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DIREITOS HUMANOS HISTORIA DO DIREITO E DA POLITICA OBS: O QUE ESTIVER EM NEGRITO NO TEXTO, É A PARTE QUE FALA OU MENCIONA OS DIREITOS HUMANOS!! CAP. XII: A revolução mexicana dispôs de liderança social campesiana que implementou a reforma agrária com os “ejidos” pioneiramente e formalizou o Direito do Trabalho (1917), no mesmo ano das duas revoluções russas. A primeira foi liberal-democrática com Kerenski, em fevereiro; a segunda, Bolchevique, como líder Lenine e Trostsky, em outubro. A revolução mexicana não foi democrática, foi burocrática, uma vez que hegemonizada pelo monopartidarismo do Partido Revolucionário Institucional (PRI). Os Direitos Sociais: formado por causa de mensagens do tipo “fortalecimento do Estado”, envolvido por economia de guerra, recrudescimento (tornar-se mais intenso) das tensões sociais e doutrinação das sufragistas (aprovação de dogmas, ensinamentos, princípios). Os Direitos Sociais: foram imediatamente consagrados pelas Constituições Emergentes. Eles também atendiam às recomendações do tratado de Versalhes (Julho de 1919). São chamados de “obrigações positivas do Estado” pelo que este se obriga a fazer em educação, saúde, habitação, transporte, etc. A Constituição mexicana (1917) e a alemã de Weimar (1919) constituíram o chamado Direito do Trabalho, a nova instância jurisdicional destina a proteger as massas obreiras (preceitavam salário mínimo, limite de jornada de trabalho, férias, aposentadoria,... ). A Constituição de Weimar foi o primeiro documento de alcance mundial que consagrou as constituições mexicana e alemã. A Constituição espanhola (1931): feita por intelectuais. Eles acabaram com a Ditadura do general Primo de Riveira (1923 - 1930). Concretizou as reformas liberais do século XIX (separação entre Estado e Igreja, ensino Laico, República Parlamentar, Subordinação do exercito e guarda civil ao Ministério do Interior, Reforma Agraria). Introduziu o Estatuto da Autonomia para complementar o particularismo de Catalães, Bascos, Valencianos e Galegos. A Constituição brasileira (1934): buscando intermediar tenentistas e oligarcas, conceituava, entre seus objetivos, “A Justiça e o bem estar sicial e econômico”.estipulava que a ordem econômica deve ser organizada conforme os princípios da Justiça e as necessidades da vida nacional. Garantia a liberdade econômica. Procurava conciliar existência digna de Direito em fase de socialização, com liberdade iniciativa própria do capitalismo liberal. O fenômeno sócio-jurídico comum às primeiras décadas do século XX é a publicação do Direto. Pensadores dominantes nas primeiras décadas do século XX: Albert Schweitzer, Nicolas Danielvsky, Nicolas Berdiaeff, Oswald Spengler,... Maior impacto foi “a decadência do ocidente” (Spengler). A ideia da queda do Império Romano provinha dos historiadores: Gibson, Ranke, Buckhardt (século XIX), fermentou em novas catástrofes da sociedade ocidental. Spegler tornou-se seu líder, derivando daí a condição de ideólogo do (pré)nazismo. Dentro da República de Weimar, muitos seguiram as concepções spenglerianas. Segundo Sabino Alvarez Gendin (tradutor de livros sobre Direito), o legislativo goza de supremacia jurídica e o executivo desfruta de diretrizes no próprio parlamento, de uma supremacia política. Para as novas constituições o problema das relações entre o executivo e o legislativo é o capital. Os Estados Modernos, para restabelecer o equilíbrio e encontrar outras formas de governo, tem de revisar suas constituições para fortalecer o executivo. O Direito Constitucional é um procedimento para assegurar a liberdade política e a técnica constitucional é a técnica da liberdade. A democracia resulta no Estado Público moderno um postulado e um critério. A racionalização do poder deve refletir: a idéia de supremacia do Direito, a idéia de unidade do Direito, e que