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Processo Civil III - Execuções

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Processo Civil III – Execuções
Prof. Josnei
Email: josneios@gmail.com
Bibliografia: Humberto Theodoro Jr.; Processo de Execução e Cumprimento de Sentença
1º Bimestre:
Espécies de Tutela Jurisdicional
Requisitos para Execução
Título Executivo
Diversas Espécies de Execução
Cumprimento de Sentença
2º Bimestre:
Execução de Título Extrajudicial
	Dispositivo Legal – Cumprimento de Sentença
	Tipo de Obrigação
	Dispositivo Legal – Título Extrajudicial (art. 585)
	Art. 461
	Fazer / Não Fazer
	Art. 632
	Art. 461-A
	Entregar Coisa Certa ou Incerta
	Art. 621
	Art. 475-J
	Pagar Quantia Certa
	Art. 652
Espécies de Tutela Jurisdicional
Ação de Conhecimento – parte Executiva da Sentença:
Decisão Declaratória (declara um direito): custas e honorários advocatícios;
Decisão Constitutiva (cria, modifica ou extingue um direito): custas e honorários advocatícios;
Decisão Condenatória: a condenação, custas e honorários advocatícios;
* No Processo de Conhecimento a Pretensão é Contestada: há necessidade de conferir a vontade da lei; o Juiz dará uma Sentença de Mérito; o Juiz Diz o Direito;
Ação de Execução
* No Processo de Execução a Pretensão é Insatisfeita: o direito já está no título certo, líquido e exigível; o Juiz Executa o Direito;
Ação Cautelar
Ação Executiva Lato Sensu
Ação Mandamental / Ação Civil Pública
Princípios Processuais – Processo de Execução
Princípio da Imparcialidade do Juiz;
Princípio do Devido Processo Legal
Art. 5, CF XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Princípio da Igualdade:
Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento; [...]
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa:
Art. 5, CF
 LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
 LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
 LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Princípio da Ação: a jurisdição é inerte; para que exista um processo, deve haver a provocação do juiz;
Princípio da Disponibilidade
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: [...]
Vlll - quando o autor desistir da ação; [...]
Art. 267 § 4o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 
* art. 267, § 4º, é aplicável apenas para as Ações de Conhecimento;
Princípio da Publicidade;
Princípio da Lealdade Processual: as fraudes à execução ou a litigância de má-fé ferem a este princípio;
Princípio da Economia Processual;
Princípio da Eventualidade e da Preclusão: os momentos e oportunidades para autor e réu falarem nos autos são definidos e o não cumprimento pode levar à penalização da parte faltante ou à preclusão do seu direito;
Princípios Informadores da Execução
Toda Execução é Real: a execução incide no patrimônio do devedor;
Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Toda Execução Tem Por Finalidade apenas a satisfação do crédito do exeqüente; apenas o que o exeqüente tem de direito pode ser exigido do executado; o excesso de execução infringe a este princípio;
Art. 659. A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios.
A Execução Deve Ser Útil ao Credor: bens que não interessam ao Credor podem ser recusados pelo mesmo;
Art. 659 § 2o Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.
Toda Execução Tem que Ser Econômica, de acordo com o Princípio da Menor Onerosidade ao Devedor;
Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor.
A Execução Deve Ser Específica: a obrigação deve ser cumprida da mesma forma que seria pessoalmente pelo devedor (in natura, como nasceu), de acordo com as modalidades de execução;
A Execução Corre às Expensas do Executado: o autor antecipa as custas, mas cobra do executado ao final do processo;
A Execução Não Deve levar o executado a uma situação incompatível com a Dignidade da Pessoa Humana;
Art. 649. São absolutamente impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; 
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança.
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.
§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a aquisição do próprio bem.
§ 2o O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia.
O Credor tem a livre disponibilidade da execução: a qualquer tempo o exeqüente pode desistir do processo;
Modalidades de Execução:
Pagamento de Quantia Certa
Entrega de Coisa
Obrigação de Fazer ou Não Fazer
Título: Líquido: não deixa dúvida quanto ao seu valor; Certo: não deixa dúvida em relação à sua existência; e Exigível: a dívida já venceu e já pode ser cobrada;
Requisitos para execução: título e a comprovação da inadimplência;
Liebman 3 Fases
Proposição: inicial do processo;
Preparação: Penhora e Arrematação dos bens do executado;
Fase Final: pagamento ao credor;
Atos do Juiz
Despacho de Mero Expediente: despacho em que o juiz dá impulso ao processo, sem prejuízo a nenhuma das partes;
Atos Executórios: Afetação, Expropriação, Satisfação da Dívida;
Decisão Interlocutória: decisões que podem prejudicar alguma das partes;
Relação Processual
Autor = Credor = Exequente
Réu = Devedor = Executado
Citação: na Execução de Título Extrajudicial a citação válida estabelece a relação processual;
Não há citação no Cumprimento de Sentença; em algumas situações o executado é intimado e não mais citado;
Legitimidade
Ativa: Credor e MP;
Art. 566. Podem promover a execução forçada:
I - o credor a quem a lei confere título executivo;
II - o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.
CPP Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.
Passiva: Devedor, Sucessores (até o limite dos bens recebidos em herança), Responsáveis, Fiador;
Competência
1)Foro de eleição;
2) Lugar que deveria ser paga a dívida;
3) Domicílio do devedor.
* competência relativa;
Requisitos Para Execução
Relação processual válida
Condições da ação: legitimidade dar partes, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido;
Capacidade das partes;
Representação por advogado;
Competência do Juiz;
Pressupostos específicos para Execução
Formal: título;
Prático: inadimplemento do devedor;
Art. 580. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo.
Título
Determina a relação coativa e o direito do Credor;
Autorizar a execução;
Define a finalidade da execução: o que será prestado, se obrigação de fazer ou não fazer, pagamento de quantia certa, etc.;
Fixa os limites da execução: não se pode ter uma execução além do que foi devidamente contratado e é devido; se o valor da dívida é de R$10.000, a execução será de R$10.000, devidamente atualizados;
Do Título também se extrai
Elementos subjetivos: autor e réu;
Elementos objetivos: prestação;
Espécies de Título
Originário de Sentença: chamado de Título Judicial;
Certidão de Sentença: quando se puder executar provisoriamente a Sentença;
Documentos Extrajudiciais: cheque, contrato assinado por duas testemunhas, etc.; dispostos no art. 585;
Inadimplemento
Falta de cumprimento pelo Devedor;
Comprovação do título que não ocorreu o pagamento;
Inércia culposa do devedor;
Obs.: em negócios jurídicos em que ambas as partes tem deveres é possível o uso da defesa prevista no art. 476, CC (Exceção de contrato não cumprido);
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.
