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BIOLOGIA tipos de tecidos

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Célula 
 
A célula é a menor unidade dos seres vivos com formas e funções 
definidas. Isolada forma todo o ser vivo, no caso dos organismos 
unicelulares ou junto com outras células, no caso dos pluricelulares. 
A célula tem todo o material necessário para realizar processos vitais, como 
nutrição, liberação de energia e reprodução. 
O ser humano é constituído de cerca de 100 trilhões de células. De todas 
elas a maior é o óvulo, que possui o diâmetro de um ponto final. As demais 
são invisíveis a olho nu. 
Estrutura das Células 
 
A células que formam o organismo de muitos dos seres vivos apresentam 
uma membrana envolvendo seu núcleo, por isso são chamadas de células 
eucariotas. A célula eucariota é constituída de membrana plasmática, 
citoplasma e núcleo. 
Diferente das células eucariotas, a célula procariota não possui membrana 
nuclear nem estruturas membranosas no seu interior. 
Membrana plasmática ou membrana celular - é uma espécie de película que 
envolve e protege a célula. 
Possui permeabilidade seletiva, ou seja, ela regula a entrada e a saída de 
substâncias na célula. Através dela a célula recebe oxigênio e nutrientes e 
elimina gás carbônico e outras substâncias. 
Na célula vegetal, além da membrana celular existe ainda, mais 
externamente, a parede celular, formada de celulose. 
O citoplasma - é a parte da célula que fica entre a membrana celular e o 
núcleo. É constituído por um material gelatinoso chamado hialoplasma. 
É formado por água, sais minerais, proteínas e açúcares. No hialoplasma, 
encontram-se várias organelas, que são estruturas responsáveis por diversas 
atividades da célula, tais como: nutrição e respiração da célula, além do 
armazenamento de substâncias. Em conjunto, elas são responsáveis pela 
manutenção da vida. 
 
Entre as organelas destacam-se: 
 mitocôndrias - é a usina energética das células. Realizam a respiração 
celular e liberam a energia de que a célula necessita para as suas atividades; 
 ribossomos - fabricam as proteínas nas células. Organelas fundamentais ao 
crescimento a à regeneração celular; 
 retículo endoplasmático - rede de canais e reentrâncias onde circulam 
proteínas, gorduras, sais etc; 
 complexo golgiense - formado por pequenas bolsas achatadas. Produz 
certos "açúcares", modifica e armazena proteínas e outras substâncias. 
Também produz os lisossomos; 
 lisossomos - realizam a digestão dentro da célula; 
 centríolos - pequenas estruturas cilíndricas que participam da divisão da 
célula; 
 vacúolos - vesículas - pequenas bolsas que armazenam ou transportam 
enzimas, água etc. 
 cloroplastos - organelas presentes apenas em células vegetais, responsáveis 
pela fotossíntese. 
O núcleo - é a central de comando das atividades celulares. Em geral situa-
se no centro da célula. É envolvido por uma membrana nuclear ou 
carioteca. 
No interior do núcleo estão os cromossomos,que guardam o material 
genético da célula (DNA). Os cromossomos ficam mergulhados na 
cariolinfa ou suco nuclear - material gelatinoso que preenche o espaço 
dentro do núcleo. 
Saiba mais sobre o tema com a leitura dos artigos: 
 Citologia 
 Célula animal e vegetal 
 Organelas Celulares 
 Células do Corpo Humano 
 Núcleo Celular 
 Célula Animal 
 Teoria Celular 
 Metabolismo Celular 
 Autofagia 
 8 "Superpoderes" das células do corpo humano 
 
 
 
