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10/05/2017 1 Instalações prediais de combate a incêndios (IPCI) Disciplina Instalações Hidrossanitárias – IPH 209 Prof. Juan Martín Bravo INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 10/05/2017 2 Organização da aula Introdução a instalações prediais de combate a incêndios. Legislação: Normas e Decretos. Fogo e incêndios. Classes de incêndios. Métodos de extinção do fogo e agentes extintores. Classificação de riscos de incêndio. Medidas de proteção contra incêndio. Sistemas hidráulicos de combate a incêndio. 10/05/2017 3 Introdução - IPCI Fogo é um processo químico de transformação. Pode ainda ser definido como o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de materiais diversos. Conceito de fogo 10/05/2017 4 Introdução - IPCI Combustível Comburente (oxigênio) Calor Elementos que compõem o fogo: triângulo de fogo OXIGÊNIO Cuidados com triângulos de fogos no google !! 10/05/2017 5 Introdução - IPCI Reação em cadeia: o fenômeno químico da combustão é uma reação que se processa em cadeia. Após a partida inicial é mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação. Elementos que compõem o fogo: tetraedro de fogo 10/05/2017 6 Introdução - IPCI Combustível: Elemento que reage com o oxigênio, produzindo a combustão e que serve de campo de propagação do fogo. Podem ser sólidos, líquidos e gasosos. Elementos que compõem o fogo Combustíveis Sólidos: Madeira, papel, tecido, algodão, etc. 10/05/2017 7 Introdução - IPCI Combustível: Líquidos Voláteis: são os que desprendem gases inflamáveis à temperatura ambiente. Ex.:álcool, éter, benzina, etc. Líquidos Não Voláteis: são os que desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores do que a do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc Elementos que compõem o fogo 10/05/2017 8 Introdução - IPCI Combustível: Gasosos: Butano, propano, etano, etc. Elementos que compõem o fogo 10/05/2017 9 Introdução - IPCI Calor: Elemento que dá início ao incêndio e que incentiva a sua propagação; Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super aquecimento em máquinas e aparelhos energizados. O método de extinção mais utilizado consiste no controle da reação de combustão ou resfriamento do material incendiado, sendo a água o agente extintor mais utilizado. Elementos que compõem o fogo 10/05/2017 10 Introdução - IPCI Ocorre na reação química da combustão (exotérmica) e acaba por retro-alimentar o processo. (1°) Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. (2°) Esse calor provocará o desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis. (3°) Desenvolvendo uma transformação em cadeia ou reação em cadeia. Reação em cadeia (1) (2) (3) 10/05/2017 11 Lei Complementar 420/1998 – Código de proteção contra incêndios PMPA. NBR 13.434/2004 – Símbolos de sinalização de segurança contra incêndio e pânico. NBR 9077/2001 – Saídas de emergência em edifícios. NBR 13.714/2000 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. NBR 14.100/1998 – Símbolos de proteção contra incêndio – Gráficos para projeto. NBR 10897/2014 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático. Decreto 51.803/2014 (Lei Kiss) Segurança, prevenção e proteção contra incêndios no RS. Legislação: Normas e Decretos IPCI Para a definição do sistema devem ser considerados principalmente as seguinte normas e decretos: 10/05/2017 12 Propagação do fogo O fogo pode se propagar: Pelo contato da chama em outros combustíveis; Através do deslocamento de partículas incandescentes; Pela ação do calor. O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se propaga por três processos de transmissão: 10/05/2017 13 Transmissão do calor É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula ou de corpo a corpo, sem intervalos entre corpos. Condução 10/05/2017 14 Transmissão do calor É quando o calor se transmite através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo. Convecção 10/05/2017 15 É quando o calor se transmite por ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer meio material. Ondas de calor atingem os objetos, aquecendo-os, o calor do Sol é um caso típico de calor radiante Irradiação Sol Transmissão do calor 10/05/2017 16 Condução, Convecção e Irradiação Transmissão do calor 10/05/2017 17 Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura. Classes de incêndios A - MADEIRA, PAPEL E ALGODÃO B - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS C - EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS D - OUTRAS CLASSES NÃO COMUNS (metais pirofóricos) 10/05/2017 18 Caracteriza-se por fogo em materiais sólidos; Queimam em superfície e profundidade; Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas. Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método de resfriamento, e as vezes por abafamento através de jato pulverizado. Classes de incêndios Classe A 10/05/2017 19 Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis; Queimam em superfície; Após a queima, não deixam resíduos; Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento. Classes de incêndios Classe B 10/05/2017 20 Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente equipamentos elétricos); A extinção só pode ser realizada com agente extintor não- condutor de eletricidade, nunca com extintores de água ou espuma; O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois assim ele se tornará um incêndio de classe A ou B. Classes de incêndios Classe C 10/05/2017 21 Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio, etc.). São difíceis de serem apagados; Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento; Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção do fogo. Classes de incêndios Classe D *Pirofórico: Que se inflama espontaneamente. 10/05/2017 22 Partindo do princípio de que, para haver fogo, são necessários o combustível, o comburente e o calor, formando o triângulo do fogo ou tetraedro do fogo, quando já se admite a ocorrência de uma reação em cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta retirar um desses elementos. Com a retirada de um dos elementos do fogo, temos os seguintes métodos de extinção: Extinção por retirada do material; Por abafamento; Por resfriamento; Extinção química. Métodos de extinção do fogo 10/05/2017 23 Esse método consiste em duas técnicas: Retirada do material que está queimando; Retirada do material que está próximo ao fogo. Extinção por retirada do material (Isolamento) Métodos de extinção do fogo OXIGÊNIO 10/05/2017 24 Este método consiste na diminuição ou impedimento do contato de oxigênio com o combustível. Extinção por retirada do comburente (Abafamento) Métodos de extinção do fogo OXIGÊNIO 10/05/2017 25 Este método consiste na diminuição da temperatura e eliminação do calor, até que o combustível não gere mais gases ou vapores e se apague. Extinção por retirada do calor (Resfriamento) Métodos de extinção do fogo OXIGÊNIO 10/05/2017 26 Ocorrequando interrompemos a reação em cadeia. Este método consiste no seguinte: O combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não–inflamável. Extinção química Métodos de extinção do fogo 10/05/2017 27 Métodos de extinção do fogo 10/05/2017 28 Os principais agentes extintores são: Água Espuma aquosa ou mecânica Gases inertes Pós químicos secos. Agentes extintores 10/05/2017 29 Substância mais usada como agente extintor de incêndios por várias razões: É a mais difundida na natureza e, portanto, a mais disponível, abundante e barata; É a mais efetiva no combate ao fogo, por que tem grande poder de absorção de calor; É o agente extintor seguro, não tóxico, não corrosivo e estável. Atua por resfriamento e/ou abafamento, conforme seu estado físico (líquido ou gasoso): Agentes extintores Água Jato compacto, que age por resfriamento Jato neblina, que age por resfriamento e abafamento. Vapor que age unicamente por abafamento. Líquido Gasoso 10/05/2017 30 É composta por bolhas de gás, normalmente o ar, formada a partir de uma solução aquosa de um agente concentrado líquido especial formador de espuma (extrato). É produzido com a agitação de uma mistura de água com o extrato em determinadas proporções com a aspiração simultânea de ar atmosférico. Como a espuma é mais leve, flutua sobre o líquido combustível, extinguindo o fogo por abafamento ou resfriamento. A espuma aquosa é usada na extinção do fogo em líquidos derramados ou armazenados em tanques combustíveis. Agentes extintores Espuma aquosa ou mecânica 10/05/2017 31 Os gases mais usados até recentemente eram os halogenados, como o trifluorbromometano (1301) e o difluorclorobromometano (1211). Causavam danos à camada de ozônio => foram proibidos e substituídos a partir da década de 1990 por outros gases como o FM-200, os da série FE (Fé-13, Fé-24, FE-36 e FE-227), Inergen e outros. Os gases inertes mais usados nas composições são o dióxido de carbono, nitrogênio, argônio e outros. Desses, o mais usado, barato e um dos mais efetivos é o próprio dióxido de carbono, anidrido carbônico ou gás carbônico (CO2). Agentes extintores Gases inertes 10/05/2017 32 O dióxido de carbono extingue o fogo por abafamento, com a diluição da concentração de oxigênio (oxirredução) no ar, reduzindo a geração de calor capaz de manter a combustão, até a extinção completa do fogo. São usados no combate a incêndios em equipamentos energizados eletricamente, arquivos, bibliotecas, cozinhas e em quase todos materiais combustíveis. Agentes extintores Gases inertes 10/05/2017 33 Tem como bases químicas principais o bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio, cloreto de potássio, bicarbonato de potássio-uréia