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Raiva med ambulatorial

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enchentes. O fármaco de escolha é a doxiciclina na dose de 
200 mg por semana, com duração relacionada com o tempo 
de exposição. Em crianças pequenas ou gestantes, pode ser 
utilizada a amoxicilina na dose de 100 mg/kg/semana ou 1 g/ 
semana, respectivamente. Na prevenção da doença em tra­
balhadores em risco de transmissão, como os colhedores de 
morangos (na Europa) ou de arroz e cana-de-açúcar (no Bra­
sil), pode ser utilizada a penicilina G benzatina (1.200.000 
UI ÍM a cada 15 dias) enquanto durar a exposição.24
R e f e r ê n c i a s
4. Fraga TR, Barbosa AS, Isaac L. Leptospirosis: aspects of inna­
te immunity, immunopathogenesis and immune evasion from 
the complement system. Scand J Immunol. 2011;73(5):408-
19.
6. Vinetz JM. Leptospirosis. In: Longo DL. Harrison’s principles 
of internal medicine. 18th ed. New York: McGraw-Hill; 2012. 
p. 1392-7.
7. Ko AI. Leptospirosis. In: Cecil RL, Goldman L, Schafer AI.
Goldman's Cecil medicine. Philadelphia: Elsevier; 2012. p. 
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9. Tullu MS, Karande S. Leptospirosis in children: a review for
family physicians. Indian J Med Sci. 2009;63(8):368-78.
11. Wagenaar JFP, Goris MGA, Partiningrum DL, Isbandrio B, 
Hartskeerl RA, Brandjes DPM, et al. Coagulation disorders in
patients with severe leptospirosis are associated with severe ble­
eding and mortality. Trop Med Int Health. 2010; 15(2): 152-9.
16. Segura ER, Ganoza CA, Campos K, Ricaldi JN, Torres S, Sil­
va H, et al. Clinical spectrum of pulmonary involvement in
leptospirosis in a region of endemicity, with quantification of
leptospiral burden. Clin Infect Dis. 2005;40(3):343-51.
18. Kouadio IK, Aljunid S, Kamigaki T, Hammad K, Oshitani H. 
Infectious diseases following natural disasters: prevention and
control measures. Expert Rev Anti Infect Ther. 2012; 10( 1 ):95- 
104.
23. Lacerda HG, Monteiro GR, Oliveira CCG, Suassuna FB,
Queiroz JW, Barbosa JDA, et al. Leptospirosis in a subsisten­
ce farming community in Brazil. Trans R Soc Trop Med Hyg.
2008; 102( 12): 1233-8.
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dêmico de leptospirose em plantadores de arroz na região oes­
te do estado do Rio Grande do Norte de março a junho de 
1985. Rev Soc Bras Med Trop. 1986;19:116.
32. Silva GB Júnior, Abreu KLS, Mota RMS, Barreto AGC, 
Araújo SMHA. Rocha HAL, et al. RIFLE and acute kidney 
injury network classifications predict mortality in leptospi­
rosis-associated acute kidney injury. Nephrology (Carlton). 
2011; 16(3):269-76.
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Hoontrakul S, Phimda K, et al. Strategies for diagnosis and 
treatment of suspected leptospirosis: a cost-benefit analysis. 
PLoS Negl Trop Dis. 2010;4(2):e610.
35. Albuquerque APL Filho, Araujo JG de, Souza IQ de, Martins 
LC, Oliveira MI de, Silva MJB da, et al. Validation of a case 
definition for leptospirosis diagnosis in patients with acute seve-
re febrile disease admitted in reference hospitals at the State of 
Pernambuco, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2011:44(6):735-9.
46. Chalayon P, Chanket P, Boonchawalit T, Chattanadee S, Sri- 
manote P, Kalambaheti T. Leptospirosis serodiagnosis by 
ELISA based on recombinant outer membrane protein. Trans 
R Soc Trop Med Hyg. 2011 ;105(5):289-97.
