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3 - atualidades do mercado financeiro

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ATUALIDADES DO MERCADO 
FINACEIRO
Didatismo e Conhecimento 1
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Uma das engrenagens mais importantes, se não a mais impor-
tante, para que o mundo seja do jeito que é, é o dinheiro. Ele com-
pra carros, casas, roupas, título e, segundo alguns, só não compra a 
felicidade. Sendo o dinheiro carregado com toda essa importância, 
cada país, cada estado e cidade, se organiza de forma a ter seu pró-
prio modo de ganhar dinheiro. Essa organização, aliás, é formada 
de um jeito em que a maior quantidade possível de dinheiro pos-
sa ser adquirida. Há a muito tempo que o mundo funciona dessa 
forma. Por isso todos os países já conhecem muitos caminhos e 
atalhos para que sua organização seja elaborada para seu benefício.
Essa tal organização que busca o maior número possível de 
riquezas é definido por uma série de importantes órgãos do estado. 
No Brasil, esse órgão formador da estratégia econômicas do país, 
é chamado de Sistema Financeiro Nacional. Tem, basicamente, a 
função de controlar todas as instituições que são ligadas às ativida-
des econômicas dentro do país. Mas esse sistema tem ainda muitas 
outras funções. Tem também muitos componentes que o formam. 
Existem grupos, dentro do grupo do Sistema Financeiro Nacional. 
O mais importante dentro desse sistema é o Conselho Monetário 
Nacional. Esse conselho é essencial por tomar as decisões mais 
importantes, para a que o país funcione de forma sadia. O Conse-
lho Monetário Nacional tem dentro de si muitos integrantes que 
são importante, cada um na sua função. No entanto, o mais impor-
tante desses membros é o Banco Central do Brasil.
O Banco Central do Brasil é o responsável pela produção de 
papel-moeda e de moeda metálica, dinheiro que circula no país. Ele 
exerce, junto ao Conselho Monetário Nacional, um trabalho de fisca-
lização nas instituições financeiras do país. Além disso, tem diversas 
utilidades, como realizar operações bancárias, como empréstimos, 
cobrança de créditos e outros, de outras instituições financeiras. O 
Banco central é considerado o banco mais importante do Brasil, aci-
ma de todos os outros, uma espécie de “Banco dos Bancos”. 
O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma forma de várias 
entidades se organizarem, de modo a manter a máquina do gover-
no funcionando. Sua utilidade é o acompanhamento e também a 
coordenação de todas as atividades financeiras que acontecem no 
Brasil. Esse acompanhamento acontece na forma de fiscalização. 
Já a coordenação está na parte em que funcionários do Banco Cen-
tral agem, segundo suas responsabilidades, no cenário financeiro.
Esse sistema já sofreu várias mudanças ao longo dos anos. 
O próprio Banco Central era uma outra entidade como nome di-
ferente: Superintendência da Moeda e do Crédito era o nome do 
órgão antes. A mudança ocorreu por meio da lei nº 4.595/64, no 
art.8º. A moeda nacional, que também já mudou várias vezes ao 
longo da história brasileira e leva o nome de “Real” foi uma das 
grandes mudanças. A modificação de uma moeda nacional é, em 
qualquer circunstancias, algo que causa muitas mudanças, mas no 
caso da mudança para a atual moeda (real), essa transformação foi 
grandiosa. Numa época em que a inflação era um grande terror 
para economia brasileira, essa mudança, chamada de plano real, 
conseguiu frear a inflação e normalizar os preços do comércio in-
terno. Isso, seguido de uma valorização da moeda nacional, resul-
tou numa recuperação rápida da economia brasileira. 
Quem pega no dinheiro todos os dias, paga as suas contas, 
recebe seu salário, nem pensa no grande sistema que há por trás 
dessas operações. Na verdade, os salários são do valor que são, 
para que a atual quantidade de dinheiro circule no país, para que 
a economia brasileira seja como é, o Sistema Financeiro Nacional 
toma decisões todos os dias, que são refletidas na nossa realidade. 
Sistema Financeiro Nacional
Definição
O Sistema Financeiro Nacional pode ser definido como o 
conjunto de instituições e órgãos que regulamentam, fiscalizam e 
executam as operações relativas à circulção da moeda e do crédito.
Origens e Aspectos Históricos
Em 1920, foi criada a Inspetoria Geral de Bancos, que tinha 
como objetivo exercer a fiscalização sobre as intituições financei-
ras. Não se tratava, portanto, de um órgão destinado à normatiza-
ção e ao controle amplo do mercado financeiro.
Apenas com a criação da Superintendência da Moeda e do 
Crédito – SUMOC, em 1945, passou a existir um controle mone-
tário mais amplo.
Em 1952, foi fundado o atual Banco Nacional de Desenvolvi-
mento Econômico e Social – BNDES.
Em 1964, ocorreu a “Reforma Bancária”, por intermédio da 
Lei nº 4.595, que dispôs sobre:
- a criação do Conselho Monetário Nacional;
- a transformação da SUMOC no Banco Central da República 
do Brasil, que, posteriormente, passou a ser denominado Banco 
Central do Brasil;
- a composição original do Sistema Financeiro Nacional: Con-
selho Monetário Nacional, Banco Central da República do Brasil 
(atual Banco Central do Brasil – BACEN), Banco do Brasil S.A., 
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (atual Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES) e de-
mais instituições financeiras públicas e privadas;
Entre 1964 e 1965, foi criado o Sistema Financeiro da Habi-
litação – SFH, tendo como principal operador o Banco Nacional 
da Habitação – BNH. As principais fontes de recursos so SFH são 
o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e o Sistema 
Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE. Em 1986, o BNH 
foi extinto, e suas atribuições foram transferidas para a Caixa Eco-
nômica Federal.
A Lei do Mercado de Capitais, nº 4.728/65, estabeleceu nor-
mas relativas ao mercado de investimentos.
Em 1976, pela Lei nº 6.385, foi criada a Comissão de Valores 
Mobiliários, que também integra o Sistema Financeiro Nacional.
Em 1986, foi encerrada a conta movimento do Banco do Bra-
sil perante o Banco Central, dando-se início ao processo de trans-
ferência de todas as atribuições de autoridade monetária responsá-
vel pela emissão de moeda ao BACEN.
Em 1988, foi autorizada a constituição dos “Bancos Múlti-
plos”, permitindo-se que uma mesma pessoa jurídica opere com 
mais de uma das seguintes carteiras: comercial; de investimento; 
de desenvolvimento; de crédito imobiliário; e de crédito, financia-
mento e investimento. Posteriormente, pela Resolução nº 2.099/94, 
foi autorizada a operação, por essas instituições, com a carteira de 
arrendamento mercantil.
Em 1995, foi instituído o Programa de Estímulo à Reestru-
turação do Sistema Financeiro Nacional – PROER, tendo como 
principais objetivos assegurar a liquidez e solvência do Sistema 
Financeiro Nacional e resguardar os interesses de depositantes e 
investidores.
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é dividido em dois Subsiste-
mas:
- Subsistema de Supervisão;
- Subsistema Operativo.
Didatismo e Conhecimento 2
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
Subsistema de Supervisão
Função do Subsistema de Supervisão- O Subsistema de Su-
pervisão tem como função editar normas que definam os parâme-
tros para transferência de recursos dos poupadores aos tomadores 
e controlar o funcionamento das instituições e entidades que efe-
tuem atividades de intermediação financeira.
Composição do Subsistema de Supervisão- O Subsistema 
de Supervisão tem a seguinte composição:
- Conselho Monetário Nacional;
- Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional;
- Banco Central do Brasil S.A.;
- Comissão de Valores Mobiliários;
- Conselho Nacional de Seguros Privados;
- Superintendência de Seguros Privados;
- IRB – Brasil Resseguros;
- Conselho de Gestão da Previdência Complementar;
- Secretaria de Previdência Complementar.
Subsistema Operativo
Função do Subsistema Operativo- O Subsistema Operativo 
tem como função operacionalizar a transferência de recursos do 
poupador para o tomador, de acordo com as regras estabelecidas 
pelas entidadesintegrantes do Subsistema de Supervisão.
Composição do Subsistema Operativo- O Subsistema Ope-
rativo tem a seguinte composição:
- Instituições Financeiras Bancárias ou Monetárias;
- Instituições Financeiras Não Bancárias ou Não Monetárias;
- Instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e Emprés-
timo;
- Agentes Especiais;
- Instituições do Sistema de Distriuição de Títulos e Valores 
Mobiliários;
- Instituições do Sistema de Liquidação e Custódia de Títulos 
e Valores Mobiliários;
- Instituições Administradoras de Recursos de Terceiros;
- Entidades Prestadoras de Serviços Financeiros Regulamen-
tados;
- Instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados e de 
Previdência Complementar;
- Instituições Prestadoras de Serviços Financeiros Não Regu-
lamentados.
Instituições Financeiras
Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da le-
gislação em vigor, as pessoas jurídicas, públicas ou privadas, que 
tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermedia-
ção ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, 
em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de pro-
priedade de terceiro. Equiparam-se às instituições financeiras as 
pessoas físicas que exerçam qualquer dessas atividades, de forma 
permanente ou eventual.
As instituições financeiras somente podem funcionar no Bra-
sil mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil ou, 
quando estrangeiras, por intermédio de decreto do presidente da 
República.
É ilegal o desempenho de atividades de coleta, intermediação 
ou aplicação de recursos sem prévia autorização.
