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A internet é uma grande influenciadora no comportamento sociall

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A influência da internet, é real? 
Em uma conversa com os professores Guaíra e Marcos pode-se notar que sim a internet influência, 
porém não trabalha sozinha. 
 A internet é uma grande influenciadora no comportamento social, de forma que sempre 
haverá dois grupos de pessoas, aqueles que sabem fazer o bom uso das tecnologias e aqueles que 
não, devido ao fato de que nesse meio não existe uma separação entre o virtual e o real, sendo que o 
virtual torna possíveis desejos do mundo real. Em uma conversa com os professores Guaíra Rocha e 
Marcos David, que lecionam as disciplinas de cybercultura e sociologia, respectivamente, e 
esclarecemos algumas das reações positivas e negativas que a internet causa na vida do Ser 
Humano. 
Estadão: A INFLUÊNCIA DA INTERNET NO COMPORTAMENTO HUMANO? 
Guaíra Rocha: A internet mudou a forma como as pessoas se relacionam no mundo online e no 
off-line, ou seja, as pessoas dentro da internet tem um comportamento diferente do que elas tinham 
antigamente, por que ela tem mais vontade de dar opinião, mais vontade de se expressar, de se 
manifestar, de se colocar como indivíduo, existe a necessidade da identidade de afirmação dentro de 
uma rede e muda também a forma de como as pessoas se comportam no mundo real, porque essa 
cultura da internet é tão forte, tão intensa como vivemos no mundo virtual que a gente acaba 
transmigrando isso para a vida real, então na vida real a gente observa que as pessoas estão tendo 
laços de amizades cada vez mais fracos do que era antigamente, mas em compensação tem mais 
vontade de interagir, mais vontade de se posicionar, estão mais questionadoras. Vemos isso muito 
na juventude, que ela questiona mais e ela começou também a ter a cabeça mais aberta para as 
diferenças, aceitar melhor as diferenças. 
Marcos David: A influência da internet no comportamento humano está diretamente ligado à 
forma como esse comportamento é demonstrado, dando mais espaço a experimentações dos 
diversos “eus”, uma vez que na rede todos podem ser pessoas totalmente diferentes do que 
realmente somos ou não. A internet está mudando por conta do comportamento humano, e não 
mudando o comportamento humano. Essa mudança acontece a partir do humano, das atividades 
peculiares ao ser, e então se decide mudar por facilidade, praticidade, velocidade, alcance, modismo 
e muitos outros motivos. A falha no universo digital não está na máquina, mas na figura humana. 
E: QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS QUE A INTERNET TEM NAS RELAÇÕES FÍSICAS 
HUMANAS E COMO INTERFERE? 
GR: A internet tem uma importância tão grande na vida das pessoas que ela acaba trazendo aquilo 
que ela vive no mundo off-line para o mundo real, existem também entre todos esses fenômenos de 
realidade aumentada, de redes sociais em que as pessoas realmente trazem o que vivem na internet 
para o mundo real e na vida real as pessoas estão ficando mais questionadoras mais abertas para as 
diferenças, mais dispostas a se relacionarem, por outro lado o efeito negativo disso é que por um 
lado ela tem capacidade de se relacionar mais, por outro ela tem mais de se desfazer de vínculos 
afetivos, de amizades, casamento, as relações são mais fracas embora sendo em maior quantidade. 
MD: A decisão de viver no universo conectado afastando-se das interações físicas humanas nos 
torna menos humanos, menos suscetíveis ao que é característico de nossa essência, e isso explica as 
muitas ações desumanas que se tornaram cotidianas e comuns, a banalização da ação ignorante e 
animalesca. As consequências de tudo isso é a falta de limites para nossas ações. Homens ejaculam 
como animais em mulheres no ônibus, uma característica clássica de patologia emocional e social, 
mata-se por qualquer motivo, como se estivéssemos em algum jogo de computador, desrespeita-se 
com a facilidade de um post no facebook, sem a menor importância com o coletivo ou com o 
próximo. Estamos desaprendendo a ser humanos, e assim colocamos toda nossa raça em risco 
E: NA SUA OPINIÃO AS REDES SOCIAIS ENFRAQUECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS? 
DE QUE MANEIRA? 
