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Psicologia de Aprendizagem. Belvio Bernardo .UP=FACEP=Niassa.docx

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Elaborado por: Bélvio Bernardo Francisco. Universidade Pedagógica Delegação de Niassa=FACEP.2018
Elaborado por: Bélvio Bernardo Francisco. Universidade Pedagógica Delegação de Niassa=FACEP.2018
1.Introdução 
No presente trabalho irei fazer um resumo das aulas apresentadas durante o semestre na cadeira de psicologia de aprendizagem, que irei destacar numa primeira fase os aspectos ligados ao desenvolvimento humano isto é, conjunto de alterações ou mudanças que se observam na estrutura do sujeito ao longo de sua vida ou ainda, conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu ciclo de vida e depôs destacar as principais teorias e suas abordagens na aprendizagem.
	
2.Resumo dos trabalhos da Psicologia de Aprendizagem
2.1.Teorias do Desenvolvimento Humano
			Quando se fala de desenvolvimento, entendemos como conjunto de alterações ou mudanças que se observam na estrutura do sujeito ao longo de sua vida ou ainda, conjunto de fases pelas quais o indivíduo passa ao longo do seu ciclo de vida. "É um processo multidimensional que engloba os aspectos físicos (crescimento); fisiológicos (maturação); psicológicos (cognitivos e afectivos); sociais (socialização) e culturais (aquisição de valores e/ou normas) " (MWAMWENDA, 2005.).
			 Quando se fala de teoria, refere-se ao conjunto de leis, princípios e normas que procuram explicar factos sobre uma certa realidade. É uma linha de princípios sistemáticos e lógicos que resultam de uma pesquisa científica sobre um fenómeno de interesse humanitário para explicar as causas e efeitos da sua ocorrência. Assim, as teorias do desenvolvimento humano são princípios que explicam o processo de desenvolvimento humano entre tantas encontramos: Teoria comportamentalista, Cognitivista e Humanista.
2.1.1.Teoria comportamentalista.
O termo comportamentalismo deriva da palavra inglesa behavior (comportamento) e refere-se a um movimento iniciado nos Estados Unidos, por John Broadus Watson (1878 - 1958), no início do século XX. O comportamentalismo (ou Behaviorismo) reúne uma variedade de autores Pavlov, Watson, Skinner, que precisam ser entendidos em suas especificidades conceituais. O objecto de estudo da Psicologia, nesta abordagem, é o comportamento (publicamente observável), havendo uma refutação do estudo dos fenómenos mentais. 
Watson considera o desenvolvimento humano como as modificações percebidas no organismo, ocorridas em virtude de estímulos. Tais estímulos poderiam ser provenientes do meio externo ou do próprio organismo, como palpitações, reacções musculares etc. O desenvolvimento seriam, então, as manifestações reflexas, as respostas que o organismo emite quando estimulado e a atividade do organismo como um todo.	
Para Skinner, eventos/comportamentos de carácter mental como o pensar, sentir, ouvir, ver, dentre outros, não são úteis para explicar a conduta humana. Embora não negue a existência desses eventos mentais, sua teoria defende que o ser humano é controlado por influências externas (meio) e não por processos internos. A determinação da acção humana a partir do ambiente é explicada pela ideia de selecção por consequência, ou seja, o ambiente selecciona entre os tipos de relação do indivíduo, qual delas é mais vantajosa para ele, mais adaptativa.
Na abordagem de Skinner, pode-se dizer que o desenvolvimento humano é influenciado por suas consequências, em três níveis: filogenético (espécie), ontogenético (indivíduo) e cultural (o indivíduo é membro de um grupo). No primeiro nível, o desenvolvimento humano de um organismo é produto da selecção natural, da evolução da espécie ao longo de milhares de anos.
2.1.2.Teoria Cognitivista
Contrapondo-se ao behaviorismo que centra a sua atenção (o no comportamento humano, o cognitivismo propõe analisar a mente, o ato de conhecer; como o homem desenvolve seu conhecimento acerca do mundo.
No estudo do desenvolvimento humano, Piaget fixa-se particularmente, nos processos cognitivos (do conhecimento) e procura encontrar um modelo capaz de explicar a sua génese, a sua estrutura e as suas transformações.