§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.
§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados.
§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante.
§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte.
CC Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Cumprimento de Sentença
Fase de Conhecimento: inicia-se com um Processo de Conhecimento onde primeiro o juiz examina a lide, analisa as provas para chegar à decisão, que é formalizada por uma Sentença (decisão disposta no art. 162, § 1º; requisitos dispostos no art. 458, CPC);
A Sentença tem eficácia imediata e não necessita de outra ação para ser executada;
Desta forma o juiz é provocado apenas uma vez;
Após o Trânsito em Julgado da Sentença de Mérito o Título Judicial torna-se exigível e passa-se à Fase de Cumprimento de Sentença;
Conclusão da Fase de Cumprimento de Sentença: expropriação imediata;
Expressão cumprimento:
Efetivação da Sentença: quando se trata das tutelas específicas de obrigação de fazer ou de não fazer ou entrega de coisa;
Execução da Sentença: quando se trata de pagamento de quantia certa;
Regra do Cumprimento de Sentença
Não existe nova citação;
Após o trânsito em julgado deverá o devedor cumprir no prazo determinado na lei ou pelo juiz;
Defesa do devedor: impugnação nos próprios autos; ex. de defesa possível na impugnação: excesso de execução;
Direito Intertemporal
Lei 11232/2005, que mudou o Cumprimento de Sentença – D. O. 23/12/2005 – Vigor 24/06/2006; toda sentença proferida anteriormente a 24/06/2006 não é cumprida na forma determinada por esta lei;
Cumprimento de Sentença: em regra, será cumprida a sentença na mesma vara onde se correu a ação de conhecimento;
Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I – os tribunais, nas causas de sua competência originária; 
II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Obrigação de Fazer / Não Fazer
São aquelas obrigações positivas ou negativas do devedor ao credor;
São obrigações que envolvem uma conduta Física (construção de uma casa), Intelectual (consultoria) ou Artística (Pintura de um Quadro);
Execução Específica: repugna constranger alguém fisicamente a cumprir algo, não haveria outra saída, senão perdas e danos no passado; a partir da dificuldade de se fazer cumprir este tipo de obrigação criou-se a concepção da Fungibilidade;
* toda vez que terceira pessoa puder cumprir a obrigação, ela é Fungível; do contrário, a obrigação é Infungível (ex.: pintura de um quadro contratada de determinado pintor de renome);
* Obrigações Infungíveis são Personalíssimas; se não cumprida pela pessoa específica, converte-se em perdas e danos;
Tutela Específica: é a prestação na forma prevista no título (judicial ou extrajudicial), a Obrigação de Fazer ou Não Fazer ou a Entrega de Coisa;
As Leis 8951/1994 e 10414/2002 modificaram o procedimento em relação às Obrigações de Fazer ou Não Fazer;
O art. 461 impôs ao juiz a concessão da tutela específica;
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
Transitada em julgado: as providências determinadas na sentença são colocadas em prática; a Sentença da Obrigação de Fazer já é Executiva;
O art. 249 e parágrafo único do CC remetem às obrigações de fazer ou não fazer, permitindo o cumprimento por terceira pessoa às custas do devedor;
CC Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
* a responsabilidade do terceiro para cumprimento da obrigação de fazer passará a ser tal qual a do devedor; o terceiro deverá fazer o que foi determinado ou responderá por perdas e danos;
* outras medidas práticas podem ser determinadas pelo juiz;
Tutela Substitutiva: é a conversão da Tutela Específica em Perdas e Danos; com a conversão a Obrigação passará a ser de Pagamento de Quantia Certa; ocorre nas seguintes situações:
Quando o próprio credor requerer;
Quando a obrigação tornou-se impossível o juiz pode determinar de ofício a conversão;
Art. 461 § 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
* se durante o processo a obrigação se tornar impossível, a sentença já determinará a conversão em Perdas e Danos;
Medidas de apoio: são as opções que o juiz possui de determinar o cumprimento da obrigação:
Astreinte (multa diária ou mensal); a multa não tema finalidade de punir, mas de coagir o devedor a cumprir a obrigação (não arruinar o devedor); pode ser determinada em Decisão Interlocutória ou Sentença; na sua determinação deve levar em consideração o Princípio da Razoabilidade, de acordo com a obrigação em questão e as condições do devedor e do credor; a multa não pode se tornar excessiva, podendo ser diminuída pelo juiz se isto ocorrer;
Art. 461 § 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial.
§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou insuficiente ou excessiva.
Busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, etc.;
Reforço policial;
O art. 247 do CC e o art. 638 do CPC vedam a aplicação de multa nas obrigações infungíveis
* quando a obrigação é personalíssima depende apenas da conduta do devedor para ser cumprida; nesta situação não há aplicação de multa; tais obrigações se convertem automaticamente em Perdas e Danos;
CC Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
CPC Art. 638. Nas obrigações de fazer, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente, o credor poderá requerer ao juiz que Ihe assine prazo para cumpri-la.
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação pessoal do devedor converter-se-á em perdas e danos, aplicando-se outrossim o disposto no art. 633.
Existe a cumulação da obrigação com multa, mas esta deve ser aplicada de forma sucessiva; se a obrigação não for cumprida ocorrerá a multa;
Execução da multa: quando for antes do trânsito em julgado segue como execução provisória; em regra a multa é cobrada juntamente com a obrigação final;
Obrigação de Não Fazer
Cumprimento de forma negativa, ou seja, o adimplemento dá-se com a inércia do devedor;
O Comando da Sentença é o desfazimento do ato quando o que não poderia ser feito já o foi;
Caso seja impossível o desfazimento da Obrigação de Não Fazer converte-se em perdas e danos;
As mesmas medidas relacionadas à Obrigação de Fazer podem ser determinadas também em relação às Obrigações de Não Fazer;
Encerramento do Processo
Ocorre com o cumprimento da obrigação, não sendo necessário neste caso sentença de extinção; cumpre-se a obrigações e arquiva-se o processo;
Obrigação de Entrega de Coisa
É uma modalidade de obrigação positiva, pois consiste na entrega ao credor de um bem corpóreo, seja para transferir a propriedade, seja para ceder-lhe a posse ou restituí-la;
Trata-se de Tutela Específica: a sentença será de condenação do devedor a realizar, em favor do credor, uma prestação de transferência da posse exatamente da coisa devida;
Não há neste caso substituição da coisa devida por medidas que produzem o resultado prático;
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
§ 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1º a 6º do art. 461.