GR: 
MD: As redes sociais fortalecem as relações sociais dos socialmente inteligentes. As relações 
sociais dos que já são fracos de emoção é uma redundância. A doença social da desinformação 
cultural está atrofiando nossas crianças, e permitindo que jovens e pré-adultos se fechem no 
reduzido mundo da tecnologia, afastando-se do universo analógico. Pouco se suja, pouco se pega, 
pouco se percebe do mundo lá fora, e com isso pouco se dá em importância a esse mesmo mundo. 
A água terá mais cuidado por parte do homem quando ela parar de gerar energia às tecnologias e 
eletrônicos, até mais do que quando a falta dela der sede. O verde mais lindo é sempre o das telas 
mais modernas. Em fim, escolhemos enfraquecer as interações sociais, as redes só facilitaram a 
ploriferação desse vício. 
E: PARA VOCÊ A INTERNET, EXTINGUE O PENSAMENTO CRITÍCO, JÁ QUE 
SEGMENTA SEUS USÚARIOS POR GOSTO, E DE ALGUMA FORMA ALIENA AS 
PESSOAS? 
GR: A segmentação da internet faz as pessoas ficarem menos críticas, por que elas só ouvem aquilo 
que elas querem ouvir? Então esse é um problema muito grave que tem, mas não é da internet é de 
algumas redes sociais, então redes sociais como facebook, são redes totalmente voltadas para a 
economia, para o ganho de lucro, o facebook é uma rede comercial hoje em dia embora seja uma 
rede de relacionamento, lá existe esse paradigma ai forte de que você só recebe informação daquilo 
que você gosta de ver, então você acaba tendo menos contato com opiniões diversas a sua, você não 
tem contato com as diferenças então você acaba se informando só sobre aquilo que te interessa e 
isso é muito ruim, mas isso é uma rede social, porque no Twitter, por exemplo, você vai ver tudo o 
que você quer ver, contraria ou favorável a sua opinião. Dependendo da rede social que você estiver 
isso vai ser muito forte, quanto mais comercial a rede for menos plural ela vai ser. E bem ou mal, na 
internet existe mesmo essa segmentação, existe esse negócio de você ter menos contato com 
opiniões diversas as suas, mas por outro lado você também tem contato com uma gama de 
informação tão mais ampla e realmente quando o assunto tá bem forte nas redes, você querendo ou 
não vai acabar sabendo e isso vai te fazer abrir mais a cabeça pro que está acontecendo no mundo. 
MD: A internet se adapta ao gosto do usuário por uma questão mercadológica, mais uma vez a 
tendência de nosso comportamento é absorvida pelos desenvolvedores de softwares. Não podemos 
demonizar esses visionários. Ter uma visão crítica e múltipla vai muito da minha iniciativa em 
razão desse posicionamento. As pessoas compram por decisão, por gosto, por emoção, e a internet 
vende aquilo que elas pedem para si. O senso crítico não pode ser almejado na internet se eu não 
formo isso no indivíduo dentro de minha casa ou dentro das escolas, igrejas, centros interativos e 
outros. A deficiência é visível nas redes, mas não concordo que seja culpa delas. 
E: ATUALMENTE NÃO ENFRENTAMOS MAIS A BARREIRA DA DISTÂNCIA PARA 
SE RELACIONAR, QUAIS AS POSSIVEIS TRANSFORMAÇÕES NESSE PROCESSO 
NAS GERAÇÕES FUTURAS? 
GR: A próxima geração segundo Balma ,o filosofo, ele fala muito dessas tendências dos 
relacionamentos líquidos, então cada vez mais essa cultura que tem no facebook onde você curte 
uma pessoa, depois descurte, bloqueia, você desfaz os seus vínculos com as pessoas muito rápido, a 
maioria dos amigos que estão ali são só para aparência nas redes sociais, existe esse lado negativo 
das pessoas terem esses laços mais frágeis, por outro lado à internet faz com que a próxima geração 
seja muita mais crítica, as pessoas vão ser extremante critica aptas ao conhecimento, mais engajadase dispostas mesmo a participarem da sociedade. 
MD: Pode ser o céu se reformularmos o caráter do indivíduo, ou um inferno se continuarmos a 
simplesmente multiplicar o banal. Reformular o caráter é impossível, talvez moldá-lo seja mais 
factível, mas muito se pode fazer a partir das crianças de hoje. 