toda a vida do Estado está baseada no Direito e informada por ele. Se o liberalismo expressara o primado dos direitos civis, com as respectivas garantias individuais, os novos Direitos sociais sacramentavam a publicação do Direito, fundado no intervencionismo do Estado que receberia estimulo da Grande Depressão, de 1929, que subverteria a economia da livre concorrência de mercado. O ocidente respondia à crise de 29 de duas maneiras. Ou eliminando a democracia, com o facismo, ou empreendendo reformas econômico-sociais, como as do presidente Roosevelt, com o new deal. Do Direito econômico: constituiria a roupagem jurídica do sistema produtivo. Ou, ainda, as normas da regulamentação da produção crescentemente subordinada à tutela estatal. Todos os ramos da ciência jurídica mantêm pontos de contato com a economia. O Direito Público e constitucional tornaram-se os pilares da evolução jurídica ocidental, nas três primeiras décadas do século XX. Surgimento do normativismo. Uma das figuras mais importantes do Direito moderno – o Direito puro. Para a filosofia do Direto, Hans Kelsen é tido como “pai” do Direito puro, para o qual o Direito deve restringir-se as normas jurídicas. Sistema normativo destinado a regular a vida dos homens. O Direito provem da norma fundamental, no caso a constituição. CAP. XIII: Marcha sobre Roma (1922). Militarizada formação de camisas negras para eliminar o parlamentarismo dos gabinetes que eram chefiados por primeiros ministros, Orlando e Facta. Mussolini contava com o apoio dos grandes proprietários, clero e baixa classe media, sendo estas a base do facismo. Governos totalitários: Itália (Mussolini), Portugal (Salazar), China (Mao-tze-tung). Na Turquia houve: a separação entre Igreja e Estado, relativa emancipação da Mulher, redução da influencia Islâmica. Durante a Grande Depressão (1929), John Maynard Keynes, criou o keynesianismo. Consiste em: o capitalismo substituir a livre concorrência pelo intervencionismo do Estado, na intenção de restabelecer o equilíbrio entre preços e salários. O totalitarismo consolidou-se no campo do Direito, pelos anos trinta, com dois importantes jurisconsultos: o alemão Carl Schmitt e o brasileiro Francisco de Campos. O Ato Institucional numero 5, de 13 de dezembro de 1968, cortava os vínculos do Brasil com a civilização ocidental porque praticamente eliminava o habeas corpus: “Art. 10: fica suspensa a garantia do habeas corpus, no caso de crimes políticos contra a segurança nacional, a ordem econômica social e a economia popular”. Na União Soviética subordinou-se, inicialmente, as duas constituições, em 1922 e 1936. No Estado Soviético, o Direto Civil não era erradicado e viu-se reduzido a insignificantes proporções porque (na época da ditadura do proletariado) não se concebia a propriedade privada e qualquer ajuizamento contra as empresas estatais. Na pratica, a única realidade era também resguardado por policia secreta, herdada do tzarismo. Os planos qüinqüenais transformaram a União Soviética de agrário em industrial, com elevação dos índices de produção agrícola e fabril, bem como a formação dos quadros técnicos e militares. Por ser omissa com relação aos denominados “direitos burgueses” a legislação soviética tornou-se vulnerável às denúncias da comissão de direitos da ONU e Anistia Internacional que por varias vezes as censuravam em questões de julgamento de cidadão submetidos a prisão arbitraria e tratamento degradante, ausência de liberdade de reunião e religião, e ainda de expressão, bem como possui um modelo corporativista onde se procurava proteger os obreiros (urbanos), vedando-lhes o direito de qualquer protesto. Na URSS, teoricamente, o regime pertencia aos trabalhadores, estes não deveriam reclamar de si mesmos O fim da Segunda Guerra (1945) foi muito importante para a História do Direito, não só pela criação da ONU (mediante a carta de São Francisco, 