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Vitor Marinho da Costa 1 Vitor Marinho da Costa Segunda-feira 09/04/2018 1. RELEMBRANDO: • Recebem o nome de ionizante, pois tem a capacidade de atravessar substancias e remover elétrons. 2. RADIAÇÃO: • Todo tipo de radiação possui determinada dose de energia, que varia conforme sua frequência. • Todas as radiações ionizantes são deletérias e produzem efeitos biológicos nos tecidos. • A energia de uma radiação está relacionada com frequência de uma radiação. Ao expor o paciente a uma radiação, existem vários tipos e intensidades de energia. 3. INTERAÇÃO DOS RAIOS X COM A MATÉRIA: • Exposição – Sem interação. • Exposição – absorção/atenuação – absorção dos raios x – fotoelétrica. • Exposição – absorção/atenuação- espalhamento dos raios x – Coerente. • Exposição – absorção/atenuação- espalhamento dos raios x – Compton. Vitor Marinho da Costa 2 Vitor Marinho da Costa • O raio x sai do aparelho e atinge o nosso organismo e com ele interage de diferentes formas. • A radiação pode passar direto pelo meu paciente, não tendo assim nenhum tipo de interação e atingir o filme. • O feixe de raio x pode ser completamente absorvido, onde a energia dele é igual a energia de ligação dos meus elétrons, perdendo assim a sua energia total e sendo completamente absorvido pelo paciente (radiação fotoelétrica). • O feixo de raio x pode ser também atenuado (perda de intensidade), interagindo com o meio (com átomos do meu organismo), mas continua sendo capaz de interagir com outros átomos. • Nos casos onde acontecem atenuação, podem existir dois tipos de espalhamento (Coerente e de Campton). 4. EFEITOS EM ÁTOMOS E MOLÉCULAS – ABSORÇÃO FOTOELÉTRICA: • Energia do fóton igual ou levemente maior que a energia de ligação do elétron. • Interação com elétrons de camadas mais internas. • Fóton deixa de existir. • Na absorção fotoelétrica o feixe de raio x apresenta uma energia semelhante a energia de interação entre o meu elétron e o núcleo do átomo (energia de ligação). Nesses casos o raio x usa toda a sua energia para remover este elétron, deixando de existir nesse momento. • A radiação remove o elétron e deixa de existir nesse momento, perdendo assim toda a sua força. • A absorção, a coerente e o Campton acontecem ao mesmo tempo em um momento de exposição 9% SEM INTERAÇÃO 7% ESPALHAMENTO COERENTE 27% ABSORÇÃO FOTOELÉTRICA 57% ESPALHAMENTO DE CAMPTON 5. EFEITOS EM ÁTOMOS E MOLÉCULAS – ESPALHAMENTO COERENTE: • Energia do fóton menor que a energia de ligação dos elétrons. • Vibração momentânea. • Trajetória do fóton modificada. • A energia do feixe de raio x é menor que a energia de ligação dos átomos, assim ele não consegue retirar o elétron da camada dos átomos, causando uma vibração momentânea. Vitor Marinho da Costa 3 Vitor Marinho da Costa • A vibração momentânea pode causar rompimento ou mutação do DNA. 6. EFEITOS EM ÁTOMOS E MOLÉCULAS – ESPALHAMENTO DE COMPTON: • Energia do fóton maior que a energia de ligação dos elétrons. • Interação com elétrons de camadas mais externas. • Fóton com muita energia cinética – interagir com o meio até perder sua energia. • Nesse tipo de efeito a energia da radiação é grande o suficiente para retirar o elétron da camada e ainda interagir com outros átomos (sendo o pior tipo). • O que forma cada um desses efeitos? As diferentes frequências de uma radiação. 7. EFEITOS DO RAIO X: • A radiação age nos seres vivos por meio: • Efeito direto • Efeito indireto • A radiação pode causar efeito direto (quando o raio X interage de forma direto com as estruturas e moléculas do interior da célula, levando a uma lesão) ou indireto (o feixe de radio x interage com moléculas de água, formando radicais livres causando efeito nocivos para a célula). 