Procedimento pós sentença:
O Juiz fixa um prazo para entrega;
Caso o devedor não cumprir a obrigação no prazo estipulado será expedido mandado de busca e apreensão (coisa móvel) ou imissão de posse (coisa imóvel);
Cumprido o mandado, pagas as custas e honorários o processo é arquivado, independentemente da sentença de extinção;
Tutela Substitutiva
Pode ocorrer nas seguintes situações:
Se o credor assim requerer, em caso de não cumprimento;
Se a obrigação torna-se impossível.
Pode ser pedida:
Na petição inicial;
Por petição avulsa durante o processo (dependendo do momento em que operar a causa da impossibilidade).
Art. 461 § 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
Obrigação genérica – coisa incerta
Escolha: conforme art. 244 do CC;
CC Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Possibilidade de retenção por benfeitorias:
Ocorre apenas nas execuções de títulos extrajudiciais;
No cumprimento da sentença não há possibilidade, tendo em vista que o pedido de retenção deverá ser feito na contestação. Se não tiver pleiteado a retenção por benfeitoria na contestação ainda pode requerer o ressarcimento do seu valor, mas deverá ser através de ação separada;
Art. 745. Nos embargos, poderá o executado alegar: [...]
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de título para entrega de coisa certa (art. 621);
Pagamento de Quantia Certa
Pode ser originada de:
Dação de soma em dinheiro/espécie;
Conversão de obrigação específica;
É uma atividade jurisdicional expropriatória; é a tomada dos bens do devedor para saldar a dívida junto ao credor;
Art. 646. A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor (art. 591).
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.
Multa
É uma mula Legal (disposta no art. 475-J do CPC) de 10%, quando o devedor não cumprir voluntariamente o dispositivo da sentença;
Esta sanção só acarreta após o trânsito em julgado da sentença;
Multa quando o Pagamento é Parcial: incidirá sobre a parte da dívida não paga;
475-J § 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante.
Não há requerimento do credor para fixar a multa, já que se trata de uma multa legal;
É ônus da parte e ao seu advogado que devem estar atentos a marcha processual para verificar o trânsito em julgado e o não cumprimento voluntário da obrigação pelo executado;
Não há citação do devedor na fase de Cumprimento de Sentença;
O prazo decorre da intimação da sentença quando para a interposição de recurso
As partes são Intimadas dos atos processuais através de seu advogado, por meio de publicação do ato em Diário Oficial da União ou em Diário da Justiça dos Estados;
* intimações pelo Diário da Justiça Eletrônico do Paraná (Resolução 1/2008 TJ-PR): a intimação é Veiculada em determinado dia e considerada Publicada no próximo dia útil; a contagem do prazo inicia-se no primeiro dia útil após a Publicação;
Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1o É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação.
§ 2o A intimação do Ministério Público, emqualquer caso será feita pessoalmente.
Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes:
I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo;
II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo.
Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei própria.
O prazo de 15 dias após o trânsito em julgado independe de citação ou intimação, segundo entendimento do STJ; na prática, os advogados estão sendo intimados para cumprimento da sentença no prazo de 15 dias;
O cumprimento voluntário pelo devedor pode ser através de:
Depósito nos autos;
Pagamento diretamente ao credor;
Inércia do devedor acarreta:
Incidência da multa de 10%;
Requerimento do credor de requerer a expedição de mandado de penhora e avaliação;
Após a penhora o devedor possui o prazo de 15 dias para impugnar o cumprimento de sentença;
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.
O credor indica os bens do devedor para recair a penhora; o devedor pode requerer a substituição dos bens penhorados em determinadas situações;
§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados.
Impugnação ao Cumprimento de Sentença
Objetivo: manter o contraditório na fase de Cumprimento de Sentença; é a possibilidade de o devedor se defender dos atos executórios na fase de Cumprimento de Sentença;
475-J § 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.
É defeso ao executado reabrir discussão sobre o mérito da causa;
As matérias a serem alegadas deverão ser referidas às causas posteriores à sentença;
A Sentença torna-se lei entre as partes;
Art. 468. A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas.
Nenhum juiz decidirá novamente causas já decididas;
Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
II - nos demais casos prescritos em lei.
Matérias:
Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre:
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;
Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.
Reconhecida a nulidade: a sentença é anulada, extingue-se o Cumprimento de Sentença e abre-se prazo para que o réu ofereça contestação;
II – inexigibilidade do título;
Quando há pendência de recurso com efeito suspensivo;
Não extingue o Cumprimento de Sentença, apenas espera o trânsito em julgado da decisão do recurso;
III – penhora incorreta ou avaliação errônea;
Penhora incorreta: bens impenhoráveis (art. 649), bens de outra pessoa, etc.;
Avaliação errada do bem penhorado: o bem vale R$100.000 e a avaliação feira pelo oficial de justiça foi de R$50.000;
Não extingue a execução;
IV – ilegitimidade das partes;
Em casos de Sucessão (falecimento do devedor e inclusão no pólo passivo de pessoas ilegítimas) e quando os herdeiros do devedor são incapazes (devem ser representados pelo MP);
Não extingue o Cumprimento de Sentença; simplesmente sanam-se as irregularidades;
V – excesso de execução;
Quando o credor pleiteia quantia superior à dívida; neste caso, o Devedor deve impugnar e apresentar o demonstrativo do valor correto, conforme § 2º;
Quando recair em coisa diversa: nos casos de obrigação de entrega de coisa;
Quando se processa a execução de forma diversa: quando se trata, por exemplo, de uma obrigação de fazer e o credor executa como se fosse pagamento de quantia certa;
Quando o credor sem cumprir a prestação que lhe incumbe, exige o cumprimento do devedor;
Se o credor não provar que a condição se realizou: em casos de sentença que fixam alguma condição;
Não extingue a execução;
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.
Ex.: prescrição, decadência, novação, compensação, pagamento, remissão (perdão da dívida); sempre “posterior à sentença”;
Neste caso extingue o Cumprimento de Sentença;
* remição: pagamento da dívida;
§ 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal.
Inconstitucionalidade da sentença declarada pelo STF; neste caso Extingue o Cumprimento de Sentença;
§ 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação.
Art. 475-B § 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária.
Art. 475-B § 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.
