução natural para o problema foi usar o mesmo esquema para 
apuração do resultado, substituindo o item “Compras” pelo pagamento dos fatores que entraram na 
produção: matéria-prima consumida, salário dos trabalhadores da produção, energia elétrica e combustíveis 
utilizados, enfim, todos os gastos que foram efetuados na atividade Industrial e que foram denominados de 
Custos de Produção. O ramo da Contabilidade que controlava estes gastos passou a chamar-se de 
Contabilidade de Custos . A Contabilidade de Custos mensura e relata informações financeiras e não 
financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Ela fornece informação 
tanto para a Contabilidade Financeira quanto para a Contabilidade Gerencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 Estoques na atividade comercial 
O comerciante se limita a revender as mercadorias adquiridas com essa finalidade. O 
controle dos estoques na empresa comercial é relativamente simples. Basta que se verifique, mediante 
inventário periódico ou por meio de controles permanentes, o valor de aquisição dos bens em estoque. Com 
esse recurso, podemos também controlar o custo das mercadorias vendidas e, assim, apurar o resultado. Na 
apuração do custo das mercadorias vendidas, podemos utilizar o sistema de inventário periódico ou o sistema 
de inventário permanente. No sistema de inventário periódico, o CMV só é apurado ao fim de um período 
determinado, normalmente ao fim de cada exercício social: 
 
CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final 
 
No sistema de inventário permanente, o CMV é apurado em cada venda. 
De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa comercial é feita do seguinte 
modo: 
 
Vendas líquidas 10.000,00 
( - ) CMV (6.000,00) 
Lucro Bruto 4.000,00 
( - ) Despesas operacionais: 
- de vendas 200,00 
- administrativas 300,00 
- financeiras 500,00 (1.000,00) 
Lucro líquido 3.000,00 
 
ARTESÕES COMÉRCIO CONSUMIDOR INDÚSTRIAS COMÉRCIO CONSUMIDOR 
Revolução 
Industrial 
Séc. XVIII 
Contabilidade de Custos 
Profº Eduardo Valadares 
 
 
4 
As mercadorias vendidas e entregues aos clientes têm o valor de aquisição registrado como custo das 
mercadorias vendidas: 
 
 
 
 
Mercadorias em Estoques 
 
 
CMV 
 
 
Ciclo de negociação das Empresas Comerciais: 
 
 
 
 
 
Estoque de Mercadorias – são as mercadorias compradas que ainda não foram vendidas. Ao 
serem vendidas, as mercadorias são baixadas dos estoques pelo valor que foram adquiridas – Custo das 
Mercadorias Vendidas (CMV). A forma mais simples de se calcular o CMV é através da seguinte equação: 
 
CMV = EI + Compras – EF 
 
Na atividade comercial permanecem em estoque apenas os valores de aquisição das 
mercadorias ainda não vendidas. Os valores correspondentes a aluguéis, depreciação, juros, comissões de 
vendas, honorários, salários etc. sãoapropriados ao resultado imediatamente quando incorridos. Em regra, 
são estocados apenas os gastos necessários à aquisição das mercadorias, tais como o preço pago pela 
mercadoria, o frete, o seguro do frete, os impostos não recuperáveis. Os gastos não relacionados à compra 
das mercadorias não fazem parte do seu valor de aquisição. A despesa de salários de uma empresa comercial, 
por exemplo, não é incorporada ao estoque, sendo apropriada ao resultado dentro do período de competência 
da despesa, mesmo que nesse período não tenham sido realizadas vendas de mercadorias. 
 
1.7 Estoques na atividade industrial 
O industrial fabrica os produtos que destina à venda, agregando à matéria-prima uma série 
de insumos. Na empresa industrial é necessário controlar os fatores que são aplicados à produção (material 
direto, mão-de-obra direta e gastos gerais de fabricação), para se determinar o valor dos estoques de produtos 
em elaboração, dos estoques de produtos acabados e do custo dos produtos vendidos. 
De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa industrial é feita do seguinte modo: 
Vendas líquidas 20.000,00 
( - ) CPV (14.000,00) 
Lucro bruto 6.000,00 
( - ) Despesas operacionais: 
- de vendas 2.000,00 
- administrativas 1.000,00 
- financeiras 1.200,00 (4.200,00) 
Lucro líquido 1.800,00 
 
O CPV, Custo dos Produtos Vendidos, corresponde às matérias-primas utilizadas, 
embalagens e outros materiais diretos, mão-de-obra direta e gastos gerais de fabricação (ou custos indiretos 
de fabricação), necessários à fabricação dos produtos vendidos. Ou seja, corresponde ao valor dos fatores de 
produção aplicados aos produtos comercializados em determinado período. O CPV representa o custo dos 
produtos que foram transferidos para os clientes, em virtude das vendas. 
 
Compra Mercadorias Estoca Mercadorias Vende Mercadorias 
Contabilidade de Custos 
Profº Eduardo Valadares 
 
 
5 
 
 
Matérias-primas 
 
 
Produtos em 
Elaboração 
 
Produtos 
Acabados 
 
 
 
CPV 
 
 
Ciclo de negociação das Empresas Industriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Estoque de Matérias-primas – são matérias-primas em estoques aguardando para serem utilizadas 
no processo produtivo; 
- Estoque de Produtos em Processo/Elaboração – são produtos que foram iniciados, mas ainda não 
estão totalmente acabados; 
- Estoque de Produtos Acabados – são produtos que foram terminados seu ciclo de produção, mas 
ainda não foram vendidos. 
Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos: Estoque Inicial de Produtos Industriais (em elaboração e 
acabados) + Custo de Produção do Período (Matéria-Prima consumida, Salários dos Operários, Energia 
Elétrica, Combustíveis e demais custos) – Estoque final de Produtos Industriais (em elaboração e acabados). 
 
CPV = EIPE + EIPA + CPP –EFPE – EFPA 
 
Demonstração do Resultado do Exercício (com as alterações da Lei nº 11.638/07 e MP nº 449/08) 
 
Empresa Comercial 
Receita Bruta de Vendas e Serviços 
(-) Deduções (devoluções de vendas, abatimentos e impostos) 
= Receita Líquida de Vendas e Serviços 
(-) CMV (EI + Compras – EF) 
= Lucro Bruto Operacional 
(-) Despesas Operacionais 
 * Com Vendas 
 * Financeiras Líquidas 
 * Administrativas 
 Outras receitas e despesas operacionais 
= Lucro/Prejuízo Líquido Operacional 
Outras Receitas e outras Despesas 
= Resultado do Exercício antes da CSSL e IR 
(-) Provisão para CSSL 
(-) Provisão para IR 
= Lucro Líquido antes das participações 
(-) Participações de Debêntures, Empregados, Administradores e partes beneficiária. 
= Lucro Líquido do Exercício 
 
 
 
 
ESTOCA 
PRODUTOS 
ACABADOS 
COMPRA 
MATÉRIAS- PRIMAS 
ESTOCA 
MATÉRIAS-PRIMAS 
PRODUZ 
VENDE 
PRODUTOS 
ACABADOS 
Contabilidade de Custos 
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6 
Empresa Industrial 
 
Faturamento Bruto 
(-) IPI s/ Faturamento 
= Receita Bruta de Vendas 
(-) Deduções 
= Receita Líquida de Vendas 
(-) Custo dos Produtos Vendidos 
= Lucro Bruto Operacional 
 
É a Contabilidade de Custos quem apura o CPV, por meio do controle dos custos de 
produção. As receitas e as despesas de vendas, administrativas, financeiras etc. são controladas pela 
Contabilidade Financeira (Comercial) da empresa. Na atividade industrial permanecem em estoque os 
valores de aquisição das matérias-primas e demais fatores de produção aplicados na fabricação dos produtos 
mantidos em estoque. São apropriados ao resultado, como custo dos produtos vendidos, apenas os valores 
aplicados na fabricação dos produtos vendidos. Assim, integram os estoques de produtos os salários, a 
depreciação, o aluguel, o seguro e demais gastos aplicados à produção, enquanto os produtos não forem 
vendidos; vale dizer, durante o período em que os produtos forem mantidos em estoque. Se um produto 
fabricado permanecer em estoque, o seu valor corresponderá aos seguintes custos, necessários à sua 
produção: 
Matéria-prima consumida 
+ Embalagem e outros materiais diretos utilizados 
+ Mão-de-obra direta aplicada 
+ Gastos gerais de fabricação (demais gastos envolvidos no processo produtivo) 
 
1.8 Patrimônio da empresa industrial 
O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma determinada pessoa, 
avaliável economicamente (em moeda). No sentido jurídico, patrimônio é o complexo de relações jurídicas 
de uma pessoa que possam ser avaliadas economicamente. 
 