50. Libraty DH, Myint KSA, Murray CK, Gibbons RV, Mammen 
MP, Endy TP, et al. A comparative study of leptospirosis and 
dengue in Thai children. PLoS Negl Trop Dis. 2007; 1 (3):el 11.
52. Van den Bruel A, Thompson MJ, Haj-Hassan T, Stevens R, 
Moll H, Lakhanpaul M, et al. Diagnostic value of laboratory 
tests in identifying serious infections in febrile children: sys­
tematic review. BMJ. 201 l;342:d3082.
54. Brett-Major DM, Coldren R. Antibiotics for leptospirosis. Co­
chrane Database Syst Rev. 2012;2:CD008264.
59. Niwattayakul K, Kaewtasi S, Chueasuwanchai S, Hoontrakul
S, Chareonwat S, Suttinont C, et al. An open randomized 
controlled trial of desmopressin and pulse dexamethasone 
as adjunct therapy in patients with pulmonary involvement 
associated with severe leptospirosis. Clin Microbiol Infect. 
2010; 16(8): 1207-12.
64. Brett-Major DM, Lipnick RJ. Antibiotic prophylaxis for lep­
tospirosis. Cochrane Database Syst Rev. 2009;(3):CD007342.
C a p í t u l o 1 5 2 
Raiva
Danise Senna Oliveira 
Ana Marli C. Sartori
Raiva, também conhecida como hidrofobia ou “doença 
do cachorro louco”, é uma zoonose (doença transmitida de 
animais vertebrados a humanos) caracterizada por manifesta­
ções neurológicas de rápida progressão. A doença é fatal na 
ausência de profilaxia pós-exposição adequada.1 O vírus está 
presente em todos os continentes, exceto na Antártica, e infec­
ta animais domésticos e silvestres. Apesar de passível de pre­
venção por imunização, a raiva continua sendo um problema 
de saúde pública em muitos países, principalmente na Ásia e 
na África, onde ocorrem 95% das mortes em humanos.2
Raiva é uma urgência médica, mas não uma em< 
decisões em relação à profilaxia pós-exposi(ão
O vírus rábico pertence à ordem Mononegavirales, fa­
mília Rhabdoviridcie e gênero Lyssavirus, vírus constituídos 
por RNA e adaptados à replicação no sistema nervoso central 
(SNC) de mamíferos.4
C I C L O S D E T R A N S M I S S Ã O
Apenas os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva 
e os únicos capazes de transmiti-lo. A transmissão da raiva 
se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal 
infectado, sobretudo pela mordedura e, mais raramente, pela 
arranhadura e lambedura de mucosas.5
A doença apresenta quatro ciclos de transmissão (figura 
152.1). urbano, rural, aereo e silvestre, sendo o ciclo urbano 
passível de controle, pois medidas eficientes de prevenção, 
tanto em relação ao ser humano quanto à fonte de infecção, 
estão disponíveis. No ciclo urbano, as principais fontes de in­
fecção são o cão e o gato. O ciclo rural tem como reservatório 
o morcego hematófago e caracteriza-se pela transmissão da 
raiva aos animais domésticos de interesse econômico do meio 
rural, como bovinos, equídeos, caprinos, ovinos e suínos. O 
ciclo aéreo apresenta como fonte de infecção o morcego, que, 
além de transmitir a doença, também apresenta sintomatologia 
e evolui para morte, não se constituindo em “portador são”. 
No ciclo silvestre, a transmissão da raiva pode ocorrer entre 
diferentes espécies de animais, na dependência das caracte­
rísticas geográficas do país ou da região. Na América do Sul, 
merece destaque a raposa-cinzenta do norte da Colômbia e o 
cachorro-do-mato; e, no Brasil, o guaxinim e o sagui-do-tufo- 
-branco, este de importância na Região Nordeste do país.5
Nos cães e gatos infectados, a eliminação de vírus pela 
saliva inicia-se 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais 
clínicos e persiste durante toda a evolução da doença, sendo 
esse o período de transmissibilidade.6
E P I D E M I O L O G I A
Globalmente, a raiva ocorre em mais de 100 países e ter­
ritórios, totalizando mais de 55.000 mortes em humanos a 
cada ano. Os menores de 15 anos de idade constituem 40% 
das vítimas de acidentes com animais suspeitos de raiva.