Outras defesas possíveis através da Impugnação ao Cumprimento de Sentença, não previstas no art. 475-L:
Nulidade da sentença arbitral;
Incompetência do juízo, impedimento ou suspeição do juiz;
* nestes casos Extingue o Cumprimento de Sentença;
Procedimento da Impugnação ao Cumprimento de Sentença: simples petição;
Efeito da impugnação: em regra, não tem efeito suspensivo; se presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora é possível pleitear o efeito suspensivo;
Não há dilação probatória na fase de Cumprimento de Sentença;
Julgamento da Impugnação
Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.
§ 1o Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando caução suficiente e idônea, arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos.
§ 2o Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios autos e, caso contrário, em autos apartados.
*** na prática, a impugnação ao cumprimento de sentença é sempre julgada nos próprios autos;
§ 3o A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação.
Recursos:
Devedor: Agravo;
Credor: ora Agravo, ora Apelação.
Título Executivo Judicial
Em regra é a Sentença Condenatória, porém, a Lei confere a condição de Título Judicial a outros provimentos judiciais, previstos no art. 475-N (tal rol é taxativo);
Todos os dispositivos previstos no art. 475-N possuem a Autoridade de Coisa Julgada;
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:
I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagarquantia;
Decisões interlocutórias também são equiparadas às sentenças para efeito de serem consideradas Título Executivo Judicial;
Tais Decisões ou Sentenças determinam o cumprimento de uma prestação pelo condenado;
Não exige o trânsito em julgado para que seja considerada Título Executivo Judicial, já que é permitida a execução provisória;
Art. 475-I § 1o É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo.
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado;
Em regra não há condenação de indenização na vara criminal, porém, o entendimento atual é de que o juiz da área criminal pode fixar valor indenizatório;
A expropriação dos bens do devedor (execução) é competência da área cível;
Sentença Cível que entende ter havido o dano provocado pelo agente não faz prova para o processo que, porventura, esteja em julgamento na área criminal; *** a Sentença Cível não será proferida anteriormente à Sentença Penal Transitada em Julgado; tudo que for decidido no Processo Criminal faz prova para o Processo Cível;
Legitimidade para Execução da Sentença Penal: ofendido, seu representante legal ou sucessores (art. 63 e art. 566, II, do CPC)
Obs.: responsabilidade no processo penal é apenas do agente; no processo cível é possível que seja também responsabilizado o empregador do agente, por exemplo; ex.: motorista da empresa que atropela pedestre; criminalmente será o agente a responder pelo crime; no processo cível, a empresa também ocupará o pólo passivo;
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo;
O acordo homologado tem força de coisa julgada com resolução do mérito, na forma do art. 269, III, do CPC;
A homologação também pode ser por decisão interlocutória que suspende o processo, se assim pedido, na forma do art. 792;
Art. 792. Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo concedido pelo credor, para que o devedor cumpra voluntariamente a obrigação.
Parágrafo único. Findo o prazo sem cumprimento da obrigação, o processo retomará o seu curso.
IV – a sentença arbitral;
Art. 33 da Lei 9307/1996 (Lei de Arbitragem) Câmara de Conciliação de Julgamento voltada para situações do comércio, em geral; estas câmaras não são formadas por juízes togados;
A pessoa deve concordar para que seja submetida ao juízo arbitral;
V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;
Acordo realizado fora dos autos;
Se já existe o processo, o acordo será juntado ao processo e será homologado, na forma do inciso III;
Se não existe o processo, deve-se abrir uma ação homologatória para, após, executar o acordo;
VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
Em razão da EC 45/2004 a sentença estrangeira será executada pelo STJ e não pelo STF, como prevê o art. 483 do CPC;
Art. 483. A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. A homologação obedecerá ao que dispuser o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal.
O Formal de Partilha é o meio de transferência da propriedade dos bens do falecido para os herdeiros;
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso.
Sentença Penal / Arbitral / Estrangeira
É necessário a abertura de um novo processo na área Cível; sendo novo processo, haverá citação da parte ré; não tendo valor ainda, a sentença passará pelo procedimento de Liquidação (apuração do valor);
Art. 475-Q. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, o juiz, quanto a esta parte, poderá ordenar ao devedor constituição de capital, cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da pensão.
§ 1o Este capital, representado por imóveis, títulos da dívida pública ou aplicações financeiras em banco oficial (BB ou CEF no Paraná), será inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do devedor.
§ 2o O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do beneficiário da prestação em folha de pagamento de entidade de direito público ou de empresa de direito privado de notória capacidade econômica, ou, a requerimento do devedor, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.
§ 3o Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação.
§ 4o Os alimentos podem ser fixados tomando por base o salário-mínimo.
§ 5o Cessada a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.
Liquidação de Sentença
É Procedimento incidental, previsto no Livro I do CPC entre os arts. 475-A e 475-H;
É o processo de apuração do valor da condenação em Sentença, nas hipóteses de Sentença Genérica; após a apuração do valor parte-se para o Cumprimento da Sentença;
É realizada na mesma relação processual em caso de Ação de Conhecimento;
É necessária toda vez que a sentença for genérica e não especificar o valor;
Após apurado o valor a parte é Intimada para cumprimento da sentença em 15 dias;
É Defeso Sentença Genérica no Procedimento Sumário;
Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua liquidação.
§ 1o Do requerimento de liquidação de sentença será a parte intimada, na pessoa de seu advogado.
§ 3o Nos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II, alíneas ‘d’ e ‘e’ (acidente de trânsito e seguros) desta Lei, é defesa a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se for o caso, fixar de plano, a seu prudente critério, o valor devido.
No procedimento de Liquidação não se pode discutir novamente a lide;
Art. 475-G. É defeso, na liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
Da Decisão da Liquidação caberá Agravo de Instrumento;
Art. 475-H. Da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento.
Não tendo pedido de juros e sendo omissa a sentença a Liquidação poderá incluí-los;
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.
Também poderá ser incluído na Liquidação a correção monetária;
Súmula 254 do STF Incluem-se os juros moratórios na liquidação, embora omisso o pedido inicial ou a condenação.
Hipóteses de montagem de autos apartados para a Liquidação de Sentença:
Liquidação de Sentença em Execução Provisória (havendo Pendência de Recurso)
Art. 475-A § 2o A liquidação poderá ser requerida na pendência de recurso, processando-se em autos apartados, no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.