Organelas Celulares 
 
 
As organelas celulares são como pequenos órgãos que realizam 
as atividades celulares essenciais para as células. 
São estruturas compostas pelas membranas internas, com formas e funções 
diferentes, sendo as principais: os retículos endoplasmáticos lisos e 
rugosos, o aparelho de Golgi e as mitocôndrias. Nas células vegetais há 
também organelas específicas os cloroplastos. 
As Organelas e suas Funções 
Organelas da célula animal. 
Uma característica importante das organelas é que são compostas 
por membranas internas (leia mais sobre elas no final) que lhe 
conferem formas e funções específicas. 
Compare nas figuras a seguir a estrutura típica de uma célula animal (azul) 
e de uma célula vegetal (verde), observe que os plastos da célula vegetal 
não são encontradas na célula animal, assim como possuem grandes 
vacúolos. 
Mitocôndrias 
São organelas compostas por membrana dupla, sendo uma externa e uma 
interna que apresenta muitas dobras, as chamadas cristas mitocondriais. 
As mitocôndrias são organelas especiais, com capacidade de se 
reproduzir, uma vez que contem moléculas de DNA circular, tal como as 
bactérias. 
Sua função é realizar a respiração celular, que produz a maior parte da 
energia utilizada nas funções vitais. A primeira etapa acontece no citosol 
da célula e as duas últimas: o ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa, 
ocorrem nas suas membranas internas. 
Retículo Endoplasmático 
São organelas cujas membranas se dobram formando sacos 
achatados. Existem 2 tipos de retículo endoplasmático, o liso e o rugoso, 
esse último possui grânulos associados à sua membrana, os ribossomos, o 
que lhe confere aparência rugosa e por isso o nome. 
Além disso sua membrana é contínua com a membrana externa do núcleo, 
o facilita a comunicação entre eles. 
O retículo endoplasmático liso (REL) não tem ribossomos associados e por 
isso tem aparência lisa, é responsável pela produção de lipídios que irão 
compor as membranas celulares. 
A função principal do retículo endoplasmático rugoso (RER) é realizar a 
síntese proteica, além de participar do seu dobramento e transporte até 
outras partes da célula. 
Saiba mais: 
 Retículo endoplasmático 
 Síntese proteica. 
 Mitocôndrias 
 Ciclo de Krebs 
Aparelho de Golgi 
Também chamado complexo de Golgi ou ainda complexo golgiense, é 
composto de discos achatados empilhados, formando espécies de bolsas 
membranosas. 
Suas funções são modificar, armazenar e exportar proteínas 
sintetizadas no RER. Algumas dessas proteínas são glicosiladas, ou seja, 
sofrem reação de adição de um açúcar no RE e no golgi o processo é 
completado, caso contrário, essas proteínas podem se tornar inativas. 
Além disso, o aparelho de Golgi produz vesículas que brotam e se 
soltam originando os lisossomos primários. No momento em que esses 
lisossomos primários se fundem aos endossomas formam vacúolos 
digestórios ou lisossomos secundários. 
Lisossomos 
Os lisossomos são envolvidos apenas pela bicamada lipídica e no seu 
interior há enzimas digestivas. Sua função é digerir moléculas 
orgânicas como lipídios, carboidratos, proteínas e ácidos nucleicos 
(DNA e RNA). 
Como as enzimas hidrolases (peptidases que digerem aminoácidos, 
nucleases (digerem ácidos nucleicos), lipases (digerem lipídios), entre 
outras funcionam em ambiente ácido, a digestão ocorre dentro dos 
lisossomos para não prejudicar a célula. 
As moléculas a serem digeridas são englobadas por endocitose e entram na 
célula envolvidas em vesículas formadas a partir da membrana chamados 
endossomas. 
Depois fundem-se com os lisossomos primários e são quebradas, 
originando partes menores, como os ácidos graxos. Essas moléculas 
pequenas saem do lisossomo e são aproveitadas no citosol da célula. 
Leia também sobre: 
 Ácidos nucleicos 
 Ácidos graxos 
 Aminoácidos 
 Autofagia 
Peroxissomos 
Os peroxissomos são pequenas organelas membranosas, que contêm no seu 
interior enzimas oxidases, e estão presentes em células animais e vegetais. 
A principal função é oxidar os ácidos graxos para a síntese de 
colesterol e também para serem usados como matéria-prima na respiração 
celular.Estão presentes em grande quantidade nas células do rim e do fígado, 
onde neutralizam o efeito tóxico de substâncias como o álcool e também 
participam da produção de sais biliares. 
Nas reações de oxidação é produzido o peróxido de hidrogênio e por isso o 
nome da organela. 
Organelas da célula vegetal. 
Vacúolos 
Os vacúolos são envolvidos por membrana e preenchidos com fluido 
diferente do citoplasma. 
São muito comuns nas células vegetais, nas quais tem função de reserva 
de substâncias como a seiva e atuam no mecanismo de pressão osmótica, 
conhecido como turgor, que regula a entrada de água e a rigidez dos 
tecidos vegetais tornando a planta ereta, por exemplo. 
Em organismos procariotas também há vacúolos com função de 
armazenamento, ingestão, digestão e eliminação de substâncias. 
Plastos 
São organelas presentes apenas em células vegetais e de algas. Podem ser 
de 3 tipos básicos:leucoplastos, cromoplastos e cloroplastos. 
Todos se originam a partir de pequenas vesículas presentes nas células 
embrionárias das plantas, os proplastos, que são incolores. 
Quando maduros adquirem cor de acordo com o tipo de pigmento que 
contém e são capazes de se autoduplicar, além de terem a capacidade 
de se transformarem um no outro. 
Assim, por exemplo, um cromoplasto pode se tornar um cloroplasto ou um 
leucoplasto, ou vice-versa. Veja a seguir sobre cada um: 
 Os leucoplastos não tem cor, armazenam amido (reserva energética) e 
estão presentes em alguns tipos de raízes e caules; 
 Os cromoplastos são responsáveis pela cor de frutos, flores e folhas e 
também de raízes como as cenouras. Existem os xantoplastos (amarelos) e 
os eritroplastos (vermelhos); 
 Os cloroplastos possuem cor verde por causa da clorofila e 
são responsáveis pela fotossíntese. A forma e o tamanho dessas organelas 
varia conforme o tipo de célula e de organismo em que se encontram. 
A Membrana das Organelas 
As organelas são delimitadas por membranas internas que se assemelham 
à membrana externa, sendo compostas por uma bicamada lipídica, embora 
esta tenha composição e estrutura um pouco diferentes (ambas são 
compostas de fosfolipídios, glicolipídios e colesterol, sendo que nas 
internas é bem menor a quantidade de colesterol, componente que regula a 
fluidez e estabilidade). 
As membranas internas também regulam a entrada e saída de 
moléculas através de proteínas especiais que auxiliam a passagem. Além 
disso, as organelas também podem permitir a entrada de moléculas no seu 
interior usando os mecanismos de endocitose e exocitose. 
Leia mais sobre os processos de transporte das substâncias na membrana 
em: osmose. 
Não obstante, as membranas internas também são importantes 
para individualizar as organelas, separando o conteúdo interno, uma vez 
que as enzimas de uma poderia interferir com as reações de outras, o que 
em algumas poderia ser nocivo ou até letal, como no caso dos lisossomos 
(ambiente interno ácido) e dos peroxissomos (nas reações oxidativas gera o 
peróxido que é tóxico e precisa ser neutralizado por enzimas internas). 
 
