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Aula 6 Distribuiçãoe doenças de veiculação hídrica

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18/08/2018 Disciplina Portal
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Saneamento Básico
Aula 6 - Distribuição e doenças de veiculação
hídrica
INTRODUÇÃO
Nesta aula, veremos que em certas etapas do tratamento é necessário que a água seja retirada de um ponto de menor
cota para outro situado em cota mais elevada, ou, em muitos casos, há a necessidade de se reforçar a pressão em
redes de distribuição. Nessas duas situações, se utiliza estruturas denominadas estações elevatórias, que são
compostas por estrutura civil (edi�cação) e equipamentos (bombas, estruturas de comando e automação).
Compreenderemos também o roteiro para o dimensionamento de redes de distribuição, e seus principais métodos de
dimensionamento (seccionamento �ctício e Hardy-Cross).
Por �m, esclareceremos as doenças de veiculação hídrica. Essas doenças utilizam da água em alguma das etapas de
seu ciclo vital, seja como meio de reprodução, desenvolvimento ou transmissão.
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OBJETIVOS
Identi�car os conceitos referentes ao projeto de estações elevatórias de água;
Analisar os parâmetros para projetos de estações elevatórias;
Reconhecer as principais doenças de veiculação hídrica.
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ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
Estações elevatórias de água são unidades constituídas pelo conjunto de obras, estruturas e equipamentos, cuja
�nalidade é o fornecimento da energia necessária e controle do transporte do �uído, em geral de um ponto para outro
mais elevado, através de bombeamento, de modo a vencer, além dos eventuais desníveis, as perdas de carga ao longo
das canalizações.
Em abastecimento de água, são empregadas em diversas situações, como:
• Estruturas de captação; 
• Adução de água por recalque; 
• Bombeamento de água para lavagem dos �ltros em ETA.
Fonte: Anton Watman / Shutterstock
O projeto e a construção das elevatórias para sistemas de abastecimento de água devem respeitar algumas
preocupações, entre as quais se destaca o fato da seleção dos locais para construção considerar que eles devem �car
abrigados de possíveis inundações e apresentar facilidade de acesso e de obtenção dos terrenos.
PARTES CONSTITUTIVAS E DETALHES CONSTRUTIVOS
Nas estações elevatórias podem ser encontradas as seguintes partes ou dispositivos especiais:
• Salão das máquinas e componentes; 
• Poço de sucção; 
• Tubulações e órgãos acessórios (glossário).
CUIDADOS ESPECIAIS
Cuidados especiais devem ser tomados no projeto das estações elevatórias, principalmente no que diz respeito às
velocidades máximas na canalização de sucção, assim como o que diz respeito à submergência mínima (h), ou seja, o
nível da lâmina d’água acima do eixo do �ange de sucção da bomba.
Assim sendo, devem ser observados os seguintes pontos: 
a) Velocidade máxima na sucção: v = 1,2m/s; 
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b) Condição hidráulica: h > v2/(2g) + 0,20; 
c) O impedimento da entrada de ar na tubulação: h > 2,5.D + 0,10; 
Para a tubulação de recalque, a velocidade máxima admissível deve ser da ordem de 2,4m/s.
SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO CONJUNTOS ELEVATÓRIOS
Existem diversos tipos de conjuntos elevatórios ou conjuntos moto-bombas que podem ser adotados nos sistemas de
recalque.
A seleção de uma determinada alternativa depende, muitas vezes, das principais grandezas características do sistema,
como vazão e altura manométrica.
Classi�cação das bombas
As bombas podem ser classi�cadas em:
Classi�cação das bombas centrífugas
 
Figura 1 - Tipos de rotores de bombas
Potência dos conjuntos elevatórios ou das bombas
A potência dos conjuntos elevatórios ou das bombas pode ser dada, respectivamente, pelas seguintes equações:
Fonte: Shutterstock
A potência PBHP expressa a energia requerida por uma bomba de rendimento ηb, para elevar a vazão Q a uma altura
manométrica total H
CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS
As curvas características das bombas centrífugas apresentam con�guração como mostrado nas Ilustrações, podendo-
se observar que, em função do aumento da velocidade de rotação e do diâmetro do rotor, obtêm-se maiores vazões e
man.
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alturas de recalque.
 