Instituições Financeiras Bancárias
São as instituições financeiras autorizadas a captar recursos 
junto ao público sob a forma de depósitos à vista, podendo, por 
isso, criar moeda escritural:
- Bancos Comerciais;
- Caixas Econômicas;
- Cooperativas de Crédito;
- Bancos Cooperativos;
- Bancos Múltiplos com Carteira Comercial.
Instituições Financeiras Não Bancárias
Instituições financeiras não bancárias ou não monetárias são 
aquelas que não autorizadas a captar recursos sob a forma de de-
pósitos à vista:
- Bancos de Investimento;
- Bancos Estaduais de Desenvolvimento;
- Sociedades de Arrendamento Mercantil;
- Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento;
- Companhias Hipotecárias;
- Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial.
Instituições do SBPE
Instituições do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo 
são aquelas autorizadas a captar recursos sob a forma de depósitos 
em caderneta de poupança, cujos recursos são destinados princi-
palmente ao financiamento habitacional:
- Sociedades de Crédito Imoboliário;
- Associoações de Poupança e Empréstimo;
- Caixas Econômicas (Estaduais);
- Bancos Múltiplos com Carteira de Crédito Imobiliário;
- Sociedade de Crédito Imobiliário;
- Associação de Poupança e Empréstimo.
Agentes Especiais
São instituições que executam funções atípicas, diferenciadas 
da espécie a que pertencem:
- Banco do Brasil S.A.;
- Caixa Econômica Federal;
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
- Banco do Nordeste do Brasil S.A.;
- Banco da Amazônia S.A.
Instituições do Sistema de Distribuição
Instituições do Sistema de Distribuição de Títulos a Valores 
Mobiliários são as que prestam serviços a poupadores e tomado-
res, mediante compra e venda como intermediários, de títulos e 
valores mobiliários e câmbio:
- Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários;
- Sociedades Corretoras de Câmbio;
- Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários;
- Corretores de Mercadorias e Corretores de Mercadorias 
Agrícolas;
- Operadores Especiais de Mercadorias Agrícolas e Corretores 
de Algodão;
- Agentes Autônomos de Investimentos.
Didatismo e Conhecimento 3
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
Instituições do Sistema de Liquidação e Custódia
Instituições do Sistema de Liquidação e Custódia de Títulos e Valores Mobiliários são aquelas que prestam serviços aos intermediários 
financeiros, criando condições propícias de mercado para a emissão e circulação de títulos e valores mobiliários, sem, entretanto, efetuar 
operações de compra e venda:
- Bolsas de Valores;
- Entidades de Mercado de Balcão Organizado;
- Sociedades de Compensação e Liquidação de Operações;
- Bolsas de Mercadorias e Futuros;
- Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC;
- Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos.
Instituições Administradoras de Recursos de Terceiros
São instituições que proporcionam a reunião de diversos poupadores que tenham objetos comuns quanto à aplicação de seus recursos:
1- Fundos Mútuos de Investimento Regulamentados pelo BACEN:
a) Fundo de Investimento Financeiro;
b) Fundo de Investimento Financeiro – Dívida Estadual e/ou Municipal;
c) Fundo de Aplicação em Quotas de Fundos de Invesmento Financeiro;
d) Fundo de Renda Fixa – Capital Estrangeiro;
e) Fundo de Investimento no Exterior;
f) Fundo de Investimento Extramercado.
2- Fundos Mútuos de Investimentos Regulados pela CVM:
a) Fundos Mútuos de Investimento em Ações;
b) Fundos Mútuos de Investimento em Ações – Carteira Livre;
c) Fundo de Investimento em Quotas de Fundos Mútuos de Investimentos em Ações;
d) Fundos Setoriais de Investimentos em Ações;
e) Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes;
f) Fundo de Investimento Cultural a Artístico;
g) Fundo de Privatização – Capital Estrangeiro;
h) Fundo de Conversão – Capital Estrangeiro;
i) Fundo de Conversão – Capital Estrangeiro (Áreas Incentivadas).
3- Fundos Mútuos de Investimentos Regulamentados pelo BACEN em Conjunto com a CVM:
a) Fundos de Investimento – Capital Estrangeiro;
b) Fundos Mútuos de Investimento em Ações do Setor de Mineração;
c) Fundos Mútuos de Ações Incentivadas;
d) Fundos de Investimento Imobiliário;
e) Fundos Mútuos de Privatização – Dívida Securitizada.
4- Fundos Mútuos de Investimento Regulamentados pelo BACEN, CVM e SUSEP:
a) Fundo de Aposentadoria Programada Individual – FAPI.
5- Outras:
a) Clubes de Investimento;
b) Carteira de Títulos e Valores Mobiliários;
c) Sociedade de Investimento – Capital Estrangeiro;
d) Administrador de Consórcio.
Entidades Prestadoras de Serviços Financeiros Regulamentados
São entidades juridicamente definidas como não pertencentes à categoria de instituição financeira, mas que prestam serviço financeiro 
regulamentado:
- Agências de Fomento ou de Desenvolvimento.
Didatismo e Conhecimento 4
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
Instituições do Sistema Nacional de Seguros Privados e Previdência Complementar
São instituições mantenedoras de seguros de coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos, garantias, co-seguro, resse-
guro, retrocessão de seguros, planos de benefícios complementares ou assemelhados aos da Previdência Social:
- Sociedades Seguradoras;
- Sociedades de Capitalização;
- Entidades Abertas de Previdência Privada com Fins Lucrativos;
- Entidades Abertas de Previdência Privada sem Fins Lucrativos;
- Entidades Fechadas de Previdência Privada;
- Sociedades Administradoras de Planos de Seguro-Saúde;
- Corretoras de Seguros.
Detentoras de volume significativo de poupança, as Entidades Fechadas de Previdência Privada são supervisionadas pela Secretaria de 
Previdência Complementar. As Entidades Abertas de Previdência Privada, pela SUSEP.
Instituições prestadoras de Serviços Financeiros Não Regulamentados
Não são instituições financeiras, apesar de desenvolverem atividades tipicamente financeiras:
- Sociedades Administradoras de Cartões de Crédito;
- Sociedades de Fomento Mercantil.
Segundo o Banco Central do Brasil, o Sistema Financeiro Nacional é estruturado da seguinte forma:
Órgãos Normativos Entidades Supervisoras Operadores
Conselho Monetário Nacional - 
CNM
Banco Central do Brasil – BACEN
Instituições Financeiras Captadoras 
de Depósitos à Vista
Demais Instituições
Financeiras
Outros Intermediários Financeiros 
e Administrativos de Recursos de 
Terceiros
Comissão de Valores Mobiliários 
- CVM
Bolsas de Mercadorias e Futuros
Bolsasde Valores
Conselho Nacional de Seguros 
Privados - CNSP
Superintendência de Seguros 
Privados – SUSEP e IRB – Brasil 
Resseguros
Sociedades Seguradoras
Sociedades de Capitalização
Entidades Abertas de Previdência 
Complementar
Coselho de Gestão da Previdência 
Complementar - CGPC
Secretaria De Previdência 
Complementar - SPC
Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar (fundos de pensão)
Didatismo e Conhecimento 5
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
O quadro apresentado em seguida demonstra a estrutura do Sistema Financeiro Nacional de forma mais detalhada.
Órgãos de Regulação e Fiscalização
Instituições 
Financeiras 
Captadoras de 
Depósitos à Vista
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
BACEN
Supervisão e 
Controle
MCN Conselho 
Monatário 
Nacional
BACEN
Banco Central do 
Brasil
Bancos Comerciais BACEN
Caixas Econômicas BACEN
Cooperativas de Crédito BACEN
Bancos Cooperativos BACEN
Demais Instituições 
Financeiras
Bancos Múltiplos sem Carteira Comercial BACEN
Bancos de Investimento BACEN e CVM
Bancos de Desenvolvimento BACEN
Sociedades de Crédito, Financiamento e 
Investimento BACEN
CNSP Conselho 
Nacional de 
Seguros Privados
CGPC Conselho 
de Gestão da 
Previdência 
Complementar
CVM
Comissão de Valores 
Mobiliários
SUSEP 
Supertintendência de 
Seguros Privados e
IRB – Brasil 
Resseguros
SPC
Secretaria de 
Previdência Social
Sociedades de Crédito Imobiliário BACEN
Companhias Hipotecárias BACEN
Associações de Poupança e Empréstimo BACEN
Outros 
Intermediários 
ou Auxiliares 
Financeiros
Bolsas de Mercadorias e de Futuros BACEN e CVM
Bolsas de Valores CVM
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores 
mobiliários
BACEN e 
CVM
Sociedades Distribuidoras de Títulos e 
Valores Mobiliários
BACEN e 
CVM
Sociedades de Arrendamento Mercantil BACEN
Sociedades Corretoras de Câmbio BACEN
Agentes Autônomos de Investimento BACEN e CVM
Entidades Ligadas 
aos Sistemas de 
Previdência e Seguros
Entidades Fechadas de Previdência Privada SPC
Entidades Abertas de Previdência Privada SUSEP
Sociedades Seguradoras SUPEP
Sociedade de Capitalização SUSEP
Sociedades Administradoras de Seguro-
Saúde SUSEP
Entidades 
Administradoras de 
Recursos de Terceiros
Fundos Mútuos BACEN e CVM
Clubes de Investimento CVM
Carteiras de Investimento Estrangeiros BACEN e CVM
Administradores de Consórcio BACEN
Sistema de 
Liquidação e 
Custódia
Sistema Especial de Liquidação e de 
Custódia - SELIC BACEN
Central de Custódia e de Liquidação 
Financeira de Títulos - CETIP BACEN
Caixa de Liquidação e Custódia CVM
Didatismo e Conhecimento 6
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
As classificações apresentadas em seguida foram organizadas 
de acordo com a estrutura do Sistema Financeiro Nacional prevista 
pelo Banco Central do Brasil.