Retículo Endoplasmático Liso e 
Rugoso 
 
O retículo endoplasmático é uma organela que está relacionada com 
a síntese de moléculas orgânicas. Existem 2 tipos de retículo: o liso e o 
rugoso, que tem formas e funções diferentes. 
O rugoso é associado aos ribossomos e à síntese de proteínas, enquanto o 
liso produz os lipídios. Os retículos são estruturas 
membranosas compostas de sacos achatados e localizados no citosol da 
célula. 
Representação do retículo endoplasmático liso e rugoso. Observe os ribossomos no rugoso e a ligação 
com o núcleo celular. 
Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) 
O retículo endoplasmático, quando associado aos ribossomos adquire uma 
aparência áspera, motivo pelo qual é chamado de rugoso ou granuloso. 
Está localizado no citoplasma, próximo ao núcleo, sendo a sua membrana 
uma continuação da membrana nuclear externa. 
Funções do RER 
A proximidade com o núcleo torna a síntese de proteínas mais eficiente, 
uma vez que o RER pode enviar rapidamente um sinal para o núcleo iniciar 
o processo de transcrição do DNA, e ainda quando há proteínas deformadas 
ou desdobradas (inativas), há um sinal específico para melhorar o processo, 
caso contrário, será sinalizado que a célula deve ser encaminhada para uma 
morte programada (apoptose). 
Retículo Endoplasmático Liso (REL) 
O Retículo endoplasmático liso não possui ribossomos ligados à sua membrana e por 
isso parece liso. 
Funções do REL 
A sua função é,basicamente, participar da produção de moléculas 
de lipídios, em especial fosfolipídios que irão compor a membrana das 
células. No entanto, dependendo do tipo de célula em que se encontra, o 
REL terá funções diferentes. Assim, por exemplo, ele pode estar mais 
envolvido na produção dos hormônios esteroides a partir do colesterol, ou 
com a regulação dos níveis de cálcio no citoplasma de células 
musculares estriadas. 
 
Mitocôndrias: Estrutura, Função 
e Importância 
 
As mitocôndrias são organelas complexas presentes nas 
células eucarióticas e tem como função produzir a maior parte da 
energia das células, através do processo chamado de respiração celular. 
Possuem duas membranas lipoproteicas: uma externa e uma interna com 
inúmeras dobras, além de moléculas de DNA, enzimas e ribossomos e têm 
capacidade de autoduplicação. 
O tamanho, a forma, a quantidade e a distribuição dessas organelas varia de 
uma célula para outra. Em uma célula humana, por exemplo, pode existir 
entre 3000 e 5000 mitocôndrias aproximadamente. 
 
Estrutura Mitocondrial 
Estrutura da 
Mitocôndria 
A dupla membrana é assim organizada: a membrana externa é semelhante 
a de outras organelas, lisa e composta de lipídeos e proteínas chamadas 
de porinas, que controlam a entrada de moléculas, permitindo a passagem 
de algumas relativamente grandes. A membrana interna é menos 
permeável e apresenta numerosas dobras, chamadas de cristas 
mitocondriais. 
As cristas mitocondriais se projetam para um espaço central 
chamado matriz mitocondrial, que é preenchida por uma substância 
viscosa onde estão enzimas respiratórias que participam do processo de 
produção de energia. 
Na matriz são encontradas os ribossomos, que produzem proteínas 
necessárias à organela. Eles são diferentes daqueles encontrados no 
citoplasma celular e mais parecidos com o das bactérias. Outra 
característica comum a bactérias e mitocôndrias são as moléculas 
circulares de DNA. 
Respiração Celular 
A respiração celular é um processo de oxidação de moléculas orgânicas, 
tais como ácidos graxos e glicídeos, em especial a glicose, que é a principal 
fonte de energia utilizada pelos organismos heterotróficos. 
A glicose é proveniente da alimentação (sendo produzida pelos organismos 
autotróficos através da fotossíntese) e convertida em gás carbônico e água, 
produzindo moléculas de ATP (adenosina trifosfato), as quais são usadas 
em diversas atividades celulares. Esse processo de produção de energia é 
muito eficiente, pois são produzidas cerca de 30 moléculas de ATP (por 
cada molécula de glicose), cuja capacidade de armazenar energia é maior 
do que qualquer motor construído pelo ser humano. 
A degradação da glicose envolve diversas moléculas, enzimas e íons e 
acontece em 3 etapas: Glicólise, Ciclo de Krebs e Fosforilação 
Oxidativa. As duas últimas fases são as que mais produzem energia e 
ocorrem na mitocôndria, enquanto a glicólise acontece no citosol. 
A equação química geral do processo é representada da seguinte forma: 
C6H12O6 + 6O2 + 30ADP + 30Pi → 6CO2 + 6H2O + 30ATP 
Respiração CelularRespiração Celular é o processo bioquímico que ocorre na célula para 
obtenção de energia, essencial para as funções vitais. 
Acontecem reações de quebra das ligações entre as moléculas liberando 
energia. Pode ser realizado de duas formas: a respiração aeróbica (na 
presença do gás oxigênio do ambiente) e a respiração anaeróbica (sem o 
oxigênio). 
Respiração Aeróbica 
A maioria dos seres vivos utiliza esse processo para obter energia para suas 
atividades. Através da respiração aeróbica é quebrada a molécula 
de glicose, produzida na fotossíntese pelos organismos produtores e obtida 
através da alimentação pelos consumidores. 
Pode ser representada resumida na seguinte reação: 
C6H12O6 + 6 O2 ⇒ 6 CO2 + 6 H2O + Energia 
O processo não é assim tão simples, na realidade, ocorrem diversas 
reações das quais participam várias enzimas e coenzimas que realizam 
sucessivas oxidações na molécula da glicose até o resultado final, em que 
é produzido gás carbônico, água e moléculas de ATP que carregam a 
energia. 
Representação da 
Respiração Aeróbica na célula 
O processo é dividido em três etapas para ser melhor compreendido, que 
são: a Glicólise, o Ciclo de Krebs e a Fosforilação Oxidativa ou Cadeia 
Respiratória. 
Glicólise 
A glicólise é o processo de quebra da glicose em partes menores, liberando 
energia. Essa etapa metabólica acontece no citoplasma da célula enquanto 
as seguintes são dentro da mitocôndria. 
A glicose (C6H12O6) é quebrada em duas moléculas menores de ácido 
pirúvico ou piruvato (C3H4O3). 
Acontece em diversas etapas oxidativas envolvendo enzimas livres no 
citoplasma e moléculas de NAD, que fazem a desidrogenação das 
moléculas, ou seja, retiram os hidrogênios a partir dos quais serão doados 
os elétrons para a cadeia respiratória. 
Por fim, há um saldo de duas moléculas de ATP (carregadoras de energia). 
Ciclo de Krebs 
Nessa etapa cada piruvato ou ácido pirúvico, originado na etapa anterior, 
entra na mitocôndria e passa por uma série de reações que resultarão na 
formação de mais moléculas de ATP. 
Antes mesmo de iniciar o ciclo, ainda no citoplasma, o piruvato perde um 
carbono (descarboxilação) e um hidrogênio (desidrogenação) formando 
o grupo acetil [CH3−C(=O)−] e se une à coenzima A, formando acetil 
CoA. 
Na mitocôndria, a acetil CoA se integra em um ciclo de reações 
oxidativas que irão transformar os carbonos presentes nas moléculas 
envolvidas em CO2(transportado pelo sangue e eliminado na respiração). 
Através dessas sucessivas descarboxilações das moléculas será liberada 
energia (incorporada nas moléculas de ATP) e haverá transferência de 
elétrons (carregados por moléculas intermediárias) para a cadeia 
transportadora de elétrons. 
Saiba mais: 
 Fotossíntese 
 Glicólise 
 Ciclo de Krebs 
 Fosforilação Oxidativa 
 Fermentação 
 Mitocôndrias 
 Citoplasma 
 Metabolismo Celular 
 Fosforilação Oxidativa 
Essa última etapa metabólica, chamada de fosforilação oxidativa ou cadeia 
respiratória, é responsável pela maior parte da energia produzida ao longo 
do processo. 
Há transferência de elétrons provenientes dos hidrogênios, que foram 
retirados das substâncias participantes nas etapas anteriores. Com isso, são 
formadas moléculas de água e de ATP. 
Há muitas moléculas intermediárias presentes na membrana interna de 
células (procariontes) e na crista mitocondrial (eucariontes) que participam 
nesse processo de transferência e formam a cadeia de transporte de 
elétrons. 
Essas moléculas intermediárias são proteínas complexas, tais como o NAD, 
os citocromos, a coenzima Q ou ubiquinona, entre outras. 
 Respiração Anaeróbica 
Em ambientes onde o oxigênio é escasso, como regiões marinhas e 
lacustres mais profundas, os organismos precisam utilizar outros elementos 
para receber os elétrons na respiração. 
É o que fazem muitas bactérias que utilizam compostos com nitrogênio, 
enxofre, ferro, manganês, entre outros. 
Certas bactérias são incapazes de realizar a respiração aeróbia pois não 
possuem as enzimas que participam do ciclo de Krebs e da cadeia 
respiratória. 
Esses seres podem até morrer na presença do oxigênio e são 
chamados anaeróbios estritos, um exemplo é a bactéria causadora 
do tétano. 
Outras bactérias e fungos são anaeróbicos facultativos, pois realizam a 
fermentação como processo alternativo à respiração aeróbica, quando 
não existe oxigênio. 
Na fermentação, não há a cadeia transportadora de elétrons e são 
substâncias orgânicas que recebem os elétrons. 
Há diferentes tipos de fermentação que produzem compostos a partir da 
molécula de piruvato, por exemplo: o ácido lático (fermentação lática) e o 
etanol (fermentação alcoólica). 
Saiba mais sobre o Metabolismo energético. 
 