Quando ambos os tipos de Liquidação estiverem presentes no mesmo processo
Art. 475-I § 2o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
Hipóteses de Sentença Genérica
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do ato ou do fato ilícito;
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
Procedimento da Liquidação
Liquidação Por Cálculo
Trata-se apenas de cálculos aritméticos de atualização de valor, visto que há valor fixado em sentença;
Nesta hipótese o devedor temo prazo de 15 dias para pagar voluntariamente o valor condenado; se necessário, deve apresentar por conta própria os cálculos;
Situações em que o Contador Público será acionado:
Nas hipóteses em que o credor é beneficiário de Assistência Judiciária Gratuita;
Nas hipóteses em que a memória do cálculo apresentada pelo credor exceder;
Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo.
§ 1o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência.
§ 2o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362.
§ 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária.
§ 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.
Liquidação por Arbitramento
Ocorre quando todos os elementos para realização do cálculo estiverem presentes nos autos;
O Juiz nomeia o perito, fixando-lhe prazo para elaborar um laudo que será utilizado para valorar a condenação;
Apresentado o laudo pericial as partes manifestam-se em 10 dias;
Após o prazo de manifestação das partes o Juiz designa audiência ou toma a decisão, de acordo com o caso;
Da decisão da Liquidação de Sentença cabe recurso de Agravo;
Art. 475-C. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando:
I – determinado pela sentença ou convencionado pelas partes;
II – o exigir a natureza do objeto da liquidação.
Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo.
Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferirá decisão ou designará, se necessário, audiência.
Liquidação por Artigos
Ocorre quando o cálculo depende de provar fatos novos;
Artigos = Quesitos; ex.: quantos dentes foram perdidos pelo autor? A perda é irreversível? Qual é a extensão do dano? E assim vai;
Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo.
Art. 475-F. Na liquidação por artigos, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum (art. 272).
Execução Provisória
Regra da execução: de título extrajudicial ou de sentença judicial transitada em julgado;
Exceções: determinadas pela lei, levando em conta a eficácia e não a imutabilidade da sentença; em algumas ocasiões é mais prejudicial retardar o cumprimento da sentença do que correr o risco de alteração da sentença na hipótese de julgamento do recurso;
Execução provisória, em regra, é de sentença judicial; exceção: art. 587;
Em Execução Provisória não é aplicável a multa de 10% prevista no art. 475-J;
A penhora e a expropriação do bem independem de Caução, que somente é prestada a partir do momento em que ocorrer o levantamento do dinheiro proveniente da arrematação de tal bem;
Processamento da execução provisória: em autos separados;
Art. 587. É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo (art. 739).
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que: 
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
III - Revogado
IV - decidir o processo cautelar;
V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.
VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;
Art. 542 § 2o Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo.
Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: 
I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por arbitramento; 
III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
* caução fidejussória: carta de fiança;
* caução real: direito real que equivalha ao valor que o exeqüente executará;
§ 1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução. 
§ 2o A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada: 
I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de necessidade; 
São requisitos cumulativos o limite de salários mínimos e também a situação de necessidade;
II - nos casos de execução provisória em que penda agravo perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação.
§ 3o Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado declarar a autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal:
I – sentença ou acórdão exeqüendo; 
II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; 
III – procurações outorgadas pelas partes; 
IV – decisão de habilitação, se for o caso; 
V – facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere necessárias.
2º BIMESTRE
Pressupostos Processuais da Execução de Título Extrajudicial
O Processo de Execução é previsto no Livro II do CPC;
Trata-se de uma Relação Processual nova que deve ser conduzida validamente da citação do devedor até o provimento final (pagamento da dívida);
Representação obrigatória através de advogado para propor a ação; exceção: juizados especiais cíveis;
Competência: art. 94 do CPC;
Procedimento legal compatível, de acordo com o tipo de obrigação (entrega de coisa, pagamento de quantia certa ou fazer e não fazer);
Requisitos para execução:
Título (tem força de Sentença);
Inadimplemento do devedor;
Título Executivo: não é um rol taxativo;
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
Os títulos deste inciso são chamados de Títulos Cambiais;
Para se propor a execução há necessidade de posse do documento original;
Decreto 57663/1966: Lei de Genebra que uniformizou internacionalmente os requisitos de validade internacional destes cinco títulos, que podem ser executados em todos os países signatários do acordo;
Endosso: transferência do título do credor original em favor de outra pessoa, que passa a ser o credor;
Aceite: assinatura do devedor assumindo a dívida;
Aval: avalista (responsável pelo pagamento);
Protesto: ato oficial porfalta de aceite ou de pagamento;
Letra de Câmbio
Prevista no Decreto 2044/1908;
Ordem de pagamento em que o sacador dirige ao sacado para pagamento ao tomador;
Nota Promissória
Promessa de pagamento Decreto 2044/1908 e Decreto 57663/1966
Prescrição: 3 anos da data do seu vencimento contra o devedor e o avalista; 1 ano a contar do protesto para cobrar dos endossantes; 6 meses para que possam se cobrar os coobrigados; art. 70 do Decreto 2044/1908
Cheque
Previsto na Lei 7357/1985;
É uma Ordem de Pagamento à Vista;
Emitente: assinou;
Sacador: Banco;
Art. 33: prazo de apresentação do cheque ao Banco: 30 dias mesma praça; 60 dias praça diferente;
Art. 47: prescrição: 6 meses depois do prazo de apresentação;
Debêntures
Representação por títulos através dos quais as S.A. contraem empréstimos por subscrição pública ou particular;
Duplicata
Prevista na Lei 5475/1968; só existe no Brasil;
Depende da fatura com o aceite, comprovando a entrega das mercadorias;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;
III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida;
Hipoteca: prevista no Decreto 70/1966; a execução será uma execução hipotecária;
Penhor: previsto no art. 1431 do CC; bens móveis que garantem o empréstimo;
Anticrese: previsto no art. 1506 do CC; rendimentos e frutos de determinado bem; se não pagos, o credor pode executar o devedor;
Seguro de Vida: outros tipos de seguro não são Títulos Extrajudiciais;
IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
Foro/laudêmio: pensão anual ao senhorio; terra do Rei; o usuário deve pagar pelo uso do bem; em desuso;
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; 
Aluguel: pode ser cobrado por ação de execução; também pode ser cobrado juntamente com a ação de despejo;
VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial;
Serventuário da justiça: pode pedir uma certidão indicando que há crédito de custas não pagas e executar tal certidão;
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
Cédula de Crédito Rural: prevista no Decreto 167/1967
Cédula de Crédito Industrial: prevista no art. 41 da Lei 413/1969
Contrato de honorários: não precisa de 2 testemunhas, com base no Estatuto da OAB (Lei 8906/1994);
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação.
