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RESPOSTA DO ORGANISMO MATERNO À GRAVIDEZ Adaptações no organismo da mulher. DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ TESTE DE GRAVIDEZ: Gonadotrofina Coriônica Humana Qualitativo: presença x Quantitativo: teor HCG produzido pelo trofoblasto atinge a corrente sanguínea da gestante HCG sérico – 6 a 8 dias após ovulação HCG urinário – 2 semanas após ovulação USG transvaginal USG pélvica TESTE SÉRICO ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO FEMININO À GESTAÇÃO Modificações hormonais Cardíacas Respiratórias Circulatórias e hematológicas Gastrointestinais Metabólicas Anatômicas A NECESSIDADE DE MUDANÇA • Com o surgimento da gravidez, a economia materna tem de mudar, para oxigenar e nutrir o feto. • O feto é privilegiado • Aumento do fluxo uterino • Formação placentária • Modificações em todos os sistemas O sangue materno, rico em O2 e nutrientes chega ao espaço interviloso proveniente de 80 a 100 artérias espiraladas. Esse sangue jorra para a placa coriônica que forma o teto do espaço interviloso, e banha de forma contínua as vilosidades coriônicas. Após as trocas, o sangue materno que recebeu os produtos do metabolismo fetal retorna para a mãe pelas veias endometriais. A Placenta como Rainha HORMÔNIOS DA GESTAÇÃO Estrogênio crescimento e elasticidade uterina Hormônio Somatotrópico GH Lactogênio Placentário (Hpl) desenvolvimento das mamas e produção de leite HCG – Aumento do Inotropismo cardíaco – Resistência Periférica à Insulina hiperestímulo pancreático – Náuseas, vômitos • Progesterona: – Efeito mineralocorticóide: retenção hídrica; aumento da volemia; hemodiluição – Relaxamento da musculatura lisa: aumento do tempo de esvaziamento gástrico, diminuição do trânsito intestinal, dilatação ureteral, vasodilatação (+permeabilidade) – Aumento do apetite (muito comum na fase pré-menstrual, lembram?) A MUDANÇA DA HOMEOSTASE A Homeostase visa manter a saúde, com a máxima eficiência possível • Diminuição na concentração sanguínea de quase todos os nutrientes plasmáticos (menos os lípides), com aumento da quantidade total deles • Objetivo: Nutrir melhor o feto, aumentando transferência (contra-gradiente) p/ compartimento fetal • relaxamento muscular/ hipotonia: diminuição do gasto energético materno (quiescência materna) NUTRIÇÃO FETAL - PLACENTA Velocidade de transferência de nutrientes aumenta do início para o final da gestação em 6 vezes – vascularização da placenta. Principal nutriente para metabolismo energético do feto: glicose e atravessam por difusão simples e facilitada. Proteínas são indispensáveis nas fases de maior divisão celular. GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (HCG) células dos trofoblastos + placenta. Estimula produção de Progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo e Placenta Garante a manutenção da gestação Garante a ausência de nova ovulação Protege contra rejeição imunológica do embrião Inibe a produção de anticorpos pelos linfócitos. Inibe a contração espontânea do útero PROGESTERONA Produzida pela placenta e parte pelo corpo lúteo. Participa da nidação e desenvolvimento da placenta. Relaxa a musculatura lisa do útero para não haver expulsão do feto Reduz trânsito intestinal. Aumento tempo para absorção dos nutrientes. Constipação intestinal. Favorece a deposição de gordura. Aumenta a excreção renal de eletrólitos PROGESTERONA Aumenta a sensibilidade e a vascularização dos centros respiratórios para suprir o aumento de 20% da demanda de O2 Reduz a PCO2 arterial e alveolar Interfere no metabolismo do ácido fólico: reduz concentração sérica. Participa do desenvolvimento dos lóbulos da lactação e desenvolve a glândula mamária ESTROGÊNIO Produzido pela placenta e parte pelo corpo lúteo. Aumenta a elasticidade da parede uterina: controla a função do útero Multiplicação das células epiteliais: aumento dos órgãos sexuais externos e da abertura vaginal, proporcionando uma via mais ampla para o parto Hipertrofia das células da musculatura lisa uterina. Síntese de proteínas relacionadas com a contração (actina e miosina): mantendo elasticidade e contratilidade uterina. ESTROGÊNIO Aumenta a síntese de colágeno. Aumenta elasticidade do canal cervical: Mucopolissacarídios do tecido conectivo Mais hidroscópicos: aumenta a afinidade por água – retendo mais líquidos. Deposição de glicogênio nas células da musculatura lisa uterina (permitem a contração da musculatura junto com Ca): altera o metabolismo dos carboidratos. ESTROGÊNIO Reduz as proteínas séricas. Afeta a função tireoidiana (metabolismo basal). Interfere no metabolismo do ácido fólico. Promove a hiperventilação para suprir o aumento de 20% da demanda de O2. Participa da mamogênese. Preparo da Glândula mamária para ação da progesterona e prolactina. Atuam como pré-requisito para ação de outros hormônios (produção de receptores). Preparo do endométrio para ação da progesterona. LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO HUMANO (HPL) E SOMATOMEDINA CORIÔNICA HUMANA Produzido pela placenta. Antagoniza a ação da insulina Deposita a glicose no sangue a partir de glicogênio: glicogenólise e lipólise Atuação semelhante ao Hormônio de crescimento Deposição de proteínas nos tecidos. Faz lipólise para disponibilizar ácidos graxos livres no sangue Inicia o desenvolvimento das mamas e participa da Lactogênese nos alvéolos da glândula