8. TIPOS DE EFEITOS BIOLÓGICOS - DIRETO: • Partículas ionizantes transferem sua energia para moléculas biologicamente ativas (DNA, RNA, proteínas ...), ocorrendo um dano. • 1/3 dos danos biológicos. • Ionização ou excitação dos átomos – Rompimento das ligações químicas moleculares – Alteração da estrutura química tridimensional – Oportunidade de formar ligações químicas incorretas. • O efeito biológico direto é responsável por 1/3 dos danos biológicos. • A excitação dos átomos resulta no rompimento e na modificação das estruturas. • O problema não é quando a célula danificada deixa de existir, pois o nosso organismo tenta repor essa perda, o problema maior acontece quando a célula danificada passa a fazer ligações erradas. Vitor Marinho da Costa 4 Vitor Marinho da Costa 9. TIPOS DE EFEITOS BIOLÓGICOS – INDIRETO: • Quando uma molécula biologicamente ativa sofre uma ação destrutiva através de radicais livres produzidos pela interação da radiação com uma molécula de água. • 2/3 dos danos biológicos. • Fóton de raio-x interage com água removem elétrons da molécula de água causando elétrons livres e radicais livres (H+ e OH-), que podem interagir com estruturas do DNA causando mutação ou rompimento, ou ainda se juntarem e formar peróxido de hidrogênio e hidroperoxila. • Acontece quando as moléculas e estruturas da célula sofrem ação de radicais livres formados pela ação do raio x nas moléculas de água. • Responsáveis por 2/3 dos danos biológicos. • O efeito indireto é muito mais comum, visto que o nosso corpo é comporto por 80% de água. 10. FATORES FÍSICOS DA RADIAÇÃO: • Tipo de radiação • Dose total • Poder de penetração da radiação • Exposição aguda X Exposição crônica • Área localizada X corpo todo • Esses fatores estão relacionados com o efeito da radiação. 11. FATORES FÍSICOS DA RADIAÇÃO - TIPOS DE RADIAÇÃO: • A radiação gama é altamente ionizante, sendo 10x mais nociva que o raio x. • Os tipos de radiação influenciam em seu efeito, sendo que existem radiações que são maio ionizantes que outras, como no caso da radiação gama, que é mais ionizante que a radiação x. 12. FATORES FÍSICOS DA RADIAÇÃO – DOSE TOTAL: • Quanto maior a quantidade de energia depositada em um tecido, mais grave o efeito biológico. • Radiografias odontológicas – dose de radiação muito pequena. Vitor Marinho da Costa 5 Vitor Marinho da Costa • Quanto mais radiação um tecido leva, isto é, quanto maior a dose de radiação mais grave será o efeito biológico. • Na radiografia odontológica, a dose de radiação é bem pequena. • A rdiação é medida em sV (Silverti). 13. FATORES FÍSICOS DA RADIAÇÃO – PODER DE PENETRAÇÃO: • Quanto mais penetrante for a radiação, mais grave o efeito nos tecidos mais profundos do corpo. • Maior Kvp (Kv). • Menor comprimento de onda. • Quanto mais penetrante for uma radiação, mais fundo no organismo ela poderá penetrar e então causar danos nessa região. • O pode de penetração de uma radiação está relacionado com o seu comprimento de onda, controlado pelo seu Kv. 14. FATORES FÍSICOS DA RADIAÇÃO - EXPOSIÇÃO AGUDA X CRÔNICA: • Exposição aguda – muita radiação em período curto. • Maior efeito biológico. • Exposição crônica – pequena quantidade de radiação em período prolongado. • A exposição aguda tem um efeito biológico maior, é o que acontece na radioterapia. Muita radiação em um período curto. • A radiação crônica é o que acontece na odontologia, sendo aquela que a gente recebe ao longo da vida. 15. FATORES FÍSICOS DA RADIAÇÃO – ÁREA LOCALIZADA X CORPO TODO: • Exposição de todo o organismo – efeitos mais graves. • A odontologia fica restrita a uma área (cabeça e pescoço). • Em radiações de áreas mais restritas temos um efeito menor, quando comparado com áreas extensas, como na radiação médica. Vitor Marinho da Costa 6 Vitor Marinho da Costa 16. FATORES DO HOSPEDEIRO: • Resistencia intrínseca do organismo. • Idade. • Tipo e sensibilidade do tecido. 17. FATORES DO HOSPEDEIRO – RESISTÊNCIA INTRÍNSECA DO ORGANISMO: • Indivíduos podem ser potencialmente mais ou menos sensíveis aos efeitos da radiação. • Os organismos se comportam de forma diferente diante da radiação, alguns indivíduos são mais sensíveis que outros. 18. FATORES DO HOSPEDEIRO – IDADE: • Efeitos biológicos são mais propensos a desenvolver em indivíduos jovens. • Os indivíduos mais jovens têm maiores chances de desenvolver efeitos que os indivíduos adultos, principalmente em crianças. • Os indivíduos mais jovens estão em divisão celular a todo vapor. • A radiação em crianças deve ser feita apenas em casos necessários. 