Fermentação 
 
 
A fermentação é um processo de respiração anaeróbica, por meio do qual 
as células obtêm energia química para as atividades normais do seu 
metabolismo. 
O ser humano se utiliza desses mecanismos para a preparação de produtos 
bastante consumidos. Como acontece com o fermento biológico do pão, 
além da fermentação do vinho, do iogurte, entre outros. 
O que é a Fermentação? 
Na fermentação acontece apenas a primeira etapa da respiração celular, 
ou seja, a glicólise. Nessa fase ocorre a quebra da molécula de glicose em 
duas moléculas de piruvato (ou ácido pirúvico), além da formação de duas 
moléculas de ATP e duas de NADH. 
Esquema resumido da Glicólise 
Para que a energia armazenada nas ligações químicas da glicose seja 
liberada, é preciso que ocorram sucessivas oxidações. Geralmente as 
moléculas são oxidadas quando perdem elétrons, ao reagir com o oxigênio. 
No entanto, na oxidação da glicose são retirados os hidrogênios da 
molécula, sem necessidade do contato direto com o oxigênio. A 
desidrogenação é catalisada por enzimas chamadas desidrogenases. Elas 
possuem uma coenzima, o NAD, que carrega os átomos de hidrogênio 
retirados da glicose. 
Os organismos anaeróbicos facultativos podem realizar respiração 
aeróbica ou anaeróbica. Desse modo, quando há escassez de oxigênio, eles 
realizam a fermentação como processo alternativo. É o que acontece com o 
lêvedo da cerveja e as células musculares do corpo humano. 
Já os anaeróbicos estritos ou obrigatórios não dispõem de enzimas para 
participar das etapas da respiração aeróbica, portanto, muitos podem morrer 
na presença de oxigênio. Por isso precisam realizar o processo de 
fermentação. 
Tipos de Fermentação 
O tipo de fermentação depende das enzimas que os organismos possuem. 
De acordo com o tipo de enzimas, o produto final será diferente, por 
exemplo: álcool etílico, ácido lático, ácido acético ou ácido butírico. 
Fermentação Alcoólica 
Na fermentação alcoólica, após a glicólise o piruvato perde carboxilas 
(CO2) e em seguida recebe átomos de hidrogênio. Desse modo é formado 
ácido etílico ou etanol. Esse processo é catalisado pela enzima álcool 
desidrogenase. 
É o processo de fermentação alcoólica que se usa para a produção de 
bebidas alcoólicas. O lêvedo de cerveja é uma levedura cujo nome 
científico é Saccharomices cerevisae. 
Tanto na produção do vinho como na cerveja a fermentação ocorre devido 
à presença das leveduras, formando o etanol. 
O fermento de pão ou fermento biológico também é constituído de 
leveduras. Durante a preparação do pão, elas realizam o processo e o gás 
carbônico (CO2), que é liberado pela descarboxilação, é que faz a massa 
aumentar de volume. 
Leia também: 
 Glicólise 
 Respiração Celular 
 Leveduras 
 Bebidas Alcoólicas 
 Metabolismo Celular 
 Metabolismo energéticoFermentação Lática 
Se durante a respiração aeróbica é produzido ácido lático, o processo é 
chamado de fermentação lática. A enzima lactato desidrogenase reduz o 
piruvato, que origina o lactato. 
É o processo realizado pelos lactobacilos ou bactérias do ácido lático, que 
estão presentes no intestino de animais, em plantas, no solo e na água. 
Essas bactérias são muito usadas na fermentação do leite para fabricação de 
iogurtes, coalhadas e outros derivados. 
A fermentação lática também ocorre nas células musculares quando há um 
esforço excessivo. Nesse caso, as fibras trabalham intensamente e a 
quantidade de oxigênio torna-se insuficiente, tornando necessária a 
respiração anaeróbica. O ácido lático se acumula produzindo a dor 
característica dessa situação. 
 
