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TGE – Comentários
Prova 1º Bimestre:
Poder Constituinte
Assembléia Constituinte: 1985 eleição que elegeu Tancredo e os deputados e senadores que criaram a CF/88, rompendo a era da ditadura militar e estabelecendo a democracia.
Trabalho – Soberania – capítulo VII do livro Teoria Geral do Estado, de Sahid Maluf
Obra: Teoria Geral do Estado, de Sahid Maluf – Capítulo VII
Soberania
A evolução histórica do conceito de soberania passou da idéia de poder de império romano, poder divino e sobrenatural do Rei francês Luiz XIV, até que, a partir da Revolução Francesa, firmou-se como poder político e jurídico, emanado da vontade geral da nação.
Na atualidade, Soberania é tida como uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. É uma só, una, integral e universal. Não pode sofrer restrições de qualquer tipo, salvo, naturalmente, as que decorrem dos imperativos de convivência pacífica das nações soberanas no plano do direito internacional.
Soberania relativa ou condicionada por um poder normativo dominante não é soberania. Deve ser posta em termos de autonomia, no contexto geral do Direito.
Fonte do Poder Soberano
Várias são as escolas e doutrinas que buscam identificar a fonte do poder de soberania e, por conseqüência, a sua titularidade. A seguir são relatadas as principais escolas de pensamento.
Teoria da Soberania Absoluta do Rei: começou a ser sistematizada na França, no século XVI, tendo como um dos seus mais destacados teóricos Jean Bodin, que sustentava: “a soberania do rei é originária, ilimitada, absoluta, perpétua e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual”.
Esta escola de pensamento serviu de base para os governos absolutistas, que fundavam seu poder no sobrenatural, se acreditavam representantes de Deus na terra.
Teoria da Soberania Popular
Para esta teoria, o poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas promana da vontade popular, conforme a doutrinação do Apóstolo São Paulo e de São Tomás de Aquino.
Teoria da Soberania Nacional
Esta teoria é radicalmente nacionalista: a soberania é originária da nação, no sentido estrito de população nacional, não do povo em sentido amplo. Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou nacionalizados, no gozo dos direitos de cidadania, na forma da lei.
Teoria da Soberania do Estado
Para esta teoria, a soberania é a capacidade de autodeterminação do Estado por direito próprio e exclusivo; é, em síntese, apenas uma qualidade do poder do Estado, ou seja, uma qualidade do Estado Perfeito. O Estado é anterior ao Direito e sua fonte única. O direito é feito pelo Estado e para o Estado; não o Estado para o direito. A soberania é um poder jurídico, um poder de direito, e, assim como todo e qualquer direito, ela tem a sua fonte e a sua justificativa na vontade do próprio Estado.
Escolas Alemã e Austríaca
Para estas escolas, a soberania é de natureza estritamente jurídica, é um direito do Estado e é de caráter absoluto, isto é, sem limitação de qualquer espécie, nem mesmo do direito natural, cuja existência é negada. Logo, toda forma de coação estatal é legítima, porque tende a realizar o direito como expressão da vontade soberana do Estado.
Teoria Negativista da Soberania
Teoria de natureza absolutista, segundo a qual, a soberania é uma idéia abstrata; não existe concretamente; o que existe é apenas a crença na soberania. Estado, nação, Direito e governo são uma só e única realidade. Não há direito natural nem qualquer outra fonte de normatividade jurídica que não seja o próprio Estado. E este conceitua-se como organização da força a serviço do direito.
Teoria Relativista ou Institucionalista
Esta teoria vem ganhando terreno em face das novas realidades mundiais.
É forçoso admitir que a soberania é originária da Nação, mas só adquire expressão concreta e objetiva quando se institucionaliza no órgão estatal, recebendo através deste o seu ordenamento jurídico-formal dinâmico.
A soberania é originariamente da Nação (quanto à fonte do poder), mas, juridicamente, do Estado (quanto ao seu exercício).
Limitações
A soberania é limitada pelos princípios do direito natural, pelo direito grupal, isto é, pelos direitos dos grupos particulares que compõem o Estado (grupos biológicos, pedagógicos, econômicos, políticos, espirituais, etc.), bem como pelos imperativos da coexistência pacífica dos povos na órbita internacional, o direito internacional.
Limitam a soberania os princípios do direito natural, porque o Estado é apenas instrumento de coordenação do direito, e porque o direito positivo, que do Estado emana, só encontra legitimidade quando se conforma com as leis eternas e imutáveis da natureza. Como afirmou São Tomás de Aquino, uma lei humana não é verdadeiramente lei senão enquanto deriva da lei natural; se, em certo ponto, se afasta da lei natural, não é mais lei e sim uma violação da lei.

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