			Para Piaget, o ser humano relaciona-se com o meio onde se insere, adaptando-se a ele, através da assimilação e acomodação, numa interacção dinâmica constante de equilíbrios sucessivos e progressivos. A vida psíquica desenvolve-se através da troca entre o sujeito e o meio, o conhecimento advém das interacções sujeito / objecto. O comportamento do indivíduo e a inteligência, resulta de uma construção progressiva do sujeito em interacção com o meio.
			Segundo Piaget, o desenvolvimento intelectual faz-se desde as reacções reflexas inatas até a fase adulta. Este processo desenvolve-se ao longo de 4 estádios: Estádio Sensório-motor (0-2 anos), estádio Pré-operatório (2-7/8anos) , estádio operatório formal ou do operações formais (11/12 –16 anos) e estádio operatório concreto (operações concretas)- 7/8 -11/12 anos
			Para Vygotsky o desenvolvimento é considerado como uma consequência das aprendizagem com que o sujeito é confrontado. Seu estudo passa necessariamente, pela análise de situações sociais que favorecem ao sujeito construir seu meio físico pois, numa abordagem sócio-construtivista o desenvolvimento cognitivo envolve as interações sujeito-objeto-contexto social.
Vygotsky sublinhou as influências sócio-culturais no desenvolvimento das crianças, destacando as seguintes características:
O desenvolvimento não pode ser separado do contexto social
A cultura afecta a forma como pensamos e o que pensamos
Cada cultura tem o seu próprio impacto
O conhecimento depende da experiência social
A criança desenvolve representações mentais do mundo através da cultura e da linguagem
2.1.3.A Teoria Humanista
Humanismo, também denominado de terceira força em Psicologia, surgiu na segunda metade do século XX, nos EUA. Enfatizou o estudo da consciência, da pessoa como dotada de valores e capacidade de auto-crescimento e autonomia. Foi um movimento que almejava trazer o indivíduo e suas formas de relação no mundo para o centro das investigações psicológicas. A Psicologia Humanista apresenta um considerável número de autores. Carl Ranson Rogers (1902- 1987) e Abrahan Maslow (1908 - 1970).
Rogers traz uma concepção do Desenvolvimento humano como dotado de uma capacidade de crescimento constante, de actualização permanente de suas potencialidades. O sujeito é passível de constantes mudanças em seus processos subjectivos. Em cada fase da vida pode conseguir certo nível de realização pessoal, estruturando-se de maneira mais plena, mais integrada.
Deste modo, afirma que em todos os seres humanos e em todos os organismos há uma tendência em direcção à realização construtiva, a um desenvolvimento cada vez mais complexo. Esta característica está presente em todo ser vivo, independente de um favorecimento do ambiente, podendo ser desviada, mas jamais destruída, pois:
Os organismos estão sempre em busca de algo, sempre iniciando algo, sempre prontos para alguma coisa. Há uma fonte central de energia no organismo humano [...] é como uma tendência à plenitude, à auto-realização que abrange não só a manutenção, mas também o crescimento do organismo (ROGERS, 1983, p. 44 apud MWAMWENDA, 2005)
Para o autor o tipo de relação que se estabelece entre as pessoas, desde o início da vida, é factor crucial de estruturação psicológica e de constituição do self, ou seja, de si mesmo. Contudo, salienta que o indivíduo tem um poder de autonomia intrínseca, sendo construtor de seu percurso pessoal. Acredita que o próprio sujeito é responsável por mudanças em sua vida por existir um mecanismo de auto-regulação no desenvolvimento.
2.2.Abordagens de aprendizagem de Ausubel, Bruner, Pavlov, Skinner, Bantura, Lewin, Thorndike, Piaget e Roger,
2.2.1.Aprendizagem por Condicionamento Clássico
			A pesquisa sobre o condicionamento foi feita por Ivan Pavlov. Esta, foi a primeira teoria da aprendizagem que é referida como clássica. Condicionamento significa aprendizagem ou modificaçãode comportamento. O condicionamento clássico de Pavlov nos dá o conhecimento de como um comportamento novo é aprendido, o cão aprendeu a salivar ao som da campainha pela associação do som desta `a apresentação de comida. A comida foi substituída pelo som da campainha, no sentido em que o cão respondeu ao som desta de forma similar `a que ele respondeu a comida. 