FIGURA 152.1 -> Cadeia epidemiológica de transmissão da raiva (ciclos urbano, rural, 
silvestre e aéreo).
Fonte: Kotait e colaboradores5 e Brasil.6 ____________
Cães são fonte de transmissão da quase totalidade (99% ) de 
casos de raiva em humanos que evoluem para óbito no mun­
do. A cada ano, cerca de 15 milhões de pessoas no mundo 
recebem o esquema de profilaxia antirrábica pós-exposi- 
ção. Estima-se que essa ação seja responsável por prevenir
327.000 mortes por raiva anualmente.2
No Brasil, a raiva é doença endêmica, com variações re­
gionais. No período de 1990 a 2009, as Regiões Norte e Nor­
deste foram responsáveis por 82% dos casos de raiva humana, 
destacando-se Pará e Rondônia na Região Norte; Maranhão. 
Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas no Nordeste;e Minas 
Gerais no Sudeste. Desde 1987, não há registro de casos de 
raiva humana na Região Sul do país. De 1998 a 2009, foram 
notificados 218 casos de raiva humana; 144 deles (66%) não 
haviam recebido nenhum tipo de esquema profilático pós- 
-exposição, seja por desconhecimento sobre a necessidade de 
profilaxia, seja pela falta de acesso ao serviço; 23 indivíduos 
(10,5%) que tiveram acesso à profilaxia foram a óbito por te­
rem sido inadequadamente vacinados e/ou porque abandona­
ram o esquema profilático. Na última década, observa-se uma 
marcada redução dos casos de raiva humana (FIGURA 152.2). No 
período de 2000 a 2009, em média 425.400 pessoas procura­
ram atendimento médico a cada ano por terem sido expostas 
ou por se julgarem expostas ao vírus da raiva. Dessas, mais de 
64% receberam esquema de profilaxia pós-exposição.6 7
De 1990 a 1999, os cães foram responsáveis por 73% 
dos casos de raiva humana. Entre 2000 e 2010, diminuiu a 
proporção de casos humanos resultantes de transmissão por 
cães (45%); os morcegos foram responsáveis por 45% dos 
casos; os gatos, por 2%; e outros animais, por 6%. Em 2004 
e 2005, o morcego foi o principal responsável pelos casos de 
raiva humana (86,5% dos casos), passando pela primeira vez 
a superar os casos de transmissão canina, devido à ocorrên­
cia de surtos de raiva humana no Pará e no Maranhão.6
P A T O G E N I A E Q U A D R O C L Í N I C O
A infecção pelo vírus da raiva causa encefalite virai aguda 
progressiva. Após a inoculação, o vírus alcança o SNC através 
dos nervos periféricos. Depois de atingir o SNC, ocorre rá­
pida disseminação. O vírus localiza-se preferencialmente no 
tronco cerebral, no tálamo, nos gânglios basais e na medula 
espinal.8 O período típico de incubação é de 1 a 3 meses, com 
média de 45 dias, mas pode variar de dias a meses, raras vezes 
sendo maior do que um ano. O período de incubação depende 
do tamanho do inóculo virai, do grau de inervação do sítio de 
inoculação e da proximidade do ferimento com o SNC.