1.8.1 Investimentos da indústria 
As aplicações, ou Ativo, podem ser divididas em: bens numerários, de venda, de renda, 
fixos; créditos de funcionamento e créditos de financiamento. 
Bens Numerários - São as disponibilidades financeiras, como o dinheiro em caixa, em conta-corrente 
bancária de livre movimentação, aplicações de liquidez imediata, cheques em cobrança. 
Bens de Venda - São bens que a indústria mantém em constante rotatividade, no desempenho de suas 
atividades de produção e comercialização. Têm como destino a venda. É o caso das matérias-primas, 
embalagens, produtos em fabricação, produtos acabados. 
Bens de Renda - São aplicações estranhas às atividades normais da empresa, mas que podem gerar rendas. É 
o caso dos imóveis para aluguel e das participações no capital de outras sociedades. 
Bens Fixos - Representam as aplicações em bens de uso permanente (tempo de vida útil acima de 1 ano e 
valor relevante) necessários à manutenção das atividades da empresa. Podem ser tangíveis ou intangíveis. 
Entre os tangíveis, temos: edificações de uso, terrenos de uso, máquinas, equipamentos, ferramentas, móveis 
e utensílios. São intangíveis: marcas, patentes, despesas diferidas, concessões obtidas para a exploração de 
serviços públicos. As indústrias têm como característica um elevado grau de imobilização de recursos. 
Créditos de Funcionamento - São as contas a receber, os adiantamentos concedidos e os valores a 
compensar decorrentes das atividades normais da empresa. É o caso das duplicatas a receber por vendas a 
prazo de mercadorias, dos adiantamentos a fornecedores de mercadorias, do ICMS e do IPI a recuperar etc. 
Créditos de Financiamento - São as contas a receber, adiantamentos concedidos e valores a compensar 
decorrentes das operações não usuais às atividades da empresa. É o caso, por exemplo, de empréstimos a 
diretores e adiantamentos a acionistas. 
 
1.9 Terminologia utilizada em contabilidade de custos 
A área de custos possui terminologia própria que, entretanto, muitas vezes é utilizada de 
forma equivocada. 
Contabilidade de Custos 
Profº Eduardo Valadares 
 
 
7 
Gasto - sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, 
sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Pode ser 
um investimento, custoou despesa. Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços 
recebidos/prestados. 
 
Exemplos: 
 Gasto com Mão-de-obra 
 Aquisição de Mercadorias para revenda 
 Aquisição de Matéria-prima 
 Aquisição de Máquinas e equipamentos 
 Energia Elétrica 
 Aluguel 
 
Só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, ou 
seja, no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado 
em pagamento. Não estão aqui incluídos todos os sacrifícios com que a entidade acaba por arcar, já que não 
são incluídos o custo de oportunidade ou os juros sobre o capital próprio, uma vez que estes não implicam a 
entrega de ativos. Note que o gasto implica, às vezes, em desembolso, mas são conceitos distintos. 
 
Desembolso - pagamento resultante de aquisição do bem ou serviço. Caracteriza-se pela entrega de 
numerário. 
 
Investimento - gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. 
Pode se transformar em custo, despesa ou perda. Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou 
serviços (gastos) que são "estocados" nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua 
venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de 
investimentos. Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um 
gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma 
num investimento permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como 
investimentos circulantes ou permanentes, dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição. 
 
Custo - gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Este gasto só é 
reconhecido como custo no momento de utilização dos fatores de produção, para fabricação de um produto 
ou execução de um serviço. 
O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos 
fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. 
Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento (Ativo 
Circulante), e assim ficou durante o tempo de sua Estocagem, sem que aparecesse nenhum custo associado a 
ela; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como parte 
integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua venda. 
A energia elétrica utilizada na fabricação de um item qualquer é gasto (na hora de seu consumo) que passa 
imediatamente para custo, sem transitar pela fase de investimento. A máquina provocou um gasto em sua 
entrada, tornado investimento e parceladamente transformado em custo à medida que é utilizada no processo 
de produção. 
 Exemplos: 
 Matéria-Prima: foi um gasto na aquisição, que imediatamente se tornou um investimento 
durante sua estocagem, e quando consumido se tornou Custo. 
 A Energia Elétrica é um gasto que quando consumido, passa imediatamente para Custo. 
 Salários do pessoal da produção. 
 Manutenção das Máquinas e Equipamentos de produção. 
 Depreciação das Máquinas e Equipamentos de produção. 
 
Despesa - Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a 
finalidade de obtenção de receitas. Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir CUSTOS e 
DESPESAS. Pode-se, entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: todos os gastos 
Contabilidade de Custos 
Profº Eduardo Valadares 
 
 
8 
realizados com o produto até que este esteja pronto são CUSTOS; a partir daí, são despesas . Por 
exemplo: gastos com embalagem individual de sabonetes, são custos (realizados no âmbito do processo 
produtivo – este é vendido somente embalado); se a empresa resolve vender em embalagens com 4, 6 ou 8 
sabonetes, esse gasto adicional com essas embalagens extras são DESPESAS (são realizadas após o ciclo de 
produção do produto). 
As despesas representam saídas de recursos, causando redução no patrimônio líquido. 
Exemplos: salários e encargos do pessoal de vendas e administrativo, energia elétrica do escritório, aluguéis 
e seguros do prédio da administração, depreciação dos equipamentos do escritório etc. 
Observações : todo o produto vendido e todo o serviço ou utilidade transferidos provocam despesas. 
Costuma-se chamar de Custo dos Produtos Vendidos/Custo dos Serviços Prestados/Custo das Mercadorias 
Vendidas e assim faz–se aparecer na Demonstração de Resultados; o significado mais correto seria Despesa. 
Cada componente que fora custo no processo de produção agora, na baixa, torna-se despesa. 
Exemplo: a mercadoria adquirida pela loja comercial provoca um gasto (genericamente), um investimento 
(especificamente), que se transforma numa despesa no momento do reconhecimento da receita quando 
trazida pela venda, sem passar pela fase de custo. Logo, segundo Eliseu Martins, o nome Custo das 
Mercadorias Vendidas não é, em termos genéricos, rigorosamente correto. Logo, todas as despesas são ou 
foram gastos. Porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas (por exemplo, terrenos 
que não são depreciados) ou se transformam quando vendidos. Todos os Custos que são ou foram gastos se 
transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se referem. Muitos gastos são 
automaticamente transformados em despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda 
fazem a “via sacra” completa passando por investimento, custo e despesa. 
 
Custo e Despesa não são a mesma coisa ! 
Usaremos o termo “custo”, referindo-se à produção de bens. 
 
Perda - é um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade normal da 
empresa. No primeiro caso, são considerados da mesma natureza que as DESPESAS são jogadas diretamente 
contra o resultado do período. Exemplo: enchentes, desabamentos, obsoletismo de estoques, sinistros etc. No 
segundo caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de matérias-primas na produção 
industrial, integram o Custo de Produção do Período. Exemplo: aparas de chapas de aço. 
 
Definição de Preço - valor estabelecido e aceito pelo vendedor para transferir a propriedade de um bem 
ou para prestar um serviço. Custo ou despesa para o adquirente é o preço para o vendedor. Gerencialmente 
não se faz distinção entre custo e despesa. O preço e o custo podem ser iguais, o preço sob a ótica do 
vendedor e o custo sob a ótica do comprador. Considerando-se apenas o vendedor, o custo é menor e o preço 
é a maior porque contém o lucro. 
 
Definição de Receita - a receita de um bem é o seu preço de venda multiplicado pela quantidade vendida 
e a receita de vários bens é o somatório das multiplicações dos diferentes preços de venda pelas respectivas 
quantidades vendidas. 
Exemplo: A matéria prima, que é uma receita para o vendedor, é para o comprador um gasto com 
investimento no ato da compra, um desembolso no ato do pagamento que pode ser a vista ou a prazo, um 
custo no ato de sua aplicação na produção e uma despesa no ato da venda do produto que ela integra. 
 
1.10 Elementos de custos ou fatores de produção 
Basicamente, os componentes de custo industrial podem ser resumidos em três elementos: 
- Materiais (matéria prima, material secundário, embalagens) 
- Mão-de-obra (MOD / MOI - Mão de obra Direta e Indireta) 
- Gastos Gerais de Fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (energia elétrica, 
aluguéis, seguros, telefone, manutenção, lubrificantes etc). 
 
