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Relatório de Aula Experimental – Verificação do teorema da energia cinética com o uso de força constante e trajetória retilínea. JUSTIFICATIVA Diferentemente dos tópicos estudados anteriormente, trabalho e energia são conceitos que oferecem uma visão mais ampla, menos detalhada e menos trabalhosa da interação de forças com o sistema estudado. Estas duas grandezas escalares estão associadas com a mudança do estado de movimento de um corpo ou partícula. Trabalho é a energia transferida para um objeto ou de um objeto através de uma força que age sobre o objeto. A energia cinética (K) é a energia associada ao movimento de um objeto. Uma vez utilizada uma força constante, o objetivo deste experimento foi verificar o teorema da energia cinética, que diz que a variação da energia cinética é igual ao trabalho realizado. MATERIAIS E MÉTODOS O experimento se constituiu do seguinte sistema: Em que um carrinho de massa mc é puxado por uma força F gerada por uma massa ms ligada a ele por um fio de massa desprezível. O intervalo de tempo é registrado para um movimento de distâncias variáveis. Para a realização do experimento utilizou-se um Trilho de Ar com Gerador de Fluxo de Ar (EQ 021A -Cidepe®) que anula o atrito entre o carrinho e a superfície horizontal. Foi utilizada uma moeda como massa suspensa e um Cronômetro Digital de intervalo (EQ 018D - Cidepe®). Figura 1: Gerador de Fluxo de Ar Figura 2:Trilho de ar Figura 3: Cronômetro Digital A fase inicial do experimento constituiu-se da calibragem do equipamento com ajuda de um nível. Seguiu-se a medição das massas da moeda utilizada como massa suspensa, assim como a do carrinho e do cabide que suportaria a massa no sistema. Todos as massas foram medidas 3 vezes para que houvesse diluição de erros e a média das mesmas foi estabelecida como massa real de cada objeto. Após a pesagem, foi calculada a força que atuaria como agente gerador de movimento: F = 𝑚𝑚ó𝑣𝑒𝑙 𝑠𝑢𝑠𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎 + 𝑚𝑐𝑎𝑏𝑖𝑑𝑒 1000 . 𝑔 Onde: F=Força (N) m=massa (g) g=9,8m/s². Após calculada a força, iniciaram-se as largadas. Foram realizadas 3 largadas para cada uma das distâncias. Obtiveram-se então 3 medidas de tempo. O tempo médio foi considerado para a continuidade dos cálculos. A aceleração foi calculada a partir da equação quadrática do MRUV: 𝑥 = 𝑉0𝑡 + 𝑎𝑡² 2 Onde: x=distância (m) V=velocidade (m/s) a=aceleração (m/s²) t=tempo (s) Como o 𝑉0, neste caso, era nulo, pôde-se isolar a aceleração em: 𝑎 = 2𝑥 𝑡² Após calculadas as acelerações, calculou-se a velocidade do carrinho no instante de sua passagem pelo segundo fotogate através da equação: 𝑉 = 𝑎. 𝑡 Onde: V= velocidade (m/s) a= aceleração (m/s²) t=tempo (s) Calculou-se então, a energia cinética do sistema (carrinho+massa suspensa), através da equação: 𝑘 = 1 2 𝑚𝑣² Onde: k=energia cinética do sistema (J) m=mcarrinho+msuspensa (kg) v=velocidade (m/s) O valor de ∆k era o valor de k final já que o sistema partia do repouso, logo, sua energia cinética inicial era zero. O trabalho foi calculado pela equação: τ = F. x Onde: τ = trabalho (J) F= força (N) x=deslocamento (m) Após calculados τ e ∆k, comparou-se os valores obtidos e o erro entre eles não deveria ultrapassar 5%. RESULTADOS Após medidas as massas e calculadas suas médias, obteve-se: Objeto massa(kg) Carrinho 0,178 M suspensa 0,0528 Utilizando-se a equação especificada acima, o cálculo da força resultou em: mSuspensa(kg) g (m/s²) F(N) 0,0528 9,8 0,517 A massa do sistema foi calculada como a soma de todas massas e resultou em 230,8 g ou 0,2308 kg. Os tempos para cada diferente deslocamento foram: x(m) t1(s) t2(s) t3(s) tmédio (s) 0,100 0,291 0,290 0,291 0,291 0,200 0,412 0,411 0,412 0,412 0,300 0,507 0,507 0,507 0,507 0,400 0,590 0,590 0,590 0,590 0,500 0,659 0,659 0,658 0,659 A energia cinética do sistema para os diferentes deslocamentos e seus respectivos ∆k foram de: tmédio (s) t²(s²) a(m/s²) v(m/s) v²(m/s)² K (J) ∆K (J) 0,291 0,085 2,36 0,687 0,472 0,054 0,054 0,415 0,172 2,33 0,967 0,935 0,108 0,108 0,507 0,257 2,30 1,166 1,360 0,157 0,157 0,590 0,348 2,29 1,350 1,820 0,210 0,210 0,659 0,434 2,30 1,520 2,310 0,267 0,267 O trabalho calculado com força constante para cada um dos deslocamentos, foi: x(m) F(N) τ(J) 0,100 0,517 0,052 0,200 0,517 0,103 0,300 0,517 0,155 0,400 0,517 0,207 0,500 0,517 0,259 O erro médio do experimento ficou fixado em 2,66%, o que se deve possivelmente à erros provenientes das medidas dos tempos. CONCLUSÃO Ao analisarmos os resultados do experimento descrito, pudemos comprovar, com uma margem de erro relativamente baixa dadas as condições do experimento, que o teorema da energia cinética τ = ∆k, é válida quando utilizada uma força constante como geradora do movimento.
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