A sintomatologia clínica é complexa e comumente causa 
confusão nos profissionais de saúde.8 Os pródromos. que du­
ram de 2 a 4 dias, são inespecíficos: mal-estar, febre, prurido 
ou sensação de queimação no local da ferida. A doença pode 
apresentar-se em duas formas clássicas: furiosa (relacionada 
sobretudo com vírus transmitidos por canídeos) e paralíti­
ca (associada, na maioria dos casos, a vírus transmitidos por 
morcegos). Na forma furiosa, a infecção progride com ma­
■ Ciclo urbano ■ Outros ciclos
FIGURA 152.2 -> Casos de raiva humana de acordo com o ciclo de transmissão. Brasil, 1980 a 2008.
Fonte: Brasil.6
nifestações de hiperexcitabilidade crescente, delírios, febre, 
espasmos musculares generalizados e/ou convulsões, hidro- 
fobia e aerofobia. Na forma paralítica, ocorre paresia a partir 
do sítio de inoculação do agente e evolução para paralisia 
muscular flácida precoce, a febre é marcante e não se obser­
va claramente hidrofobia.6,9
T E S T E S D I A G N Ó S T I C O S
O diagnóstico laboratorial da raiva pode ser realizado por 
meio da identificação do antígeno rábico pela técnica de imu- 
nofluorescência direta (IFD) em impressão de córnea, biópsia 
de pele (folículo piloso) ou saliva.10,11 A reação em cadeia da 
polimerase (PCR) em tempo real no folículo piloso, na saliva 
e no líquido cefalorraquidiano (LCR) também é diagnosti­
ca.12 Em casos nos quais não há histórico de vacinação da 
pessoa, a pesquisa de anticorpos no soro pode ser útil, assim 
como a presença de anticorpos no LCR, que, mesmo após 
vacinação, também é diagnostica.12 ,3 Nenhuma das técnicas 
isoladamente apresenta 100% de sensibilidade, mas o conjun­
to delas aumenta a probabilidade da confirmação laboratorial. 
Ressalta-se que o diagnóstico positivo é conclusivo, porém 
o negativo não exclui a possibilidade da doença.811 O diag­
nóstico post-mortem é realizado por meio da detecção do ví­
rus rábico em tecido cerebral pela técnica de IFD.6
T R A T A M E N T O
Uma vez estabelecido o quadro clínico, não existe tera­
pia antirrábica eficaz estabelecida.14 Diversos agentes como 
imunoglobulina específica, antivirais, interferon-alfa e an­
ticorpos monoclonais podem ser considerados; contudo, o 
tratamento segue sendo essencialmente paliativo e tem por 
objetivo proporcionar conforto ao doente e sua família.8,15
Em 2004, nos Estados Unidos, foi relatado o primeiro caso 
de cura da raiva em um paciente que não havia recebido profi­
laxia pós-exposição adequada, com tratamento baseado em an­
tivirais e sedação profunda.16 Em 2008, em Recife, Pernambu­
co, foi utilizado tratamento semelhante em jovem de 15 anos, 
com eliminação virai e recuperação clínica. Esses dois casos 
abriram novas perspectivas para o tratamento da doença.17
P R O F I L A X I A D A R A I V A H U M A N A
P rofilax ia p ó s -e x p o s iç ã o
A profilaxia após o reconhecimento da exposição ao vírus da 
raiva por acidente com cães e gatos ou outros animais trans­
missores da doença inclui cuidados com o ferimento e admi­
nistração de vacinas e imunoglobulina ou soro antirrábico 
(imunização ativa e passiva, respectivamente).
Os cuidados com ferimento por mordeduras, incluindo 
uso profilático de antibióticos, são abordados no Capítulo 
Ferimentos Cutâneos. Além dos cuidados com o ferimento, 
é importante checar o estado vacinai do indivíduo ferido e 
indicar a profilaxia antitetânica adequada.
soro) que devem ser realizados após a exposição. As medidas 
de profilaxia pós-exposição (PPE) são eficazes, mesmo após 
exposição de alto risco d Raras falhas foram relatadas 
após o indivíduo ter recebido a profilaxia recomendada."