			A comida é o estímulo incondicionado, enquanto a resposta sob forma de salivação é chamada de resposta incondicionada. O som da campainha é designado por estímulo condicionado e a salivação por resposta condicionada. Assim, o cão não aprendeu a resposta a comida com a salivação, uma vez que este comportamento já existia. O que o cão aprendeu foi a responder ao som da campainha, e fê-lo por que os dois estímulos (comida e o som da campainha) foram emparelhados e a comida serviu para reforçar o novo comportamento.
Implicações pedagógicas
			A respeito das implicações pedagógicas dessa teoria, MWAMWENDA (2005:166) afirma que existem muitas razões pelas quais as crianças faltam a escola e desistem da escola, mas é evidente que algumas delas se prendem com o tipo de associações que as crianças estabelecem entre a escola e o efeito que esta tem nelas. Para algumas crianças, a escola está associada a hostilidade, crueldade e indiferença; e por esta razão, muitos alunos preferem não ir a escola; por outro, se as crianças experimentam a escola como um lugar amistoso onde são tratadas amavelmente, com amor e carinho, não deverá existir nenhuma razão para que elas não queiram ficar na escola o tempo que for necessário. 
2.2.2.Aprendizagem por Condicionamento Operante (Instrumental)
			Frederic Skinner considera na sua abordagem a teoria do condicionamento clássico, uma teoria plausível da aprendizagem, mas dá um passo em frente através da defesa de que nem toda aprendizagem pode ser explicada na base do estímulo identificável. Na sua perspectiva, existem outras formas de aprendizagem que ocorrem independentemente de qualquer estímulo identificável. O termo operante refere-se ao facto de um organismo, que pode ser uma pessoa ou um animal, trabalhar sobre o seu meio, e a medida que o faz ser responsável por gerar consequências. 
Aplicabilidade da Teoria
			As implicações do condicionamento operante estão relacionadas com o reforço. Sem o reforço na escola, os alunos alcançarão menos do que o seu potencial permite. Os professores podem reforçar os alunos através de boa preparação das aulas e tornando-as interessantes, reconhecendo o esforço do aluno, sendo amigáveis, e proporcionando aos alunos a atenção que a situação justifica.
2.2.3.Abordagem associacionista
			Edward Thorndike foi um dos psicólogos educacionais americanos reconhecido por ter publicado o primeiro livro de Psicologia educacional: The Psychology of Learning (1913). Ele foi responsável por desenvolver uma teoria da aprendizagem conhecida como conexionismo (concepção de que a aprendizagem se dá por processo de associação das ideias, das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender algo complexo precisamos primeiro aprender as ideias simples, que a ela estariam associadas).
			Com base nos seus estudos de comportamento animal, ele formulou três leis da aprendizagem: lei de efeito, lei da prática ou exercício e lei da maturidade especifica (prontidão). A lei de efeito afirma que a resposta que é seguida por um reforço é fortalecida, enquanto a resposta que é seguida por um estímulo adverso é enfraquecida. A lei de prática ou exercício afirma que o domínio de um conjunto de capacidades ou de um corpo de informação pode ser alcançado através da prática. A lei de maturidade enfatiza a importância de um organismo estar (previamente) preparado para lidar com esse conjunto de comportamentos; se o organismo estiver preparado, a actividade será satisfatória e agradável, enquanto se não estiver, será aborrecida e frustrante. Esta lei tem implicações importantes na observação da motivação dos alunos.
2.2.4.Abordagem de aprendizagem social
			A teoria de aprendizagem social foi encabeçada por Albert Bandura (americano- Canada). Albert Bandura desenvolveu numerosas experiências que fundamentaram a importância da aprendizagem por observação, isto é, a aprendizagem que resulta da interacção e da imitação social. A teoria de Aprendizagem Social enfatiza a importância da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas emocionais dos outros na aquisição de novos conhecimentos. "Os comportamentos observados que são reforçados positivamente conduzem a sua reprodução pelos observadores e os comportamentos que são reforçados negativamente desaparecem. “ (MWAMWENDA, 2005.) 
			De acordo com Bandura, muitos dos nossos comportamentos são aprendidos através da observação e imitação de um modelo – modelação ou modelagem. Além disso, ressalta que os eventos ambientais (recursos, ambiente físico) pessoais (crenças, expectativas) e comportamentais (escolhas, actos individuais) interagem no processo de aprendizagem, num determinismo recíproco.
