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LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO E NO TEMPO

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APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO E NO TEMPO
AULA 03
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
A aplicação da lei processual penal no espaço passa pelo estudo do Código de Processo Penal e da legislação extravagante que cuida dos conceitos empregados pelo legislador naquele diploma, como a noção de território nacional, e demais regras, princípios e conceitos propagados pela doutrina que estuda a teoria geral dos processos.       
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
O processo, cuida de regras e princípios para aplicação do Direito ao caso concreto.
O processo é manifestação plena da Jurisdição e, ao mesmo tempo, configura limites para atividade soberana estatal, trazendo em seu bojo uma série de garantias de caráter constitucional. 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Logo, para a manifestação plena de soberania, caberia ao legislador definir quando, onde e para quais casos são aplicáveis a legislação brasileira em seu aspecto material ou formal.
A relevância da aplicação da lei processual no espaço é, portanto, afirmação da própria soberania do Estado, que determinará como serão processados e julgados os feitos perante os juízos criminais brasileiros.
Art. 1º - Código de Processo Penal. 
O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de       responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
Art. 1º - Código de Processo Penal. 
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130)
Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos inc. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
Exceções do Princípio da Territorialidade
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
Os tratados, convenções e regras de direito internacional, firmados pelo Brasil, mediante aprovação por decreto legislativo e promulgação por decreto presidencial, afastam a jurisdição brasileira, ainda que o fato tenha ocorrido no território nacional, de modo que o infrator será julgado em seu país de origem.
Exceções do Princípio da Territorialidade
A Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, (ratificada pelo Brasil por meio do Decreto 56.435/65) e sobre Relações Consulares (ratificada pelo Brasil por meio do Decreto 61.078/67) traz uma série de imunidades penais aos integrantes da carreira diplomática que cometem delitos penais enquanto em serviço de seu país de origem. Ainda que a legislação processual penal brasileira lhes seja mais benéfica, esta é inaplicável por força do tratado.
Exceções do Princípio da Territorialidade
Agentes Diplomáticos (Embaixadores e membros que tenham qualidade de Diplomata) – gozam de imunidade de jurisdição penal no Estado acreditado (onde exercem suas funções), não estando isentos da jurisdição do Estado acreditante (país que representa);
Pessoal técnico, administrativo e doméstico – somente gozam desta imunidade se o fato ocorra no desempenho das suas funções.
Exceções do Princípio da Territorialidade
Cônsules, Funcionários e Empregados Consulares – gozam de imunidade de jurisdição penal no Estado, desde que o ato criminoso tenha sido cometido no desempenho das suas funções.
Tribunal Penal Internacional – o art.5º, § 4º da CRFB/88, prevê que o Brasil se submete à jurisdição do TPI, ainda que o crime tenha ocorrido no território brasileiro(se houver denúncia ao TPI, o agente será entregue a jurisdição estrangeira).
Exceções do Princípio da Territorialidade
Tribunal Penal Internacional – foi criado em 1998 pela Conferência de Roma e tem sede em Haia. O Brasil formalizou sua adesão por intermédio do Decreto nº 4.388/2002.
O Tribunal Penal – é órgão permanente com competência para o processo e o julgamento dos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional, no seu conjunto. 
Exceções do Princípio da Territorialidade
O Tribunal Penal – tem competência para processar e julgar:
Crimes de genocídio;
Crimes contra a humanidade;
Crimes de guerra;
Crimes de agressão (Conferência de Kampala – Uganda – definiu os crimes de agressão e entrará em vigor em 2016, desde que ratificado por 30 países. O Brasil ainda não ratificou). 
Exceções do Princípio da Territorialidade
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
Exclui a aplicação do Código de Processo Penal nos casos de jurisdição política-administrativa e não delitos comuns, quando a conduta criminosa será processada e julgada perante o Poder Legislativo.
Exceções do Princípio da Territorialidade
Atualmente as regras referentes ao julgamento dos crimes de responsabilidade encontram-se na CRFB/88 e em Leis Especiais.
	Ex.: Competência do Senado Federal 
	Art. 5º, I da CF
	Lei 1.079/50
Exceções do Princípio da Territorialidade
III - os processos da competência da Justiça Militar;
	O Código de Processo Penal Militar (Decreto-Lei 1.002/1969) é que determinará o devido processo legal aplicável aos crimes sujeitos à sua jurisdição. 
	As normas processuais penais comuns podem, no entanto, serem aplicadas supletivamente à legislação especial (artigo 3º, alínea “a”, do Código Penal Militar).              
Exceções do Princípio da Territorialidade
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
	Não foi recepcionada pela CRFB/88. Tal disposição se amoldava à Constituição de 1937, que previa a existência de tribunais de exceção. 
A criação de tribunais de exceção é vedada pelo atual ordenamento jurídico por ofender o princípio do juiz natural (artigo 5º, XXXVII e LIII), o inciso IV fica prejudicado.
Exceções do Princípio da Territorialidade
V - os processos por crimes de imprensa. 
		Prejudicado em face da procedência da ADPF 130-7, em que o Supremo Tribunal Federal declarou a não recepção da Lei de Imprensa pela Constituição de 1988. 
		
