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Gabriel Marcel e o existencialismo

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Gabriel Marcel e 
o existencialismo
Breve apresentação sobre o filósofo francês 
Marcel, e sua relação com o existencialismo.
Gabriel Marcel
Gabriel-Honoré Marcel (1889-1973) foi filósofo, dramaturgo e compositor 
francês, tendo influenciado as tendências existencialistas e fenomenológicas.
Em sua filosofia, pode ser descrita como um neo-socrático, contrário ao 
racionalismo e rejeitando o cientificismo que tenta explicar o homem como coisa 
e a teocracia que toma o homem como objeto.
Marcel se converteu ao catolicismo em 1929. Ele escolheu a religião católica, 
entendendo como uma fé universal, mas ainda continuou como um filósofo 
independente, nunca um teólogo apologista ou porta voz do catolicismo.
Marcel e o existencialismo
O termo “existencialismo” foi utilizado por Gabriel Marcel, por volta de 1940, 
para descrever as filosofias de Jean-Paul Sartre, Albert Camus e Simone de 
Beavoir que tinham como foco a existência humana, ao invés da metafísica, 
buscando superar o estado de alienação entre as pessoas.
Para Marcel, a existência tem uma urgência de transcendência. Sua obra 
filosófica, apesar de pouco conhecida, trata sobre introspecção e autoreflexão, 
fazendo parte de uma geração de pensadores franceses que possuem como 
fonte de sua reflexão suas experiências interiores.
Gabriel Marcel (1889-1973)
Influências em sua filosofia
● Blaise Pascal (1623-1662)
● Samuel Coleridge (1772-1834)
● Friedrich Schelling (1775-1854)
● Sören Kierkegaard (1813-1855)
● Francis Bradley (1846-1924)
● Henri Bergson (1859-1941)
● Edmund Husserl (1859-1938)
● Rainer Maria Rilke (1875-1926)
● Karl Jaspers (1883-1969)
Filosofia de Gabriel Marcel
A filosofia de Marcel defende a singularidade irrepetível de cada existente, 
contrário ao racionalismo que reduz a existência à dados e explicações.
Marcel reconhece a falta de objetividade como algo fundamental em cada 
pessoa, entende que a existência corresponde ao corpo. Cada pessoa é seu 
corpo, que corresponde a matéria visível e a intimidade, que segue para a 
concretização do eu, tornando-se uma existência singular.
Para ele, o homem busca um sentido para a vida, que é sempre único e pessoal. 
Os que recusam encontrar o sentido de suas vidas acabam por renunciar sua 
identidade própria e se dissolve no ter, ao invés de ser.
Sentido existencial
O sentido existencial do indivíduo, em sua vida corporal e psíquica, é tratado por 
Gabriel Marcel, propondo a expressão para se opor ao pensamento, referindo-se 
a experiência imediata e irredutível da existência de um ser existente.
A partir do uso de Marcel, o termo "existencial" passou a ser difundido na 
linguagem corrente. O que antes era tido como psicológico ou moral, passou a 
ser tido como "existencial", correspondendo a diversas situações, como o 
conteúdo de uma emoção, a um mal-estar, mas em especial a um modo de 
engajamento.
Ser “itinerante”
Segundo Marcel, o ser humano é itinerante, a caminho do sentido para a vida. A 
esperança representa a abertura deste ser a contestar tudo o que existe.
Sua filosofia é focada no Ser e no mistério, contrária à racionalidade e 
objetividade, características da filosofia ocidental de seu tempo. Sua filosofia 
está em defesa do homem e de sua dignidade. Ele não rejeita a razão, mas rejeita 
o abuso do racionalismo.
A filosofia é tida como uma expressão da experiência, na ordem do vivido e 
experimentado.
“A esperança é o estofo de que nossa 
alma é feita; é um outro nome da 
exigência de transcendência, pois é a 
mola secreta do homem itinerante.”
(Gabriel Marcel)
Sou meu corpo
Para Marcel, o existente não pode se separar de seu corpo, mas só pode existir e 
pensar como ser encarnado. O corpo é a base de todas as possibilidades de ter o 
que quer que seja.
Não apenas temos um corpo, mas somos nosso corpo, assim como somos nossa 
história, nossa situação, em nossa participação. O reconhecimento de si 
acontece a partir de seu próprio corpo concreto, e não somente por meio de 
pensamentos e abstrações.
O Ser e o Ter
Marcel tratou sobre uma distinção fundamental sobre a existência de cada 
pessoa, chamou de tensão entre o Ser e o Ter.
Ter corresponde à coisas que estão externas ao indivíduo e que não dependem 
dele, onde a pessoa se coloca como proprietária delas. Os que se apegam ao Ter 
acabam deixando de lado o Ser, os objetos que possuem os absorvem.
Já o Ser é aquele que tem primazia sobre o Ter, que define suas relações com o 
Ter. Vivemos numa tensão dialética entreo Ser e o Ter, porém devemos sempre 
tentar orientar o Ser, para que não seja absorvido pelo Ter.
Fidelidade
O Ser se faz presente na fidelidade, que não é finalidade em si mesmo, mas do 
Ser para com os outros.
Cada pessoa tem a possibilidade de escolher por si mesmo o que deseja para si. 
