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Principais cardiopatias de interesse odontológico

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Principais cardiopatias de interesse odontológico.
As doenças relacionadas ao sistema cardiovascular que potencialmente interferem na conduta odontológica podem ser divididas em congênitas e adquiridas. 
Dessa forma, torna-se imperativo que o cirurgião-dentista identifique estas condições e saiba correlacioná-las com as condições bucais e com outras condições de ordem geral de seu paciente.
O coração pode ser afetado por anomalias congênitas, algumas que podem se manifestar apenas na idade adulta, assim como pode também ser afetado por anomalias que surjam com o desenvolvimento do indivíduo, devido a fatores externos.
Os sintomas cardeais das cardiopatias são: dor no peito, dispneia, edema e síncope, comuns à maioria das cardiopatias.
As anomalias cardíacas congênitas resultam de defeitos embrionários ocorridos durante o período de desenvolvimento do coração e dos grandes vasos. Hipóxia e endocardite fetais, anomalias imunológicas, deficiências vitamínicas e uso de drogas pela mãe durante a gestação têm sido consideradas como causas também das cardiopatias congênitas.
As cardiopatias são divididas em dois grandes grupos:
Cardiopatias congênitas cianogênicas 
Cardiopatias congênitas acianogênicas
Cardiopatias congênitas cianogênicas
Algumas lesões cardíacas congênitas causam cianose porque há retorno de sangue venoso para o coração, que por sua vez é bombeado para o sistema circulatório, sem ter passado pelos pulmões para a devida oxigenação. 
- Tetralogia de Fallot
Essa anomalia consiste de estenose pulmonar, comunicação interventricular, hipertrofia ventricular direita e dextroposição da aorta. Em consequência deste quadro, o fluxo sanguíneo pulmonar é reduzido e geralmente inadequado, e com a comunicação interventricular o quadro de cianose estará presente. A presença de extremidades arroxeadas são características marcantes das crianças com Tetralogia de Fallot. No caso de hipertrofia do ventrículo direito deve optar pela intervenção cirúrgica. 
- Atresia Tricúspide 
Este defeito congênito é caracterizado pela atresia da valva tricúspide associada à atresia ou estenose pulmonar com comunicação interventricular ampla. Há um coração com três câmaras, onde o V. esquerdo mantém a circulação sistêmica e pulmonar, através da persistência do canal arterial. O tratamento é cirúrgico e consiste de uma correção univentricular, sendo necessária a realização de duas/três cirurgias chegando a um resultado paliativo definitivo.
- Transposição dos Grandes Vasos
Cardiopatia mais comum ao nascimento e caracteriza-se pela concordância atrioventricular e discordância ventriculoarterial resultando em duas circulações paralelas, de tal forma que o sangue que chega do corpo, no átrio direito, vai ao ventrículo direito e retorna ao corpo através da artéria pulmonar e o retorno venoso pulmonar chega no átrio esquerdo, ventrículo esquerdo e volta aos pulmões pela artéria pulmonar. Esta situação é incompatível a vida.
- Anomalia de Ebstein
Ao invés da valva tricúspide estar no seu local usual, está deslocada para dentro do ventrículo direito, tanto que a cavidade ventricular direita é reduzida de seu tamanho usual, e praticamente dividida em duas câmaras. O efeito dessa anatomia resulta na redução do fluxo pulmonar. 
Cardiopatias congênitas acianogênicas
Neste grupo de lesões existe uma ligação entre a circulação sistêmica e a pulmonar, podendo ser intra ou extracardíaca. Este desvio não causa apenas um ruído característico, mas também há aumento do coração, artéria pulmonar mais proeminente devido ao aumento do fluxo sanguíneo. Os sinais clínicos são pouco ganho de peso, insuficiência cardíaca e infecções respiratórias de repetição. 
- Comunicação Interventricular (CIV)
É a segunda mais comum lesão congênita do coração, que pode acarretar a outros problemas cardíacos, exemplo, o mais comum é a estenose pulmonar. Na maioria dos casos a CIV estão localizadas na porção membranosa do septo, bem abaixo a valva aorta. O quadro clínico é de insuficiência cardíaca com taquicardia, hepatomegalia e edema palpebral bilateral. 
- Comunicação Interatrial (CIA)
Inclui a permanência do forame oval. As comunicações podem ser: na fossa oval, na parte inferior do septo interatrial na região do “ostium primum”, abaixo da veia cava superior no átrio direito ou próxima ao seio venoso. Os sintomas são: dispneia, fadiga e taquicardia atrial. Tratamento se dá através do implante de prótese de Amplatzer, ou cirurgia.
- Persistência do Canal Arterial
O canal que une a artéria pulmonar esquerda e a aorta fecha-se normalmente com o nascimento ou logo após. Caso ocorra a persistência, haverá um desvio de fluxo sanguíneo da aorta para artéria pulmonar, resultando em um hiperfluxo pulmonar.

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