Autoridades do Sistema Financeiro Nacional
As autoridades do Sistema Financeiro Nacional podem ser:
- Autoridades Monetárias;
- Autoridades de Apoio.
As Autoridades Monetárias são responsáveis pela normatiza-
ção e execução das operações de emissão de moeda:
- Conselho Monetário Nacional – CMN;
- Banco Central do Brasil – BACEN.
As Autoridades de Apoio ou são instituições que, além de 
atuar como instituições financeiras normais, auxiliam as autorida-
des monetárias na execução da política monetária, como é o caso 
do Banco do Brasil, ou são instituições com poderes de normatiza-
ção limitado a um setor específico, como é o caso da Comissão de 
Valores Mobiliários.
As principais Autoridades de Apoio do Sistema Financeiro 
Nacional são:
- Comissão de Valores Mobiliários;
- Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social;
- Caixa Econômica Federal;
- Banco do Brasil S.A..
Entidades e Órgãos Normativos e Supervisores do SFN
De acordo com o Banco Central do Brasil, as entidades e ór-
gãos normativos e supervisores do Sistema Financeiro Nacional 
são os seguintes:
- Conselho Monetário Nacional – CMN;
- Banco Central do Brasil – BACEN;
- Comissão de Valores Mobiliários – CVM;
- Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP;
- Superintendência de Seguros Privados – SUSEP;
- IRB – Brasil Resseguros;
- Conselho de Gestão de Previdência Complementar – CGPC;
- Secretaria de Previdência Complementar – SPC.
Conselho Monetário Nacional
O art. 2º da Lei nº 4.595/64 extinguiu o Conselho da Superin-
tendência da Moeda e do Crédito e criou o Conselho Monetário 
Nacional, com a finalidade de formular a política da moeda e do 
crédito, objetivando o progresso econômico e social do País.
Recebem o nome de RESOLUÇÕES as deliberações do 
CMN, cabendo ao BACEN a sua divulgação.
O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo do Siste-
ma Financeiro Nacional, com funções deliberativas, cujas normas 
são de observância obrigatória por todas as instituições do sistema 
financeiro.
Objetivos do CMN- A política do Conselho Monetário Na-
cional tem como objetivo:
- adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais neces-
sidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;
- regular o valor interno da moeda, por meio da prevenção 
e correção dos surtos inflacionários ou deflacionários de origem 
interna ou externa, das depressões econômicas e de outros dese-
quilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;
- regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço 
de pagamentos do País, tendo em vista a melhor utilização dos 
recursos em moeda estrangeira;
- orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, 
quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas dife-
rentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento 
harmônico da economia nacional;
- propiciar o aperfeiçoamento das instituições financeiras e 
dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sis-
tema de pagamentos e de mobilização de recursos;
- zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
- coordenar as políticas monetária e creditícia, orçamentária, 
fiscal e da dívida pública, interna e externa.
Funções do CMN- Entre outras, são funções privativas do 
Conselho Monetário Nacional:
- autorizar a emissão de papel-moeda;
- aprovar os orçamentos monetários, que são preparados pela 
Banco Central e por meio dos quais são estimadas as necessidades 
globais de moeda e crédito;
- fixar diretrizes e normas da política cambial e, inclusive, 
compra e venda de ouro e quaisquer operações em moeda estran-
geira;
- disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as ope-
rações creditícias em todas as suas formas;
- estabelecer normas relativas à fiscalização, constituição e 
funcionamento das instituições financeiras;
- estabelecer normas sobre a política de taxas de juros, des-
contos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de ope-
rações e serviços bancários;
- disciplinar as operações de câmbio;
- deliberar sobre a estrutura técnica e administrativa do Banco 
Central;
- determinar as características gerais das cédulas e das moe-
das;
- determinar a percentagem máxima dos recursos que as ins-
tituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou 
grupo de empresas;
- estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, 
imobilizações ou outras relações patrimoniais, a serem observadas 
pelas instituições financeiras;
- delimitar o capital mínimo das instituições financeiras;
- expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
observadas pelas instituições financeiras;
- determinar recolhimento de até 100% dos depósitos à vista 
e de até 60% do total dos demais depósitos e/ou títulos contábeis 
das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras 
ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida 
Pública Federal, seja por meio de recolhimento em espécie, em 
ambos os casos entregues ao Banco Central;
- determinar os encaixes obrigatórios;
- regulamentar as operações de redesconto e de empréstimo, 
efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas ou priva-
das de natureza bancária;
- aprovar o regimento interno e as contas do BancoCentral 
do Brasil, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da 
União;
- aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as 
mesmas vedações ou restrições equivalentes, que vigores, nas pra-
ças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados 
ou que nelas desejam estabelecer-se;
Didatismo e Conhecimento 7
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
- fixar a orientação geral a ser observada pela CVM no exercí-
cio de suas atribuições;
- regular a utilização do crédito no mercado de valores mo-
biliários;
- definir a política a ser observada na organização do mercado 
de valores mobiliários;
- definir as atividades da CVM que devam ser exercidas de 
forma coordenada com o Banco Central do Brasil;
- definir tipos de instituições financeiras que poderão exercer 
atividades no mercado de valores mobiliários, bem como as espé-
cies de operações que poderão realizar e de serviços que poderão 
prestar nesse mercado;
- fixar as diretrizes para a aplicação das reservas técnicas das 
sociedades seguradoras, entidades abertas e fechadas de previdên-
cia privada, podendo, no caso das últimas, estabelecer diretrizes 
diferenciadas para uma determinada entidade, ou grupo de entida-
des, levando em conta a existência de condições peculiares relati-
vamente a suas patrocinadoras.
Estrututa do CMN- O Conselho Monetário Nacional tem a 
seguinte composição:
- ministro de Estado da Fazenda, na qualidade de presidente;
- ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;
- presidenre do Banco Central do Brasil.
O CMN delibera mediante resoluções, por maioria dos votos, 
cabendo ao seu presidente a prerrogativa de deliberar, nos casos de 
urgência e relevante interesse, “ad referendum” dos demais mem-
bros, devendo, nesse caso, submeter a decisão ao colegiado, na 
primeira reunião posterior à prática do ato.
Comissão Técnica da Moeda e do Crédito- Junto ao Conse-
lho Monetário Nacional, funciona a Comissão Técnica da Moeda e 
do Crédito, com a função básica de regulamentar algumas matérias 
de competência do Conselho Monetário Nacional, composta pelos 
seguintes membros:
- presidente e quatro diretores do Banco Central do Brasil;
- presidente da Comissão de Valores Mobiliários;
- secretário executivo do Ministério do Planejamento, Orça-
mento e Gestão;
- secretátio do Tesouro Nacional;
- secretário de Política Econômica;
- secretário executivo do Ministério da Fazenda.
Comissões Consultivas do CMN- Junto ao CMN, funcio-
nam, ainda, as seguintes comissões consultivas:
- de Normas de Organização do Sistema Financeiro;
- do Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros;
- de Crédito Rural;
- de Crédito Industrial;
- de Endividamento Público;
- de Pólitica Monetária e Cambial;
- de Processos Administrativos.
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional- 
Criado pelo Decreto nº 91.152/85, o CRSFN julga, em segunda 
e última instância administrativa, os recursos interpostos das de-
cisões relativas a penalidades administrativas aplicadas pelo BA-
CEN, pela CVM e pela Secretaria de Comércio Exterior.
O CRSFN tem ainda como atribuição julgar os recursos de 
ofício, interpostos pelos órgãos de primeira instância administra-
tiva, das decisões que concluírem pela não aplicação das penali-
dades.
Estrutura do CRSFN- O Conselho de Recursos do Sistema 
Financeiro Nacional é integrado por oito Conselheiros, de reco-
nhecida competência e possuidores de reconhecimentos especiali-
zados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de capitais, 
de câmbio, de capitais estrangeiros e de crédito rural e industrial, e 
de consórsios, observada a seguinte composição;
- um representante do Ministério da Fazenda;
- um representante do Banco Central do Brasil;
- um representante da Secretaria de Comércio Exterior;
- Um representante da Comissão de Valores Mobiliários;
- quatro representantes das entidades de classe dos mercados 
afins, por estas indicados em lista tríplice.
As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguin-
tes: Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), An-
bid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV 
(Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasilei-
ra das Associações de Bancos), Abel (Associação Brasileira das 
Empresas de Leasing), Adeval (Associação das Empresas Distri-
buidoras de Valores) e AEB (Associação de Comércio Exterior 
do Brasil). Os representantes das quatro primeiras entidades têm 
acesso no Conselho como membros-titulares e os demais, como 
suplentes.
Os conselheiros titulares e seus respectivos suplentes são no-
meados pelo ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, 
admitindo-se a recondução por uma única vez.
Também fazem parte do Conselho de Recursos dois Procura-
dores da Fazenda Nacional, designados pelo procurador-geral da 
Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância 
da legislação aplicável, e um secretário-executivo, nomeado pelo 
Ministério da Fazenda, responsável pela execução e coordenação 
dos trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco Central do Bra-
sil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio 
Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo.
O representante do Ministério da Fazenda preside o Conselho, 
e o vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da 
Fazenda entre os quatro representantes das entidades de classe que 
integram o CRSFN.