Não existem ensaios clínicos randomizados, placebo- 
-controlados realizados com PPE para raiva humana. As fa­
lhas da PPE são descritas em estudos tipo série de casos e, 
para a maioria delas, questiona-se se a profilaxia foi usada de 
maneira adequada. Desde o advento da utilização de rotina 
da vacina antirrábica de cultivo celular e da imunoglobulina 
humana, não foram registradas falhas nos Estados Unidos e 
na Europa Ocidental. Falhas associadas à administração ade­
quada de PPE consideradas “verdadeiras”, embora impossí­
veis de quantificar, são eventos considerados extremamente 
raros.18'20
TABELA 152.1 -> Classificação do addente
ACIDENTE AÇ* ° 00 »ESCRIljiO
Leve
Grave
Ferimentos superficiais (atingem apenas a epiderme, 
com sangramento discreto ou ausente), pouco extensos, 
em geral únicos (apenas uma lesão ou porta de entrada), 
em tronco e membros (exceto mãos e pés); podem acon­
tecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras. 
Lambedura de pele com lesões superficiais.
Ferimentos ou lambedura de ferimentos no segmento 
cefálico, em mãos e pés.
Ferimentos profundos (atingem outras camadas além 
da epiderme, geralmente acompanhados de sangra­
mento), múltiplos (mais de uma lesão; uma única mor­
dedura pode ser responsável por ferimentos múltiplos) 
ou extensos, em qualquer região do corpo.
Lambedura de mucosas, mesmo que intactas. 
Ferimento puntiforme profundo.
Fonte: Kotait e colaboradores5 e Brasil.6
'Obseraranimíndependmttmert^ vacinai. Orientar o paciente a notificar imediatamente a unidade de saúde se o animal morrer, desaparecer ou se tomar raivo­
so, pois podem ser neœsririas nôlas intervenções de forma rápida, como a aplicação da imunoglobulina ou soro antirrábico ou o prosseguimento do esquema de vacmaçao.
'^ ^ a d é rata em anim^dWfculSdteparaer^Si^ MlivaçSo abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares, mudança de hábitos e paralisia das 
Patas traseiras. Nos âes, o latiitotoma-se diferente do normal, parecendo um "uivo rouco". 0 fato de se encontrar morcegos durante o dia, em hora e locais nao habituais, sugere 
roudança de hábitos.
p r , t t S 'I ^ " o t lT o ^ q u e m a vacinai, a lg nãot mais indicada, pois é presumida resposta de anticorpos à vacinação.
fonte; Kotait e colaboradores5 e Brasil.6 ________________ _______ _____________________________________________________ _
Medicina Ambulatória!
TABELA 152.2 -> Imunização ativa e passiva - imunobiológicos
FIGURA 152.4 -> Acidentes com mamíferos silvestres, animais domésticos de interes­
se econômico ou de produção (equinos, ovinos, bovinos, etc.).
‘Não é necessária profilaxia antirrábica em caso de acidentes com ratos, hamsters, coe­
lhos ou outros roedores urbanos. 
fAcidente leve e grave - consultar TABELA 152.1.
Fonte: Kotait e colaboradores5 e Brasil.6
A vacina, a imunoglobulina e o soro antirrábico estão 
disponíveis nos Centros de Referência de Imunobiológicos 
Especiais (CRIE) do país (endereços dos CRIEs estão dispo­
nibilizados nos Sites Recomendados, on-line) e, a depender 
do local, também estão disponíveis em outros estabelecimen­
tos de saúde.