Aplicabilidade da Teoria
			A medida que o professor interage com os seus alunos investem uma determinada informação que vai alem do próprio ensino. Com os seus professores, os alunos podem aprenderem coisas sobre a higiene, honestidade, egoísmo, autodisciplina ou desorganização. 2.2.5.Abordagem de aprendizagem de campo
			Kurt Lewin (1890-1947), autor da teoria que recebeu várias denominações como, posição teórica de campo, psicologia topológica e de vector. Esta teoria está centrada na ideia de que toda actividade psicológica de uma pessoa, em dado ponto, é função de factores coexistentes, que são mutuamente interdependentes (MWAMWENDA, 2005.) A teoria topológica, considera a aprendizagem como um processo de adaptação e um recurso para manter o equilíbrio na luta contra a natureza. 
A aprendizagem consiste em um processo de reestruturar o espaço vital. O espaço vital constitui o padrão total de factores ou influências que afectam o comportamento em dado momento, é o mundo psicológico do indivíduo ou a situação actual. Inclui cada um e todos os objectos, pessoas e ideias, com as quais a pessoa tem alguma relação. Inclui a pessoa e o seu ambiente psicológico, isto é, todo que actua sobre a mesma.
2.2.6.Aprendizagem por descoberta
			De acordo com Jerome Bruner, "a aprendizagem por descoberta implica que os alunos descubram o que são capazes de fazer e de pensar por eles próprios" (MWAMWENDA 2005.) Para ele, a aprendizagem é um processo activo do sujeito que aprende. O sujeito aprendente guarda e organiza a informação recebida. O conhecimento se adquire através do levantamento de problemas, de hipóteses que avançam e se verificam e de descobertas que se fazem. Depois de se adquirir o conhecimento, este é organizado em categorias e relaciona-se com o conhecimento antes adquirido. 
			Assim, o aluno vai construindo o seu conhecimento através do ensino por descoberta, que pressupõe actividades de pesquisa, observação e exploração, análise de problemas e resultados, integração de novos dados em conceitos anteriormente adquiridos e princípios mais gerais, explicações causa e efeito ou outras que ajudem a estabelecer relações.
Aplicabilidade da teoria na aprendizagem
			Esta teoria aplica-se no método de descoberta. O aluno deve descobrir os conhecimentos, as leis e princípios durante a aprendizagem e no método indutivo e na revisão curricular.
2.2.7.Aprendizagem por recepção 
			A base da teoria de David Ausubel é que a aprendizagem deve ser significativa ou compreendida “meaningful learning”, isto é o sujeito aprende e está aberto a aprender quando integra a nova informação nos conhecimentos adquiridos. Os alunos reorganizam as estruturas cognitivas entre as novas informações e os conceitos já existentes com que se vão relacionar.
			Para MWAMWENDA (2005), um conjunto de informação é tido como significativo se puder ser relacionado de alguma maneira com a experiência passada, presente e futura do aluno. A pessoa está em melhor posição paraaprender, compreender e recordar um conjunto de informação se esta estiver relacionada com o que ela já conhece. 
Ausubel identificou quatro tipos de aprendizagem:
Aprendizagem por recepção significativa ou compreendida: o professor organiza a matéria de uma forma lógica e ao apresentá-la relaciona-a com os conhecimentos adquiridos, de modo a apreender e interiorizar os novos conceitos na estrutura cognitiva que o sujeito já possui.
Aprendizagem por recepção mecânica ou memorizada: o professor apresenta a matéria e o aluno só a terá que memorizar.
Aprendizagem pela descoberta significativa ou compreendida: através desta aprendizagem, o aluno, por si só chega ao conhecimento, descobre o problema que lhe foi apresentado e relaciona-o com os conhecimentos anteriormente adquiridos.
Aprendizagem pela descoberta mecânica ou memorizada: o aluno “descobre”, por si próprio, a solução do problema e apenas o memoriza sem o integrar na estrutura cognitiva.
Aplicabilidade da teoria na aprendizagem
			Ausubel concluiu que é mais fácil aprender, se a informação for organizada e sequenciada de uma forma lógica. O professor deve ajudar os alunos a organizar o saber, integrando os conteúdos a aprender nos conhecimentos já adquiridos, pois é isso que faz o aluno considerar que são aprendizagens significativas e favorece a fixação de novas informações. Para isso, o autor defende o uso de “organizadores avançados ou prévios” como sumários no fim das lições e questionários de revisões, que funcionam como “pontes cognitivas” entre o que o educando já sabe e o que tem de saber, facilitando assim a aprendizagem.