Conceito de Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de instituições, 
órgãos e afins que controlam, fiscalizam e fazem as medidas que 
dizem respeito à circulação da moeda e de crédito dentro do país. 
O Brasil, em sua Constituição Federal, cita qual o intuito do siste-
ma financeiro nacional: “O Sistema Financeiro Nacional, estrutu-
rado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país 
e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o 
compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado 
por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participa-
ção do capital estrangeiro nas instituições que o integram”. 
O Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em duas partes 
distintas: Subsistema de supervisão e subsistema operativo. O de 
supervisão se responsabiliza por fazer regras para que se definam 
parâmetros para transferência de recursos entre uma parte e outra, 
além de supervisionar o funcionamento de instituições que façam 
atividade de intermediação monetária. Já o subsistema operativo 
torna possível que as regras de transferência de recursos, definidas 
pelo subsistema supervisão sejam possíveis. O subsistema de su-
pervisão é formado por: Conselho Monetário Nacional, Conselho 
de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, Banco Central do 
Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Conselho Nacional de 
Didatismo e Conhecimento 8
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
Seguros Privados, Superintendência de Seguros Privados, Brasil 
Resseguros (IRB), Conselho de Gestão da Previdência Comple-
mentar e Secretaria de Previdência Complementar. 
Dos que participam do subsistema de revisão, podemos des-
tacar as principais funções de alguns: O Banco Central (BACEN) 
é a autoridade que supervisiona todas as outras, além de banco 
emissor de dinheiro e executor da política monetária. O Conselho 
Monetário Nacional (CMN) funciona para a criação da política de 
moeda e do crédito, de acordo com os interesses nacionais. A Co-
missão de Valores Mobiliários tem a função de possibilitar a alta 
movimentação das bolsas de valores e do mercado acionário ( isso 
inclui promover negócios relacionados à bolsa de valores, proteger 
investidores e ainda outras medidas). O outro subsistema, o opera-
tivo, é composto por: Instituições Financeiras Bancarias, Sistema 
Brasileiro de Poupança e Empréstimo, Sistema de Pagamentos, 
Instituições Financeiras Não Bancárias, Agentes Especiais, Siste-
ma de Distribuição de TVM.
As partes integrantes do subsistema operativo, citados aci-
ma, são grupo que compreendem instituiçõesque são facilmente 
achadas em nosso dia a dia. As Instituições Financeiras Bancárias, 
por exemplo, representam as Caixas Econômicas, Cooperativas 
de Crédito, Bancos comerciais e Cooperativos. As instituições Fi-
nanceiras Não Bancárias são, por exemplo, Sociedades de Crédito 
ao Microempreendedor, Companhias Hipotecárias, Agências de 
Desenvolvimento. As autoridades do Sistema Financeiro Nacional 
também podem ser divididas em dois grupos: Autoridades Mone-
tárias e Autoridades de Apoio. As autoridades monetárias são as 
responsáveis por normatizar e executar as operações de produção 
de moeda. O Banco Central do Brasil (BACEN) e o Conselho Mo-
netário Nacional (CMN).
Já as autoridades de apoio são instituições que auxiliam as au-
toridades monetárias na prática da política monetária. Um exemplo 
desse tipo de instituição é o Banco do Brasil. Outro tipo de auto-
ridade de apoio são instituições que têm poderes de normatização 
limitada a um setor específico. O exemplo desse tipo de autoridade 
é a Comissão de Valores Mobiliários. As Instituições financeiras, 
termo muito usado para definir algumas empresas, são definidas 
como as pessoas jurídicas, públicas ou privadas e que tenham sua 
função principal ou secundária de guardar, intermediar ou aplicar 
os recursos financeiros (tanto dos próprios recursos como recursos 
de terceiros), que sejam em moeda de circulação nacional ou de 
fora do país e também a custódia de valor de propriedade de outras 
pessoas. 
Pessoas físicas que façam atividades paralelas às característi-
cas acima descritas também são consideradas instituições financei-
ras, sendo que essa atividade pode ser de maneira permanente ou 
não. No entanto, exercer essa atividade sem a prévia autorização 
devida do estado pode acarretar em ações contra essa pessoa. Essa 
autorização deve ser dada pelo Banco Central e, no caso de serem 
estrangeiras, a partir de um decreto do presidente da república.
As decisões tomadas pelo conselho monetário nacional, logo 
pelo sistema financeiro nacional tem total ligação com o estado da 
economia do país. Suas mudanças são determinantes, para o fun-
cionamento do mercado financeiro. A chamada bolsa de valores ( 
mercado onde as mercadorias são ações ou outros títulos financei-
ros) tem empresas, produtos e ações que variam de acordo com o 
que esse sistema faz. Considerando o alto valor de dinheiro inves-
tido nesse mercado, a bolsa de valores é um espelho das grandes 
proporções que as decisões tomadas por esse sistema podem afetar 
a vida de todas as esferas da sociedade.
O mercado de capitais é o conjunto de mercados, instituições 
e ativos que viabiliza a transferência de recursos financeiros en-
tre tomadores (companhias abertas) e aplicadores (investidores) 
destes recursos. Essa transferência ocorre por meio de operações 
financeiras que podem se dar diretamente entre companhias e in-
vestidores ou através de intermediários financeiros. As operações 
que ocorrem no mercado de capitais, bem como seus participantes 
são reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
As companhias abertas necessitam de recursos financeiros 
para realizar investimentos produtivos, tais como: construção de 
novas plantas industriais, inovação tecnológica, expansão da ca-
pacidade, aquisição de outras empresas ou mesmo o alongamento 
do prazo de suas dívidas. Os investidores, por outro lado, possuem 
recursos financeiros excedentes, que precisam ser aplicados de 
maneira rentável e valorizar-se ao longo do tempo, contribuindo 
para o aumento de capital do investidor. Existem companhias de 
diferentes portes, com necessidades financeiras variadas. Ao mes-
mo tempo, investidores podem aplicar com o objetivo de obterem 
retorno financeiro no curto, médio ou longo prazo, e com diferen-
tes níveis de risco. Para compatibilizar os diversos interesses entre 
companhias e investidores, estes recorrem aos intermediários fi-
nanceiros, que cumprem a função de reunir investidores e compa-
nhias, propiciando a alocação eficiente dos recursos financeiros na 
economia. O papel dos intermediários financeiros é harmonizar as 
necessidades dos investidores com as das companhias abertas. Por 
exemplo, uma companhia que necessita captar recursos para inves-
timentos, se desejar fazê-lo através do mercado de capitais, deve 
procurar os intermediários financeiros, que irão distribuir seus tí-
tulos para serem oferecidos a diversos investidores, possibilitando 
mobilizar o montante de recursos requerido pela companhia.
E como isso acontece? Primeiro, um intermediário financeiro 
irá orientar a companhia sobre a melhor alternativa de financia-
mento, isto é, alternativas para que a companhia possa se finan-
ciar mediante recursos financeiros de terceiros. Caso a companhia 
decida pelo mercado de capitais, vários procedimentos jurídicos 
e administrativos para a abertura do capital serão necessários. O 
primeiro passo para isso é o registro de companhia aberta junto à 
CVM. O intermediário financeiro irá pedir o registro em nome da 
companhia apresentando uma série de documentos que são especi-
ficados pela CVM, entre eles os principais atos societários, as úl-
timas demonstrações financeiras, parecer de auditor independente, 
entre outros. Uma vez obtido o registro de companhia aberta junto 
à CVM, a empresa pode, por exemplo, emitir títulos representa-
tivos de seu capital, as ações, ou representativos de empréstimos 
tomados via mercado de capitais, como debêntures e notas comer-
ciais (“commercial papers”).
Outros intermediários financeiros, por sua vez, irão oferecer 
aos investidores, os valores mobiliários emitidos pela companhia 
aberta. Em geral, os intermediários financeiros se associam, em 
consórcios, num esforço para vender todos os títulos ou valores 
mobiliários emitidos pela companhia. A colocação inicial desses 
títulos ou valores mobiliários se dá no chamado mercado primário, 
onde as ações e/ou debêntures, por exemplo, são vendidas pela pri-
meira vez e os recursos financeiros obtidos são direcionados para 
a respectiva companhia. Finalizada essa primeira etapa, os inves-
tidores que adquiriram esses títulos e valores mobiliários podem 
revendê-los no chamado mercado secundário, onde ocorre a sua 
negociação entre os investidores. Os investidores podem negociar 
diretamente entre si para comprar e vender ações e outros títulos 
e valores mobiliários. Contudo, na maioria dos casos, essa não é a 
forma mais eficiente porque implica em altos custos de transação: 
como encontrar outro investidor interessado numa determinada 
Didatismo e Conhecimento 9
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
ação? Como saber qual é o preço justo da ação num determina-
do momento? Como garantir que outro investidor irá pagar pelas 
ações ou entregar aquelas que foram negociadas?
Para facilitar a negociação desses títulos no mercado secun-
dário, foram criadas instituições que têm por objetivo administrar 
sistemas centralizados, regulados e seguros para a negociação des-
ses títulos. A função básica dessas instituições é proporcionar li-
quidez aos valores de emissão de companhias abertas, ou seja, 
possibilitar ao investidor que adquiriu esses títulos vendê-los de 
forma eficiente e segura. São exemplos destas instituições as bol-
sas de valores e as entidades administradoras do mercado de bal-
cão organizado.