Glicólise 
 
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A glicólise é uma das etapas da respiração celular, na qual ocorre a quebra 
da glicose em partes menores e consequente liberação de energia. Essa 
etapa metabólica acontece no citoplasma da célula enquanto as seguintes 
são dentro da mitocôndria. 
O que é Glicólise? 
Glicólise é um processo bioquímico em que a molécula de 
glicose (C6H12O6), proveniente da alimentação, é quebrada em duas 
moléculas menores de ácido pirúvico ou piruvato(C3H4O3), liberando 
energia. É a primeira etapa do processo de respiração celular que ocorre no 
hialoplasma celular. 
A equação esquematizada abaixo representa um resumo da glicólise, mas é 
importante saber que o processo é mais complexo e ocorre ao longo de dez 
reações químicas, das quais participam diversas substâncias e enzimas 
livres no citoplasma. 
Na glicólise, a molécula da glicose é quebrada em dois piruvatos e são 
produzidos dois ATP 
Dependendo do organismo e do tipo de célula, a respiração celular pode 
acontecer na presença do oxigênio (aeróbicos) ou completa ausência 
(anaeróbicos) e assim a glicólise produzirá substâncias diferentes. 
Na respiração aeróbica é originado o piruvato que entra no ciclo de 
Krebs, enquanto na respiração anaeróbica, a glicose origina o lactato ou o 
etanol que participam, respectivamente, da fermentação lática ou alcoólica. 
Saiba mais: 
 Glicose 
 Respiração Celular 
 Fermentação 
 Mitocôndrias:Estrutura, Função e Importância 
 Metabolismo 
 Metabolismo Celular 
 Metabolismo energético 
Bioquímica da Glicólise 
A glicose é quebrada ao longo de dez reações químicas que geram duas 
moléculas de ATP como saldo. Apesar de ser pouca a energia produzida 
nesse etapa, há substâncias geradas que serão importantes nas etapas 
seguintes da respiração. 
Inicialmente a molécula de glicose precisa ser ativada, para isso são gastas 
duas moléculas de ATP e a glicose recebe fosfatos (provenientes do ATP) 
formando glicose 6-fosfato. Em seguida esse composto sofre mudanças na 
sua estrutura, originando frutose 6-fosfato e frutose 1,6 bifosfato. 
Com essas alterações as substâncias são mais facilmente quebradas em 
moléculas menores. Depois acontece nova fosforilação (entrada de fosfato 
na molécula) e desidrogenação (hidrogênios são retirados) das substâncias 
produzidas, com a participação da molécula NAD (nicotinamida adenina). 
Os hidrogênios doam elétrons para a cadeia respiratória, a molécula de 
NAD (nicotinamida adenina) é a responsável por transportá-los, na forma 
de NADH, sendo uma aceptora de elétrons. 
Por fim, novo rearranjo acontece nas moléculas até a formação de piruvato 
que seguirá para as etapas seguintes da respiração celular. 
 