Execução para Entrega de Coisa Certa / Incerta
Art. 621. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, dentro de 10 (dez) dias, satisfazer a obrigação ou, seguro o juízo (art. 737, II), apresentar embargos. 
Parágrafo único. O juiz, ao despachar a inicial, poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo.
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial:
I - com o título executivo extrajudicial; *** documento original
II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572). 
Art. 615. Cumpre ainda ao credor:
I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada;
II - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto;
III - pleitear medidas acautelatórias urgentes;
IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor.
Procedimento: petição inicial cumprindo os requisitos do art. 282 do CPC;
Citação para entregar em 10 dias ou depositar (para embargar);
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: [...]
d) nos processos de execução;
Possibilidades para o Devedor
Entregar, pagar honorários e custas – culmina na extinção do processo;
Depositar em 10 dias para embargar, permanecendo na posse do bem e ficando como fiel depositário; ocorrerá a partir de termo no processo;
Não entregar/depositar: será expedido mandado de imissão de posse ou busca e apreensão;
Obs.: perdas e danos podem acumular com a execução
Embargos
Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos.
Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação. *** inicia a contagem no dia seguinte ao dia da juntada;
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de cônjuges.
§ 2o Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos de tal comunicação.
§ 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta Lei.
Coisa alienada ou em posse de terceiro
Terceiro: deposita e pode ajuizar embargos de terceiro;
Responsabilidade do terceiro é apenas de entrega da coisa, não respondendo por perdas e danos;
Credor pode reconhecer que o bem é do terceiro e optar por perdas e danos contra o devedor;
Art. 626. Alienada a coisa quando já litigiosa, expedir-se-á mandado contra o terceiro adquirente, que somente será ouvido depois de depositá-la.
Coisa deteriorada / perda: converte-se em perdas e danos;
Benfeitorias: direito a indenização apenas das benfeitorias necessárias e úteis; dá direito ao devedor de ajuizar Embargos de Retenção por Benfeitoria;
Art. 745. Nos embargos, poderá o executado alegar: [...]
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de título para entrega de coisa certa (art. 621);
Execução de Coisa Incerta: devedor escolhe a coisa no momento da entrega; credor, quando lhe couber tal privilégio, escolherá na petição inicial; feita impugnação da escolha suspende-se o prazo para entrega da coisa; a impugnação não suspende o prazo de embargos;
Art. 629. Quando a execução recair sobre coisas determinadas pelo gênero e quantidade, o devedor será citado para entregá-las individualizadas, se Ihe couber a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicará na petição inicial.
Art. 630. Qualquer das partes poderá, em 48 (quarenta e oito) horas, impugnar a escolha feita pelaoutra, e o juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.
Execução de Fazer ou Não Fazer
Art. 632. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz Ihe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo.
Obrigação Infungível: só pode ser cumprida pelo devedor; não se aplica multa; converte-se em perdas e danos caso o devedor não cumpra a obrigação;
Obrigação Fungível: pode ser cumprida por terceiros; pode ser aplicada multa;
Art. 645. Na execução de obrigação de fazer ou não fazer, fundada em título extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, fixará multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.
Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título, o juiz poderá reduzi-lo se excessivo.
Art. 638. Nas obrigações de fazer, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente, o credor poderá requerer ao juiz que Ihe assine prazo para cumpri-la.
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação pessoal do devedor converter-se-á em perdas e danos, aplicando-se outrossim o disposto no art. 633.
CC Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Prestações de declaração de vontade: podem ser supridas pelo juiz; ex.: assinatura de um contrato, transferência da propriedade de um veículo, etc.;
Prestação por terceiros: o credor requer que a obrigação seja cumprida por terceiro; o devedor é intimado para impugnar o valor identificado pelo credor; se não impugnado, o credor antecipa o valor para que o terceiro cumpra a obrigação; após, cobra-se o devedor;
Obrigação de Não Fazer: a decisão do juiz dará um comando de desfazer; não tendo como desfazer, converte-se a obrigação em perdas e danos;
Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo.
Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos.
Execução Para Pagamento de Quantia Certa
Fundamentação: é um serviço público que o Estado põe à disposição do credor, para realizar, coativamente, em benefício deste, mas também pela manutenção da ordem pública e jurídica, o crédito não satisfeito pelo devedor;
Objeto: título certo, líquido e exigível; caso não seja feito o pagamento pelo devedor ocorre a expropriação dos seus bens através de uma Execução Forçada;
Fases da Execução Forçada:
Afetação: penhora e avaliação;
Expropriação: transferência da propriedade do bem para o credor ou venda do bem;
Satisfação: pagamento da dívida e extinção do processo;
Espécies de Execução Previstas no CPC:
Execução contra devedor solvente;
Execução contra devedor insolvente: somente ocorrerá insolvência do devedor com sentença declaratória de insolvência;
Execução de alimentos;
Execução em face da Fazenda Pública;
Execução Fiscal: prevista na Lei 6830/1980;
Procedimento da Execução Contra Devedor Solvente:
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial: além dos requisitos do art. 282...
I - com o título executivo extrajudicial;
II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572).
Citação do devedor para pagamento em 3 dias da juntada do mandado aos autos, sob pena de penhora; obs.: o credor indica os bens do devedor na inicial; a forma de citação será por oficial de justiça (art. 222, “d”);
Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida.
§ 1o Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.
§ 2o O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655).
§ 3o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento do exeqüente, determinar, a qualquer tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de penhora.
§ 4o A intimação do executado far-se-á na pessoa de seu advogado; não o tendo, será intimado pessoalmente. 
§ 5o Se não localizar o executado para intimá-lo da penhora, o oficial certificará detalhadamente as diligências realizadas, caso em que o juiz poderá dispensar a intimação ou determinará novas diligências.
Defesa do executado: a Execução é uma pretensão insatisfeita do credor; não há Contestação na execução; a defesa possível para o devedor é a oposição de Embargos, no prazo de 15 dias da juntada do mandado aos autos;
Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos.
Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
Possibilidade de Parcelamento da Dívida
Art. 745-A. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exeqüente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês. 
§ 1o Sendo a proposta deferida pelo juiz, o exeqüente levantará a quantia depositada e serão suspensos os atos executivos; caso indeferida, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito.
§ 2o O não pagamento de qualquer das prestações implicará, de pleno direito, o vencimento das subseqüentes e o prosseguimento do processo, com o imediato início dos atos executivos, imposta ao executado multa de 10% (dez por cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos.