As vacinas de vírus inativado produzidas em cultura ce­
lular são potentes e seguras. Culturas de vários tipos celula­
res como células diploides humanas, células Vero (renais de 
macacos), células renais de hamster t células de embriões de 
galinha e de pato podem ser utilizadas.2,6 Eventos adversos 
no local da injeção, como eritema, dor e edema, podem ocor­
rer em 35 a 45% dos vacinados, particularmente após dose de 
reforço. Eventos adversos sistêmicos como febre, cefaleia, 
tonturas e sintomas gastrintestinais foram observados em 5 a 
15% dos vacinados.2 Reações adversas graves a componen­
tes da vacina constituem contraindicação para a profilaxia 
pré-exposição com vacina de igual composição. Entretanto, 
por ser uma doença fatal, não há contraindicação à profilaxia 
após exposição de alto risco.6
Vacinas de vírus inativados cultivados em cérebro de ca­
mundongo (Fuenzalidas-Palácios modificada), menos imu- 
nogênicas e mais reatogênicas que as vacinas produzidas em 
cultura celular, não são mais utilizadas no Brasil.6,7
A demora para iniciar a profilaxia pós-exposição ou a falha 
em completar o esquema pode levar à morte, sobretudo em 
indivíduos com ferimentos graves.2,3A profilaxia pós-exposi­
ção deve ser administrada sempre que houver indicação, in­
dependentemente do tempo transcorrido entre a exposição
IMUNIZAÇÃO ATIVA
Vacinas Produtos Vacinas liofilizadas, constituídas de vírus rábico 
inativado produzido em cultura celular/
Via/Local de IM( em deltóide ou vasto lateral da coxa (em crian- 
aplicação*/ ças até 2 anos de idade)/2,5 Ul/dose (0,5 mL/dose 
Dose ou 1,0 mL/dose, dependendo do fabricante)/
ID*, em deltóide e vasto lateral da coxa - 0,1 
mL/dose (em cada sítio)/
Esquemast 5 doses IM ou ID* - 1 dose nos dias 00, D3, D7, 
D14 e D28/
*A vacina náo deve ser aplicada em região glútea, devido à possível deposição no tecido adiposo 
e, potencialmente, menor distribuição sistêmica.6 Quando administrada concomitantemente à 
imunoglobulina (lg) antirrábica, a vacina deve ser administrada em grupo muscular diferente do 
utilizado para a imunoglobulina.6
fPara imunocompetentes, a administração de quatro doses da vacina (uma dose nos dias D0,03,
D7 e D14 ou duas doses no D0 e uma dose em 07 e 021), por via intramuscular (IM), sempre acom­
panhada da administração de lg antirrábica e cuidados com o ferimento, é considerada adequada 
pela OMS/
A administração intradérmica (ID) da vacina é uma alternativa considerada adequada pela OMS. 
Permite o uso de menor quantidade de antígeno (0,1 mL/dose), diminuindo os custos, porém exige 
profissional qualificado para essa administração/
IMUNIZAÇÃO PASSIVA
Imunoglobulina 
antirrábica (lg)
Produtos Imunoglobulina humana antirrábica/ 
Esquema1 Quando recomendada (FIGURAS 152.3 e 152.4), 
deve ser administrada em dose única, o mais 
breve possível após o acidente/
Local de 
aplicação
Dose
A solução deve ser infiltrada ao redor do ferimen­
to, no local da exposição. Se todo o volume não 
puder ser administrado em torno do sítio de ex­
posição, o restante (a menor quantidade possível) 
pode ser administrado via IM na região glútea/
20 Ul/kg de peso corporal/
*A lg é o produto preferencial para imunização passiva, pois é mais segura e bem tolerada e apre­
senta meia-vida relativamente longa (em torno de 21 dias)/ 0 uso da lg náo é necessário quando o 
paciente recebeu esquema profilático completo anteriormente. No entanto, em situações especiais, 
como pacientes imunodeprimidos ou em caso de dúvidas com relação ao esquema prévio, se hou­
ver indicação, a lg deve ser recomendada.6
*A partir do sétimo dia após o início do esquema vacinai, a lg não é mais indicada, pois é presumida 
resposta de anticorpos à vacinação.'8
Soro antirrábico Produto Soro antirrábico de origem equina*
Indicação Pode ser utilizado nas mesmas indicações da lg 