 
Metabolismo Celular 
 
O metabolismo celular é um conjunto de reações químicas de um 
organismo que objetivam a produção de energia para o funcionamento das 
células. 
Além da produção de energia, durante o metabolismo celular também 
existe a síntese de intermediários que participam de reações químicas, 
como lipídios, aminoácidos, nucleotídeos e hormônios. Por isso, o 
metabolismo celular é fundamental para a sobrevivência dos organismos. 
O metabolismo celular é dividido em anabolismo e catabolismo. 
O anabolismo compreende as reações de armazenamento de energia, 
ocorrendo a síntese de compostos. É a fase sintetizante do metabolismo. 
O catabolismo compreende as reações de liberação de energia, a partir da 
decomposição de moléculas. É a fase degradativa do metabolismo. 
ATP, a moeda energética das células 
O ATP (Adenosina Trifosfato) é a molécula responsável pela captação e 
armazenamento de energia. Ela está envolvida na reações energéticas que 
ocorrem nas células. 
A principal forma de obter ATP é através da glicose. As células quebram 
moléculas de glicose para produzir energia na forma de ATP. Através 
da glicólise, a glicose é quebrada ao longo de dez reações químicas que 
geram duas moléculas de ATP como saldo. 
Saiba mais: 
 Metabolismo 
 Anabolismo e Catabolismo 
Fotossíntese e Respiração 
A fotossíntese e a respiração são os processos mais importantes de 
transformação de energia dos seres vivos. 
A fotossíntese é uma ação físico-química que ocorre a nível celular. Ocorre 
em seres clorofilados, que a partir do dióxido de carbono, água e luz, obtém 
a glicose. 
A respiração celular é o processo da formação do ATP através da oxidação, 
utilizando o oxigênio como agente oxidante. Durante o processo, 
acontecem reações de quebra das ligações entre as moléculas liberando 
energia. Pode ser realizado de duas formas: a respiração aeróbica (na 
presença do gás oxigênio do ambiente) e a respiração anaeróbica (sem o 
oxigênio). 
Para saber mais sobre as reações energéticas nas células, leia também: 
Ciclo de Krebs; 
Fosforilação Oxidativa; 
Fermentação; 
Metabolismo energético 
Exercícios 
1. (PUC - RJ-2007) São processos biológicos relacionados diretamente a 
transformações energéticas celulares: 
a) respiração e fotossíntese. 
b) digestão e excreção. 
c) respiração e excreção. 
d) fotossíntese e osmose. 
e) digestão e osmose. 
VER RESPOSTA 
a) respiração e fotossíntese. 
2. (ENEM 2009) A fotossíntese é importante para a vida na Terra. Nos 
cloroplastos dos organismos fotossintetizantes, a energia solar é convertida 
em energia química que, juntamente com água e gás carbônico (CO2), é 
utilizada para a síntese de compostos orgânicos (carboidratos). A 
fotossíntese é o único processo de importância biológica capaz de realizar 
essa conversão. Todos os organismos, incluindo os produtores, aproveitam 
a energia armazenada nos carboidratos para impulsionar os processos 
celulares, liberando CO2 para a atmosfera e água para a célula por meio da 
respiração celular. Além disso, grande fração dos recursos energéticos do 
planeta, produzidos tanto no presente (biomassa) como em tempos remotos 
(combustível fóssil), é resultante da atividade fotossintética. 
As informações sobre obtenção e transformação dos recursos naturais por 
meio dos processos vitais de fotossíntese e respiração, descritas no texto, 
permitem concluir que: 
a) o CO2 e a água são moléculas de alto teor energético. 
b) os carboidratos convertem energia solar em energia química. 
c) a vida na Terra depende, em última análise, da energia proveniente do Sol. 
d) o processo respiratório é responsável pela retirada de carbono da atmosfera. 
e) a produção de biomassa e de combustível fóssil, por si, é responsável pelo aumento 
de CO2 atmosférico. 
VER RESPOSTA 
c) a vida na Terra depende, em última análise, da energia proveniente do Sol. 
3. (ENEM-2007) Ao beber uma solução de glicose (C6H12O6), um corta-cana ingere uma 
substância: 
a) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para 
movimentar o corpo. 
b) inflamável que, queimadapelo organismo, produz água para manter a hidratação das 
células. 
c) que eleva a taxa de açúcar no sangue e é armazenada na célula, o que restabelece o 
teor de oxigênio no organismo. 
d) insolúvel em água, o que aumenta a retenção de líquidos pelo organismo. 
e) de sabor adocicado que, utilizada na respiração celular, fornece CO2 para manter 
estável a taxa de carbono na atmosfera. 
VER RESPOSTA 
a) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para 
movimentar 
 
 
 
Metabolismo Energético 
 
O metabolismo energético é o conjunto de reações químicas que produzem 
a energia necessária para a realização das funções vitais dos seres vivos. 
O metabolismo pode ser dividido em: 
 Catabolismo: Reações químicas que permitem a formação de moléculas 
mais complexas. São reações de síntese. 
 Anabolismo: Reações químicas para a degradação de moléculas. São 
reações de degradação. 
A glicose (C6H12O6) é o combustível energético das células. Quando ela é 
quebrada libera a energia de suas ligações químicas e resíduos. É essa 
energia que permite a realização das funções metabólicas da célula. 
ATP: Adenosina Trifosfato 
Antes de entender os processos de obtenção de energia, você deve saber 
como a energia fica armazenada nas células até o seu uso. 
Isso ocorre graças ao ATP (Adenosina Trifosfato), a molécula responsável 
pela captação e armazenamento de energia. Ele armazena nas suas ligações 
fosfatos a energia liberada na quebra da glicose. 
O ATP é um nucleotídeo que tem a adenina como base e a ribose com 
açúcar, formando a adenosina. Quando a adenosina une-se a três radicais 
fosfato, forma-se a adenosina trifosfato. 
A ligação entre os fosfatos é altamente energética. Assim, no momento em 
que a célula precisa de energia para alguma reação química, as ligações 
entre os fosfatos são quebradas e a energia é liberada. 
O ATP é o composto energético mais importante das células. 
Porém, outros compostos também devem ser destacados. Isso porque 
durante as reações há liberação de hidrogênio, que é transportado 
principalmente por duas substâncias: NAD+ e FAD. 
Mecanismos para obtenção de energia 
O metabolismo energético das células ocorre através da fotossíntese e 
respiração celular. 
Fotossíntese 
A fotossíntese é um processo de síntese da glicose a partir de gás carbônico 
(CO2) e água (H2O) na presença de luz. 
Ela corresponde a um processo autotrófico realizado por seres que 
possuem clorofila, por exemplo: plantas, bactérias e cianobactérias. Em 
organismos eucariontes, a fotossíntese ocorre nos cloroplastos. 
 