		O cometimento de crime, ainda que relacionado à atividade jornalística, seguirá o rito procedimental comum. 
Exceções do Princípio da Territorialidade
Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos inc. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
	
	Excepciona os casos em que a legislação especial prescreve procedimento diverso. 
Exceções do Princípio da Territorialidade
	No magistério de Nucci, "quando a legislação especial regular procedimento diverso do previsto no CCP, pelo princípio da especialidade, aplica-se aquela e somente em caráter subsidiário este último.
	Ex.: Lei 11.343/2006 - Drogas
		 Lei 11.101/2005 – Crimes Falimentares
 Lei 9.099/1995 – Infrações de Menor Potencial Ofensivo
Extraterritorialidade
Quando uma infração penal é cometida fora do território nacional, em regra não será julgada no Brasil. 
Existem algumas hipóteses excepcionais de extraterritorialidade da lei penal brasileira, em que será aplicada a lei brasileira embora o fato criminoso tenha ocorrido no exterior.
	Ex.: Art. 7º, I, a CP – crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República
Extraterritorialidade
O trâmite da ação penal observará as regras do CPP Brasileiro, em razão da ação tramitar no Brasil.
A Lei Penal Nacional pode ser aplicada a fato ocorrido no exterior (extraterritorialidade da lei penal), mas a ação penal seguirá os ditames da leiprocessual brasileira (territorialidade da lei processual penal).
Para que se falasse em extraterritorialidade de regras processuais nacionais, seria necessário que o CPP fosse aplicado em ação em tramitação no exterior, o que não existe.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
No nosso direito, foi adotado o princípio da aplicação imediata das normas processuais, sem efeito retroativo. Princípio do tempus regit actum, ou seja, o tempo rege a ação. 
 Art. 2º do CPP - 	 “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. 
Não há efeitos retroativos na lei processual, somente na lei penal (material) quando mais benéfica. 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
Deve-se ressaltar, que a lei processual penal se aplica para o futuro, isto é, não é retroativa, uma vez que só se aplica aos fatos processuais que ocorrerem após a sua entrada em vigor. 
A lei processual "respinga" apenas no processo, sem "respingar" na pretensão punitiva. 
Na aplicação do princípio da imediata aplicação da lei processual, não importa se a nova lei é favorável ou prejudicial à defesa.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
O art. 5º, XL da CRFB/88 estabelece que:
“A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”.
	Este dispositivo, não se estende às normas de caráter processual.
A lei processual, leva em consideração a data da realização do ato, e não a do fato delituoso cometido.
APLICAÇÃO DAS NORMAS HETEROTÓPICAS
Normas Heterotópicas ou normas mistas, são as que possuem caráter processual e material, conjuntamente.
 Para se estabelecer quando a norma tem conteúdo penal ou processual, devem ser utilizados os seguintes critérios:
APLICAÇÃO DAS NORMAS HETEROTÓPICAS