1.10.1 Materiais 
Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em: 
Contabilidade de Custos 
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9 
Matérias-primas:são os materiais principais e essenciais que entram em maior quantidade na fabricação do 
produto. A matéria-prima para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de 
confecções é o tecido; para uma indústria de massas alimentícias é a farinha etc; 
Materiais Secundários : são os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto. Esses 
materiais são aplicados juntamente com a matéria-prima, complementando-a ou até mesmo dando o 
acabamento necessário ao produto. Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: 
pregos, cola, verniz, dobradiças, fechos etc; para uma indústria de confecções são: botões, zíperes, linha etc; 
para uma indústria de massas alimentícias são: ovos, manteiga, fermento, açúcar etc. 
Materiais de Embalagem: são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que 
eles saiam da área de produção. Os materiais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira podem 
ser caixas de papelão, que embalam os móveis desmontados; em uma indústria de confecções caixas ou 
sacos plásticos; em uma indústria de massas alimentícias caixas ou sacos plásticos etc. 
Podemos encontrar, ainda, outras nomenclaturas a respeito dos materiais secundários como: 
materiais auxiliares, materiais acessórios, materiais complementares, materiais de acabamento etc. 
Dependendo do interesse da empresa, essas subdivisões poderão ser utilizadas. Para efeito didático, 
consideraremos todos esses materiais como secundários. 
 
1.10.2 Mão-de-obra 
Compreende os gastos com o pessoal envolvidos na produção da empresa industrial, 
englobando salários, encargos sociais, 13º Salário, Férias, refeições e estadas, seguros etc. 
 
1.10.3 Gastos Gerais de Fabricação ou Custos Indiretos de Fabricação. 
Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como por 
exemplo: aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros 
diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, 
telefones e comunicações etc. 
 
1.11 Definição de objeto de custo ou objeto de custeio 
Como já tivemos oportunidade de mencionar, Custo se define como um recurso sacrificado 
ou de que se abre mão para um determinado fim (sempre voltado para a área de produção). Para guiar 
decisões, os gestores sempre desejam saber quanto custa uma determinada coisa, como por exemplo, um 
novo produto, uma nova máquina, um serviço etc. Chamamos essa coisa de OBJETO DE CUSTO. Isto 
significa dizer que objeto de custo é qualquer coisa para a qual se deseja uma mensuração de custo; é o nome 
técnico que designa a finalidade para a qual os custos estão sendo apurados. 
Exemplos: 
OBJETO DE CUSTO ILUSTRAÇÃO 
PRODUTO Uma bicicleta de 21 marchas 
SERVIÇO Um vôo Rio-SP 
PROJETO Um avião montado pela embraer para a FAB 
ATIVIDADE Um teste para determinar o nível de qualidade de um lote de televisores 
DEPARTAMENTO Um departamento (manutenção) 
 
1.12 Controle de estoques 
Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição 
financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. Sua correta determinação no início e no fim 
do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Todos os itens 
são registrados através de código de produto, sendo o critério mais utilizado, o custo médio. Todas entradas 
são feitas quando da chegada do material ao almoxarifado, através da NF e as saídas são feitas através de 
Requisição de material. As Fases (contas) do Estoque (Ativo) são: 
 Matéria-Prima 
 Produtos em Elaboração 
 Produtos Acabados 
 Material de Consumo 
 Mercadoria para Revenda 
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 Material para Embalagem 
 Importação em andamento 
 Provisão de estoque obsoleto (redutora) 
 Provisão para ajuste ao valor de mercado (redutora) 
Devem ser programados Inventários Periódicos e Anuais, sendo que as diferenças 
verificadas devem ser analisadas e justificadas através de relatórios gerenciais. 
Estoque de Materiais : os estoques de materiais podem ser classificados em: 
 Materiais Diretos : compreendem a matéria prima e outros que possam ser perfeitamente 
identificados ao objeto de custo. 
 Materiais Indiretos : são os materiais empregados na fabricação do produto, mas, devido à 
dificuldade de cálculo, quanto à quantidade utilizada em cada produto fabricado, são 
considerados materiais indiretos. 
Estoques de Produtos em Elaboração: o saldo da conta estoque de produtos em elaboração ou estoque 
de produtos em processo representam o valor dos produtos em processo, em fabricação, os produtos que 
ainda não estão acabados para serem vendidos. 
Estoques de Produtos Acabados: essa conta representa o saldo dos produtos disponíveis para venda em 
estoque, no depósito de produtos acabados da empresa. 
Fases do Produto até Custo: 
 Estoque de Matéria -Prima 
 Produto em Elaboração (incluiu demais custos de produção) 
 Produto Acabado (matéria-prima + demais custos de produção) 
 Custo de Produtos Vendidos 
 
Custos de Produção – Podem ser separados em: Material Direto (MD), Mão-de-Obra Direta (MOD) e 
Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ou Gastos Gerais de Fabricação (GGF). Corresponde ao Custo de 
Produção do Período ou Custo Fabril: é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica em 
determinado período. 
 
CPP = MD (EI + C – EF) + MOD + CIF 
 
Custo da Produção Acabada ou Custos dos Produtos Fabricados : nem sempre o total de custos 
aplicados na produção durante o período é totalmente transformado em produtos acabados. Pode permanecer 
alguma parcela ainda em elaboração no final do período. O Custo dos Produtos Fabricados ou Custo dos 
Produtos Acabados é resultante do custo fabril somado à parcela do Custo Fabril do período anterior ainda 
não transformado (no período atual chama-se EIPE) diminuído da parcela desse mesmo Custo Fabril que não 
se transformou (EFPE). Resumindo, o Custo dos Produtos Fabricados é o custo que efetivamente ocorreu 
sobre as unidades que foram totalmente acabadas naquele período. 
 
CPA = EIPE + CPP - EFPE 
 
Custo dos Produtos Vendidos – é a soma dos custos incorridos na fabricação dos bens que só agora estão 
sendo vendidos. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que 
só foram acabadas no presente período. 
CPV = EIPA + CPA - EFPA 
 
 
1.13 Outros conceitos utilizados na contabilidade de custos 
 
Custos Primários – são os custos principais do produto em si, ou seja, a matéria-prima e a mão-de-obra 
Direta. Representam os primeiros custos a ocorrerem no processo produtivo. 
Custos de transformação: corresponde a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a 
matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa 
(componentes adquiridos prontos, embalagens compradas etc.). Representam esses Custos de Transformação 
o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um determinado item. Ou seja, constitui-
se da mão-de-obra apropriada e dos custos indiretos de fabricação. 
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11 
 Fluxograma da Apuração do Resultado Industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ (-) 
 
 
 
 
 
+ (-) 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.14 Separação entre custos e despesas 
O professor Eliseu Martins cita em seu livro que, teoricamente, a separação entre custos e 
despesas é fácil. Como nós já citamos: os gastos relativos ao processo de produção são CUSTOS; e os 
relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são DESPESAS. Na prática, entretanto,uma série 
de problemas aparece pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Somente devem ser 
“separados” e/ou “diferenciados” entre custos e despesas valores que sejam significativos e que vão 
influenciar sobremaneira o processo. Por exemplo, é comum encontrarmos uma única administração, sem a 
separação da que realmente pertence à fabrica; surge daí a prática de se ratear o gasto geral da administração, 
parte para despesa e parte para custo, rateio esse sempre arbitrário, pela dificuldade prática de uma divisão 
científica. Normalmente, a divisão é feita em função da proporcionalidade entre número de pessoas na 
fábrica e fora dela, ou com base nos demais gastos, ou simplesmente em porcentagens fixadas pela Diretoria. 
Outros exemplos mais específicos: gasto com o Departamento de Recursos Humanos ou Pessoal; por haver 
comumente um único departamento que cuida tanto do pessoal da fábrica como do pessoal da administração, 
faz-se a divisão de seu gasto total em custo e despesa. Ou também o Departamento de Contabilidade, que 
engloba a Contabilidade Financeira e a de Custos, e por essa razão tem, às vezes, seu gasto total de 
funcionamento dividido parte para despesa (Contabilidade Financeira) e parte para custo (Contabilidade de 
Custos). Os mesmos problemas existem para outros setores, tais como Departamento de Compras, que 
efetua aquisições tanto para a área de produção quanto para a administração, vendas, etc.; ou Almoxarifado, 
Materiais diretos 
consumidos (MD, MP etc) 
EI + C - EF 
Mão de obra direta 
(MOD) 
 GGF ou CIF 
Custo de Produção do 
Período ou 
Custo Fabril 
EIPE EFPE 
EIPA EFPA 
Custos dos Produtos 
Acabados ou Custo dos 
Produtos Fabricados 
Custos dos Produtos 
Vendidos 
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12 
que presta serviços à produção e também ao resto da empresa; Manutenção, idem, etc. Como tentativa 
de solução ou pelo menos de simplificação, algumas regras básicas podem ser seguidas: 
a) valores irrelevantes dentro dos gastos totais da empresa não devem ser rateados. Se, exemplificativamente, 
o gasto com o Departamento de Pessoal for de 0,3% dos gastos totais, dever-se-á tratá-lo como despesa 
integralmente, sem rateio para a fábrica (Conservadorismo e Materialidade); b) valores relevantes, porém 
repetitivos a cada período, que numa eventual divisão teriam sua parte maior considerada como despesas, 
não devem também ser rateados, tornando-se despesa por seu montante integral (Conservadorismo também). 
Por exemplo, a administração é centralizada, incluindo a da produção, que representa 67% dos gastos totais 
da empresa; numa eventual distribuição, 2/3 destes gastos ficariam como despesas. Logo, o melhor critério é 
tratá-los totalmente como despesa; c) valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para 
apropriação aos custos (idem). Por exemplo, a apropriação dos honorários da diretoria só seria relativamente 
adequada se houvesse um apontamento do tempo e esforço que cada diretor devotasse ao processo de 
administração e vendas e ao de produção. Como isso é praticamente impossível e já que é extremamente 
arbitrário qualquer critério de rateio (porcentagem prefixada, proporcionalidade com a folha de pagamento, 
etc), o mais indicado é seu tratamento como despesa no período em que foram ocorridos. Em suma, só 
devem ser rateados e ter uma parte atribuída aos custos de produção e outra às despesas do período, os 
valores relevantes que visivelmente contêm ambos os elementos e podem, por critérios não excessivamente 
arbitrários, ser divididos nos dois grupos. 
 