Após a penhora e avaliação o credor poderá adjudicar o bem ou pedir pela alienação particular ou arrematação;
Penhora “on line”
Art. 655-A. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução.
§ 1o As informações limitar-se-ão à existência ou não de depósito ou aplicação até o valor indicado na execução. 
§ 2o Compete ao executado comprovar que as quantias depositadas em conta corrente referem-se à hipótese do inciso IV do caput do art. 649 desta Lei ou que estão revestidas de outra forma de impenhorabilidade. 
§ 3o Na penhora de percentual do faturamento da empresa executada, será nomeado depositário, com a atribuição de submeter à aprovação judicial a forma de efetivação da constrição, bem como de prestar contas mensalmente, entregando ao exeqüente as quantias recebidas, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.
§ 4o Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, nos termos do que estabelece o caput deste artigo, informações sobre a existência de ativos tão-somente em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida executada ou que tenha dado causa a violação de direito ou ao dano, ao qual cabe exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados, de acordo com o disposto no art. 15-A da Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995.
Anotaçãoantes da Penhora
Art. 615-A. O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.
§ 1o O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no prazo de 10 (dez) dias de sua concretização.
§ 2o Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, será determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham sido penhorados.
§ 3o Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens efetuada após a averbação (art. 593).
§ 4o O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a parte contrária, nos termos do § 2o do art. 18 desta Lei, processando-se o incidente em autos apartados.
§ 5o Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo.
Os Honorários Advocatícios serão fixados no despacho inicial:
Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 20, § 4o).
Parágrafo único. No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade.
Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria. [...]
Arresto: ocorre quando o Devedor está em lugar incerto e não sabido e existem bens possíveis para pagamento da dívida; o credor terá o prazo de 10 dias da intimação do arresto para requerer a Citação do devedor por edital; nomeia-se curador especial para defesa do devedor; após a manifestação do curador ocorre a transformação do arresto em penhora para posterior expropriação;
Art. 653. O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.
Parágrafo único. Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o devedor três vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.
Art. 654. Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data em que foi intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo anterior, requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhora em caso de não-pagamento.
Penhora
É o ato inicial de expropriação para individualizar a atividade expropriatória;
Também pode representar a apreensão e efetivo depósito do bem;
Função da Penhora:
Individualizar e apreender;
Conservar o bem penhorado e evitar a deterioração do mesmo;
Criar a preferência para o exeqüente;
Obs.: uma primeira penhora não impede outras;
Procedimento da Penhora:
Mandado a ser cumprido por Oficial de Justiça;
Termo nos autos;
Art. 665. O auto de penhora conterá:
I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita;
II - os nomes do credor e do devedor;
III - a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos;
IV - a nomeação do depositário dos bens.
A Intimação do executado é necessária após a penhora;
Bens penhoráveis: dispostos no art. 655 do CPC;
Bens impenhoráveis: dispostos no art. 649 do CPC;
Responsabilidade Patrimonial
Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Fraude Contra Credores
CC Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
CC Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
Circunstâncias que descaracterizam a fraude contra credores:
Se a venda do bem ocorreu antes da dívida;
Se existem outros bens em nome do devedor quando ocorreu a venda;
Se o bem vendido é impenhorável;
O credor deverá provar:
Eventus damni: elemento objetivo = insolvência do devedor;
Consiluim fraudis: elemento subjetivo: consiste no conluio para fraudar credores; existe conhecimento dos contratantes sobre a existência da dívida e, por má-fé, agiram para prejudicar os credores;
Obs.: em caso de doação gratuita ou entre parentes a má-fé é presumida;
A ação de conhecimento que visa à revogação do negócio jurídico realizado com fraude contra credores é a Ação Pauliana ou Ação Revogatória;
Fraude Contra Execução
É considerada mais grave que a Fraude Contra Credores, entendida como atentado contra a Justiça;
Ocorre quando a venda é concomitante à existência da ação de execução; é configurada por alienação de bens do devedor, ficando insolvente após a citação;
A forma de prevenir a fraude contra execução é a prevista no art. 615-A;
Não há necessidade de provar a má-fé (consiluim fraudis), apenas a insolvência do devedor;
Para a alienação ser declarada ineficaz basta uma simples petição nos autos;
Expropriação
Art. 647. A expropriação consiste:
I - na adjudicação em favor do exeqüente ou das pessoas indicadas no § 2o do art. 685-A desta Lei;
II - na alienação por iniciativa particular;
III - na alienação em hasta pública;
IV - no usufruto de bem móvel ou imóvel.
Adjudicação
Após as questões sobre a penhora e avaliação terem sido resolvidas, pode o credor requerer a adjudicação dos bens penhorados; a adjudicação modifica a propriedade do bem para o credor;
Requisitos:
Requerimento do interessado;
Oferta do credor pelo valor da avaliação; se a dívida é, por exemplo, de R$20.000 e o bem foi avaliado em R$30.000, o credor deverá depositar judicialmente o valor da diferença;
Prazo para requerer: não há determinação na lei, sendo aplicável o dispositivo do art. 185;
Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
Possui Legitimidade para pedir a adjudicação na ação:
Exeqüente;
Credor com garantia real;
Outros credores;
Cônjuge, descendentes e ascendentes do devedor possuem preferência legal em adjudicar; o pagamento da dívida (remição) por algum destes indivíduos lhe garante o privilégio da adjudicação em seu nome;
Sociedade ou sócios também podem remir a dívida e adjudicar o bem em seu favor;
Art. 685-A. É lícito ao exeqüente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
§ 1o Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de imediato a diferença, ficando esta à disposição do executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.
§ 2o Idêntico direito pode ser exercido pelo credor com garantia real, pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou ascendentes do executado. 
§ 3o Havendo mais de um pretendente, proceder-se-á entre eles à licitação; em igualdade de oferta, terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa ordem.
§ 4o No caso de penhora de quota, procedida por exeqüente alheio à sociedade, esta será intimada, assegurando preferência aos sócios. 
§ 5o Decididas eventuais questões, o juiz mandará lavrar o auto de adjudicação.
A adjudicação se torna perfeita com a assinatura do auto de adjudicação; trata-se de um ato judicial, com assinatura do juiz, do escrivão e do credor;
Após assinatura do auto de adjudicaçãoabre-se prazo de 5 dias para oposição contra a adjudicação através de embargos;
Art. 746. É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da adjudicação, alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em nulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à penhora, aplicando-se, no que couber, o disposto neste Capítulo. 
§ 1o Oferecidos embargos, poderá o adquirente desistir da aquisição.