A atuação nas bolsas de valores e nos mercados de balcão, 
organizado e não organizado, é restrita aos integrantes do sistema 
de distribuição de valores mobiliários, dentre estes as instituições 
financeiras e sociedades corretoras e distribuidoras devidamente 
autorizadas a funcionar pela CVM e pelo Banco Central do Brasil, 
que atuam em nome de seus clientes, os investidores, comprando e 
vendendo ações, debêntures e outros títulos e valores mobiliários 
emitidos pelas companhias abertas.
As bolsas de valores e as entidades do mercado de balcão or-
ganizado têm o status de autorreguladores, pois são responsáveis 
por estabelecer diversas regras relativas ao funcionamentodos 
mercados por elas administrados e à atuação dos intermediários 
que neles atuam. Ao mesmo tempo, as bolsas de valores e os mer-
cados de balcão organizado são supervisionados pela CVM.
Compreenda as terminologias usadas no Sistema Finan-
ceiro
O Sistema Financeiro Brasileiro pode ser entendido como o 
conjunto de instrumentos, mecanismos e instituições que assegu-
ram a canalização da poupança para o investimento, ou seja, dos 
setores que possuem recursos financeiros superavitários para os 
desejam ou necessitam de recursos (deficitários). O Sistema Fi-
nanceiro Brasileiro é segmentado em quatro grandes “mercados”, 
que são:
- Mercado monetário: é o mercado onde se concentram as 
operações para controle da oferta de moeda e das taxas de juros 
de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da economia. O 
Banco Central do Brasil atua neste mercado praticando a chamada 
Política Monetária.
- Mercado de crédito: atuam neste mercado diversas institui-
ções financeiras e não financeiras prestando serviços de interme-
diação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários 
que necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. O 
Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo con-
trole, normatização e fiscalização deste mercado.
- Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recur-
sos de médio e longo prazo para agentes deficitários, através das 
operações de compra e de venda de títulos e valores mobiliários, 
efetuadas entre empresas, investidores e intermediários. A Comis-
são de Valores Mobiliários é o principal órgão responsável pelo 
controle, normatização e fiscalização deste mercado.
- Mercado de câmbio: mercado onde são negociadas as tro-
cas de moedas estrangeiras por reais. O Banco Central do Brasil 
é o responsável pela administração, fiscalização e controle das 
operações de câmbio e da taxa de câmbio atuando através de sua 
Política Cambial.
- Curto Prazo: Mercado Monetário, Crédito e Câmbio.
- Médio e Longo Prazo: Mercado de Capitais
- Mercado primário: As empresas ou o governo emitem tí-
tulos e valores mobiliários para captar novos recursos diretamente 
de investidores.
- Mercado secundário: é composto por títulos e valores mo-
biliários previamente adquiridos no mercado primário, ocorrendo 
apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e venda. Não en-
volve mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de capi-
tal para quem o emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar 
liquidez aos títulos. 
- Distribuição primária: corresponde à distribuição de novas 
ações, sendo os recursos captados destinados a aumento de capital 
da companhia emissora.
- Distribuição secundária: corresponde à distribuição de 
ações já emitidas e os recursos captados se destinam aos acionistas 
vendedores, que podem ser investidores estratégicos tais como os 
Fundos de “Private Equity” (Fundo de Investimento em Partici-
pações).
- Mercado de bolsa: as negociações são abertas e realizadas 
por sistema de leilão, ou seja, a venda acontece para quem oferece 
melhor lance. A arrematação e/ou a negociação é feita por pregão 
de viva-voz ou com auxílio de sistema informatizado.
- Mercado de balcão: a negociação ocorre diretamente entre 
a instituição financeira e outra instituição financeira ou não finan-
ceira. Os valores são negociados apenas entre as partes envolvidas.
Entidades Supervisoras
Banco Central do Brasil
O Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a pro-
mulgação da Lei da Reforma Bancária (Lei nº 4.595 de 31.12.64). 
Antes da sua criação, as suas funções eram realizadas pela Supe-
rintendência da Moeda e do Crédito - SUMOC, pelo Banco do 
Brasil - BB e pelo Tesouro Nacional. Sua sede é em Brasília e 
possui representações regionais em Belém, Belo Horizonte, Curi-
tiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. É uma 
autarquia federal que tem como principal missão institucional 
assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional e 
da solidez do SFN.
É o «banco dos bancos».
A partir da Constituição de 1988, o BC passou a ter o exer-
cício exclusivo para emissão de moeda. O presidente do BC e os 
seus diretores são nomeados pelo Presidente da República após a 
aprovação prévia do Senado Federal, que é feita por uma arguição 
pública e posterior votação secreta.
É da competência do BC:
- Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda na-
cional e da solidez do Sistema Financeiro Nacional;
- Formular a política monetária mediante utilização de títulos 
do Tesouro Nacional;
- Fixar a taxa de referência para as operações compromissadas 
de um dia, conhecida como taxa SELIC;
- Controlar as operações de crédito das instituições que com-
põe o Sistema Financeiro Nacional;
Didatismo e Conhecimento 10
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
- Formular, executar e acompanhar a política cambial e de re-
lações financeiras com o exterior;
- Fiscalizar os bancos comerciais;
- Emitir papel-moeda;
- Executar os serviços do meio circulante para atender a de-
manda de dinheiro necessário às atividades econômicas;
- Adequar o volume dos meios de pagamento à real capacida-
de da economia;
- Manter o nível de preços (inflação) sobre controle;
- Manter sobre controle a expansão da moeda e do crédito e a 
taxa de juros;
- Operar no mercado aberto, de recolhimento compulsório e 
de redesconto;
- Executar o sistema de metas para a inflação;
- Divulgar as decisões do Conselho Monetário Nacional;
- Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras para atuação 
nos mercados de câmbio, objetivando a manutenção da paridade 
da moeda nacional;
- Regular o mercado de câmbio; 
- Administrar as reservas internacionais brasileiras; 
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras 
nacionais; 
- Conceder autorização para o funcionamento das instituições 
financeiras; 
- Manter e movimentar a chamada Conta Única do Tesouro 
Nacional, onde são contabilizadas as disponibilidades de caixa da 
União; 
- Regular, autorizar e fiscalizar as atividades das administra-
doras de consórcios para aquisições de bens; 
- Normatizar, autorizar e fiscalizar as sociedades de crédito 
imobiliário e as associações de poupança e empréstimos; 
- Regular a execução dos serviços de compensação de che-
ques e outros papéis.
CVM - Comissão de Valores Mobiliários
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 
de dezembro de 1976 pela Lei nº 6.385 para fiscalizar e desenvol-
ver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Até o ano de 1976 
não havia uma entidade que absorvesse a regulação e a fiscaliza-
ção do mercado de capitais, principalmente nos temas relativos às 
sociedades de capital aberto. Por isso, a Lei nº 6.385 ficou sendo 
conhecida como a Lei da CVM. A Comissão de Valores Mobiliá-
rios é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, 
porém sem subordinação hierárquica.
Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu poder fiscali-
zador, o governo federal editou, em 31.10.01, a Medida Provisória 
nº 8 (convertida na Lei nº 10.411 de 26.02.02) pela qual a CVM 
passa a ser uma “entidade autárquica em regime especial, vincula-
da ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patri-
mônio próprio, dotada de autoridade administrativa independente, 
ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade 
de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária” (art. 5º).
É administrada por um Presidente e quatro Diretores, 
nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado 
Federal. Eles formam o chamado «colegiado» da CVM. Seus 
integrantes têm mandato de 5 anos e só perdem seus mandatos 
«em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em 
julgado ou de processo administrativo disciplinar» (art. 6º § 2º).
O Colegiado define as políticas e estabelece as práticas a se-
rem implantadas e desenvolvidas pelas Superintendências, as ins-
tâncias executivas da CVM. Sua sede é localizada na cidade do 
Rio de Janeiro, com Superintendências Regionais nas cidadesde 
São Paulo e Brasília.
A CVM tem as seguintes atribuições:
- Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valo-
res mobiliários;
- Promover a expansão e o funcionamento correto, eficiente 
e regular do mercado de ações, além de estimular as aplicações 
permanentes em ações do capital social de companhias abertas;
- Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas 
de valores, do mercado de balcão e das bolsas de Mercadorias e 
Futuros;
- Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores 
do mercado contra emissões irregulares de valores mobiliários e 
contra atos ilegais de administradores e de companhias abertas ou 
de carteira de valores mobiliários;
- Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação 
que criem condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos 
valores mobiliários negociados no mercado;
- Assegurar o acesso do público a informações sobre os valo-
res mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham 
emitido;
- Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas 
no mercado de valores mobiliários; 
- Responsável por fazer cumprir a Lei nº 6.404 de 15 de de-
zembro de 1976 (Lei da Sociedade por Ações), em relação aos 
participantes do mercado de valores mobiliários;
- Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de au-
ditores independentes, administradores de carteiras de valores mo-
biliários, agentes autônomos, entre outros;
- Fiscaliza e inspeciona as companhias abertas e os fundos de 
investimento;
- Apura, mediante inquérito administrativo, atos legais e práti-
cas não equitativas de administradores de companhias abertas e de 
quaisquer participantes do mercado de valores mobiliários, apli-
cando as penalidades previstas em lei;
- Fiscaliza e disciplina as atividades dos auditores indepen-
dentes; consultores e analistas de valores mobiliários.
SUSEP - Superintendência de Seguros Privados
Criada em 1996 no Decreto-Lei nº 73/66 que também ins-
titui o Sistema Nacional de Seguros Privados e que fazem parte 
o CNSP [1.6.9] e o IRB [1.6.10]. É uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda administrada por um Conselho Diretor, 
composto pelo Superintendente e por quatro Diretores. Também 
integram o Colegiado, sem direito a voto, o Secretário-Geral e 
Procurador-Geral.