1.15 Onde terminam os custos de produção? 
 É bastante fácil a visualização de onde começam os custos de produção; mas nem 
sempre é da mesma maneira simples a verificação de onde eles terminam. É relativamente comum a 
existência de problemas de separação entre custos e despesas de venda. A regra é simples, bastando definir-
se o momento em que o produto está pronto para a venda. Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse 
momento, todos os gastos serão tratados como despesas necessárias para a realização da venda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por exemplo, os gastos com embalagens podem tanto estar numa categoria como noutra, 
dependendo de sua aplicação; quando um produto é colocado para venda tanto a granel quanto em pequenas 
quantidades, seu custo terminou quando do término de sua produção. Como a embalagem só é aplicada após 
as vendas, deve ser tratada como despesa. Isso implica a contabilização do estoque de produtos acabados 
sem a embalagem e esta é ativada num estoque à parte. Se, por outro lado, os produtos já são colocados à 
venda embalados de forma diferente, então seu custo total inclui o de seu acondicionamento, ficando 
ativados por esse montante. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A Contabilidade de Custos é a área da Contabilidade que trata dos gastos incorridos na produção de bens e 
serviços. 
b) A Contabilidade Industrial é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos nos setores 
de produção e venda. 
c) A Contabilidade de Serviços é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos na 
prestação de serviços. 
d) A Contabilidade de Custos é aplicada ao setor de produção. 
Produtos 
Acabados 
CUSTOS DESPESAS 
VENDAS 
Contabilidade de Custos 
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13 
e) A Contabilidade de Custos controla os custos e despesas dos diversos departamentos de uma empresa 
industrial. 
 
2- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A depreciação dos equipamentos da fábrica é custo. 
b) O seguro dos equipamentos de produção é custo. 
c) Os salários dos vendedores são custos. 
d) O frete sobre vendas é custo. 
e) Os honorários da diretoria do departamento de administração são custos. 
 
3- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) Na empresa comercial, os estoques podem ser controlados mediante sistema de inventário permanente ou 
periódico. 
b) O custo das mercadorias vendidas de uma empresa comercial é correspondente ao valor de aquisição das 
mercadorias que foram vendidas e entregues ao cliente. 
c) Na atividade comercial, os valores dos aluguéis, depreciação, juros e comissões dos vendedores são 
apropriados ao resultado imediatamente quando incorridos. 
d) Na atividade comercial, são registrados como valor de aquisição dos estoques de mercadorias os gastos 
necessários à compra, inclusive frete, seguro do frete e impostos recuperáveis. 
e) Na atividade comercial, a despesa de salários dos vendedores não é incorporada ao valor de aquisição das 
mercadorias. 
 
4 - Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A Contabilidade de Custos controla o custo dos fatores de produção. 
b) Por meio da Contabilidade de Custos, podem ser determinados os valores dos estoques de produtos em 
elaboração, dos produtos acabados e do custo dos produtos vendidos. 
c) Os estoques de produtos em elaboração e acabados correspondem às matérias-primas utilizadas, 
embalagens e outros materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos já aplicados na fabricação desses 
produtos. 
d) O CPV representa o custo dos produtos que permanecem em estoque ao fim de um determinado período. 
e) As receitas e despesas das empresas industriais são controladas pela Contabilidade Comercial. 
 
5- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) Na atividade industrial, são mantidos nos estoques os valores das matérias-primas utilizadas e dos demais 
fatores de produção, enquanto os produtos correspondentes não forem vendidos e entregues aos clientes. 
b) Na atividade industrial,são apropriados ao resultado os valores aplicados na fabricação dos produtos 
vendidos e entregues aos clientes. 
c) Integram os estoques da indústria os salários, depreciação, aluguel e demais gastos de produção. 
d) A energia elétrica consumida no setor de produção é um custo. 
e) As indústrias possuem um elevado grau de imobilizações. 
 
6- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) As indústrias aplicam apenas capitais próprios. 
b) O prazo de duração do ciclo operacional das indústrias tende a ser superior ao prazo de duração do ciclo 
operacional das empresas comerciais. 
c) A indicação do valor em moeda dos elementos do patrimônio corresponde ao aspecto qualitativo 
patrimonial. 
d) As dívidas decorrentes das atividades normais da indústria são denominadas débitos de funcionamento. 
e) As obrigações contraídas para a obtenção de recursos a serem utilizados nas atividades da indústria são 
denominadas débitos de financiamento. 
 
7- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) As disponibilidades financeiras da indústria representam bens numerários. 
b) Os imóveis destinados à locação por uma indústria são bens de renda. 
c) Uma edificação de uso representa um bem fixo. 
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d) Os produtos em elaboração representam bens fixos. 
e) Uma duplicata a receber representa débito de funcionamento. 
 
8- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) Os produtos acabados representam bens de venda. 
b) O saldo em conta corrente de livre movimentação representa bem de renda. 
c) As participações no capital de outras sociedades representam bens fixos. 
d) As despesas diferidas representam bens fixos. 
e) Os adiantamentos a fornecedores representam débitos de funcionamento. 
 
9- Marque a alternativa correta. Podemos identificar como funções principais da contabilidade de custos: 
a) a avaliação dos estoques e o cálculo das participações dos acionistas 
b) o auxílio ao controle e à tomada de decisões no processo administrativo 
c) o levantamento do balanço patrimonial e a avaliação de estoques 
d) colocar o contador em papel de destaque e aumentar o lucro empresarial 
e) a apuração dos custos e despesas das atividades de produção e comercialização 
 
10- Indique a alternativa que não representa custo. 
a) Salários dos operadores das máquinas de fabricação. 
b) Depreciação das máquinas de fabricação. 
c) Honorários do diretor industrial e respectivos encargos sociais. 
d) Salários dos funcionários do departamento de vendas. 
e) Energia elétrica consumida pelas máquinas de fabricação. 
 
11- Não integram o custo de produção das indústrias os valores correspondentes a: 
a) matérias-primas utilizadas na produção 
b) materiais indiretos utilizados na produção 
c) despesas de vendas dos produtos 
d) mão-de-obra aplicada à produção 
e) gastos gerais de fabricação dos produtos 
 
12- (AFTN / ESAF) Um apartamento, adquirido e alugado por empresa industrial, é bem: 
a) do ativo diferido; b) fixo; c) numerário; d) de renda; e) de venda. 
 
13- (AFTN / ESAF) Máquina destinada à produção de calçados é, para a indústria calçadista, um bem: 
a) de renda, produzindo bens de venda; b) fixo, produzindo bens de renda; c) fixo, porque é utilizado mais 
tempo que o bem de renda; d) fixo de renda; e) fixo, produzindo bens de venda 
 
14 - (AFC / ESAF) Entre as afirmativas seguintes, apenas uma está incorreta. Assinale-a. 
a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de apuração do resultado das 
empresas comerciais para as empresas industriais. 
b) A contabilidade de custos presta duas funções dentro da contabilidade gerencial, fornecendo os dados de 
custos para auxílio ao controle e para a tomada de decisões. 
c) Os custos de produção reúnem o custo do material direto, o custo da mão-de-obra e os demais custos 
indiretos de fabricação. 
d) O objetivo básico da contabilidade gerencial é o de fornecer à administração instrumentos que a auxiliem 
em suas funções gerenciais. 
e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens 
ou serviços. 
 