Respiração celular 
A respiração celular é o processo de quebra da molécula de glicose para 
liberação da energia que nela se encontra armazenada. Ela ocorre na 
maioria dos seres vivos. 
Pode ser realizado de duas formas: 
 Respiração aeróbica: na presença do gás oxigênio do ambiente; 
 Respiração anaeróbica: na ausência de gás oxigênio. 
A respiração aeróbica ocorre através de três fases: 
Glicólise 
A primeira etapa da respiração celular é a glicólise, que ocorre no 
citoplasma das células. 
Ela consiste em um processo bioquímico em que a molécula de glicose 
(C6H12O6) é quebrada em duas moléculas menores de ácido pirúvico ou 
piruvato (C3H4O3), liberando energia. 
Ciclo de Krebs 
Esquema do Ciclo de Krebs 
O Ciclo de Krebs corresponde a uma sequência de oito reações. Ele tem a função de 
promover a degradação de produtos finais do metabolismo dos carboidratos, lipídios e 
de diversos aminoácidos. 
Essas substâncias são convertidas em acetil-CoA, com a liberação de CO2 e H2O e 
síntese de ATP. 
Em resumo, no processo o acetil-CoA (2C) será transformado em citrato (6C), 
cetoglutarato (5C), succinato (4C), fumarato (4C), malato (4C) e ácido oxalacético (4C). 
O ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial. 
Fosforilação Oxidativa ou Cadeia Respiratória 
Esquema da fosforilação oxidativa 
A fosforilação oxidativa é o estágio final do metabolismo energético dos organismos 
aeróbicos. Ela é também responsável pela maior parte da produção de energia. 
Durante a glicólise e ciclo de Krebs parte da energia produzida na degradação de 
compostos foi armazenada em moléculas intermediárias, como o NAD+ e o FAD. 
Essas moléculas intermediárias liberam os elétrons energizados e os íons H+ que irão 
passar por um conjunto de proteínas transportadoras, que constituem a cadeia 
respiratória. 
Assim, os elétrons perdem sua energia que passa a ser armazenada nas moléculas de 
ATP. 
O saldo energético dessa etapa, ou seja, o que é produzido ao longo de toda a cadeia 
transportadora de elétrons é 38 ATPs. 
Balanço energético da Respiração Aeróbia 
Glicólise: 
4 ATP + 2 NADH – 2 ATP → 2 ATP + 2 NADH 
Ciclo de Krebs: Como existem duas moléculas de piruvato, a equação deve ser 
multiplicada por 2. 
2 x (4 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP) → 8 NADH + 2 FADH2 + 2 ATP 
Fosforilação Oxidativa: 
2 NADH da glicólise → 6 ATP 
8 NADH do ciclo de Krebs → 24 ATP 
2 FADH2 do ciclo de Krebs → 4 ATP 
Total de 38 ATP's produzidos durante a respiração aeróbia. 
A respiração anaeróbica possui como exemplo mais importante a fermentação: 
Fermentação 
A fermentação consiste apenas na primeira etapa da respiração celular, ou seja, a 
glicólise. 
A fermentação ocorre no hialoplasma, quando não há disponibilidade de oxigênio. 
Ela pode ser dos seguintes tipos, conforme o produto formado pela degradação da 
glicose: 
Fermentação alcoólica: As duas moléculas de piruvatos produzidas são convertidas em 
álcool etílico, com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas 
moléculas de ATP. É usado para produção de bebidas alcoólicas. 
 
Fermentação lática: Cada molécula de piruvato é convertida em ácido lático, com 
formação de duas moléculas de ATP. Produção de ácido lático. Ocorre nas células 
musculares quando há um esforço excessivo. 
 
Saiba mais, leia também: 
 Metabolismo 
 Anabolismo e Catabolismo 
 Metabolismo Celular 
 Reações químicas 
 Bioquímica 
Exercícios de Vestibular 
1. (PUC - RJ) São processos biológicos relacionados diretamente a transformações 
energéticas celulares: 
a) respiração e fotossíntese. 
b) digestão e excreção. 
c) respiração e excreção. 
d) fotossíntese e osmose. 
e) digestão e osmose. 
VER RESPOSTA 
a) respiração e fotossíntese. 
2. (Fatec) Se as células musculares podem obter energia por meio da respiração aeróbica 
ou da fermentação, quando um atleta desmaia após uma corrida de 1000 m, por falta de 
oxigenação adequada de seu cérebro, o gás oxigênio que chega aos músculos também 
não é suficiente para suprir as necessidades respiratórias das fibras musculares, que 
passam a acumular: 
a) glicose. 
b) ácido acético. 
c) ácido lático. 
d) gás carbônico. 
e) álcool etílico. 
VER RESPOSTA 
c) ácido lático. 
3. (UFPA) O processo de respiração celular é responsável pelo(a) 
a) consumo de dióxido de carbono e liberação de oxigênio para as células. 
b) síntese de moléculas orgânicas ricas em energia. 
c) redução de moléculas de dióxido de carbono em glicose. 
d) incorporação de moléculas de glicose e oxidação de dióxido de carbono. 
e) liberação de energia para as funções vitais celulares. 
VER RESPOSTA 
e) liberação de energia para as funções vitais celulares. 
Por: Lana MagalhãesProfessora de Biologia 
 
 
LEITURA RECOMENDADA 
 Organelas Celulares 
 Síntese Proteica 
 Enzimas 
 Ciclo de Krebs 
 Aminoácidos 
 Biomoléculas 
VEJA TAMBÉM 
 Ciclo de Krebs 
 Anabolismo e Catabolismo 
 Fotossíntese 
 Respiração Celular 
 Clorofila 
 Cloroplastos 
 Fermentação Fosforilação Oxidativa 
 
 
Autofagia 
 
Autofagia refere-se ao processo de degradação e reciclagem de 
componentes da célula. Todas as células realizam autofagia. 
Inicialmente, os cientistas acreditavam que a autofagia induzia à morte da 
célula. Hoje, sabe-se que é um processo que garante a sobrevivência das 
células. 
O termo autofagia deriva do grego e significa "comer a si próprio", ou 
seja, a célula digere partes de si mesma. A autofagia pode ocorrer quando 
o organismo carece de alimentos e reservas energéticas. Nesse momento, a 
célula começa a digerir suas partes, como forma de garantir a sua 
sobrevivência. 
A autofagia também ocorre quando há necessidade de eliminar células 
sadias ou tumorais, promovendo a reciclagem dos seus componentes. Por 
exemplo, a autofagia elimina organelas desgastadas ou envelhecidas, 
renovando os seus componentes. 
A autofagia é um processo importante no metabolismo celular, porque 
mantém o equilíbrio entre a síntese e a degradação dos produtos celulares. 
O termo autofagia foi usado pela primeira vez em 1963, pelo bioquímico 
Christian de Duve, que descobriu os lisossomos e sua relação com a 
reciclagem de componentes da célula. Essa descoberta lhe rendeu o Prêmio 
Nobel de Fisiologia e Medicina. 
Em 2016, o cientista Yoshinori Ohsumi recebeu o Prêmio Nobel de 
Medicina, ele descobriu o mecanismo da autofagia. 
Em 1990, Yoshinori iniciou suas pesquisas sobre autofagia, ele conseguiu 
identificar 15 genes essenciais para a autofagia. O seu estudo sobre 
autofagia vai contribuir para o melhor entendimento do câncer e doenças 
neurológicas. 
Como ocorre a autofagia? 
O processo de autofagia inicia com a produção de proteínas que se ligam 
até formar membranas. O material a ser ingerido é envolvido pelas 
membranas, formando o autofagossomo. 
O autofagossomo se funde com o lisossomo, onde o material é digerido 
pela ação de enzimas, ocorrendo a digestão. 
Saiba mais sobre os Lisossomos. 
Em algumas situações, pode ocorrer a autólise que levará a morte da 
célula. A autólise consiste na ruptura dos lisossomos, com a liberação das 
enzimas digestivas no citoplasma e destruindo todo o conteúdo celular. 
Podemos dizer que a autólise é auto digestão da célula. 
Leia também: 
 Célula 
 Organelas Celulares 
 Citologia 
 Metabolismo Celular 
 