e monofostato de amônia, misturados com aditivos que dão estabilidade ao pó frente á umidade, à aglutinação, etc. A extinção do fogo se dá por abafamento, resfriamento e, principalmente, pelo rompimento da cadeia de reação química. Esta ultima é a forma de maior ação porque provoca a transformação das moléculas de hidrocarbonatos (radicais livres) em hidroxilas inertes, exatamente na zona das chamas. O efeito do abafamento resulta secundário pela baixa relação entre massa de pó químico seco e as moléculas de CO2 resultantes, bem como é ainda menor efeito do resfriamento desse baixo percentual de CO2 devido ao seu calor latente de vaporização. Agentes extintores Pó químico seco 10/05/2017 34 Classificação de A (Residencial) ate a J (Depósitos) Classificação das edificações Em função da ocupação LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 35 Classificação das edificações Em função das características construtivas ocupação LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 36 Os riscos de incêndio são função da ocupação da área a ser protegida. A classificação de ocupação varia de 1 até 12, sendo 1 a ocupação de menor grau de risco e 12 a de maior grau de risco. Classificação de riscos de incêndio Classificação do risco LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 37 Uma edificação deve ser projetada e construída de tal forma que atenda às condições mínimas de segurança contra o fogo considerando a preservação, segundo a ordem de prioridade abaixo: Da vida humana: a garantia de segurança à vida das pessoas que se encontram no interior da edificação, quando da ocorrência de um incêndio para que possam sair com segurança; Do Patrimônio: através de proteção do conteúdo e da estrutura, evitando a propagação e conflagração do incêndio envolvendo toda a edificação; Do processo produtivo: este último valendo para as edificações comerciais e industriais, ou a re-ocupação imediata nas demais edificações. Proteção contra incêndio nas edificações 10/05/2017 38 Medidas de proteção contra incêndio Afastamento entre edificações; Compartimentação horizontal; Compartimentação vertical. Isolamento de riscos LC 420/1998 PMPA Saídas de emergência; Saídas alternativas; Iluminação de emergência. Meios de fugas 10/05/2017 39 Medidas de proteção contra incêndio Alarme acústico; Sinalização de saídas. Meios de alerta LC 420/1998 PMPA Extintores de incêndio; Instalações sob comando; Instalações automáticas. Meios de combate a incêndios 10/05/2017 40 Exigências de proteção contra incêndio Tipo de ocupação; Área total construída; Área do maior pavimento; Altura. São definidas em função de: LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 41 Exigências de proteção contra incêndio LC 420/1998 PMPA EXT: Extintores de incêndio. SDAL: Saída alternativa. SSD: Sinalização de saídas. IE: Iluminação de emergência. HDR: Instalações hidráulicas sob comando. ALR: Alarme acústico. SPK: Instalação de chuveiros automáticas. SD: Saída ou rota de saída. NE: Escada não enclausurada. EP: Escada enclausurada protegida. PF: Escada enclausurada a prova de fumaça. 10/05/2017 42 Objetivos das IPCI Extinguir o fogo; Evitar a sua propagação; Resfriar os materiais e a estrutura. 10/05/2017 43 Sistema de proteção sob comando Sistemas proteção automáticos por sprinkler Sistema hidráulicos de combate a incêndio São instalações sob comando aquelas em que o afluxo de água, ao ponto de aplicação, faz-se mediante manobra manual de dispositivos adequados. São instalações automáticas aquelas em que o afluxo de água, ao ponto de aplicação, faz-se independentemente de qualquer intervenção, uma vez atingidas certas condições ambientais pré- estabelecidas. 10/05/2017 44 Sistema de proteção sob comando Sistemas de Mangotinhos* (tipo 1): É constituído por tomadas de incêndio nas quais há uma (simples) saída, contendo válvula de abertura rápida, de passagem plena, permanentemente acoplada nela uma mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais acessórios. Sistema Hidrantes (tipo 1 e 2): É constituído por tomadas de incêndio nas quais há uma (simples) ou duas (duplo) saídas de água. São formadas por válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e acessórios. Sistemas proteção automáticos por sprinkler Sistema hidráulicos de combate a incêndio *Utilizados apenas em edificações de risco pequeno 10/05/2017 45 Sistema hidráulicos de combate a incêndio LC 420/1998 PMPA A área total construída for superior a 800 m2 e a área da ocupação de maior risco for superior a 400 m2 ou a ocupação de menor grau de risco,individualmente considerada, enquadrar-se nos parâmetros das Tabelas 5 e 6 (LC 420/1998), ou a altura total da edificação for superior a 12m. Sistema de proteção sob comando é obrigatório quando: A área total construída for superior a 