15- Classifique os gastos em Investimentos (I), Custos (C), Despesas (D), Perdas (P) e se houve Desembolso 
(DB) ou não: 
a) Compra a vista de um computador 
Resposta: I, DB 
b) Compra a Prazo de matéria-prima 
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Resposta: 
c) Transferência de matéria-prima do almoxarifado para a produção 
Resposta: 
d) Apropriação do seguro da fábrica à produção num determinado período 
Resposta: 
e) Apropriação e pagamento de energia elétrica relativa ao escritório de vendas 
Resposta: 
f) Pagamento de taxas sobre talões de cheques 
Resposta: 
g) Depreciação de móveis e utensílios da área comercial e administrativa 
Resposta: 
h) Danificação de matérias-primas em função de incêndio 
Resposta: 
i) Perda de matéria-prima num processo normal de produção 
Resposta: 
 
16. (Eletrobnás – 2007) Em uma empresa industrial será classificado como conta de Resultado Não 
Operacional na Demonstração do Resultado do Exercício: 
a) ganho na alienação de imobilizado; b) desconto financeiro obtido; c) provisão para contribuição social; 
d) abatimento sobre vendas; e) venda de sucatas. 
 
17. (Eletrobrás – 2007) O único valor considerado como custo na Contabilidade de Custos de empresa 
manufatureira é o desembolso em: 
a) propaganda; b) comissões de vendas; c) depreciação do automóvel do presidente da empresa; 
d) seguro da fábrica; e) dividendos pagos. 
 
18 - Assinale com um „X‟ a classificação correta de cada fato, se é: custo, despesa, investimento, desembolso 
ou perda: 
Fato Gasto Custo Desp Invest Desemb Perda 
Pagou a fatura do anúncio que colocou no jornal 
deste fim de semana. 
 
 
Colocou anúncio no jornal desta semana, mas só 
vai pagar no fim do mês. 
 
 
Comprou matéria prima a prazo. 
 
 
Transferiu a matéria prima do almoxarifado para a 
fábrica para iniciar a produção. 
 
 
Energia elétrica da fábrica consumida este mês. 
 
 
“Perda” normal de matéria prima no processo de 
fabricação. 
 
 
Deterioração de matéria prima em razão de greve 
dos operários. 
 
 
Obsoletismo de estoques de materiais. 
 
 
 
19. (Perito – SSP) Um componente do Ativo Permanente se transforma em custo ou despesa: 
a) pela depreciação, amortização ou exaustão; 
b) pelo pagamento à vista ou a prazo; 
c) pelo registro pelo seu valor d custo ou mercado; 
d) somente pela depreciação. 
 
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20. (Perito – SSP) A empresa X opera no ramo de industrialização de alimentos, produzindo bolachas. A 
despesa com depreciação de uma máquina adquirida para produzir chocolate em pó, produto que se encontra 
em fase de teste – portanto não comercializado ainda – será classificada na contabilidade, no grupo: 
a) Ativo Permanente Diferido, como contra credora 
b) Ativo Permanente Diferido, como conta devedora; 
c) Ativo Permanente Imobilizado, como conta credora; 
d) Ativo Permanente Imobilizado, como conta devedora. 
 
21. Assinale a alternativa correta: 
a) Material Direto + Mão-de-Obra Direta = Custo de Fabricação; 
b) Mão-de-Obra Direta + Gastos de Fabricação = Custo Primário; 
c) Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação = Custo Total; 
d) Mão-de-Obra Direta + Custo Primário = Custo Total; 
e) Custo Primário + Gastos Gerais de Fabricação = Custo de Fabricação. 
 
22. Compõem o chamado Custo Primário: 
a) Custo do Material Direto + Custo de Mão-de-Obra Direta; 
b) Custo do Material Direto - Custo de Mão-de-Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; 
c) Custo do Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação;d) Custo da Mão-de-Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; 
e) Custo do Material Direto e Indireto + Gastos Gerais de Fabricação. 
23. Observe as informações abaixo, extraídas de escrituração de uma empresa industrial, relativas a um 
determinado período de produção: 
Materiais requisitados do almoxarifado: 
Diretos............................................................. R$ 300.000,00 
Indiretos.......................................................... R$ 50.000,00 
Mão-de-Obra apontada: 
Direta............................................................... R$ 200.000,00 
Indireta............................................................ R$ 30.000/00 
Aluguel da Fábrica........................................ R$ 40.000,00 
Seguro da Fábrica ........................................ R$ 20.000,00 
Depreciação das máquinas .......................... R$ 60.000,00 
O custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de: 
a) R$ 700.000,00, R$ 500.000,00 e R$ 400.000,00; 
b) R$ 580.000,00, R$ 500.000,00 e R$ 120.000,00; 
c) R$ 700.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 230.000,00; 
d) R$ 500.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 400.000,00; 
e) R$ 580.000,00, R$ 350.000,00 e R$ 230.000,00. 
 
24. (ESAF) Em relação à terminologia utilizada pela Contabilidade de Custos, é correto afirmar: 
a) Gastos são custos ou despesas que a empresa incorre para realizar a produção e vendê-la; 
b) Despesas são gastos incorridos com a produção de bens e serviços, com a intenção de sua venda posterior; 
c) Investimentos não são gastos, uma vez que se trata de ativos adquiridos pela empresa que somente são 
depreciados lentamente; 
d) Perdas são sacrifícios ocorridos na produção, de forma involuntária ou fortuita; 
e) Custos são os gastos que a empresa incorre para a comercialização dos produtos. 
 
25 - Observe os dados abaixo e calcule o que se pede: 
1 – MPD: Compras $10.000 
 Estoque Inicial $1.000 
 Estoque final $2.000 
 
2 - Mão-de-Obra: Disponível (total) $10.000 
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 Apropriada (Direta) $8.000 
 
3 – Outros Custos Indiretos $5.000 
 
4 – Produtos em Elaboração: Estoque Inicial $2.000 
 Estoque Final $1.000 
 
5 – Produtos Acabados: Estoque Inicial $5.000 
 Estoque Final $3.000 
 
a) Custo da Produção do Período: ________________________________________________ 
b) Custo dos Produtos Acabados: _________________________________________________. 
c) Custo dos Produtos Vendidos____________________________________________________. 
d) Calcule o Custo Primário________________________________________________________. 
e) Calcule o Custo de Transformação______________________________________________. 
 
26. (AFC) A firma Indústria & Comércio de Coisas forneceu ao Contador as seguintes informações sobre um 
de seus processos de fabricação: 
Estoque inicial de materiais R$ 2.000,00 
Estoque inicial de produtos em processo R$ 0,00 
Estoque inicial de produtos acabados R$ 4.500,00 
Compras de materiais R$ 2.000,00 
Mão-de-obra direta R$ 5.000,00 
Custos indiretos de fabricação 70% de mão-de-obra direta 
ICMS sobre compras e vendas 15% 
IPI sobre a produção alíquota zero 
Preço unitário de venda R$ 80.,00 
Estoque Final de materiais R$ 1.400,00 
Estoque inicial de produtos acabados 75 unidades 
Produção completada 150 unidades 
Produção inicial 200 unidades 
Fase atual de produção 60% 
Produção vendida 100 unidades 
 
Fazendo-se os cálculos corretos atinentes à produção acima exemplificada, podemos dizer que 
a) a margem de lucro sobre o preço líquido foi de 10%. 
b) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 1.400,00. 
c) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 8.000,00. 
d) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 6.000,00. 
e) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 7.200,00. 
 
27. (TCE PI – FGV) A Cia Itapuã fabrica produtos de vestuário. Seu presidente necessita saber o custo exato 
da produção de cada um dos produtos. O gerente ao efetuar a alocação dos custos aos produtos, não leva em 
consideração os gastos com o cafezinho servido aos funcionários após o almoço . Este procedimento está 
relacionado à seguinte convenção contábil: 
a) materialidade; b) objetividade; c) consistência; d) conservadorismo; e) competência. 
28 (AFC) A Fábrica de Sorvetes Spuma, iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$ 
10.000,00, registrou as despesas de mão-de-obra direta à base de 60% dos materiais consumidos, aplicou 
custos indiretos estimados em R$ 6.000,00 e realizou despesas de R$ 3.000,00 com vendas. No período, a 
fábrica vendeu 70% da produção, na qual usara 90% dos materiais comprados. 
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Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer que: 
a) o custo de transformação foi de R$ 12.000,00 
b) o custo por absorção foi de R$ 14.280,00. 
c) o custo por absorção foi de R$ 14.400,00. 
d) o custo primário foi de R$ 17.280,00 
e) o custo do período foi de R$ 20.400,00. 
 