As atribuições da SUSEP são:
- Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e ope-
ração das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades 
de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de 
executora da política traçada pelo CNSP;
Didatismo e Conhecimento 11
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
- Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular 
que se efetua através das operações de seguro, previdência privada 
aberta, de capitalização e resseguro;
- Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mer-
cados supervisionados;
- Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instru-
mentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiên-
cia do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacio-
nal de Capitalização; 
- Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, 
assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que 
neles operem;
- Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram 
o mercado; 
- Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entida-
des, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões 
técnicas; 
- Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer 
as atividades que por este forem delegadas; 
- Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
IRB-Brasil RE
Criado em 1939 para fortalecer o desenvolvimento do mer-
cado segurador nacional. Uma das novidades foi a criação do 
mercado de resseguros brasileiros que possibilitou o aumento da 
capacidade seguradora das sociedades nacionais, pela retenção de 
maior volume de negócios. Hoje é chamado IRB- Brasil Re. É uma 
sociedade de economia mista com controle acionário da União, 
vinculada ao Ministério da Fazenda. Sua sede é localizada na ci-
dade do Rio de Janeiro, com filiais em Brasília, Porto Alegre, São 
Paulo, Nova York e Londres.
O Conselho de Administração é composto de 06 (seis) mem-
bros, eleitos pela Assembléia Geral e por ela destituíveis a qual-
quer tempo, sendo:
I - três membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazen-
da, dentre eles: 
a) o Presidente do Conselho; 
b) o Presidente da Sociedade, que será o Vice-Presidente do 
Conselho; 
II - um membro indicado pelo Ministro de Estado do Planeja-
mento, Orçamento e Gestão; 
III - um membro indicado pelos acionistas detentores de ações 
preferenciais; 
IV - um membro indicado pelos acionistas minoritários, de-
tentores de ações ordinárias.
Resseguro é, em resumo, o seguro do seguro. O resseguro é 
um tipo de pulverização em que o segurador transfere a outrem, 
total ou parcialmente, o risco assumido. Quando uma companhia 
assume um contrato de seguro superior à sua capacidade financei-
ra, ela repassa esse risco, ou parte dele, a uma resseguradora.
Conselho Monetário Nacional - CMN
Foi criado pela Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacio-
nal (Lei nº 4.595/64) junto com o Banco Central do Brasil (BA-
CEN). Até 1964 a fixação das diretrizes das políticas monetária e 
fiscal eram atribuições da Superintendência da Moeda e do Crédito 
(SUMOC), do Banco Brasil, e o Tesouro Nacional. É o órgão de 
cúpula do Sistema Financeiro Nacional O CMN não desempenha 
função executiva, apenas tem funções normativas. Hoje em dia o 
CMN é composta por três membros:
- Ministro da Fazenda (Presidente);
- Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e
- Presidente do Banco Central.
Trabalhando em conjunto com CMN funciona a Comissão 
Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) que tem como atribui-
ções o assessoramento técnico na formulação da política da moeda 
e do crédito do País. As matérias aprovadas são regulamentadas 
por meio de Resoluções, normativo de caráter público, sempre di-
vulgado no Diário Oficial da União e na página de normativos do 
Banco Central do Brasil. É da sua competência:
- Responsável por formular a política da moeda e do crédito, 
objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econô-
mico e social do País;
- Responsável por zelar pela liquidez e pela solvência de todas 
as instituições financeiras brasileiras
- Responsável por estabelece a meta para a inflação;
- Responsável pela aprovação dos orçamentos monetários pre-
parados pelo Banco Central do Brasil;
- Responsável pela autorização de emissões de papel-moeda;
Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP
Foi criado em 1966 pelo Decreto-Lei nº 73 [1.6.42] que tam-
bém instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privado em substitui-
ção ao Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitaliza-
ção que havia sido criado em 1934. É composto por:
- Ministro da Fazenda (Presidente)
- Representante do Ministério da Justiça
- Representante do Ministério da Previdência Social
- Superintendente da Superintendência de Seguros Privados
- Representante do Banco Central do Brasil
- Representante da Comissão de Valores Mobiliários
O CNSP desempenha as seguintes funções:
- Regular a constituição, organização, funcionamento e fis-
calização dos que exercem atividades subordinadas ao Conselho, 
bem como a aplicação das penalidades previstas.
- Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previ-
dência privada aberta, capitalização e resseguro.
- Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro.
- Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Segu-
radoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aber-
ta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das 
respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a 
profissão de corretor.
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - 
BNDES
Criado no ano de 1952 como autarquia federal, hoje é uma 
empresa pública vinculada ao Ministério de Planejamento com 
personalidade jurídicade direito privado e patrimônio próprio. É 
responsável pela política de investimento a longo prazo do Go-
verno Federal, necessários ao fortalecimento da empresa privada 
nacional.
Didatismo e Conhecimento 12
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
Com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital das empre-
sas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais, o BNDES 
conta com linhas de apoio para financiamentos de longo prazo a 
custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de inves-
timentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos 
novos, fabricados no país, bem como para o incremento das expor-
tações brasileiras. Os financiamentos são feitos com recursos pró-
prios, empréstimos e doações de entidades nacionais e estrangeiras 
e de organismos internacionais, como o BID. Também recebe do 
PIS e PASEP.
Conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência 
Especial de Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES 
Participações), criadas com o objetivo, respectivamente, de finan-
ciar a comercialização de máquinas e equipamentos; e de possi-
bilitar a subscrição de valores mobiliários no mercado de capi-
tais brasileiro. As três empresas, juntas, compreendem o chamado 
“Sistema BNDES”.
Caixa Econômica Federal
Criada em 12 de janeiro de 1861, por Dom Pedro II, com o 
propósito de incentivar a poupança e de conceder empréstimos sob 
penhor, é a instituição financeira responsável pela operacionali-
zação das políticas do Governo Federal para habitação popular e 
saneamento básico. A caixa é uma empresa 100% pública e não 
possui ações em bolsas. Além das atividades comuns de um banco 
comercial, a CEF também atende aos trabalhadores formais - por 
meio do pagamento do FGTS, PIS e seguro-desemprego -, e aos 
beneficiários de programas sociais e apostadores das Loterias. As 
ações da Caixa priorizam setores como habitação, saneamento bá-
sico, infraestrutura e prestação de serviços.
História
Podemos apontar a vinda da família real portuguesa para o 
Brasil como um inicio para o Sistema Financeiro Nacional. Com 
a vinda da realeza, em 1808, nasceu o Banco do Brasil, primeira 
instituição financeira do país. Já um segundo marco veio acontecer 
mais de 100 anos depois: em 1920 quando foi fundada a Inspetoria 
Geral dos Bancos. Seu objetivo era fiscalizar as instituições finan-
ceiras atuantes da época, que já eram bem mais do que apenas o 
Banco do Brasil. 
Depois da Segunda Guerra Mundial, ocorreu, no mundo todo, 
uma série de importantes acontecimentos para que a organiza-
ção financeira mundial pudesse chegar ao que vivenciamos hoje. 
Exemplos disso é a criação do Fundo Monetário Internacional 
(FMI) e o do Banco Mundial. Seguindo esse movimento, o Brasil 
criou a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), no 
ano de 1945. O SUMOC, por sua vez, também tinha a missão de 
supervisionar a atividades das instituições financeiras, mas tinha 
um controle maior que a Inspetoria Geral dos Bancos. 
Mais tarde, em 1964, o SUMOC mudaria de nome e viraria o 
que conhecemos hoje como o Banco Central do Brasil. Essa mu-
dança ocorreu por meio da “Reforma Bancária” que, além dessa 
mudança, criou o Conselho Monetário Nacional (em 31 de dezem-
bro de 1964). Esse conselho tem o poder máximo do Sistema Fi-
nanceiro Nacional e é responsável por fazer as regras e decidir o 
melhor caminho para que o sistema financeiro tenha o melhor de-
sempenho possível. Também na “Reforma Bancária” foi decidida 
a composição original do Sistema Financeiro Nacional. Essa com-
posição ficou com: Conselho Monetário Nacional, Banco Central 
do Brasil, o Banco do Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvi-
mento Econômico ( BNDES) e as outras instituições financeiras, 
tanto privadas quanto públicas, do Brasil. 
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, BNDES, 
foi fundado em 20 de junho de 1952. Seu objetivo é ajudar e fi-
nanciar novos negócios, novos empreendimentos que possam con-
tribuir com o crescimento nacional. No ano de 1965, se iniciou o 
Sistema Financeiro de Habitação (SFH), sendo que seu principal 
provedor seria o Banco Nacional da Habitação (BNH). No entanto, 
em 1986, o BNH foi extinto e as suas atribuições foram passadas 
para Caixa Econômica Federal. 
Outro integrante do Sistema Financeiro Nacional é a Comis-
são de Valores Mobiliários. Ele foi criado em 1976 e, dez anos 
mais tarde, ocorreu a transferência da autoridade de produção de 
moedas referentes ao estado, do Banco do Brasil para o Banco 
Central. Em 1988, entrou em vigor a nova constituição que bus-
cava, entre outras coisas, o equilíbrio econômico. Essa fase foi de 
crescimento do Sistema Financeiro Nacional, acompanhado de um 
grande acrescimento da economia privada. Nesse mesmo ano, foi 
autorizado o que se chamou de “constituição dos bancos múlti-
plos”, que permitia a que a mesma pessoa jurídica pudesse operar 
com mais de uma carteira (como carteira comercial, de investi-
mento, de desenvolvimento.) ao mesmo tempo, o que antes era 
proibido.