Figura 2 - Curvas características de bombas centrífugas
Fonte:
Para a seleção do conjunto elevatório que melhor se aplique ao sistema adutor projetado, uma boa prática consiste em
traçar a Curva Característica do Sistema versus a Curva Característica da Bomba. 
Uma boa seleção dependerá da procura, em catálogos de fabricantes, do conjunto que possa oferecer rendimento
máximo.
A interseção das duas curvas de�nirá o ponto de trabalho que, de preferência, deve coincidir com o calculado,
conforme mostrado na �gura.
 
Figura 3 - Curva do sistema x curva da bomba
ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS
Em muitas situações, os sistemas elevatórios podem exigir a instalação de duas ou mais bombas em série ou em
paralelo.
Duas ou mais bombas operam em série quando a primeira recalca para a sucção da segunda, esta para a sucção da
seguinte e, assim, sucessivamente.
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Fonte:
Nesse caso, a altura manométrica total corresponde a soma das alturas manométricas das bombas 1 e 2.
Há a associação de duas ou mais bombas em paralelo, recalcando para uma tubulação comum, de modo que cada
uma contribua com uma parcela da vazão.
Fonte:
A vazão total do sistema é menor do que a soma das vazões das bombas operando isoladamente.
Quando duas bombas operam em paralelo, há um deslocamento do ponto de trabalho para a esquerda (ponto A). Isso
se acentua com o aumento do número de bombas operando em paralelo.
DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
A água também pode ser responsável por transmitir doenças, sendo as principais:
A amebíase é causada pelo parasita Entamoeba coli, que se localiza no intestino do ser humano, mas que não o
prejudica e, portanto, não precisa ser tratada. Já a Entamoeba hystolitica é prejudicial e precisa ser eliminada.
Esses parasitas são eliminados com as fezes que, se deixadas próximas a rios, lagoas, fossas, podem contaminar a
água.
Moscas e baratas, ao se alimentarem de fezes de pessoas infectadas, transmitem a parasitose, quando defecam sobre
os alimentos ou utensílios. Outra forma de transmissão é pelo contato das patas sujas de fezes.  
Pode-se, ainda, contrair a ameba comendo frutas e verduras cruas, que foram regadas com água contaminada ou
adubadas com terra misturada a fezes humanas infectadas.  
Muito frequente é a contaminação pelas mãos sujas de pessoas que lidam com os alimentos.
Os principais sintomas são: 
• Dores abdominais; 
• Febre baixa; 
• Ataque de diarreia, seguida de períodos de prisão de ventre; 
• Disenteria aguda.
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GIARDÍASE E CRIPTOSPORIDÍASE
A água também pode ser responsável por transmitir doenças, sendo as principais:
Fonte da Imagem: Sebastian Kaulitzki / Shutterstock
A giardíase é causada pela Giardia lamblia e a criptosporidíase pelo Cryptosporidiumparvum. Ambos vivem nas
porções altas do intestino, sendo mais frequentes em crianças.
A transmissão se faz pela ingestão de cistos, podendo o contágio acontecer pelo convívio direto com o indivíduo
infectado, pela ingestão de alimentos e água contaminados, pelo contato com moscas etc.
A infecção pode ser totalmente assintomática. Em determinados casos, provoca irritabilidade, dor abdominal e diarreia
intermitente.
A prevenção recomendada consiste em seguir as mesmas recomendações para a prevenção da amebíase.
GASTROENTERITE
É uma infecção do estômago e do intestino produzida, principalmente, por vírus ou bactérias.
É responsável pela maioria dos óbitos em crianças menores de um ano de idade.
A incidência é maior nos locais em que não existe tratamento de água, rede de esgoto, água encanada e destino
adequado para o lixo.
Os sintomas são diarreia, vômitos, febre e desidratação.
A prevenção realiza-se com a implantação de sistemas de esgotamento sanitário adequados, higiene dos alimentos,
combate às moscas e uso de água �ltrada ou fervida.
FEBRES TIFOIDE E PARATIFOIDE
É uma doença grave, produzida pela bactéria Salmonella typhi.
Evolui, geralmente, em um período de quatro semanas.