2.2.8.A aprendizagem centrada na pessoa
Carls Rogers propõe uma educação humanista que tenha como condição prévia a existência de professores (facilitadores, líderes) seguros de si e de seus relacionamentos, e confiantes na auto-aprendizagem e na capacidade dos alunos no que tange ao pensar e ao sentir. Professores que incentivem a participação activa do grupo no processo de planejamento das actividades em sala, oferecendo recursos didácticos e solicitando dos alunos que tragam suas contribuições, ou seja, desenvolvam programas de aprendizagem em grupo, assumam seus interesses, suas escolhas e as consequências destas. 
No que tange à avaliação, ele propõe que seja realizada pelo próprio aluno, havendo a participação dos colegas. Todos podem ser enriquecidos por um feedback cuidadoso de outros membros do grupo ou do facilitador." Aprendizagem centrada na pessoa é concebida como um meio de auto-crescimento, de desenvolvimento da autonomia e da capacidade de criação e expressão." (FALCao, 2002)
Fazendo referência a sua experiência como professor, Rogers afirma que "a atividade docente só pode ter consequências eficazes, promovendo a aprendizagem, se esta tiver influência sobre o comportamento do aluno, o que chama de aprendizado auto-descoberto, auto-apropriado" (FALCao, 2002). A atitude do professor para com os alunos é o foco para que a aprendizagem seja facilitada. Os recursos didácticos, como técnicas, teorias e materiais, constituem importantes instrumentos no contexto de aprendizagem. Todavia, nesta perspectiva teórica, devem ser postos à disposição do aluno, e nunca impostos.
Aplicabilidade da teoria na aprendizagem
O professor tem a função de facilitador e deverá contar com o desejo de participação do aluno. Ele não exigirá a participação do grupo, que poderá aceitar ou recusar sua intervenção. O docente deve colocar recursos à disposição da turma, em interacção grupal, num clima de liberdade, ficando atento às ideias e aos variados sentimentos dos alunos
2.2.9.Aprendizagem por equilibração
			A aprendizagem, para Jean Piaget, é um processo normal, harmónico e progressivo, de exploração, descoberta e organização mental, em busca de equilibração da personalidade. A concepção construtivista de Piaget parte da tese de que o conhecimento não depende apenas do sujeito, nem só do objecto. As estruturas da inteligência não são apenas inatas, mas produto de uma construção contínua do sujeito agindo sobre o meio. Piaget atribui ao indivíduo um papel activo na construção do conhecimento e propõe a seguinte dialéctica: Estruturas mentais __ Experiências
			Segundo o seu modelo biológico, "o homem é guiado pela busca de equilíbrio entre as necessidades biológicas fundamentais de sobrevivência e as agressões colocadas pelo meio para a satisfação dessas necessidades". (MANHIÇA, 1996)
			O autor afirma que, "construir conhecimentos é dar resposta a demandas sociais, mas envolve também a necessidade de comunicar esses pensamentos, que serão avaliados pelos outros. ". (MANHIÇA, 1996). Assim sendo, o outro é legitimador do conhecimento adquirido.
Aplicabilidade da teoria na aprendizagem
			De acordo com Piaget, o papel da escola é integrar e enriquecer o desenvolvimento normal da criança e, nessa medida, o currículo deve acompanhar o ritmo normal do seu desenvolvimento. As experiências do ensino formal não devem dissociar-se das experiências naturais sendo desejável que o assunto ou tópico seja ensinado a diferentes níveis consoante o estádio de desenvolvimento. Piaget sustenta ainda que o ensino deve estar de acordo com os interesses e a curiosidade da criança, deve ser significativo para ela e não apenas um papaguear de palavras proferidas por outrem, o que conduzirá a um mero verbalismo.
3.Bibliografia 
FALCao, Gerson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. 10ed. São Paulo: Editora Ática 2002
JESUS, Saul Neves de. Psicologia da Educação. Quarteto Editora, 2004
MANHIÇA, Carlos. Manual de Psicologia da Aprendizagem. Maputo: MINED, 1996
MWAMWENDA, Tuntufyes. Psicologia Educacional: uma perspectiva africana. Mapuro: Texto Editora, 2005
Elaborado por: Bélvio Bernardo Francisco. Universidade Pedagógica Delegação de Niassa=FACEP.2018

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