Aquela que cria, extingue, aumenta ou reduz a pretensão punitiva ou executória do Estado tem natureza penal;
	Ex.: cria ou revoga causa extintiva de punibilidade;
		 aumenta ou reduz pena;
		 altera prazo prescricional ou decadencial;
	 alteram o regime de cumprimento de pena ou requisitos para benefícios (sursis, LC, Penas alternativas)
APLICAÇÃO DAS NORMAS HETEROTÓPICAS
b) Aquela que gera efeitos exclusivamente no andamento do processo, sem causar alteração na pretensão punitiva estatal, tem conteúdo meramente processual.
	Ex.: novas formas de citação;
		 prazos processuais ou recursais;
	 número máximo de testemunhas;
		 momento da oitiva de testemunhas ou interrogatório
CONTROVÉRSIA 
		Natureza Jurídica das regras atinentes à liberdade provisória, com ou sem fiança, e à prisão provisória (preventiva, temporária), pois para alguns tem natureza material e, para outros, meramente processual.
Se a nova lei, após a prática do delito, cria nova hipótese justificadora da prisão preventiva, e o agente, já na vigência deste novo dispositivo, realiza o ato que se enquadra em tal hipótese de prisão cautelar, poderá ela ser decretada sem qualquer sombra de dúvida.
CONTROVÉRSIA
Por outro lado, se o Acusado está preso preventivamente e a nova lei revoga a hipótese que justificava sua custódia, deverá ser solto, uma vez que a prisão se prolonga no tempo e a entrada em vigor da nova lei atinge, o ato ainda em execução (aqui o brocardo tempus regit actus não diz respeito ao momento da decretação da prisão e sim, toda a sua duração).
CONTROVÉRSIA
O caráter afiançável de uma infração penal e as consequências disso decorrentes devem ter por base a data da sua prática, pois trata-se, em verdade, de característica inerente ao próprio crime.
Ou seja, quando a alguém comete o delito definido como afiançável, imediatamente surge o direito ao benefício. Logo, se no dia seguinte entra em vigor, nova lei que torna o crime inafiançável, o Magistrado deve aplicar a lei vigente na data do fato.
NORMA HÍBRIDAS OU MISTAS
Existem as normas processuais penais materiais, que são normalmente institutos mistos/híbridos, estudados tanto no Direito Penal, como no Processo Penal, nesses casos aceita-se sua retroatividade, em razão de sua dupla natureza. 
	Ex.: perempção, perdão, renúncia, decadência.
NORMA HÍBRIDAS OU MISTAS
 Quando alguma regra processual é alterada acontecerá, por vezes, reflexos incontestáveis no Direito Penal. Ex.: nos casos em que a norma inclua outra forma de perempção, mesmo se referindo a circunstâncias futuras, podem ocorrer, em casos concretos, que o processado seja favorecido com a norma recém-criada. 
Ela é retroativa para o fato de extinguir a punibilidade do réu, pois tem efeito no direito material (art. 107, IV, CP). 
INTERPRETAÇÃO DA LEI
INTERPRETAÇÃO A LEI
 Vários são os métodos possíveis para buscar o significado do texto legal.
A utilização de um ou outro método, depende da natureza da dúvida que se coloca em relação ao dispositivo.
A doutrina costuma dividir as formas de interpretação do seguinte modo: a) quanto a origem; b) quanto ao modo; c) quanto ao resultado.
Quanto a origem
 