1945) como pelas implicações jurídicas de que se revestiu o julgamento dos criminosos de guerra nazistas, em Nuremberg. No plenário da ONU (em 10 de dezembro de 1948) estabeleceu-se a DECLARACAO UNVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM que representa, para a ordem política, sociale econômica dos povos, o documento basilar do mundo moderno. A violência contra populações indefesas, o HOLOCAUSTO, a morte em câmara de gás. Isso emergiu a figura do GENOCIDIO ou de CRIMES CONTRA A HUMANIDADE. Qualificado como crime imprescritível contra os Direitos Humanos, foi considerado, do ponto de vista técnico-jurídico, um avanço que prevaleceu pelo tempo afora. A idéia de justiça universal , superposta aos códigos dos países componentes da comunidade internacional, pouco a pouco insinuou-se junto à consciência mundial. O ocorrido com o presidente iugoslavo Slobodan Milosevic (acusado de limpeza étnica contra albaneses kosovaros da cidade de Kosovo; faleceu quando submetido ao tribunal internacional de Hala), o iraqueano Saddam Hussein (acusado de genocídio contra os curdos, no norte do Iraque, terminou na forca) e o ditador chileno Augusto Pinochet (acusado de assassinar 5 espanhóis partidários durante o golpe de estado de 11 de setembro de 1973) revelou a eficácia dessas novas formulações. Em 1946 surgiram agencias como: FMI, OMS, OCDE (ORGANIZACAO DE COOPERACAO E DE DESNVOLVIMENTO ECONOMICO), UNIC (UNIAO INTERNACIONAL DAS COMUNICACOES),... Filosoficamente, os Direitos humanos são ajustados à cidadania, eles se definem no artigo quinto da constituição brasileira de 1988 que repele as torturas e o tratamento desumano e degradante. A prática do racismo, da tortura e do terrorismo. Discriminação atentatória aos Direitos e liberdades fundamentais. Sob o ângulo da positividade, os direitos humanos compreendem a igualdade de todos perante a lei, e, principalmente, os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, segurança e à propriedade. Nos termos da constituição cidadã, os direitos humanos, não apenas individuais, mas fundamentais e humanos, garantem-se por novos institutos, como mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e habeas data (assegurar o conhecimento se informações relativas à pessoa do impetrante e retificação de dados pelo poder público). CAP. XIV: Os direitos humanos não se impuseram, retilineamente, na seqüência da derrota do nazi-facismo e institucionalização da ONU, em 1945. Pois, paralelamente à conclusão da Segunda Guerra sobreveio a Guerra Fria, não favoreceu a afirmação dos direitos humanos. Na Guerra Fria, do lado comunista, a ocupação do Leste Europeu pelo exercito vermelho converteu as lideranças comunistas em verdadeiros carrascos de seis povos. Os direitos individuais e, principalmente, as normas processuais viram-se suprimidos para que, dentro das chamadas democracias populares, prevalecesse a rígida defesa das organizações comunistas encasteladas no poder. Doutrina Truman (1947), objetivo: conter militarmente a ofensiva das URSS e China (convertida ao comunismo em 1949). A doutrina de segurança nacional visava a assegurar o estatos-quo em zona de dominação americana. Ditaduras reacionárias, atentatórias aos Direitos Humanos e patrociandas pelos USA se irradiaram pelo mundo. Exemplos: Xá Reza Pahlevi no Irã; Fernandinho Marcos nas Filipinas; Fulgêncio Batista em Cuba; Ngo Dinh Diem no Vietnã; entre outros foram os que mais violaram, nos relatórios da Anistia Internacional, os Direitos Humanos. Quase todas tiveram final trágico, sem qualquer melhoria das condições jurídicas internas. A segurança nacional significa acabar com a democracia (dita como perigosa, por conta das alianças populistas com a esquerda) e instaurar o comunismo. “queimar a casa para assar o leitão” – onde a casa é a democracia e o leitão é o comunismo.
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