 
 
Tecido Epitelial 
 
 
O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão 
intimamente unidas umas às outras através de junções intercelulares ou 
proteínas integrais da membrana. 
A principal função do tecido epitelial é revestir a superfície externa do 
corpo, as cavidades corporais internas e os órgãos. Ele também apresenta 
função secretora. 
São funções do tecido epitelial: 
 Proteção e revestimento (pele); 
 Secreção (estômago); 
 Secreção e absorção (intestino); 
 Impermeabilização (bexiga urinária). 
A estreita união entre as suas células fazem do tecido epitelial uma barreira 
eficiente contra a entrada de agentes invasores e a perda de líquidos 
corporais. 
De acordo com a sua função, existem dois tipos de tecido epitelial: de 
revestimento e glandular. No entanto, pode haver células com função 
secretora no epitélio de revestimento. 
Tecido epitelial de revestimento 
Os epitélios são constituídos por uma ou mais camadas de células com 
diferentes formas, com pouco ou quase nenhum fluido intersticial 
(substância entre as células) e vasos entre elas. 
Porém, todo epitélio está situado sobre uma malha glicoproteica 
denominada lâmina basal, que tem a função de promover a troca de 
nutrientes entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo adjacente. 
Tipos de tecido epitelial 
De acordo com as camadas celulares, os epitélios podem ser classificados 
em: 
 Epitélio Simples: São formados por uma única camada de células; 
 Epitélio Estratificado: Possuem mais de uma camada de células; 
 Epitélio Pseudo-Estratificado: São formados por uma única camada de 
células, mas possui células de com alturas diferentes, dando a impressão 
de ser estratificado. 
O tecido epitelial da pele humana apresenta células bastante unidas, sendo 
este um epitélio estratificado. Isso porque a função da pele é evitar a 
entrada de corpos estranhos no organismo, agindo como uma espécie de 
barreira protetora, além de proteger contra o atrito, raios solares e produtos 
químicos. 
Já o tecido epitelial que cobre os órgãos é simples, pois o tecido não pode 
ser tão espesso devido à necessidade de trocas de substâncias. 
Os epitélios também são classificados quanto à forma das células: 
 Epitélio Pavimentoso: Possui células achatadas; 
 Epitélio Cúbico: Células em forma de cubo; 
 Epitélio Prismático: Células alongadas, em forma de coluna; 
 Epitélio de Transição: A forma original das células é cúbica, mas ficam 
achatadas devido ao estiramento provocado pela dilatação do órgão. 
Tecido epitelial glandular 
As células do tecido epitelial glandular possuem as mesmas características 
do epitélio de revestimento, no entanto, ao contrário delas raramente são 
encontradas em camadas. 
Portanto, suas células são muito unidas e geralmente dispostas em 
um única camada. 
Os epitélios glandulares são tecidos com função secretora, que constituem 
órgãos especializados chamados glândulas. 
Formação do tecido epitelial glandular 
As células epiteliais secretoras são capazes de sintetizar moléculas, a partir 
de moléculas precursoras menores, ou modificá-las. 
As células de secreção também podem estar isoladas entre as células do 
epitélio de revestimento, ou formando esse epitélio. Por exemplo, 
revestindo a cavidade do estômago ou parte do aparelho respiratório. 
Glândulas 
A maioria das glândulas do corpo humano são formadas a partir do epitélio 
glandular. Elas podem ser de dois tipos: exócrinas ou endócrinas. 
Nas glândulas endócrinas a ligação com o epitélio de revestimento deixa de 
existir, as células se reorganizam em folículos (tireoide) ou em cordões 
(adrenal, paratireoide, ilhotas de Langerhans). 
As glândulas exócrinas são formadas de duas partes: uma parte secretora 
(formada pelas células de secreção) e um ducto excretor (composto de 
células epiteliais de revestimento). O ducto lança as secreções dentro de 
cavidades internas (glândulas salivares) ou para o exterior do corpo 
(glândulas sudoríparas e sebáceas). 
Características do tecido epitelial 
 Células muito próximas, com pouco material extracelular entre elas; 
 Células unidas de forma bem organizada; 
 Possui suprimento nervoso; 
 Não possui vasos (avascular); 
 Alta capacidade de renovação (mitose) e regeneração; 
 Nutrição e oxigenação por difusão pela lâmina basal. 
Veja também: 
 Sistema Tegumentar 
 Tecidos do Corpo Humano 
 Histologia 
 Histologia Animal 
Por: Lana MagalhãesProfessora de Biologia 
 
 
LEITURA RECOMENDADA 
 Tecidos do Corpo Humano 
 Células do Corpo Humano 
 Célula Animal 
 Célula 
 Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso 
 Mitocôndrias: Estrutura, Função e Importância 
VEJA TAMBÉM 
 Tecido Conjuntivo 
 Tecidos do Corpo Humano 
 Tecido Muscular 
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 Tecido Nervoso 
 Tecido Ósseo 
 Glândulas do Corpo Humano 
 Histologia Animal

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