autêntica ou legislativa – feita pelo próprio órgão encarregado da elaboração do texto. É contextual quando feita dentro de um dos seus dispositivos esclarecendo determinado assunto.
	Ex.: conceito de funcionário público existente no art. 327, ou posterior, quando a lei interpretadora entra em vigor depois da interpretada. 
Quanto a origem
 doutrinária – é feita pelos estudiosos, professores e autores de obras de direito, através de seus livros, artigos, conferências, palestras etc.
 judicial/jurisprudencial – é feita pelos tribunais e juízes em seus julgamentos.
Quanto ao modo
 
gramatical – leva em conta o sentido literal das palavras contidas na lei.
 teleológica – busca descobrir o seu significado através de uma análise acerca dos fins a que ela se destina.
Quanto ao modo
 
 histórica – avalia os debates que envolveram sua aprovação e os motivos que levaram à apresentação do projeto de lei.
 sistemática – busca o significado da norma através de sua integração com os demais dispositivos de uma mesma lei e com o sistema jurídico como um todo.
Quanto ao resultado
 declarativa – quando se conclui que a letra da lei corresponde exatamente àquilo que o legislador quis dizer.
 restritiva – quando se conclui que o texto legal abrangeu mais do que queria o legislador (por isso a interpretação irá restringir seu alcance). 
 extensiva – quando se conclui que o texto da lei ficou aquém da intenção do legislador (por isso a interpretação irá ampliar sua aplicação).
Interpretação Analógica (“intra legem”)
É possível quando, dentro do próprio texto legal, após uma sequência casuística, o legislador se vale de uma fórmula genérica, que deve ser interpretada de acordo com os casos anteriores.
	Ex.: o crime de “estelionato”, de acordo com a descrição legal, pode ser cometido mediante artifício, ardil ou “qualquer outra fraude”;
		 o art. 28, II, estabelece que não exclui o crime a embriaguez por álcool ou por “substâncias de efeitos análogos”.
Analogia
Consiste em, aplicar à uma hipótese não prevista em lei, (lacuna da lei) a disposição relativa a um caso semelhante. A analogia é também conhecida por integração analógica, suplemento analógico e aplicação analógica.
 Ex.: 	1)   O legislador, através da lei A, regulou o fato B; o julgador precisa decidir o fato C. 
	2)    procura e não encontra no direito positivo uma lei adequada a este fato. 
Analogia
3)    percebe, porém, que há pontos de semelhança entre o fato B (regulado) e o fato C (não regulado). 
4)    então, através da analogia, aplica ao fato C a lei A. 
5)    é forma de integração da lei penal e não forma de interpretação.
Analogia
 Deve-se observar que em matéria penal, ela só pode ser aplicada em favor do réu (analogia “in bonam partem”), e ainda assim se ficar constatado que houve mera omissão involuntária (esquecimento do legislador).
	Ex.: o art. 128, II, considera lícito o aborto praticado por médico “se a gravidez resulta de estupro” e a prática abortiva é precedida de consentimento da gestante, ou, quando incapaz, de seurepresentante legal; sendo ela resultante de “atentado violento ao pudor”, não há norma a respeito, sendo assim, aplica-se a analogia “in bonam partem”, tornando a conduta lícita. (Atualmente não existe mais atentado violento ao pudor)
Analogia
 Não se admite o emprego de analogia em normas incriminadoras, uma vez que pode violar o princípio da reserva legal. 
A analogia aplicada a norma penal incriminadora fere o princípio da reserva legal, uma vez que fato não definido em lei como crime estaria sendo considerado como tal.
Distinção entre Analogia, Interpretação Extensiva e Interpretação Analógica
Na analogia não há norma reguladora para a hipótese.
Na interpretação extensiva, existe norma reguladora para a hipótese, contudo tal norma não menciona expressamente sua eficácia, devendo o intérprete ampliar seu significado além do que estiver expresso.
Distinção entre Analogia, Interpretação Extensiva e Interpretação Analógica
1) É possível interpretação extensiva contra o réu?
 1º Corrente:
        Não, uma vez que o princípio do in dubio pro reo não admite interpretações, além do sentido das expressões que prejudiquem o "agente".
Crítica: O instituto do in dubio pro reo tem natureza processual ligado ao conteúdo de provas. 
Distinção entre Analogia, Interpretação Extensiva e Interpretação Analógica
1) É possível interpretação extensiva contra o réu?
2º Corrente:
        Sim, é possível interpretação extensiva contra o réu, já que não existe vedação legal. 
 Na interpretação analógica, existe uma norma reguladora para a hipótese expressamente, mas de forma genérica, fazendo necessário o recurso à via interpretativa.
Distinção entre Analogia, Interpretação Extensiva e Interpretação Analógica
ESPÉCIES
i)  Legal ou legis – o caso é regido por norma reguladora de hipótese semelhante.
ii)  Jurídica ou juris – a hipótese é regulada por princípio extraído do ordenamento jurídico em seu conjunto.
iii) “In bonam partem” – a analogia é empregada em benefício do agente.
iv) “In malam partem” – a analogia é empregada em prejuízo do agente.
Tratados Internacionais no Ordenamento Jurídico Brasileiro
Os tratados são considerados uma das fontes do Direito Internacional positivo e podem ser conceituados como todo acordo formal, firmado entre pessoas jurídicas de Direito Internacional Público, tendo por finalidade a produção de efeitos jurídicos.
A Constituição brasileira de 1988 não apresenta nenhum dispositivo que expressamente determine a posição dos tratados internacionais perante o direito interno.
Tratados Internacionais no Ordenamento Jurídico Brasileiro
Diante das controvérsias doutrinárias e jurisprudenciais acerca do tema e buscando resolver a questão da hierarquia dos tratados internacionais de direitos humanos no ordenamento brasileiro, a Emenda Constitucional no 45 de dezembro de 2004 acrescentou um 3o parágrafo ao artigo 5o determinando que: os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes à emenda constitucional.

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