§ 2o No caso do § 1o deste artigo, o juiz deferirá de plano o requerimento, com a imediata liberação do depósito feito pelo adquirente (art. 694, § 1o, inciso IV).
§ 3o Caso os embargos sejam declarados manifestamente protelatórios, o juiz imporá multa ao embargante, não superior a 20% (vinte por cento) do valor da execução, em favor de quem desistiu da aquisição.
Passado o prazo para embargos sem manifestação do executado, confecciona-se a Carta de Adjudicação, que será o documento hábil para realizar a transferência do bem;
Alienação por Iniciativa Particular
Realizada por iniciativa particular, mas sob a fiscalização do juiz; não tão usual, já que envolve procedimento bastante burocrático, de forma parecida com a hasta pública;
Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária.
§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo (art. 680), as condições de pagamento e as garantias, bem como, se for o caso, a comissão de corretagem.
§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, pelo exeqüente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-se carta de alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, mandado de entrega ao adquirente.
§ 3o Os Tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da alienação prevista neste artigo, inclusive com o concurso de meios eletrônicos, e dispondo sobre o credenciamento dos corretores, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos de 5 (cinco) anos.
No Deferimento o juiz determinará:
Prazo para alienação;
Forma de publicidade;
Preço mínimo: valor da avaliação (deve ter sido avaliado o bem nos últimos 6 meses da data do leilão);
Condições de pagamento;
Garantias;
Comissão de corretagem: 5% do valor da venda, em regra;
É realizada por profissional credenciado judicialmente, nomeado pelo juiz no ato;
Formalização: auto de alienação;
Carta de alienação: para transferência da propriedade do bem;
Alienação por Hasta Pública
Também conhecida como: Arrematação / Venda Judicial / Praça (bens imóveis) / Leilão (bens móveis);
Expropriação dos bens
Procedimento:
Edital – Publicação: em caso de execução fiscal a antecedência mínima é de 10 dias; há possibilidade de dispensa do edital prevista no art. 686, § 3º; 
Art. 686. Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, será expedido o edital de hasta pública, que conterá: 
I - a descrição do bem penhorado, com suas características e, tratando-se de imóvel, a situação e divisas, com remissão à matrícula e aos registros; 
II - o valor do bem;
III - o lugar onde estiverem os móveis, veículos e semoventes; e, sendo direito e ação, os autos do processo, em que foram penhorados; 
IV - o dia e a hora de realização da praça, se bem imóvel, ou o local, dia e hora de realização do leilão, se bem móvel;
V - menção da existência de ônus, recurso ou causa pendente sobre os bens a serem arrematados;
VI - a comunicação de que, se o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, seguir-se-á, em dia e hora que forem desde logo designados entre os dez e os vinte dias seguintes, a sua alienação pelo maior lanço (art. 692).
§ 1o No caso do art. 684, II, constará do edital o valor da última cotação anterior à expedição deste.
§ 2o A praça realizar-se-á no átrio do edifício do Fórum; o leilão, onde estiverem os bens, ou no lugar designado pelo juiz.
§ 3o Quando o valor dos bens penhorados não exceder 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo vigente na data da avaliação, será dispensada a publicação de editais; nesse caso, o preço da arrematação não será inferior ao da avaliação.
Art. 687. O edital será afixado no local do costume e publicado, em resumo, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, pelo menos uma vez em jornal de ampla circulação local.
§ 1o A publicação do edital será feita no órgão oficial, quando o credor for beneficiário da justiça gratuita.
§ 2o Atendendo ao valor dos bens e às condições da comarca, o juiz poderá alterar a forma e a freqüência da publicidade na imprensa, mandar divulgar avisos em emissora local e adotar outras providências tendentes a mais ampla publicidade da alienação, inclusive recorrendo a meios eletrônicos de divulgação.
§ 3o Os editais de praça serão divulgados pela imprensa preferencialmente na seção ou local reservado à publicidade de negócios imobiliários.
§ 4o O juiz poderá determinar a reunião de publicações em listas referentes a mais de uma execução.
Intimação do devedor
Art. 687 § 5o O executado terá ciência do dia, hora e local da alienação judicial por intermédio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos, por meio de mandado, carta registrada, edital ou outro meio idôneo.
Intimação dos demais credores hipotecários ou de penhora;
Não poderá ser alienado o bem por preço “vil”; em primeira praça o bem será vendido por valor igual ou superior ao de avaliação; em segunda praça o bem poderá ser vendido com desconto a ser determinado pelo juiz; a jurisprudência entende por aceitável o desconto de até 50% do valor da avaliação;
Se o bem for vendido por preço vil, pode o executado opor embargos, que, se procedente, culminará na anulação da arrematação, iniciando-se novamente o procedimento;
Art. 692. Não será aceito lanço que, em segunda praça ou leilão, ofereça preço vil.
Parágrafo único. Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens bastar para o pagamento do credor.
Leiloeiro
Art. 705. Cumpre ao leiloeiro:
I - publicar o edital, anunciando a alienação;
II - realizar o leilão onde se encontrem os bens, ou no lugar designado pelo juiz;
III - expor aos pretendentes os bens ou as amostras das mercadorias;
IV - receber do arrematante a comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz;
V - receber e depositar, dentro em 24 (vinte e quatro) horas, à ordem do juiz, o produto da alienação;
Vl - prestar contas nas 48 (quarenta e oito) horas subseqüentes ao depósito.
Art. 706. O leiloeiro público será indicado pelo exeqüente.
Adiamento
Art. 689. Sobrevindo a noite, prosseguirá a praça ou o leilão no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início, independentemente de novo edital.
Possui Legitimidade para arrematar quem atende aos seguintes requisitos, além da capacidade civil:
Quem estiver na livre administração de seus bens;
Quem não for proibido por lei para arrematar;
Quem não é falido ou insolvente;
* interditado ou menor (assistido ou representado) podem arrematar; o processo é remetido posteriormente para o Ministério Público, que anuirá ou não com o ato;
* o devedor não pode arrematar; pessoas ligadas ao devedor, como esposa, filhos, etc., podem arrematar, pois participarão do processo como se qualquer pessoa fosse;
Art. 690-A. É admitido a lançar todo aquele que estiver na livre administração de seus bens, com exceção:
I - dos tutores, curadores, testamenteiros, administradores, síndicos ou liquidantes, quanto aos bens confiados a sua guarda e responsabilidade; 
II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam encarregados; ex.: leiloeiro, depositário público, etc.;
III - do juiz, membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, escrivão e demais servidores

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