Outro marco importante para a história aconteceu em 1995, 
quando foi criado o Programa de Estímulo à Reestruturação do 
Sistema Financeiro Nacional (PROER), que, como o próprio nome 
diz, visava dar força ao sistema financeiro nacional. E em 20 de ju-
nho de 1996 foi criado o Comitê da Politica Monetária (COPOM), 
responsável por definir a taxa básica de juros aplicada em território 
nacional (taxa SELIC). Antes disso, em 1994, o Brasil dava iní-
cio ao “Plano Real”. Era uma série de medidas que visavam uma 
recuperação da economia brasileira que estava em baixa. Com a 
moeda desvalorizada e com uma inflação que fugia do controle, o 
Brasil estava em uma complicada situação financeira. Entre as me-
didas do plano, estava a troca da moeda de circulação no país. Foi 
lançada a moeda Real que, junto às outras medidas tomadas pelo 
governo, conseguiram frear a inflação e recuperar a economia bra-
sileira. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da república, 
era o ministro da Fazenda na época o lançamento do Plano Real, 
sendo que o projeto foi um trabalho seu.
Em 1999, foi lançada a cédula de credito bancário. Essa medi-
da se deu para criar um título de credito que pudesse facilitar, pa-
dronizar medidas como empréstimos, financiamentos ou repasses. 
Em 2002, ocorreram várias mudanças importantes para o Sistema 
Financeiro Nacional: nasceu o novo Sistema de Pagamento Bra-
sileiro (SPB), criação de Sistema de Transferências de Reservas 
(STR) e também da Transferência Eletrônica Disponível (TED).
Conselho Monetário Nacional
O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo do Siste-
ma Financeiro Nacional. Esse órgão é o sucessor do antigo Con-
selho da Superintendência da Moeda e do Crédito, que foi extinto 
pelo art. 2º da lei nº 4.595/64, e passou suas responsabilidades 
para o Conselho Monetário Nacional. É composto pelo Ministro 
de Estado da Fazenda, Ministro de Estado do Planejamento e Or-
çamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN), 
sendo que os trabalhos de secretaria desse órgão são feitos pelo 
Banco Central. 
Didatismo e Conhecimento 13
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
Suas funções são variadas. Incluem a autorização para a pro-
dução de papel-moeda, a aprovação de relatórios orçamentários, 
produzidos pelo Banco Central, para se definir estratégias que di-
zem respeito à necessidade de moeda e crédito. Também é função 
do CMN mostrar planos da política cambial e também a compra e 
venda de ouro ou qualquer transação que inclua moeda estrangei-
ra. Controlar a liberação e obtenção de crédito e traçar regras que 
fiscalizem o funcionamento das instituições financeiras também 
são ações que cabem ao Conselho Monetário Nacional.
Além dessas, outras funções como: limitar o mínimo de ca-
pital de Instituições Financeiras, fixar valores para utilização no 
mercado mobiliário, definir as características da moeda nacional e 
regular que os bancos estrangeiros que funcionam no país sigam 
as regras nacionais. Esse conselho foi criado para satisfazeralguns 
objetivos que dizem respeito à organização financeira do país. O 
CMN, por exemplo, comanda as políticas monetárias e ações que 
dizem respeito à dívida pública. Ele também controla o valor ex-
terno e interno da moeda nacional de forma que se possa usar, da 
melhor forma, o capital estrangeiro e que possa manter controlado 
os valores de inflação e deflação, que variam o valor interno da 
moeda. Visa também fazer com que a seja mais acessível o sistema 
de pagamentos e de mobilização de recursos. Todos esses são ob-
jetivos traçados para o CMN.
O Conselho Monetário Nacional trabalha em conjunto com 
comissões consecutivas de Normas e Organizações do Sistema 
Financeiro, de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros. Tam-
bém a de Crédito Rural, de Crédito Industrial, de Endividamento 
Público, de Política Monetária e Cambial e de Processos Admi-
nistrativos. Outras funções do Conselho Monetário Financeiro são 
determinar índices e outros dados usados para instituições finan-
ceiras, determinar um valor limite que um banco pode empres-
tar para um mesmo cliente, determinar os tipos de empresas que 
poderão ter participação no mercado mobiliário e suas respectivas 
funções e participações, marcar as direções para aplicar reservas 
técnicas das sociedades seguradoras, entidades abertas e fechadas 
de previdência privada, podendo também traçar planos diferentes 
para uma determinada entidade, se considerarmos a existência de 
condições plausíveis às suas patrocinadoras. 
O Conselho Monetário Nacional tem, ainda, a comissão Téc-
nica da Moeda e do Crédito, que tem a utilidade de regulamentar 
matérias de responsabilidade do CMN. Esse conselho engloba o 
presidente e quatro diretores do Banco Central do Brasil e o presi-
dente da comissão de Valores Mobiliários. Secretário executivo do 
Ministério do planejamento, orçamento e gestão, secretário de po-
litica econômica e o secretário executivo do ministério da fazenda.
Banco Central do Brasil
O Banco Central do Brasil é um alto órgão do Sistema Finan-
ceiro Nacional. Ele trabalha juntamente com o Conselho Mone-
tário Nacional e tem funções que operam em conjunto com esses 
órgãos. Sua fundação foi a partir da lei nº 4.595/64, no art.8º, que 
fez com que a Superintendência da Moeda e do Crédito virasse 
uma autarquia federal, com sede na capital do país, com a defini-
ção de Banco Central do Brasil. É ligado ao Ministério da Fazenda 
e funciona num nível acima de todos os outros bancos que atuam 
em território nacional. Como um “rei dos Bancos”. Por ter patri-
mônio próprio, apesar de ser um órgão vinculado ao Ministério da 
Fazenda, os resultados do trabalho do Banco Central são incluídos 
no seu patrimônio. Sua central é na capital do país (Brasília), mas 
tem “filiais” ou representações em Belém, Belo Horizonte, Curi-
tiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e 
Salvador. Apesar de não estar em todas as capitais brasileiras, o 
Banco Central é acessível a todos os brasileiros, por meio de seu 
site, na internet.
Os fundos mútuos de investimento regulamentados pelo Ban-
co Central do Brasil (BACEN) são os fundos de investimento fi-
nanceiro ( dívida estadual ou municipal), fundo de aplicação em 
quotas (de fundos de investimento financeiros). Também estão na 
lista de investimento o fundo de renda fixa ( que é capital estran-
geiro), o fundo de investimento no exterior e o fundo de investi-
mento extra mercado.
São várias as funções do BACEN, algumas bem conhecidas, 
como a responsabilidade de emitir e produzir papel-moeda e moe-
da metálica, levando sempre em consideração os limites dados 
pelo Conselho Monetário Nacional e também realizar operações 
tipicamente bancárias (como empréstimos, redescontos às institui-
ções financeiras bancárias). Outras funções que cabem ao Banco 
Central são as de: ser depositário das reservas oficiais de ouro e 
capital estrangeiro, receber os recolhimentos compulsórios e depó-
sitos voluntários das instituições financeiras. Também são funções 
do Banco Central executar compras e venda de títulos públicos 
e federais de forma a facilitar a política monetária adotada pelo 
governo, fiscalizar as outras instituições financeiras e aplicar, se 
necessário, penalidades às mesmas.
Outra ligação entre as instituições financeiras com o Banco 
Central é que o Banco tem de conceder autorização para que essas 
instituições façam o país funcionar, instalar ou transferir suas se-
des, ou dependência, ser transformadas, incorporadas ou encapa-
das. O Banco Central é uma instituição extremamente importante 
para o bom andamento da saúde econômica do país. Por seu uma 
instituição intimamente ligada ao governo, o Banco é um órgão 
que reflete as estratégias do governo no que dizem respeito à eco-
nomia do país. Também por ser responsável pela emissão do di-
nheiro no país, ele é muito ligado às crises, ou pela prosperidade 
econômica de um estado. Sendo assim, a importância do Banco 
Central, além de ser um gigante na parte prática do andamento 
financeiro do país, tem também um grande valor simbólico para 
imagem do país, para a formação da imagem da parte econômica e 
também da imagem de grandeza de um país. O governo e o Banco 
Central andam juntos e, geralmente, a imagem de um reflete na 
imagem do outro.
O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é formado por um 
conjunto de instituições, financeiras ou não, voltadas para a gestão 
da política monetária do governo federal. É composto por entida-
des supervisoras e por operadores que atuam no mercado nacional 
e orientado por três órgãos normativos: o Conselho Monetário Na-
cional (CMN), o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
e o Conselho Nacional da Previdência Complementar (CNPC). De 
acordo com o art. 192 da Constituição Federal: “O sistema finan-
ceiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimen-
to equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em 
todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de 
crédito, será regulado por leis complementares que disporão, in-
clusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições 
que o integram”.
Origem e evolução: A formação do sistema financeiro teve 
seu início com a vinda da Família Real portuguesa, em 1808, 
quando foi criado o Banco do Brasil. Com o tempo novas institui-
ções foram surgindo, como a Inspetoria Geral dos Bancos (1920), 
a Câmara de Compensação do Rio de Janeiro (1921) e de São Pau-
lo (1932), dentre outros bancos e instituições privadas e as Caixas 
Econômicas fortalecendo o Sistema.
