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Tipos Constitucionais Introdução: Ao julgar um animal, o primeiro aspecto a ser observado é o tipo – típico ou atípico. Em sentido estrito o tipo está relacionado a cada padrão racial e, em sentido amplo, refere-se à característica de estrutura anatômica que, em linhas gerais, são comuns a várias raças que desempenham trabalhos similares. Definição: Tipo constitucional – biotipo - zootipo – pode ser definido como “o esquema arquitetônico ao qual correspodem animais que, mesmo de diferentes origens, apresentam as mesmas aptidões funcionais”. OBS: Nesse sentido o conhecimento da função específica de uma raça facilita a compreensão de seu padrão racial, no que diz respeito às exigências estruturais e como avaliá-las. O tipo constitucional resulta do desenvolvimento do genótipo que é a carga hereditária do animal (criador), sobre o qual atuam fatores não genéticos, chamados de paratipos, como por exemplo, clima, tipo de terreno, alimentação, nutrição, espaço disponível, controle parasitário, vacinas, etc. (proprietário) que permitem, ou não, o desenvolvimento dessa potencialidade genética. Sob esse enfoque o tipo constitucional confunde-se com o fenótipo – exterior do animal que, por indução, reporta-se à sua característica genética. Elementos que auxiliam a definição do Tipo Constitucional: - Diâmetro – representam anatomicamente parâmetros que definem matematicamente e geometricamente o tipo constitucional: em síntese, dizem respeito às relações entre comprimento (eixo longitudinal) e largura (eixo transversal). - Perfil - representado pelas linhas de contorno do corpo, melhor apreciado na cabeça por ser o segmento que nos animais, menos alterações sofrem com fatores externos como obesidade, gestações, etc. - Harmonia de conformação - diz respeito ao equilíbrio de proporções dos diferentes segmentos corpóreos. Varia de raça para raça e está intimamente ligada ao conceito de beleza zootécnica (funcional) que nada tem a ver com o conceito de beleza subjetiva (pessoal) e que, em hipótese alguma, deve pesar no julgamento. Tipos Constitucionais Básicos: Longilíneos - há predomínio acentuado dos eixos longitudinais sobre os transversais: o crânio é longo e estreito, o pescoço e corpo são longos, o corpo é longo e o tórax relativamente estreito, os membros longos e finos. O aspecto geral é de beleza e aerodinamismo. Ex: PSI, Árabe, Anglo árabe. Mediolíneos - as proporções são mais equilibradas, anatomicamente falando e escrevendo – “nem tão largo, nem tão longo”. Em nenhum dos segmentos corpóreos há extremos de relação entre os eixos de medida. Também no aspecto funcional equilibram força e velocidade moderadamente, entretanto, não dotado de grande resistência física para toda uma jornada de trabalho. Ex: Mangalarga, campolina, andaluz. Brevilíneos - os eixos longitudinais ultrapassam pouco os transversais: o corpo é curto e o tórax largo, membros curtos e grossos, como também o pescoço, sendo a cabeça também curta e larga. A idéia geral é de compacticidade, robustez e estabilidade. São animais de grande força física. Ex: Bretão, Percheron. Anacolinorfos - apresentam a cabeça, o pescoço e o tronco em proporções normais, membros extremamente encurtados facilitando o trabalho junto ao solo ou sob o solo. Ex: basset, dachshund, terrier escocês.
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