Do momento em que a pessoa adquire a infecção até o aparecimento dos primeiros sintomas decorrem de cinco a 23
dias (período de incubação).
A fonte de infecção é o doente, desde o instante em que ingeriu os bacilos até muitos anos depois, já que os bacilos
persistem em suas fezes.
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HEPATITE INFECCIOSA
A hepatite infecciosa é produzida mais comumente por dois tipos de vírus: “A” e “B”.
COMO SE CONTRAI HEPATITE “A”?
Fonte da Imagem:
O período de incubação é de 15 a 50 dias. A transmissão pode ocorrer por meio da água contaminada. Os indivíduos
doentes podem transmiti-la pelas fezes, duas semanas antes até uma semana após o início da icterícia.
A transmissão pode ocorrer também pela transfusão de sangue, duas a três semanas antes e alguns dias após a
icterícia. É uma doença endêmica no nosso meio.
COMO SE CONTRAI HEPATITE “B”?
Fonte da Imagem:
A Hepatite “B” apresenta período de incubação de 45 a 160 dias, sendo a forma de transmissão mais comum por via
parenteral, principalmente pelo sangue.
COMO SE FAZ A PREVENÇÃO?
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Fonte da Imagem:
A forma de prevenção consiste na higienização dos alimentos e com o devido tratamento da água que lava esses
alimentos, já que podem ser contaminados se forem lavados com água que contenha o micróbio causador da doença,
se não forem bem cozidos ou se manipulados pelas mãos sujas de doentes ou portadores.
CÓLERA
Cólera é uma doença causada pelo micróbio Vibrio cholerae, que se localiza no intestino das pessoas, provocando, nos
casos graves, diarreia e vômitos intensos. Em decorrência disso, o indivíduo perde grande parte dos líquidos de seu
organismo, �cando desidratado rapidamente. Se não for tratada logo, essa desidratação pode levar o doente à morte
em pouco tempo.
Como se contrai?
A doença é transmitida, principalmente, por meio da água contaminada pelas fezes e pelos vômitos dos doentes.
Também pode ser transmitida por alimentos que foram lavados com água já contaminada pelo micróbio causador da
doença e não foram bem cozidos, ou pelas mãos sujas de doentes ou portadores. 
São considerados portadores aqueles indivíduos que, embora já tenham o micróbio nos seus intestinos, não
apresentam sintomas da doença.
Quais são os sintomas?
Diarreia intensa, que começa de repente. As evacuações do doente de cólera são de cor esverdeada com uma espuma
branca em cima, sem muco ou sangue. 
A pessoa doente chega a evacuar, desde o início, uma média de um a dois litros por hora. Dessa maneira, a
desidratação ocorre rapidamente. 
A febre, quando existe, é baixa. 
Junto com a diarreia, podem aparecer também vômitos e cólicas abdominais.
Como se previne?
A prevenção ou tratamento ocorre principalmente com o controle da qualidade da água, o destino adequado das fezes
e a adoção de bons hábitos de higiene.
VERMINOSES
Indiretamente, a água também está ligada à transmissão de verminoses, como:
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• Esquistossomose; 
• Ascaridíase; 
• Teníase; 
• Oxiuríase; 
• Ancilostomíase.
Vetores, como o mosquito Aedes aegypti, que se relacionam com a água, podem ocasionar a dengue, a febre amarela e
a malária.
Fonte: Tommyphongphan / Shutterstock
Em todos esses casos, o tratamento da água, higiene pessoal e condições sanitárias adequadas são formas de evitar
as doenças.
EXERCÍCIOS!
Questão 1: Quais os objetivos de se associar bombas? Quais os tipos de associação e suas características?
Resposta Correta
Questão 2: Quais os tipos de rotores utilizados em bombas centrífugas?
Resposta Correta
Questão 3: Quais as formas mais e�cientes de combate às doenças de veiculação hídrica?
Resposta Correta
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Glossário
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
Dispositivos auxiliares (manômetros para medir a pressão na sucção e no recalque; indicador do nível de água do poço de sucção;
medidor de vazão).

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