humana, quando esta não está disponível/-7
Local de A solução deve ser infiltrada ao redor das feridas, 
aplicação no local da exposição. Se todo o volume não puder 
ser administrado em torno do sítio de exposição, o 
restante (a menor quantidade possível) pode ser 
administrado via IM na região glútea.7
Dose 40 Ul/kg de peso corporal.6
*Possui meia-vida menor do que a da lg humana e, por ser heterólogo, envolve risco de reação 
anafilática (1/45.000)/ Não há fundamento científico para a realização de teste cutâneo antes da 
administração do soro equino. 0 profissional de saúde deve, entretanto, estar preparado para con­
duta frente à anafilaxia, que pode ocorrer em qualquer momento da administração do soro.‘
Em caso de exposição de pessoas que receberam profila­
xia pré-exposição completa ou profilaxia pós-exposição ade-
quada anteriormente, o esquema pós-exposição consiste em 
duas doses adicionais de vacina (nos dias DO e D3), sem ne­
cessidade de imunização passiva, mesmo em caso de aciden­
te grave com animal com suspeita de raiva ou morcego.23-5-6
virus da raiva não requer profilaxia a t i v a / S ^ X ^ e * 
em sua maioria, ser avaliadas e manejadas no nível da aten­
ção primária. Havendo indicação de profilaxia ativa/passiva, o 
indivíduo deve ser encaminhado a uma unidade de referênda 
para a profilaxia de raiva. E, na suspeita clínica de raiva, deve
É importante salientar que os indivíduos com indicação 
de profilaxia pós-exposição devem ser acompanhados sob 
supervisão da equipe de atenção primária à saúde (APS); os 
faltosos devem ser contatados por meio de busca ativa.1
Profilaxia pré-exposição
A vacinação antirrábica pré-exposição é recomendada 
para pessoas com maior risco de exposição, como veteriná­
rios, biológos, estudantes de veterinária, biologia e agrotec- 
nia, funcionários de laboratórios que manipulam o vírus da 
raiva, pessoas que trabalham na captura, vacinação, identifi­
cação e classificação de mamíferos passíveis de portarem o 
vírus, funcionários de zoológicos, zoólogos e outros profis­
sionais que trabalham em área de risco, guias de ecoturismo, 
pescadores, entre outros 0 . 25,6 A profilaxia pré-exposição 
protege contra exposição inaparente, desencadeia resposta 
imune específica (booster) à vacinação mais rapidamente em 
caso de exposição e simplifica a profilaxia pós-exposição.6
São recomendadas três doses da vacina, administradas 
nos dias DO, D7 e D21 ou D28. Dez a quinze dias após a 
terceira dose, deve ser colhida amostra de sangue para do­
sagem de anticorpos. Pessoas com exposição continuada 
devem ser avaliadas com teste sorológico a cada 6 a 12 me­
ses.2,5,6 Embora os títulos de anticorpos protetores não sejam 
bem estabelecidos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
considera títulos > 0,5 UI/mL como indicadores de proteção 
adequada.2,21 Quase todas as pessoas saudáveis que recebem 
vacinas produzidas em cultura celular apresentam títulos de 
anticorpos neutralizantes > 0,5 UI/mL no 142 dia do esque­
ma profilático pós-exposição, com ou semadministração de 
imunoglobulina antirrábica e independentemente da idade. 
Logo, uma dose de reforço da vacina deve ser administrada 
caso o título de anticorpos seja menor que 0,5 UI/mL.
medidas de prevenção e controle
Em uma comunidade, a proteção da população deve ser 
Prioridade na investigação de um caso de raiva. Logo que se 
tenha conhecimento da suspeita de um caso de raiva, seja
humana ou animal, deve-se organizar um bloqueio de foco, 
o qual deve ser iniciado em até 72 horas e finalizado em até 
sete dias após a notificação, em um raio de 5 km, quando não 
for possível realizar uma investigação adequada para delimi­
tar a área de risco, não sendo necessário aguardar resultados 
de exames laboratoriais para confirmação do caso suspeito.