 
 
2. CLASSIFICAÇÕES E NOMENCLATURAS DE CUSTOS 
 
2.1 Classificação dos custos em relação ao produto 
A maior questão com relação aos custos é saber quando eles têm um relacionamento direto 
ou indireto com um determinado objeto de custo. Com isso, classificaremos os custos em relação ao produto 
em DIRETO e INDIRETO. 
 
CUSTOS DIRETOS – são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque 
há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. Complementando, são os custos que estão 
relacionados a um determinado objeto de custo e que podem ser identificados de maneira economicamente 
viável (custo efetivo). Genericamente, os custos diretos são aqueles que podem ser apropriados diretamente a 
uma função de acumulação de custos, seja esta função um produto, um serviço, uma ordem de produção, um 
centro de custo, uma atividade ou um órgão da empresa. 
 
Exemplos: Matéria-prima direta, Mão-de-obra direta, material de embalagem (dentro do processo 
produtivo); energia elétrica das máquinas quando é possível saber quanto foi 
consumido na produção de CADA produto. 
Casos Especiais 
Em algumas condições especiais, todos os custos podem ser classificados como diretos . 
Assim, se determinada empresa só fabrica um tipo de produto (não havendo variação de qualidade ou de 
tamanho ou qualquer outra) ou executa somente um tipo de serviço, só vão existir custos diretos para essa 
empresa. 
O aluguel de um galpão pode ser classificado como custo direto se, neste local, apenas um 
tipo de produto for elaborado. Todo custo cuja parcela pertencente a uma função de custo possa ser separada 
e medida no momento da sua ocorrência classifica-se como direto. 
 
CUSTOS INDIRETOS – são os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem 
apropriados em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados INDIRETAMENTE aos 
produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de BASE ou CRITÉRIO de rateio. 
Complementando, são os CUSTOS que estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas que não 
podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo). 
Exemplos: depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um 
produto; salários dos chefes de supervisão de equipes de produção; aluguel da fábrica; gastos com limpeza 
da fábrica, energia elétrica que não pode ser associada ao produto. 
Observações importantes: 
- Se a empresa produz somente UM produto, todos os seus CUSTOS são DIRETOS; 
- Às vezes o custo é direto por natureza, mas é de tão pequenovalor que não compensaria o 
trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como indireto (Materialidade e 
Conservadorismo). Exemplos: cola e verniz na indústria de móveis. 
 
2.2 Classificação dos custos em relação à produção (volume) 
Para estudo do comportamento dos custos, as mesmas contas que antes foram classificadas 
em Custos Diretos e Indiretos, agora serão classificadas em Custos Fixos e Variáveis. Essa classificação 
ocorre em função do comportamento dos elementos de custo em relação às mudanças que possam ocorrer no 
volume de produção. Alguns autores ainda utilizam a classificação de Custos SEMIVARIÁVEIS ou 
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19 
MISTOS. Eliseu Martins prefere mencionar aos custos que se enquadram nesta última classificação em: 
custos que tem uma parcela fixa e uma parcela variável. Estas classificações também poderão ser 
utilizadas para as DESPESAS. 
 
 
 
CUSTOS FIXOS e VARIÁVEIS 
 
Nesta classificação os custos são estudados em função das variações que podem ocorrer no 
volume de atividade, ou seja, na quantidade produzida pela empresa no período (leva sempre em 
consideração a relação entre os custos e o volume de atividade numa unidade de tempo). 
 
Os CUSTOS FIXOS são aqueles cujos valores são os mesmos quaisquer que seja o volume 
de produção da empresa (dentro de uma faixa que interessa de acordo com o orçamento). Exemplos: aluguel 
da fábrica. Independente do volume de produção (dentro da faixa que interessa) a empresa arcará com esse 
custo. Outros exemplos: imposto predial do prédio da fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica, 
salários de vigias, salário de supervisores, salário de porteiros, prêmio de seguros. Note que os CUSTOS 
FIXOS são fixos em relação ao nível de produção, mas nada impede que esses custos sofram reajustes em 
determinados meses em função da política econômica do país. Por exemplo, o caso do aluguel da fábrica que 
pode ser renegociado semestralmente. Outro exemplo seria o dissídio coletivo da categoria de trabalhadores 
que não está envolvida diretamente no processo produtivo. 
 
Resumindo: os CUSTOS FIXOS são custos de estrutura da empresa, que não guardam 
qualquer relação com o volume de atividade. Eles permanecem inalterados em relação ao volume da 
produção, dentro de uma certa faixa. 
 
 
 
 
 
Representação gráfica: 
 
Custo Fixo em termos Totais: 
 
 R$ 
 
 
 
 
 
 CF 
 
 
 
 Q 
Custos Fixos em termos unitários: 
 
 R$ 
 
 
 
 
 
 
 CFu 
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20 
 
 
 Q 
 
Observação: alguns Custos Fixos se apresentam sob a forma de degraus, isto é, eles 
permanecem constantes até certo ponto do volume da atividade (faixa de produção ou faixa relevante) e, 
nesse momento, eles sobem para uma plataforma onde permanecem constantes até chegar a um ponto crítico 
de volume da atividade. São também chamados de SEMI-FIXOS. 
Exemplo: Supondo que uma determinada empresa, hoje, opere com 50 % da sua capacidade 
instalada, fabricando 100.000 unidades de um determinado produto. Caso essa empresa queira ampliar os 
seus negócios, aumentando sua produção e venda para 150.000 unidades do produto, precisará aumentar 
suas condições de trabalho, como por exemplo, o aluguel de um novo galpão, aquisição de alguns 
equipamentos (gerando assim a depreciação), contratar mais supervisores, vigias etc. 
FAIXA RELEVANTE: é a banda do nível ou volume normal de atividade em que há um relacionamento 
específico entre o nível de atividade ou volume e o custo em questão. 
 
Outro exemplo: 
Volume de Produção Quantidade Necessária de 
Supervisores 
Custo em R$ 
(Salários + Encargos) 
0 - 20.000 
20.001 - 40.000 
40.001 - 60.000 
60.001- 80.000 
1 
2 
3 
4 
120.000 
240.000 
360.000 
480.000 
 
 
 
 
 
 
 
Representação gráfica: 
 
R$ CF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Q 
Os CUSTOS VARIÁVEIS são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de 
produção da empresa. Ou seja, quanto maior a produção, maior será o consumo; quanto menor a produção, 
menor será o consumo. Exemplos: energia elétrica, salários dos operários, matérias-primas, materiais 
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21 
secundários, embalagens, depreciação dos equipamentos quando esta for em função das horas/máquinas 
trabalhadas ou quantidades produzidas etc. 
Observação: existem correntes que defendem que a mão-de-obra direta seria, também, um 
custo fixo, pois a legislação brasileira garante uma percepção salarial mínima, independente das horas 
trabalhadas ou do volume de produção. O professor Eliseu Martins cita que a mão-de-obra direta, aquela que 
é apontada perfeitamente no processo produtivo, é classificada como CUSTO VARIÁVEL DIRETO. Caso 
haja ociosidade por motivos de falta de material, de energia, quebra de máquinas etc, dentro de limites 
normais, esse tempo não utilizado será transformado em Custo Indireto FIXO, a ser rateado aos diversos 
produtos. Caso a ociosidade seja de valor relevante, ocorrendo de forma anormal, esse tempo será transferido 
para PERDA do período. Portanto, custo da mão-de-obra direta não se confunde com o valor TOTAL da 
folha de pagamento paga à produção. Corresponde aquela mão-de-obra que foi apontada diretamente na 
fabricação dos produtos. Representação Gráfica do Custo Variável, em termos totais: 
 
 
 CVt 
 R$ 
 
 
 
 
 Q 
 
 Representação gráfica do Custo Variável em termos Unitários: 
 
 R$ 
 
 
 