mamária. INSULINA Produzido pelas células do pâncreas. Gestação é estado Hiperinsulinêmico. Reduz a glicemia favorecendo a produção de energia e síntese de gordura Resposta normal no início da gravidez. Com o passar do tempo... O aumento da demanda de glicose pelo feto sobrecarrega o sistema e a insulina fica menos eficiente no final da gestação. TIROXINA Produzido pela tireóide Regulador das ações oxidativas Regula a velocidade da taxa de metabolismo basal Outros... Glucagon: células do pâncreas Aumenta a glicemia por meio da glicogenólise Cortisona (córtex da adrenal) Eleva a glicemia por meio da proteólise tecidual Aldosterona (córtex da adrenal) Aumenta a retenção de Na e excreção de potássio Renina-Angiotensina (rins) Estimula secreção de Aldosterona Aumenta retenção de Na e água Aumenta a sensação de sede Calcitonina (tireóide) Inibe reabsorção óssea de Ca Aldosterona (córtex da adrenal) Aumenta a retenção de Na e excreção de potássio Renina-Angiotensina (rins) Estimula secreção de Aldosterona Aumenta retenção de Na e água Aumenta a sensação de sede Calcitonina (tireóide) Inibe reabsorção óssea de Ca RESPIRAÇÃO Ajuste no organismo materno para promover respiração fetal: Aumenta envio de O2 para o feto: Aumenta fluxo de sangue para o útero A concentração de Hb fetal é maior que a materna. aumento da ventilação pulmonar (> débito cardíaco e frequência cardíaca) RESPIRAÇÃO No final da gestação, a respiração torácica substitui a abdominal. Menor movimento do diafragma devido à expansão uterina. Diafragma movimenta-se mais vezes, com menor profundidade, o ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS 40 a 50% de expansão do volume plasmático: para garantir aporte sanguíneo necessário para placenta + feto + mãe. 20% de queda na concentração de hemoglobina plasmática 15% de queda na concentração de hematócrito PRESSÃO ARTERIAL Primeira metade da gestação: PA tende a reduzir Diminui a resistência vascular sistêmica Aumento das prostaglandinas, peptídeos natriuréticos atriais e do óxido nítrico endotelial e a circulação uterina é de baixa resistência Após 20ª. Semana: alterações podem levar a HAG Gestanteem trabalho de parto Aumenta subitamente a volemia sistêmica para levar sangue aos vasos uterinos. Gasto elevado de oxigênio Aumento da pressão arterial do débito cardíaco METABOLISMO TMB aumenta de 15 a 20% no final da gestação. Aumento de peso Demanda de O2 Maior produção hormonal. Interfere nas necessidades, no metabolismo e nos níveis de lipídios, colesterol, vitaminas lipossolúveis, proteína. O fígado aumenta a liberação sérica de transaminases e colesterol e, diminui as taxas de proteínas totais séricas Aumento do volume plasmático SISTEMA URINÁRIO Função renal Elevação do fluxo plasmático renal Aumento da filtração glomerular Aumento da velocidade do sangue nos rins Diluição da albumina sérica Clearance de creatinina está aumentado Eliminação de creatinina, uréia e ácido úrico, produtos da excreção do metabolismo protéico fetal e materno. Final da gestação: dilatam cálices renais, ureteres e pelve (progesterona e crescimento uterino) Estase urinária SISTEMA GASTROINTESTINAL Função gastrintestinal Deslocamento do estômago em direção ao tórax Altera o ângulo de HISS Relaxamento transitório do EEI Cárdia tem função reduzida e aumenta a produção de HCL Gestante tem mais Pirose e pode ter Esofagite Progesterona relaxa também estômago: tempo de esvaziamento gástrico é maior Constipação intestinal SISTEMA IMUNOLÓGICO Adaptação para proteção imunológica Risco de rejeição fetal pelo organismo materno? Proteção placentária. Aumenta produção de células deciduais: Impedem drenagem dos linfócitos Possibilitam passagem de anticorpos: IgG, rubéola, antivírus poliomelite, antitoxina tetânica ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS E ALTERAÇÕES DO ORGANISMO FEMININO Armazenamento de nutrientes Glicogênio, lipídeos simples, fosfolipídeos Síntese de proteínas Redução da proteína sérica (albumina ) ⇒ modificação da pressão coloidosmótica do sangue (tendência ao acúmulo de líquidos extracelular – edema fisiológico) ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS E ALTERAÇÕES DO ORGANISMO FEMININO Armazenamento de nutrientes No final da gravidez há maior acúmulo de gordura sob a forma de triglicerídeos, principalmente nas coxas e na região subescapular, para servir de energia imediata em períodos de jejum. Aumento progressivo de triglicerídeos, colesterol, ácidos graxos livres e vitamina A. Devido a > mobilização da gordura para produzir energia ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS E ALTERAÇÕES DO ORGANISMO FEMININO Efeitos adversos das alterações hormonais (1º trimestre) Paladar Diminuição da sensibilidade ao sal. Olfato: Hiperêmese, náuseas e vômitos. ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS E ALTERAÇÕES DO ORGANISMO FEMININO GP do 3º. Trimestre Crescimento da massa muscular fetal. Desnutrição gestacional e no início da vida pós-natal está associada a prejuízos durante toda a infância. Células adiposas fetais 4º. mês e aumento acentuado das mesmas até o nascimento. RESTRIÇÃO DIETÉTICA DURANTE A GESTAÇÃO Reduz quantidade e tamanho das células da placenta Reduz número de células cerebrais e tamanho de outros órgãos Altera constituintes normais da célula e seus processos bioquímicos PARASITA? TUDO SOBRE GRAVIDEZ
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