O bloqueio de foco inclui vacinação de cães e gatos de 
todas as casas da área, retirada dos animais de rua sem dono, 
intensificação do envio de amostras para diagnóstico labora­
torial, busca ativa de pessoas expostas e educação em saúde. 
As informações sobre as coberturas vacinais dos animais da 
área endêmica, quando disponíveis, são importantes para o 
processo de decisão quanto à extensão inicial e seletividade 
do bloqueio. Devem ser organizadas ações de esclarecimento 
à população, utilizando-se meios de comunicação de massa, 
visitas domiciliares e palestras. Os agentes comunitários de 
saúde, quando disponíveis, podem desempenhar um papel im­
portante na execução dessas atividades e na sensibilização da 
população. E importante informar à população sobre o ciclo de 
transmissão e a gravidade da doença, e esclarecer sobre o risco 
e as ações que exigem a participação efetiva da comunidade.
Em caso de bloqueio de foco por morcegos infectados 
encontrados em áreas urbanas, deve-se iniciar o bloqueio 
conforme orientação dada. Porém, em caso de recidiva, ao 
detectar outro morcego positivo em um período inferior a 
três meses, sugere-se realizar vacinação canina e felina so­
mente nos animais não vacinados ou primo-vacinados, não 
excedendo três doses de vacina antirrábica animal no período 
de um ano. É importante notificar os casos positivos em ani­
mais ao serviço de controle de raiva (vigilância epidemio- 
lógica, centros de controle de zoonoses e agricultura), para 
controle de focos e outras ações pertinentes.6
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A vigilância epidemiológica é fundamental para deter­
minar as áreas de risco para raiva; monitorar a raiva animal 
com intuito de evitar ocorrência de casos humanos; investi­
gar todos os casos suspeitos de raiva humana e animal e de­
terminar sua fonte de infecção; realizar e avaliar os bloqueios 
de foco frente à suspeita de raiva; realizar e avaliar campa­
nhas de vacinação antirrábica animal, onde ela é realizada; 
normatizar as condutas de atendimento antirrábico humano e 
garantir a assistência e realização do esquema profilático da 
raiva em tempo oportuno; suprir a rede do Sistema Único de 
Saúde (SUS) com imunobiológicos e medicamentos especí­
ficos para profilaxia e tratamento da raiva; e propor e avaliar 
as medidas de prevenção e controle.6
Toda suspeita de raiva humana é de notificação indivi­
dual, compulsória e imediata nos níveis municipal, estadual 
e federal, por telefone, meio eletrônico ou fax. Esta deve ser 
investigada pelos serviços de saúde por meio da ficha de 
investigação, padronizada pelo Sistema de Informação de 
Agravos de Notificação (SINAN).22Todo atendimento antir­
rábico também deve ser notificado, independentemente de o
indivíduo ter ou não ter indicação de receber vacina e/ou soro 
antirrábico. Existe ficha específica padronizada pelo SINAN 
(disponível em http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/), que 
se constitui em um instrumento fundamental para decisão 
da conduta de profilaxia a ser adotada pelo profissional de 
saúde.6 É necessário, ainda, informar à autoridade sanitária 
local sobre ocorrência de morte de animais, agressões a pes­
soas e animais. Conforme Portaria nQ 5 de 21 de fevereiro de 
2006 da Secretaria de Vigilância em Saúde, as epizootias e/ 
ou mortes que podem preceder a ocorrência de doenças em 
humanos são de notificação compulsória.1
A redução dos casos humanos de raiva é resultado, em 
grande parte, das atividades de prevenção e controle da raiva, 
que incluem profilaxia de raiva humana em pessoas possivel­
mente expostas ao vírus, monitoramento de circulação virai, 
campanhas de vacinação antirrábica animal, notificação ime­
diata de epizootias e casos humanos suspeitos.23
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S aúde d o V ia ja n te
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