Se uma pessoa escolhe fazer certa escolha, e em outro momento pode mudar 
sua escolha, porém a escolha foi feita por ela mesma, sua fidelidade implica numa 
postura que vá além de sua vida e as situações.
Trata-se de uma escolha fiel a si mesmo.
“Se cumpro minha promessa, 
torno-me inautêntico para com o 
outro. Por outro lado, se se negasse 
todo o engajamento, todo o 
compromisso, tornar-se-ia impossível 
a vida em comunidade.”
(Gabriel Marcel)
O Ser verdadeiro é o ser disponível, que se abre para participar do mundo e para 
estar com os outros. Trata-se de uma postura esperançosa e amorosa para com a 
vida e as experiências.
Quando a pessoa se ocupa unicamente de si mesma, ela fica fechada para os 
outros, tornando-se inquieta e insegura.
Marcel relaciona essa postura com a desesperança, que faz com que a pessoa 
fique com medo, se feche de si mesmo e não espera nada mais de ninguém. 
Segundo ele, o ser indisponível é a raiz do pessimismo.
Disponibilidade
“O homem depende, em grande parte, 
da ideia que faz de si mesmo.”
(Gabriel Marcel)
O mistério do Ser
Mistério é uma condição em que o próprio Ser está implicado e comprometido. 
Os mistérios interessam a filosofia, porém estão fora do alcançe do 
conhecimento objetivo.
O problema é algo que encontramos diante de nossa existência, que podemos 
delimitar ou reduzir. Diante do problema somos espectadores, já o mistério não 
está inteiramente ante o ser.
Apesar dos esforços do iluminismo racionalista de eliminar o mistério da religião 
na vida e no mundo, Marcel retoma o mistério no centro da experiência.
A Fé autêntica
Segundo Marcel, toda fé autêntica está enraizada no ser e no mistério. O ser só 
se realiza quando reafirma sua condição de criatura de Deus.
A fé é um ato de dar sentido à própria existência, de modo mais significativo e 
transcendente. Entende assim Deus como presença absoluta na adoração.
Crer é sentir-se como no interior de Deus, o ato de fé supõe mais que a 
subjetividade mas entender Deus como uma relação absolutamente de fé, que 
constrói a realidade espiritual e a relidade a partir da divindade. Corresponde a 
intimidade, de ser possúido com plenitude, ligação, vínculo, afeto e comunhão.
“Eu sou mais quanto mais Deus é para 
mim. A crença em Deus é um modo 
de ser e não opinião sobre a existência 
de uma pessoa.”
(Gabriel Marcel)
Relação com cristianismo
Gabriel Marcel faz parte de um grupo de renovadores do pensamento sobre o 
cristianismo. Podemos citar entre eles Santo Agostinho, Blaise Pascal e Sören 
Kierkegaard.
Sua obra possui uma originalidade por analisar a existência como uma expressão 
do testemunho, da fidelidade, do amor e da esperança, vinculando a existência 
ao Ser e partindo da realidade concreta do homem em relação a comunhão 
íntima e pessoal com a transcendência.
Principais obras
● Ser e ter (1935)
● Homo Viator: prolegômenos para uma filosofia da esperança (1944)
● Posição e aproximaçõesconcretas do mistério ontológico (1949)
● O mistério do Ser (1951)
● O homem problemático (1955)
● Presença e imortalidade (1959)
● A dignidade humana e suas bases existenciais (1964)
● Para uma sabedoria trágica (1968)
● Jean Wahl (1888-1974)
● Emmanuel Lévinas (1906-1995)
● Paul Ricoeur (1913-2005)
Gabriel Marcel influenciou:
por Bruno Carrasco
Psicoterapeuta existencial graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia, 
pós-graduado em Ensino de Filosofia e especializado em Psicoterapia 
Fenomenológico-Existencial.
Atua valorizando cada pessoa em seu modo de ser singular, colaborando para 
lidar com suas dificuldades e ampliar suas possibilidades de escolha.
www.brunopsicoterapeuta.tk
www.fb.com/brunopsicoterapeuta
ex-isto | existencialismo e psicologia
Estudo, pesquisa e divulgação do existencialismo e sua relação com a psicologia, 
filosofia, psicoterapia, fenomenologia, literatura e arte.
Existencialismo é uma vertente filosófica com foco na existência humana, em 
seus aspectos concreto e singular, valorizando a liberdade de ser e o respeito 
para com as diferenças individuais.
www.ex-isto.site
www.fb.com/existosendo
2017
Referências
Zilles, U. Gabriel Marcel e o existencialismo. Acadêmica/PUC: Porto Alegre, 1988.
Silva, C.A.F. Gabriel Marcel, 40 anos depois. Edunioeste: Casvavel, 2013.
Colette, J. Existencialismo. L&PM: Porto Alegre, 2009.
Japiassú H., Marcondes, D. Dicionário de Filosofia. Jorge Zahar: Rio de Janeiro, 2005.
Penha, João da. O que é existencialismo. Brasiliense: São Paulo, 2014.
Reynolds, Jack. Existencialismo. 1 ed. Vozes: Rio de Janeiro, 2013.
ex-isto
www.ex-isto.site
www.fb.com/existosendo
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