E: O VICÍO DE SE MANTER CONECTADO, PODE SER TÃO PREJUDICIAL QUANTO 
OS OUTROS TIPOS? O QUE FAZER PARA EVITAR ESSE TIPO DE TRANSTORNO? 
GR: 
MD: A vida se tornou superficial demais para muitos. O vício é uma doença crítica que consome a 
natureza humana. Mas acredite, a nossa essência é mais forte. Se um cataclisma acabar com a 
energia elétrica no mundo boa parte de nossos jovens sobreviverá, e obrigatoriamente essa parte 
mais forte irá resignificar a vida, é fato. Para evitar esse transtorno é preciso educar e reeducar 
nossa sociedade. 
E: AO SEU VER AS PROXÍMAS GERAÇÕES SOFRERAM COM A CARÊNCIA DE 
DADOS? 
GR: Não, até mesmo por que na web podemos encontrar muito conteúdo, porém vai depender do 
usuário, se ele estiver apto a procurar as informações mais aprofundadas, com certeza ele 
encontrará. 
MD: Não, com a carência de dados não, mas com a replicante ação do desinteresse na busca por 
uma informação mais consolidade e prufunda. 
E: COM O CRESCIMENTO DAS REDES SOCIAIS AS PESSOAS ACABAM TOMANDO 
POSTURAS DIFERENTES NAS PLATAFORMAS E NA VIDA REAL? O QUE ISSO 
GERA NA SOCIEDADE? 
GR: É sim e não para essa resposta, tem gente que sim, tem gente que tem uma personalidade na 
rede social e outra na vida real, às vezes as pessoas muitas tímidas por conta da barreira do 
computador, quando estão na rede se soltam , fala tudo que pensa tudo que ela não fala na vida real, 
por que ela tem esse bloqueio na vida pessoal, mas tem gente que não que ela é expansiva tanto fora 
como dentro da rede social, então essa diferença varia de pessoa para pessoa, tem gente que cria 
uma máscara na rede social e tem gente que vive o que ela realmente é. 
MD: Desfiguração propositada virtual. Abrir mão de ser autêntico é assumir uma doença de caráter. 
A internet facilita essa ação, e muitos usam diversas justificativas para agirem assim, porém no 
fundo é tudo engano. Por exemplo, nossos políticos demonstram todos os dias nas mídias serem os 
paladinos da moral e da ética do universo político, na vida real, onde não estão às vistas de seus 
eleitores trabalham para enriquecer seus cofres e suas vidas futuras sem o menor senso de coletivo, 
enquanto o país está à míngua, e não bastasse, também na mídia eles convencem a opinião pública 
de que a culpa é no fim nossa, pois estamos produzindo pouco, arrecadando pouco e com isso 
exaurindo os recursos da união. Nós compramos essas histórias e replicamos na nossa proporção. A 
mentira se propaga mais rápido e vai mais longe através das redes. É mais fácil. 
E: MUITAS TENDÊNCIAS QUE SÃO CRIADAS NA INTERNET, CHEGAM A SER 
INALCANÇÁVEIS, COMO ISSO REFLETE NA SOCIEDADE? 
GR: 
MD: Tendência é modismo, e esse tipo de influência é variável, circunstancial. Os reflexos são 
muitos, dependendo do quanto cada indivíduo se mostra como influenciável. 
E: VOCÊ ACHA QUE O RAPÍDO ACESSO A INFORMAÇÃO, INFLUÊNCIA EM 
PROBLEMAS PSICOLÓGICOS? 
GR: Sim e não, os millennials tem essa característica, essa geração é mais imediatista e ociosa, por 
conseguir tudo rápido demais. E isso é muito ruim para o mercado de trabalho, porque quando essa 
geração arruma emprego não têm tempo de esperar a carreira crescer, as pessoas trocam de emprego 
como trocam de roupa e as pessoas tem um tempo de maturação, esse imediatismo dessa geração é 
um fenômeno da internet esse é o lado ruim, o lado bom é uma geração que se preocupa muito mais 
em fazer algo que tenha proposito para ela, pessoas que buscam um significado na vida, seguir seus 
ideais, tem uma alta estima muito elevada, querem se afirmar quanto indivíduos.

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