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A SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA PREJUDICA A FUNÇÃO RENAL?

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
MAYARA CRISTINA DE FREITAS GONÇALVES
RESENHA
A SUPLEMENTAÇÃO DA CREATINA PREJUDICA NA FUNÇÃO RENAL
Uberlândia
2018/2
A SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA PREJUDICA A FUNÇÃO RENAL?
	A creatina pode ser encontrada naturalmente nos músculos esqueléticos e por meio da alimentação; os alimentos de onde podemos absorver creatina são especialmente a carne vermelha e os peixes. A suplementação de creatina (20g/dia por 5- 7 dias) promove o aumento de 20% nas concentrações de creatina muscular.
 Através de pesquisas podemos notar que, a suplementação de creatina em atividades intermitentes de alta intensidade e curta duração produzem bons efeitos ergogênicos, além disso nos mostram que a creatina pode ser benéfica em certos acometimentos musculares, doenças crônico-degenerativas e tolerância a glicose. Apesar de estudos mostrar dados positivos sobre a suplementação de creatina, existem dúvidas a cerca dos efeitos adversos no que diz à função renal.
	Tratando do artigo em si, o mesmo aborda estudos onde os pacientes apresentam-se no hospital com insuficiência renal, seja ela leve, moderada ou aguda. Em todos os casos citados os pacientes faziam suplementação de creatina, e para o tratamento da doença a suplementação era cortada, na maioria dos casos se observava algumas melhoras no paciente. O artigo destaca que essas pesquisas não podem ser levadas em conta, devido a alguns fatores importantes para pesquisa, um desses fatores é que alguns pacientes já apresentam algum tipo de problema renal antes da ocorrência da insuficiência, outro fator é o fato de haver outros tipos de suplementos que eram ingeridos juntamente com a creatina, que também poderia acarretar no prejuízo da função renal e ainda havia um caso onde a via afetada não estava totalmente ligada a excreção ou absorção de creatina. 
	Estudos relatados no artigo feito com humanos, onde os sujeitos se suplementam ou não com a creatina, mostram resultados onde os coeficientes renais não apontam grandes alterações, sendo assim, comprovando em tese, que a ingestão da creatina a longo prazo não prejudica a função renal. Uma crítica que o texto traz, é que os processos metodológicos utilizados por esses estudos acabam por excluir aspectos importantes para a avaliação da suplementação da creatina.
	Testes feitos em animais apresentaram resultados contraditórios, onde 2 de 3 pesquisas apresentam que uso exagerado da creatina pode causar danos a função renal, já outro estudo em ratos com doenças renais mostra que a suplementação da creatina não altera a função renal do indivíduo, sendo assim, a ingestão de creatina pode ser feita de forma livre.
	Por fim, o artigo traz que não há tantas pesquisas sobre a ingestão de creatina com sujeitos idosos, grávidas e crianças. Traz também que a ingestão de creatina é feita em sua maioria, por praticantes de atividade física, ou atletas de alto rendimento. Para um melhor estudo da suplementação da creatina em praticantes de atividade física, devem ser desenvolvidos estudos envolvendo a atividade física e o seu papel na função renal em sujeitos suplementados com creatina. 
	Concluindo, não há evidências sustentáveis de que essa substância possa apresentar risco para homens saudáveis. Para uma pesquisa mais eficaz devemos investigar sujeitos com doenças renais pré-existentes e com propensão à neprofina. E por último, mas não menos importante, recomenda monitoria da suplementação de pessoas com problemas renais e sugerem a pessoas saudáveis que não ultrapassem a quantidade de 5g de creatina por dia.
Fazendo uma análise crítica do texto, podemos notar que ele traz diversas pesquisas, que abordam a suplementação da creatina. Tendo em vista, esse tema, eu pude concluir através do artigo, que a ingestão de creatina a curto prazo não afeta a saúde de indivíduos saudáveis. E que indivíduos que possuem doenças renais se pensarem em fazer suplementação de creatina devem fazer a suplementação da mesma, de forma supervisionada para que não afete sua função renal. 
Por se tratar de um texto de revisão bibliográfico, o texto abordou de uma forma bem ampla os artigos referentes a creatina, buscou pesquisa feitas com pacientes em hospitais, testes feitos com humanos, teste feito em animais, trouxe uma diversidade de resultados. Acredito que na parte das lacunas, ele poderia abordar um pouco mais da fisiologia e de todo o processo da creatina no organismo humano. Mas de forma geral, o texto contemplou bem, com a revisão bibliográfica e foi capaz de sintetizar o conhecimento e expor sua opinião.

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