1600 m2 e a área da ocupação de maior risco for superior a 800 m2 ou a ocupação de menor grau de risco, individualmente considerada, enquadrar-se nos parâmetros das Tabelas 5 e 6 (LC 420/1998), ou a altura total da edificação for superior a 20m. Sistema de proteção automático é obrigatório quando: 10/05/2017 46 Reservatório Barrilete de incêndio Registro de gaveta Válvula de retenção Colunas de incêndio Caixa de incêndio Registro de recalque Componentes Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 47 A reserva de água para hidrantes pode ser armazenada em reservatório superior ou inferior. Reservatórios Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Em sistemas de mangotinhos a capacidade do reservatório é 3.000 litros LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 48 A reserva de água para hidrantes ou mangotinhos pode ser comum com o abastecimento geral, desde que a reserva prevista para incêndio seja até duas vezes maior do que o volume de consumo diário de abastecimento e que o reservatório possua dispositivo, com saída lateral, que promova a recirculação da água. Reservatórios Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 49 De ferro fundido, aço galvanizado ou cobre. Dimensionadas de modo a ter 60mm de diâmetro interno como mínimo Tubulações e conexões para hidrantes Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Tubulações e conexões para mangotinhos De ferro fundido, aço galvanizado ou cobre. Dimensionadas de modo a ter 50mm de diâmetro interno como mínimo LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 50 As colunas de incêndio devem ser interligadas e prolongadas até o passeio onde deve ser colocado o registro de recalque, com boca voltada para cima, protegido por caixa de ferro com tampa. Registro de recalque Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos <15 cm Junta de união “Storz” com tampão 10/05/2017 51 As caixas de incêndio devem ser dispostas em cada pavimento, de modo que qualquer foco de incêndio possa ser alcançado por dois jatos simultaneamente, considerando-se um comprimento máximo de 30m de mangueira e um jato mínimo de 10m. Em edificações classificadas como de risco pequeno admite-se que apenas um jato atinja o foco de incêndio. O alcance mínimo dos jatos de água, para os riscos de classe pequena, pode ser reduzido para até 4m. Caixas de incêndio Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 52 Caixas de incêndio tipo 1 Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Sistema tipo 1 – Mangotinho com ponto de tomada de água para mangueira de 40 mm. 10/05/2017 53 Caixas de incêndio tipo 2 Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Sistema tipo 2 – Hidrante duplo com mangueira semi-rígida acoplada. Adaptador “Storz” 10/05/2017 54 Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Detalhes caixas de incêndio 10/05/2017 55 Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Detalhes caixas de incêndio 10/05/2017 56 As tomadas de incêndio devem ter capacidade de vazão livre e pressão determinadas pela classificação do risco: Caixas de incêndio Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos No caso de sistemas de mangotinhos a vazão mínima é igual a 100 litros / min, e a pressão mínima 100 kPa. LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 57 O diâmetro das mangueiras é exigido de acordo com a classificação do risco e conforme o quadro seguinte (hidrantes): Mangueiras Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos No caso de sistemas com mangotinhos, os mangotinhos devem ter uma diâmetro interno de 25mm e comprimento máximo de 20m. LC 420/1998 PMPA 10/05/2017 58 As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares de diâmetro DN65 (2½"). Poderá ser utilizada, para os hidrantes, válvula angular com diâmetro DN40 (1½") para sistemas que utilizem mangueiras de 40 mm, desde que comprovado seu desempenho para esta aplicação. As válvulas para mangotinhos devem ser do tipo abertura rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1"). Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Válvulas de abertura para hidrantes ou mangotinhos 10/05/2017 59 Materiais: bronze, ligas de latão, ligas de alumínio, policarbonato Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto. Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos Esguichos 10/05/2017 60 Detalhes de instalação de hidrantes abastecidos por gravidade em edifício Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos 10/05/2017 61 Detalhes de instalação de hidrantes em edifício, com emprego de bomba de reforço Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos 10/05/2017 62 Detalhes de instalação de hidrantes em edifício, com emprego de bomba de reforço e por gravidade Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos 10/05/2017 63 Detalhes de instalação de hidrantes em edifício, com emprego de bomba pressurizadora - RI Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos 10/05/2017 64 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Reservatório Moto-bomba de incêndio Moto-bomba piloto (pressurização do sistema) Válvula de governo com válvulas de testes e alarme de funcionamento Tubulações e conexões Chuveiros automáticos Registro de recalque no passeio, para uso dos bombeiros Componentes 10/05/2017 65 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Em situação de normalidade o chuveiro automático tem a saída da água impedida por um obturador, que vem a ser um sensor térmico. O obturador é constituído por uma ampola com um líquido que, sob a ação do calor, se expande devido ao seu elevado coeficiente de dilatação, rompendo a ampola e dando início a aspersão de água Aspersores (sprinkler) ou chuveiros automáticos Chuveiros abertos: não possuem elemento termo sensível 10/05/2017 66 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Temperatura máxima no teto e cor do líquido do bulbo: Aspersores (sprinkler) ou chuveiros automáticos 10/05/2017 67 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Sistema de tubo molhado Sistema de tubo seco Sistema de ação prévia Sistema dilúvio Tipos de sistemas 10/05/2017 68 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Sistema de tubo molhado Rede de tubulação fixa, com água sob pressão, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos. O sistema é controlado na entrada, por uma válvula que soa automaticamente um alarme, na abertura de chuveiros atuados por um incêndio. Os chuveiros desempenham o papel simultâneo de detectar e combater o fogo. Nesse sistema a água somente é descarregada pelos chuveiros acionados pelo fogo. Água sob pressão Chuveiros automáticos 10/05/2017 69 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Sistema de tubo seco Rede de tubulação fixa seca, mantida sob pressão (ar comprimido), em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos. Estes, ao serem acionados pelo fogo, liberam o ar, fazendo abrir, automaticamente, uma válvula de tubo seco, instalada na entrada do sistema. Esta válvula permite a entrada de água na tubulação, a qual deve fluir pelos chuveiros acionados.Esse sistema é aplicado em regiões sujeitas a temperaturas de congelamento da água. Ar comprimido Chuveiros automáticos 10/05/2017 70 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Sistema de ação prévia Rede de tubulação seca, contendo ar que pode ser ou não sob pressão, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos. Na mesma área protegida pelo sistema, é instalado um sistema de detecção de calor, de operação mais sensível, ligado a uma válvula instalada na entrada da rede de tubulação. A atuação de quaisquer dos detectores (incêndio), provoca automaticamente a abertura da válvula especial. Esta permite a entrada da água na rede, que é descarregada através dos chuveiros. Ar comprimido Chuveiros automáticos Detector de incêndio 10/05/2017 71 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Sistema dilúvio Rede de tubulação seca, em cujos ramais são instalados chuveiros abertos. Na área protegida pelos chuveiros, é instalado um sistema de detecção de calor, ligado a uma válvula-dilúvio instalada na entrada da tubulação. A atuação de quaisquer dos detectores, motivada por um princípio de incêndio provoca a abertura da válvula-dilúvio. Esta permite a entrada da água na rede, que é descarregada através de todos os chuveiros. Ar Chuveiros abertos Detector de incêndio 10/05/2017 72 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Risco Leve Risco ordinário - Grupo I - Grupo II Risco extra e extraordinário - Grupo I - Grupo II Áreas de armazenamento (NBR 13972: Proteção contra incêndio, por sistema de chuveiros automáticos, para áreas de armazenamento em geral - Procedimento) Ocupações 10/05/2017 73 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Ocupações 10/05/2017 74 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Ocupações 10/05/2017 75 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Ocupações 10/05/2017 76 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos O chuveiro automático deve proporcionar uma área molhada de no máximo 37,2 m2. Este valor depende da ocupação, tipo de teto (material combustível ou não) e do método de dimensionamento do sistema (tabela ou cálculo hidráulico). Os chuveiros automáticos limitam o lançamento de água na área que já atingiu a temperatura estabelecida. A atuação dos mesmos geralmente implica em alguns estragos, ainda que muito menores que os que seriam causados pelo fogo. Chuveiros automáticos 10/05/2017 77 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Disposição de colunas, ramais e sub-ramais Sistema de