 CVu 
 
 Q 
Existe ainda a classificação dos custos em SEMIVARIÁVEIS ou MISTOS. Estes são custos 
que variam com o nível de produção, mas que, entretanto, tem uma parcela fixa e uma parcela variável. É o 
caso, por exemplo, da Energia Elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo 
que nada seja gasto no período, embora o total da conta dependa do número de Kwh consumidos e, portanto, 
do volume de produção da empresa. Outros exemplos: aluguel de copiadoras na qual se cobra uma parcela 
fixa, mesmo que nenhuma cópia seja tirada, e mais um valor por cópia (parte variável); gasto com 
combustível para aquecimento de uma caldeira que varia de acordo com o nível de atividade, mas que 
existirá, mesmo que seja num valor mínimo, quando nada se produza, já que a caldeira não pode esfriar; 
conta de água etc. 
Observação Importante : necessário se torna mencionar que a classificação em Fixos e 
Variáveis tem uma distinção fundamental com relação à classificação em Diretos e Indiretos: esta última se 
aplica somente a CUSTOS. Mas a de Fixo e Variável também se aplica, perfeitamente, às DESPESAS. 
Assim, por exemplo, como cita o Professor Eliseu Martins, podemos ter despesas de vendas Fixas 
(propaganda, salários da administraçãodas vendas, parte fixa da remuneração dos vendedores etc) e 
Variáveis (comissão de vendedores, despesas de entregas etc), tudo em relação à quantidade de produtos que 
são comercializados. As Despesas Administrativas serão sempre classificadas como DESPESAS FIXAS. As 
despesas financeiras seguem as mesmas regras das Despesas Administrativas. 
 
GRÁFICO CLÁSSICO DOS CUSTOS TOTAIS (CT) 
 
 
 
 
Valor 
CT 
CV 
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22 
 
 
 
 
 
2.3 Esquema básico da contabilidade de custos 
Nesse ponto, o esquema básico da contabilidade de custos se resume a: 
a. separação entre custos e despesas; 
b. apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos; 
c. rateio dos custos indiretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: Suponhamos que estes sejam os gastos de determinado período da Empresa X: 
 
Gastos $ 
Comissão de vendedores 80.000 
Salários da fabrica 120.000 
Matéria-prima consumida 350.000 
Salários da administração 90.000 
Depreciação na fábrica 60.000 
Seguros da fábrica 10.000 
Despesas financeiras 50.000 
Honorários da diretoria 40.000 
Honorários diversos – fábrica 15.000 
Energia elétrica da fábrica 85.000 
Manutenção da fábrica 70.000 
Despesas de entrega 45.000 
Correios, telefones e telex 5.000 
Material de consumo do escritório 5.000 
Total dos gastos 1.025.000 
 
Passo 1: Separação entre custos e despesas 
 $ 
Custos de Produção: 
Salários da fabrica 120.000 
DESPESAS CUSTOS 
CUSTOS 
INDIRETOS 
CUSTOS 
DIRETOS 
PRODUTO 
A 
PRODUTO 
B 
PRODUTO 
C 
RATEIO 
CPV 
RESULTADO DO EXERCÍCIO 
VENDAS 
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23 
Matéria-prima consumida 350.000 
Depreciação na fábrica 60.000 
Seguros da fábrica 10.000 
Materiais diversos – fábrica 15.000 
Energia elétrica da fábrica 85.000 
Manutenção da fábrica 70.000 
Total 710.000 
 
Despesas Administrativas: 
Salários da administração 90.000 
Honorários da diretoria 40.000 
Correios, telefones e telex 5.000 
Material de consumo do escritório 5.000 
Total 140.000 
 
Despesas de Vendas: 
Comissão de vendedores 80.000 
Despesas de entrega 45.000 
Total 125.000 
 
Despesas Financeiras: 
Despesas financeiras 50.000 
Total 50.000 
 
As despesas que totalizaram $ 315.000 serão contabilizadas diretamente no resultado do 
período. Não serão alocadas aos produtos. 
 
Passo 2: Apropriação dos custos diretos aos produtos 
 
Suponhamos que nossa empresa fabrique três produtos: A, B e C e mantenha um controle do 
consumo de custos diretos utilizados em cada produto. Sabe-se que neste exemplo parte da mão-de-obra e da 
energia elétrica é direta e outra parte indireta. 
 
 
Custos Produto A Produto B Produto C Indiretos Totais 
Salários 22.000 47.000 21.000 30.000 120.000 
Matéria-prima 75.000 135.000 140.000 350.000 
Depreciação 60.000 60.000 
Seguros 10.000 10.000 
Materiais diversos 15.000 15.000 
Energia elétrica 18.000 20.000 7.000 40.000 85.000 
Manutenção 70.000 70.000 
Total 115.000 202.000 168.000 225.000 710.000 
 
Os custos diretos já estão alocados aos produtos, mas os custos indiretos, no valor de $ 
225.000, ainda precisarão ser alocados aos produtos. 
 
Passo 3: Apropriação dos custos indiretos aos produtos 
 
No exemplo, a alocação dos custos indiretos aos produtos será proporcional ao que cada um 
já recebeu de custos diretos. Teremos então: 
Produtos Custos Diretos Custos Indiretos 
Custo 
Total 
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24 
Seguros da Fábrica 
10.000 10.000(a) 
 
 
 
 
Materiais Diversos Fábrica 
15.000 15.000(a) 
 
 
 
 
Energia Elétrica da Fábrica 
85.000 85.000(a) 
 
 
 
 Manutenção Fábrica 
70.000 70.000(a) 
 
 
 
 
Produtos em Elaboração 
Produto A 
(a) 168.351 168.351 (b) 
 
 
 
 
Produtos em Elaboração 
Produto B 
(a) 295.711 295.711 (b) 
 
 
 
 
Produtos em Elaboração 
Produto C 
(a) 245.938 249.938 (b) 
 
 
 
 
Energia Elétrica da Fábrica 
85.000 85.000 (d) 
 
 
 
 
Produtos em Elaboração 
Produto C 
(a) 140.000 
(c) 21.000 
(e) 7.000 
(f) 77.938 
245.938 245.938 (g) 
 
Energia Elétrica Direta 
(d) 45.000 45.000 (e) 
 
 
 
 
Energia Elétrica Indireta 
(d) 40.000 40.000 (f) 
 
 
 
 
Produtos Acabados 
(b) 710.000 
 
 
 
 
Seguros da Fábrica 
10.000 10.000 (f) 
 
 
 
 
Materiais Diversos Fábrica 
15.000 15.000 (f) 
 
 
 
 
Manutenção Fábrica 
70.000 70.000 (f) 
 
 
 
 
A 115.000 23,71% 53.351 23,71% 168.351 
B 202.000 41,65% 93.711 41,65% 295.711 
C 168.000 34,64% 77.938 34,64% 245.938 
Totais 485.000 100,00% 225.000 100,00% 710.000 
 
Contabilização dos Custos - Critério Simples: 
 
A forma de contabilização desse procedimento pode ser variada. Existem desde os critérios mais simples até 
os mais complexos. Em nosso exemplo visto até agora não há muita complexidade, mas em outros a situação 
pode tornar-se bem diferente. 
Contabilização sem a fase de rateio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilização dos Custos - Critério Complexo: 
 
Contabilização detalhada dos custos levando-se em conta o detalhamento do mapa de custos. 
 apropriação da matéria-prima aos produtos; 
 separação da mão-de-obra em direta e indireta; 
 apropriação da mão-de-obra direta aos produtos; 
 separação da energia elétrica em direta e indireta; 
 apropriação da energia elétrica direta aos produtos; 
 apropriação dos custos indiretos aos produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matéria-prima consumida 
350.000 350.000 (a) 
 
 
 
 
Depreciação da Fábrica 
60.000 60.000(a) 
 
 
 
 
Mão-de-obra 
120.000 120.000(a) 
 
 
 
 
Mão-de-obra Direta 
(b) 90.000 90.000 (c) 
 
 
 
 
Mão-de-obra Indireta 
(b) 30.000 30.000 (f) 
 
 
 
 
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25 
Produtos em Elaboração 
 Produto B 
(a) 135.000 
(c) 47.000 
(e) 20.000 
(f) 93.711 
295.711 295.711 (g) 
 