Didatismo e Conhecimento 14
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
Pós-Segunda Guerra: Após a Segunda Guerra Mundial, nas-
cem novas instituições financeiras mundiais, como o FMI e o Ban-
co Mundial. Em 1945 é criado no Brasil a Superintendência da 
Moeda e do Crédito (SUMOC), que futuramente em 1964, pela lei 
4.595, daria lugar ao Banco Central do Brasil. Nas décadas de 50 
e 60, com a criação do BNDES, do Sistema Financeiro da Habi-
tação, do Banco Nacional da Habitação e do Conselho Monetário 
Nacional, o país passa por um novo ciclo econômico e o Sistema 
Financeiro Nacional passa a ser regulamentado através do CMN 
e do Banco Central (BC ou BCB), que tornam-se os principais 
órgãos do sistema.
O surgimento de bancos de investimento e a facilitação dada 
pelo CMN às empresas para obtenção de recursos exteriores pos-
sibilitou um aumento no fluxo de capitais no país. Em 7-12-1976, 
é criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que facilita 
a obtenção de recursos pelas empresas, e o Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia (SELIC), criado em 1979, passou a realizar 
a custódia e liquidação com títulos públicos como as Letras do Te-
souro Nacional e as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. 
Era da estabilidade: A Constituição de 1988, que busca es-
truturar o Sistema Financeiro Nacional de forma a promover o 
desenvolvimento e equilíbrio do país e a servir aos interesses da 
coletividade, e a estabilidade econômica,dão nova cara ao SFN. 
Mercados, como o de previdência privada, passam a ganhar mus-
culatura e exigir maior atenção. Em 1996, no Governo FHC (Fer-
nando Henrique Cardoso) é criado o Copom, ligado ao BCB, que 
estabelece as diretrizes da política monetária, como a Taxa SELIC. 
Composição do sistema financeiro brasileiro
 
- Conselho Monetário Nacional (CMN) Conselho de Recur-
sos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) Banco Central do 
Brasil (BCB) Agências de fomento
- Associações de poupança e empréstimo (APEs)
- Bancos comerciais
- Bancos cooperativos
- Bancos de desenvolvimento
- Bancos de investimento
- Bancos múltiplos
- Caixa Econômica Federal (CEF)
- Cooperativas de crédito
- Sociedades de arrendamento mercantil (leasing)
- Sociedades de corretoras de câmbio
- Sociedades de crédito, financiamento e investimento (CFIs).
- Sociedades de crédito imobiliário
 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) BM&FBOVESPA
 
- Corretoras de títulos
- Corretoras de valores mobiliários
- Distribuidoras de títulos
- Distribuidoras de valores mobiliários
 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) Conselho de 
Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdên-
cia Privada Aberta e de Capitalização (CRSNSP) Superintendên-
cia de Seguros Privados (Susep) Sociedades seguradoras.
- Sociedades capilizadoras.
- Entidades abertas de previdências complementares
- Sociedades resseguradoras.
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) 
Câmara de Recursos da Previdência Complementar (CRPC) Su-
perintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) 
Entidades fechadas de previdência complementar (também conhe-
cidos como fundos de pensão).
Sistema Financeiro do Brasil
Órgãos 
normativos
Conselho Monetário Nacional · Con-
selho Nacional de Seguros Privados · 
Conselho Nacional de Previdência Com-
plementar
Órgãos de 
recursos
Conselho de Recursos do Sistema Finan-
ceiro Nacional · Conselho de Recursos 
do Sistema Nacional de Seguros Priva-
dos, de Previdência Privada Aberta e de 
Capitalização · Câmara de Recursos da 
Previdência Complementar.
Órgãos 
fiscalizadores
Banco Central do Brasil · Comissão de 
Valores Mobiliários · Superintendência 
de Seguros Privados · Superintendência 
Nacional de Previdência Complementar
Instituições fisca-
lizadas pelo BA-
CEN
Agências de fomento · Associações de 
poupança e empréstimo · Bancos comer-
ciais · Bancos cooperativos · Bancos de 
desenvolvimento · Bancos de investi-
mento · Bancos múltiplos · Cooperativas 
de crédito · Sociedades de arrendamento 
mercantil · Sociedades de corretoras de 
câmbio · Sociedades de crédito, finan-
ciamento e investimento · Sociedades de 
crédito imobiliário.
Instituições fiscali-
zadas pela CVM
BM&FBOVESPA · BVRJ · Corretoras 
de títulos · Corretoras de valores mobi-
liários · Distribuidoras de títulos · Distri-
buidoras de valores mobiliários
Instituições fiscali-
zadas pelo SUSEP
Sociedades seguradoras · Sociedades 
capilizadoras · Entidades abertas de pre-
vidências complementares · Sociedades 
resseguradoras
Instituições fiscali-
zadas pelo Previc
Entidades fechadas de previdência com-
plementar
Instituições espe-
ciais
Caixa Econômica Federal · Banco do 
Brasil · Banco Nacional de Desenvolvi-
mento Econômico e Social · Banco do 
Nordeste do Brasil · Banco da Amazônia 
· Banco Regional de Desenvolvimento 
do Extremo Sul
Indices de ações Ibovespa · IBrX · IBrX50 · IBrX100 · IGC
Órgãos extintos
Secretaria de Previdência Complementar 
· Conselho de Gestão da Previdência 
Complementar · BM&F · Bovespa
Didatismo e Conhecimento 15
ATUALIDADES DO MERCADO FINACEIRO
DINÂMICA DO MERCADO
Investimentos, ações índices, taxas, bancos, inflações. Ouvi-
mos essas palavras com frequência no dia a dia do noticiário e em 
conversas por aí. O problema é que nem sempre sabemos exata-
mente o que cada uma delas significa nem a função de cada coisa 
dentro da economia. Neste programa você vai entender um pouco 
melhor todos esses assuntos que fazem parte de um grande merca-
do: o mercado financeiro. Todos os segmentos do mercado finan-
ceiro mantêm relação muito próxima com as políticas monetárias, 
fiscal, de rendas e de câmbio. Os mercados são afetados por elas 
e refletem diretamente os resultados dessas políticas, sejam eles 
positivos ou negativos. É por isso que se costuma dizer que tudo 
está intimamente ligado, como se fossem elos de uma corrente. 
Se um dos segmentos da economia fica desequilibrado, é melhor 
esperar, pois é possível que num piscar de olhos os ventos mudem 
de rumo completamente.
Inflação é um fenômeno que resulta de um aumento constante 
nos preços dos produtos e dos serviços oferecidos no comércio. A 
inflação é computada em uma série de produtos adquiridos pelas 
famílias, a cada semana ou a cada mês e de acordo com a renda. 
Por isso, são conferidos pesos entre as diversas categorias de pre-
ços para aferir a taxa de inflação. Com o aumento do preço dos 
produtos, as pessoas passam a poder comprar menos coisas com a 
mesma quantidade de dinheiro, ou seja, a população perde o que 
chamados de poder aquisitivo, o poder de adquirir os produtos. O 
resultado disso? As empresas vendem menos, têm lucros menores. 
Como ninguém gosta de ter menos dinheiro no bolso, ou em caixa, 
as empresas reduzem seus gastos e, por isso, cortam despesas em 
geral, inclusive parte de seus funcionários, um prejuízo muito gra-
ve gerado indiretamente pela inflação.
A taxa de juros representa, portanto, o custo do dinheiro no 
mercado e é o Banco Central que estabelece, periodicamente, a 
taxa de juros básica nacional. Quando essa taxa está alta, é sinô-
nimo de falta de dinheiro no mercado ou que o governo quer que 
as pessoas deixem de comprar produtos. Se a inflação é alta, o 
governo pode aumentar os juros. As pessoas fogem do crediário 
e começam a comprar menos. As fábricas, para não perder clien-
tes, evitam reajustar preços e ate concedem descontos, daí, a in-
flação tende a cair. Ao contrário, quando está baixa, é porque está 
“sobrando” dinheiro. A taxa de juros é uma das mais importantes 
ferramentas da política monetária. A política de rendas é a parte 
da economia que acompanha o comportamento dos salários e o 
poder aquisitivo. Isto significa o poder de compra do salário da 
população. Existem duas denominações para os salários: o salário 
nominal, que é o valor total do salário, e o real, que é aquilo que 
o salário será capaz de pagar depois de descontada a inflação do 
período. É por isso que o governo precisa ficar de olho na renda 
da população: a inflação do país tira o poder de compra dos traba-
lhadores. O salário mínimo, que serve de base para empregados e 
empregadores, é regulado pelo governo.
Já a principal função da política fiscal é arrecadar dinheiro 
para oferecer serviços à população como Saúde, educação, trans-
porte, limpeza, iluminação e assim por diante. Trata-se de um con-
junto de regras utilizadas para administrar o dinheiro público. O 
governo, por meio do PIB que significa Produto Interno Bruto, 
calcula a soma de tudo o que é produzido no mercado de bens e 
serviços em certo período de tempo. Dessa forma, é possível medir 
a atividade econômica do país, isto é, sua riqueza. Quem faz esse 
cálculo é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 
que também mede a renda per capita, que é a quantia de dinhei-
ro que “cabe” a cada cidadão naquele período. Mas esse cálculo 
de renda per capita não é totalmente correto, pois desconsidera o 
fato de que as pessoas têm rendas completamente diferentes. Por 
meio desse cálculo, é como se todos os habitantes do país tivessem 
direito à mesma fatia de riqueza, o que, todos nós sabemos, não 
é verdade: a riqueza é distribuída de forma muito desigual. Em 
países menos desenvolvidos, em que há má distribuição de renda, 
como o Brasil, esse erro é comum. Hoje aprendemos um pouco 
sobre a dinâmica do mercado financeiro. É importante estarmos 
por dentro do que os noticiários informam, de como o governo irá

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