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mediação. 20. O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado junto ao tribunal. 21. Inexistindo acordo na escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação. 22. Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um mediador ou conciliador. 23. O conciliador e o mediador, ressalvadas as exceções previstas na lei, receberão pelo seu trabalho remuneração prevista em tabela fixada pelo tribunal, conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça. 24. A mediação e a conciliação podem ser realizadas como trabalho voluntário, observada a legislação pertinente e a regulamentação do tribunal. 25. Os tribunais determinarão o percentual de audiências não remuneradas que deverão ser suportadas pelas câmaras privadas de conciliação e mediação, com o fim de atender aos processos em que haja sido deferida gratuidade da justiça, como contrapartida de seu credenciamento. 26. No caso de impedimento, o conciliador ou mediador o comunicará imediatamente, de preferência por meio eletrônico, e devolverá os autos ao juiz da causa, ou ao coordenador do centro judiciário de solução de conflitos e cidadania, devendo este realizar nova distribuição. 27. Se a causa de impedimento for apurada quando já iniciado o procedimento, a atividade será interrompida, lavrando-se ata com relatório do ocorrido e solicitação de distribuição 19 para novo conciliador ou mediador. 28. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. 29. Será excluído do cadastro de conciliadores e mediadores aquele que agir com dolo ou culpa na condução da conciliação ou da mediação sob sua responsabilidade; atuar em procedimento de mediação ou conciliação, apesar de impedido ou suspeito. 30. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito administrativo, tais como: dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da administração pública; avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no âmbito da administração pública; promover, quando couber, a celebração de termo de ajustamento de conduta. 31. O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, designada pelos juiz nas ações de Procedimento Ordinário. 32. Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não excedentes a dois meses da primeira, desde que necessárias à composição das partes. 33. A autocomposição obtida pelo conciliador ou mediador será reduzida a termo e homologada por sentença. 34. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de vinte minutos entre o início de uma e o início da seguinte. Conceito É o procedimento onde pelo esforço de um terceiro (conciliador) na condução de um entendimento põem fim a uma controvérsia. “Processo autocompositivo, informal porém estruturado, no qual um ou mais facilitadores ajudam as partes a encontrar uma solução aceitável para todos.” “Negociação assistida ou catalisada por um terceiro” Característica: É a hipótese em que as partes não chegam a uma autocomposição, o conciliador propõe uma solução, que a seu critério, é mais adequada para a controvérsia. Entretanto sem efeito vinculante as partes. Fases: • Sensibilização das partes para buscarem uma solução amigável para o litígio • Delimitação dos critérios objetivos em que irão se basear os seus interesses • Estabelecimento e discussão das bases da solução • O fechamento da solução proposta e a formalização das responsabilidades e direito das partes 20 Objetivos: Este processo voluntário e pacífico que cria um ambiente propício para as partes se concentrem na procura de soluções criativas. Princípios Básicos Princípio da Neutralidade e Imparcialidade de Intervenção; Princípio da Aptidão técnica; Princípio da Autonomia de Vontades ou Consensualismo Processual; Princípio da Decisão Informada; Princípio da Confidencialidade; Princípio Pax est Querenda; Princípio do Empoderamento; Princípio da Validação; Princípio fundamentais dos juizados especiais (Informalidade, Simplicidade, Economia Processual, Celeridade, Oralidade, Flexibilidade Processual) Espécies: • Preventiva ou pré-processual • Sucessiva ou endoprocessual • Judicial • Extrajudicial • Genérica – órgão • Específica – órgão • Facultativa – não há necessidade de procedimentos • Obrigatória Estágios do Processo de Conciliação - Fases: Preparação A Sessão de Abertura Reunindo Informações Identificando Questões, Interesses e Sentimentos Como Estimular Mudanças de Percepções e Atitudes Sessões Individuais Sessão Conjunta Final A Construção do Acordo Orientando a Discussão 1. Preparando-se para a Conciliação Contatos iniciais com as partes Planejando o formato Estruturando o local Reunindo-se com o co-facilitador 2. Iniciando a Conciliação Apresentações Declaração de abertura pelo conciliador 21 3. Reunindo informações Declarações das partes Formulação de perguntas pelo conciliador Escutando ativamente 4. Identificando questões, interesses e sentimentos Sumário pelo conciliador: com enfoque nas necessidades com enfoque prospectivo neutro 5. Esclarecendo a controvérsia e os interesses, reconhecendo os sentimentos Formulação de perguntas pelo conciliador Discussão da controvérsia 6. Resolvendo questões Questões selecionadas para discussão pelo conciliador mediante o consentimento das partes Avaliação pelas partes de possíveis métodos de resolução Análise das opções 7. Aproximando-se do acordo Testando soluções Confirmação do acordo ou, em caso de impasse, discussão dos passos a serem tomados Decisão acerca da necessidade de um acordo escrito e, se considerado necessário, sua redação 8. Encerrando a sessão Leitura e assinatura do termo Em caso de impasse, revisão das questões e interesses das partes e discussão das opções Validação do esforço e do trabalho das partes 9. Monitorando a implementação do acordo Gestão de Qualidade Conciliador: Importante auxiliar da justiça (judicial) sob supervisão do juiz, que colabora na agilização dos trabalhos, esclarecendo sobre os inconvenientes de uma demanda judicial, aumentando as soluções forenses Objetivos do Conciliador Identificar o “tom” do caso e a base para as declarações Dar às partes oportunidade para ouvir o outro lado Ajudar as partes sentirem-se “ouvidas” Estabelecer confiança (em relação ao processo, ao conciliador e à outra parte) Papel do Conciliador: Escutar ativamente Fazer perguntas abertas Fazer perguntas que permitam o esclarecimento de questões Administrar interações entre as partes Identificar as questões 22 Identificar interesses subjacentes (não necessariamente aqueles juridicamente tutelados) Reconhecer sentimentos Fazer