Produtos em Elaboração 
Produto A 
(a) 75.000 
(c) 22.000 
(e) 18.000 
(f) 53.351 
168.351 168.351 (g) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRETE: CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS 
MATÉRIA PRIMA: é debitada pelas aquisições e creditada pelas requisições quando do início da 
produção; 
PRODUTOS EM ELABORAÇÃO: é debitada pelas matérias-primas requisitadas, pelo valor da 
mão-de-obra direta e pelos valores dos CIF‟s consumidos durante a produção; é creditada pela transferência 
dos produtos prontos para a conta Estoque de Produtos Acabados. 
PRODUTOS ACABADOS: é debitada pelo valor dos produtos que ficaram prontos e creditada pelo 
Custo dos Produtos Vendidos quando os mesmos são comercializados. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Apure os totais dos custos e das despesas da Empresa MM S.A, de acordo com os gastos apresentados a 
seguir: 
Salários da administração.......................... $110.000 
Matéria-prima consumida na produção: $ 40.000 
Mão-de-obra dos operários....................... $ 90.000 
Comissões aos vendedores........................$ 6.000 
Frete (para entrega de produtos vendidos) $4.000 
Depreciação de máquinas da fábrica........ $3.500 
Energia elétrica consumida na produção..$30.000 
Propaganda................................................... $25.000 
 
2. Considerando-sea apuração de custo ao nível de cada produto diferente, preencher os espaços entre os 
parênteses com as letras "D" para Custo direto ou "I" para Custo indireto. 
( ) Aluguel mensal de um galpão para depósito dos produtos "X" e "Y". 
( ) Linha utilizada, indistintamente, nos diferentes tipos de roupa "X", "Y" e "Z", em pequenas 
indústrias de confecções. 
( ) Salário do Supervisor de uma seção que se ocupa apenas do produto "X". 
( ) Depreciação (linha reta) de equipamento de informática utilizado no controle geral dos estoques de 
uma indústria que elabora os produtos "X" e "Y". 
( ) Água consumida na higiene pessoal dos empregados, ocupados na elaboração dos produtos "X" e 
"Y". 
( ) Energia consumida para manter forno permanentemente aquecido a uma determinada temperatura, 
onde se produzem os diferentes tipos de produtos "X", "Y" e "Z", ao mesmo tempo. 
( ) Embalagem plástica, apenas com a marca da empresa, envolvendo diferentes camisetas "X", "Y" 
e "Z", sendo uma embalagem para cada unidade. 
( ) Taxa de água e esgoto paga periodicamente por empresa produtora dos produtos "X", "Y" e "Z". 
( ) Salário do supervisor da fábrica onde são produzidos os produtos "X" e "Y". 
( ) Aluguel mensal de uma fábrica onde é produzido apenas o produto "X". 
( ) Embalagem (caixa de papelão) envolvendo, ao mesmo tempo, camisetas diferentes "X" e "Y" na 
seção de expedição. 
Produtos Acabados 
(g) 710.000 
 
 
 
 
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3. Classifique os gastos abaixo em Despesa (De), Custo (C), se esses custos são DIRETOS (D) ou 
INDIRETOS (I), Fixos (F) e Variáveis (V): 
1 ( ) salário do eletricista de manutenção da fábrica 
2 ( ) depreciação de veículos da administração 
3 ( ) consumo de aço numa indústria metalúrgica 
4 ( ) salário dos vendedores 
5 ( ) comissão dos vendedores 
6 ( ) salário de vigilante da fábrica 
7 ( ) salário dos operários da fábrica, perfeitamente apontada aos diversos produtos 
8 ( ) salário do supervisor da fábrica 
9 ( ) embalagem dentro do processo produtivo 
10 ( ) gastos de alimentação do pessoal da fábrica 
11 ( ) transporte do pessoal da fábrica 
12 ( ) material de limpeza da fábrica 
 
4 - Assinale a classificação mais adequada para os seguintes custos: 
CUSTOS INCORRIDOS FIXO VARIÁVEL 
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de turismo 
 
Salários e encargos sociais do pessoal da segurança de uma indústria 
petroquímica 
 
Asfalto consumido em uma pavimentadora de vias públicas 
Depreciação do prédio de uma fábrica de armas 
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifício 
Cacau, açúcar e leite utilizado em uma fábrica de sorvetes 
Madeira utilizada em uma fábrica de caixotes 
Aluguel do prédio de uma clínica dentária 
 
5. Observe os dados abaixo, representativos dos custos de uma empresa industrial (fábrica de calçados): 
CONTAS 
 
R$ 
 Matéria-Prima.......................................................... 2.100.000,00 
Encargos de Depreciação (método linear)......... 
 
27.000,00 
 Material de Embalagem ......................................... 
 
30.000,00 
 Aluguéis de fábrica ................................................. 
 
80.000,00 
 Administração da fábrica....................................... 
 
100.000,00 
 Mão-de-Obra Direta................................................ 
 
1.500.000,00 
 Energia elétrica (fábrica)......................................... 
 
50.000,00 
 
Os custos fixos dessa empresa, no período considerado, atingiram o valor de (em R$): 
a) 80.000,00; 
b) 207.000,00; 
c) 180.000,00; 
d) 237.000,00; 
e) 287.000,00. 
6. Em relação a custos, é correto afirmar: 
a) os custos fixos totais mantêm-se estáveis, independentemente do volume da atividade fabril; 
b) os custos variáveis da produção crescem proporcionalmente à quantidade produzida, em razão inversa; 
c) os custos fixos unitários decrescem à medida que a quantidade produzida diminui; 
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d) os custos variáveis unitários crescem ou decrescem, de conformidade com a quantidade produzida; 
e) o custo industrial unitário, pela diluição dos custos fixos, tende a afastar-se do custo variável unitário, à 
medida que o volume da produção aumenta. 
 
7. Uma empresa restringiu a sua linha de produção a um único produto. Assim sendo, a energia elétrica gasta 
na sua fábrica será considerada: 
a) custo indireto variável; b) custo indireto fixo; c) custo direto fixo; d) custo direto variável; 
e) despesa operacional. 
 
8. Produtos Acabados em estoque são: 
a) custo das mercadorias vendidas; b) ativos; c) gastos gerais de fabricação; d) custo de 
transformação; e) custo de produção. 
 
9. Está correta a seguinte afirmativa: 
a) os custos variáveis unitários diminuem quando aumenta a produção; 
b) os custos fixos unitários diminuem na mesma proporção da redução da produção; 
c) os custos fixos totais decrescem na mesma proporção em que o volume produzido diminui; 
d) os custos fixos unitários variam em proporção inversa às variações do volume produzido; 
e) os custos variáveis unitários crescem na mesma proporção em que o volume produzido aumenta. 
AS QUESTÕES DE NÚMEROS 10, 11 E 12 DEVEM SER RESOLVIDAS COM BASE NESTES 
GASTOS DA EMPRESA INDUSTRIAL BETA: 
• Encargos com Depreciação de Móveis e Utensílios ............ R$ 80.000,00 
• Mão-de-obra Indireta ............................................................... R$ 160.000,00 
• Matéria-prima consumida ........................................................ R$ 540.000,00 
• Outros gastos gerais de fabricação........................................ R$ 120.000,00 
• Comissões sobre vendas.............................................................. R$ 300.000,00 
• Encargos com Depreciação de Máquinas da Produção...... R$ 140.000,00 
• Aluguel do Escritório de Vendas................................................. R$ 60.000,00 
• Salários dos Vendedores ............................................................ R$ 20.000,00 
• ICMs sobre Vendas ......................................... ............................ R$ 600.000,00 
• Mão-de-obra Direta .................................................................... R$ 220.000,00 
• Material de Embalagem utilizado na Produção ..................... R$ 40.000,00 
 
10. Os custos diretos no período totalizaram (em R$): 
a) 540.000,00; b) 800.000,00; c) 760.000,00; d) 940.000,00; e) 960.000,00. 
 
11. O valor dos custos indiretos foi (em R$): 
a) 280.000,00; b) 420.000,00; c) 460.000,00; d) 500.000,00; e) 540.000,00. 
 
12. As despesas fixas e variáveis no período foram, respectivamente (em R$): 
a) 100.000,00 e 960.000,00; 
b) 140.000,00 e 920.000,00; 
c) 160.000,00 e 940.000,00; 
d) 160.000,00 e 900.000,00; 
e) 300.000,00 e 900.000,00. 
UTILIZE OS DADOS A SEGUIR PARA RESPONDER AS QUESTÕES DE Nº 13 A 16. 
A empresa Gama S/A apresenta os seguintes custos para a fabricação de seu produto X 
• Custo variável unitário: R$ 50,00 
• Custo fixos associados à produção de X: R$ 40.000,00 
• O preço de venda de X é de R$ 90,00 por unidade. 
 
13. O custo total de produção de X (CT) pode ser representado pela função (Q significa a quantidade 
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28 
produzida e vendida): 
a) CT = 50 + 40.000,00 Q; b) CT = 50 Q; c) CT = 40.000,00 + 50 Q; d) CT = 40.000,00; 
e) CT = 40.000,00 + 90 Q. 
 
14. O custo fixo unitário e o custo variável unitário de se produzir a milésima

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