19. FATORES DO HOSPEDEIRO – TIPO E SENSIBILIDADE DO TECIDO: • Alguns tecidos são mais sensíveis a radiação e outros muito resistentes aos efeitos letais. • Radiosenssíveis • Radiorresistêntes • Intermediárias SENSIBILIDADE TECIDO/ÓRGÃO ALTA Medula óssea, células reprodutoras, mucosa intestinal RELATIVAMENTE ALTA Pele, cristalino, mucosa bucal MÉDIA Vasos sanguíneos, osso e cartilagem em crescimento RELATIVAMENTE BAIXA Osso e cartilagem maduros, glândulas salivares, rim, fígado e tireóide BAIXO Músculo e nervos Vitor Marinho da Costa 7 Vitor Marinho da Costa • Tecidos radio sensíveis são aqueles que sofrem mais com os efeitos da radiação, diferente dos tecidos radio resistentes. Existem ainda aqueles são intermediários quanto aos efeitos da radiação. 20. FATORES DO HOSPEDEIRO – TAXA DE DIVISÃO CELULAR: • Células que se dividem mais rapidamente tendem a ser mais sensíveis aos efeitos da radiação. • Células com elevada capacidade de divisão estão mais sujeitas a sofrerem danos da radiografia. • Isso explica o porquê da radiografia não ser realizada em mulheres grávidas, uma vez que a criança se encontra em formação e em exacerbada proliferação celular. • OBSERVAÇÃO CLÍNICA: Mesmo se a radiografia fosse realizada nenhum efeito danoso seria causado ao feto, devido ao uso do avental de chumbo no paciente. 21. FATORES DO HOSPEDEIRO – DANO AO ORGANISMO: • Efeito somático – afeta apenas o indivíduo que foi exposto. • Efeitos genéticos – é herdado de uma geração para a próxima. São considerados mais sérios. • Efeitos somáticos são aqueles causados pela radiação e que acometem apenas o paciente. • Os efeitos genéticos são aqueles que acometem os pacientes e são passados pelas gerações. 22. FATORES DO HOSPEIDEIRO – DOSE LIMIAR: • Pequenas exposições não produzem alterações observáveis. • Aumento da exposição – limiar atingido – efeito visível. • Toda radiação é absorvida no hospedeiro não causando efeito visível, porém ao atingir a dose limiar (diferente em cada organismo) os efeitos da radiação podem ser visíveis. Como: perda de cabelo, feridas na pele. Vitor Marinho da Costa 8 Vitor Marinho da Costa 23. FATORES DO HOSPEDEIRO – RISCO DE EXPOSIÇÃO: • O principal risco biológico é a possibilidade da célula tornar-se maligna. • A indução do câncer não tem dose limiar. • O principal risco da radiação é a indução ao câncer, o qual não existe dose limiar. Qualquer quantidade de radiação pode influenciar na formação de células cancerosas. • As crianças são duas vezes mais sensíveis aos efeitos danosos da radiação. 24. RESUMO: • Qualquer dose de radiação pode ser potencialmente danosa • A probabilidade de ocorrência de câncer induzido por radiação aumentada com a dose. • Crianças são duas vezes mais Radiosenssíveis a indução do câncer. 25. DOSIMETRIA: PEDIR A CLARICE 26. EFEITOS BIOLÓGICOS: • Podem ser de ordem: • Somática ou genética • Podem ser de categoria: • Determinístico e estocástico. • De forma didática os efeitos biológicos podem ser divididos em ordem e em categorias. • Determinísticos são aqueles que possuem dose muito alta, como na radioterapia. Estocástico são aquelas doses de acumulo, que são acumuladas até atingir a dose limiar. Vitor Marinho da Costa 9 Vitor Marinho da Costa • O DNA atingido pelo raio x pode sofrer efeito direto ou indireto, podendo se reparar de forma correta, incorreta ou não se reparar. No caso do reparo correto a célula continua normal, já nos casos onde não existe reparo O DNA continua mutado, assim como o que acontece nos casos de reparo errôneo. O DNA mutado pode levar a morte celular ou a célula mutada pode permanecer viável e nos casos de ser somática pode causar envelhecimento precoce e indução ao câncer (Ex: catarata e esterilidade) e no caso se células germinativas, causar doenças hereditárias. (PEDIR IMAGEM PRA CLARICE) • O DNA atingido pode se reparar, não se reparar ou ainda se reparar de forma errada. • No reparo correto do DNA, a célula volta a sua função normal. • No não reparo do DNA, a célula torna-se mutado podendo causar a morte celular ou se replicar, formando uma geração de células mutadas. 