alimentação central 10/05/2017 78 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Disposição de colunas, ramais e sub-ramais Sistema de alimentação lateral central 10/05/2017 79 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Disposição de colunas, ramais e sub-ramais Sistema de alimentação central pela extremidade 10/05/2017 80 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Disposição de colunas, ramais e sub-ramais Sistema de alimentação lateral pela extremidade 10/05/2017 81 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Áreas máximas de proteção 10/05/2017 82 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Áreas de cobertura por chuveiro automático (As) As = S x L 10/05/2017 83 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Outras exigências a serem verificadas O espaçamento dos chuveiros automáticos não pode exceder a maior área de cobertura permitida por chuveiro. Devem ser verificadas as distâncias máximas entre chuveiros automáticos. Devem ser verificadas as distâncias mínimas a paredes e teto. 10/05/2017 84 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Na concepção de redes de chuveiros automáticos é preciso levar em consideração o tipo de ocupação que define a classe de risco do local a ser protegido, pois o número de chuveiros automáticos será tanto maior quanto maior o risco e as características de combustibilidade dos materiais ou produtos a proteger. O método de dimensionamento por tabela pode ser aplicado em novas instalações com área máxima até 465 m2, ou em reforma de prédios onde foi aplicado previamente este método. Esse método não pode ser aplicado em ocupações de risco extra ou extraordinários nem áreas de armazenamento, onde deve ser aplicado o cálculo hidráulico. Método de cálculo por TABELA 10/05/2017 85 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Redes de chuveiros automáticos 10/05/2017 86 Sistemas de proteção automáticos por chuveiros automáticos Redes de chuveiros automáticos 10/05/2017 87 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) A classificação das edificações e áreas de risco de incêndio depende das seguintes variáveis: - ocupação/uso - área construída - altura - carga de incêndio - capacidade de lotação As medidas de segurança a serem instaladas deverão observar ao disposto nas tabelas dos Anexos A (Classificação) e B (Exigências) deste Decreto. Classificação e exigências 10/05/2017 88 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Carga de Incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos num ambiente, pavimento ou edificação, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos; Controle e Extração de Fumaça: É o sistema usado para confinar a fumaça e os gases quentes sob determinadas condições nas partes superiores dos ambientes por meio de barreiras, como vigas, painéis ou cortinas e forçar a sua circulação por caminhos predeterminados como dutos para o lado exterior da edificação por aberturas de extração específicas. 10/05/2017 89 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Parte da tabela do anexo A 10/05/2017 90 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Parte da tabela do anexo A (a partir da classe L todas classes que não existem na LC- 420) 10/05/2017 91 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Classificação enquanto a altura e carga de incêndio 10/05/2017 92 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Classificação enquanto a carga de incêndio 10/05/2017 93 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Classificação enquanto a carga de incêndio 10/05/2017 94 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Os valores da carga de incêndio específica para as edificações destinadas a depósitos, explosivos e ocupações especiais podem ser determinados pela seguinte expressão: Estimativa da carga de incêndio específica qfi :valor da carga de incêndio específica (MJ/m 2 de área de piso); Mi : massa total de cada componente (i) do material combustível (Kg); Hi : potencial calorífico específico de cada componente do material combustível (MJ/Kg); Af : área do piso do compartimento (m 2). 10/05/2017 95 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Exigências para as edificações 10/05/2017 96 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Exigências para as edificações 10/05/2017 97 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Exigências para as edificações 10/05/2017 98 Decreto 51.803 (lei “Kiss”) Exigências para as edificações 10/05/2017 99 Normas Dimensionamento Todos os dados e exigências das normas para o dimensionamento veremos na parte prática na sequencia 10/05/2017 100 Final do capítulo 4, vamos para a IPES !! Disciplina Instalações Hidrossanitárias – IPH 209 Prof. Juan Martín Bravo
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