27. EFEITOS BIOLÓGICOS – EFEITOS SOMÁTICOS: • Afetam apenas o indivíduo exposto. • Ex: Indução ao câncer, catarata. • São os efeitos que afetam apenas o indivíduo que foi exposto. 28. EFEITOS BIOLÓGICOS – EFEITOS GENÉTICOS: • Podem ocorrer nos descendentes dos indivíduos irradiados devido a irradiação de células germinativas. • Não pode ser representado. • Não há limiar de dose. • Não existe dose limiar. • Os efeitos genéticos em odontologia são incomuns. 29. EFEITOS BIOLÓGICOS – EEITOS DETERMINÍSTICOS: • Ocorrem em doses acima de um limiar. • Gravidade aumenta com a dose. • Morte celular ou do organismo. • Doses aplicadas na radioterapia. • Ex: Esterilidade, catarata, eritema, alopecia, osteoradionecrose. Vitor Marinho da Costa 10 Vitor Marinho da Costa • Os efeitos determinísticos acontecem quando o paciente é exposto a doses muito elevadas e que já atingem o limiar. • É o que é usado na radioterapia. A radioterapia é a incidência de raio x em uma área determinada. • Pacientes em tratamento de radioterapia não devem ser submetidos a procedimentos odontológicos. 30. EFEITOS DETERMINISTICOS DA RADIAÇÃO NA CAVIDADE BUCAL: • Mucosite – inflamação da mucosa formando ulceras bastante dolorosas. • Perda do paladar • Hiposalização – Diminuição da produção da saliva. • Xerostomia - perda total da saliva. • Defeitos na dentição permanente • Cárie de radiação – perda dos odontoblástos. 31. EFEITOS ESTOCÁSTICOS: • É a radiação que é acumulada no organismo e que apenas depois manifestas efeitos. • Exposição a baixas doses. • Independente da dose. • Não há limiar. • Ex: probabilidade de indução de câncer, mutação genética. 32. EFEITOS TERATOGÊNICOS: • Período sensível – organogênese. • Anormalidades congênitas, deficiência mental, morte fetal. • Período fetal - malformação do tecido ou órgão que se encontra em formação durante a exposição. • 200 mS – Dano não esperado com doses inferiores. • 0,002 mS – radiografia periapical. • Efeitos teratogênicos são aqueles que acontecem sobre o feto, principalmente durante o período de organogênese (período sensível). Evita-se realizar qualquer tipo de radiografia durante os três primeiros meses da gravidez. • As radiografias periapicais possuem menos silverts do que a quantidade esperada para se causar danos. Vitor Marinho da Costa 11 Vitor Marinho da Costa 33. RESUMO: • Gravidez não é contraindicação. • Evitar realizar tomadas radiográficas durante o primeiro trimestre da gravidez. • A exposição do embrião na radiografia odontológica é muito pequena. • Com a utilização do avental de chumbo essa exposição cai para praticamente zero. 34. MEIOS DE PROTEÇÃO: • A medida que a dose aumenta, o risco de desenvolver sequelas aumenta. • A gravidade pode ser minimizada diminuindo a exposição – utilização de meios de proteção. • Realizar as radiografias necessárias e mais adequadas para cada casso • Evitar repetição. • Na medida que a dose de exposição aumenta, os riscos também aumentam, no entanto, esse risco pode ser minimizado se utilizando os equipamentos de proteção adequados. 35. APARELHOS DE RAIO X: • Kv adequado. • Colimador. • Filtro de alumínio. • Cone longo. • As variações no kV alteram o poder de penetração do raio x. • O colimador evita a divergência do raio x, criando uma área mais focalizada. • Os cones longos tendem a diminuir a divergência do raio x. 36. AVENTAL DE CHUMBO: • Deve ser fornecido para o corpo e para a tireóide. • Caso tenha necessidade de acompanhantes na sala, o mesmo também deve usar o avental de chumbo. • Em radiografias panorâmicas, o avental de chumbo tem uma proteção para a coluna. Vitor Marinho da Costa 12 Vitor Marinho da Costa 37. PROTEÇÃO PARA O OPERADOR: • Nunca segurar o cabeçote durante a exposição (Radiação de vazamento) – principalmente em aparelhos antigos. • Nunca permanecer na linha de direção do feixe primário. • Nunca segurar o filme na boca do paciente durante a exposição. • O operador deve ficar a 180 cm de distância e em ângulo de 90º a 135º do feixe primário. • As paredes devem ser feitas com chumbo ou com Barilho (???).
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