Buscar

Abrangência das Ações de Saúde ( Módulo IV ) Unime 2018.2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 78 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ABRANGÊNCIA 
 
DAS AÇÕES DE 
 
SAÚDE – AAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Problema 1 - Abertura 
 
 1900 - Novo século 
 
 Século da ciências, medicina, eletricidade. 
 
 Epidemia de febre amarela no RJ, SP, epidemias de cólera, varíola, malária... 
 
 Saúde pública entra em desconfiança. 
 
 Os pobres só tinham as benzedeiras para serem cuidados. 
 
 No começo do século XX os pobres só dispunham de atendimento filantrópico nos 
hospitais de caridades mantidos pela igreja. 
 
 As epidemias tornam – se cada vez mais graves, os imigrantes evitam vim para o 
país, sem imigrantes o café era prejudicado, fábricas também. 
 
 Oswaldo Crus é nomeado diretor, é criado um instituto em Manguinhos para 
produção de vacinas e será realizado uma campanha para vacinação, quem não 
cooperar será intitulado inimigo da saúde pública, aí que está o problema, não existiu 
uma campanha para essa vacinação fazendo com que os pobres acreditassem que era 
apenas uma desculpa para mata - los, gerando caos no Rio de Janeiro. 
 
 As vacinas são obrigatórias. 
 
 Muitos diziam que a vacinação obrigatória contraria a liberdade e o direito dos 
cidadãos ( Militares Positivistas ) , entretanto eles reconheciam a evolução da ciências. 
 
 
 1904 – Estoura a revolta contra a vacina obrigatória 
 
 População mais humilde e polícia se enfrentam. 
 
 O governo não volta atrás e “ derrota a revolução contra a vacina “ 
 
 Em São Paulo o Dr. Emílio Ribas mora com doentes da Febre Amarela ( Doença 
transmitida por picada de mosquito infectado pelo vírus para provar que a doença não 
se pega assim em contato com o doente. 
 
 As indústrias começam a crescer no país. 
 
 Greve operária abala a produção de tecidos. 
 
 A gripe espanhola mata milhares de pessoas no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 1918 - Gripe Espanhola ( Castigo dos Céus ) 
 
 
 Os médicos não sabem o que fazer com a doença 
 São Paulo está nas mãos dos grevistas e governador foge para o interior. 
 
 1919 – Greve acaba entre acordo com grevistas e patrões 
 
 
 1920- Tenentes se revoltam e tomam o forte de Copa Cabana 
 
 Dr. Geraldo Paula Souza volta ao Brasil após fazer um curso de saúde pública na 
Hopkins e deu início ás obras do Centro de Saúde. 
 
 O centro de saúde é social e educativo, o médico sanitarista e as educadoras 
sanitárias substituem os guardas, inspetores e delegados. A família é o centro da ação 
 
 1924 – São Paulo é bombardeada 
 
 
 Vargas assume a presidência e fala em um governo voltado para os mais pobres e 
desprotegidos. 
 Vargas anuncia que irá centralizar e uniformizar as estruturas de saúde ( Ficou 
conhecido como o pai dos pobres ). 
 Vargas cria o instituto de aposentadoria e pensões dos marítimos. Todas as 
categorias profissionais teriam seus IAP’s ( Insituto de aposentadorias e pensões ) para 
substituir as “ caixas`` . As pessoas teriam uma parte do dinheiro do salário descontados 
para depois ter pleno direito à assistência médica, aposentadorias e pensões após um 
tempo de trabalho. 
 O pagamento deve ocorrer todo mês durante 30 anos ( Lembrando que a expectativa 
de vida antigamente era muito menor que hoje ). 
 Os recursos dos IAPS foram sempre aplicados pelo governo no financiamento da 
industrialização do país. 
 Quem não consegue pagar as contribuições acaba ficando sem direito algum. 
 
 1937 – O ESTADO NOVO 
 
 
 Criação do Ministério do Trabalho e tentativa de salvação do sistema previdenciário 
formado pelos IAPS, que na época era considerado um dos mais modernos do mundo. 
 O Brasil luta na Guerra ao lado das nações democráticas 
 O dinheiro da previdência continua sendo investido na industrialização do País ( Isso 
é muito errado já que o dinheiro do povo está sendo desviado ) 
 SESP ( Atividades do Serviço Especial de Saúde Pública no interior do país ) 
 Iniciativa da nossa saúde pública para combater a malária e proteger os “ soldados 
da borracha “ . Os americanos financiam o SESP porque eles precisam da borracha 
para a guerra. Para o Brasil o SESP é importante pois ele faz parte da saúde pública 
que vem combatendo as epidemias, são ações de comportamento preventivo , é uma 
preocupação mais social. Alcança lugares, com doenças nunca vistas ou estudadas, 
como Carlos Chagas descobriu. 
 
 
 
1945 – Vargas é deposto, irão ocorrer eleições para presidente 
 
 Com os meios de comunicação mais livres passaram a existir diversas propagandas. 
 Pode – se observar que os EUA influenciaram demais no sistema de saúde do Brasil 
na época, tanto que o Brasil adotava um modelo de grandes hospitais com médicos de 
diversas especialidades e grande quantidade de equipamentos modernos e 
medicamentos. Passou a existir uma nova era nas histórias dos hospitais. 
 Mas os pobres não terão acesso a isso. 
 
 1951 - Vargas volta À presidência, eleito pelo voto popular. 
 
 A TV chega ao Brasil, aumentando ainda mais a comunicação. 
 É criado o Ministério da Saúde. 
 O Ministério da Saúde foi criado para fortalecer as ações na saúde pública ( Medicina 
Preventiva. ) 
 Existem várias correntes dentro da saúde pública, uma delas é dos médicos 
especialistas, eles defendem programas verticais do tipo de doentes, como o sanatório 
para tuberculosos, leprosários para os leprosos ( Hanseníase ), hospícios para os 
loucos. Mas Há quem critique esse modelo e a segregação que eles geram, essas 
pessoas apoiam modelos como o centro de saúde e uma medicina voltada para o povo, 
o SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA PARA TODOS. 
 O governo Vargas está em crise e ele acaba cometendo suicídio. 
 
 1956 - Juscelino ( JK ) assume a presidência 
 
 Grande evolução do país. 
 
 Trabalhadores se reúnem contra os valores dos IAPS. 
 
 
 1961 - Jânio quadros ( Vassourinha ) assume à presidência e promete varrer a 
corrupção 
 
 Os IAPS são separados de acordo com os valores, quem ganha mais têm IAPS 
melhores, sendo assim alguns IAPS conseguem construir seus próprios hospitais, 
entretanto algumas empresas não ficam satisfeitas com o atendimento que seu IAPS 
oferece e aí surge a ideia da medicina de grupo, ou seja, empresas que tem a finalidade 
de prestar serviços médicos privados aos empregados das empresas que o contrata. A 
vantagem desse sistema é que ocorre uma maior seleção da mão de obra e 
empregados que faltem menos, diziam que era o futuro da assistência médica, as 
empresas médicas. 
 
 1964 – Castelo Branco ( Militar ) assume o poder – DITADURA 
 
 Grande censura e arroxo salarial, ou seja, todo mundo cada vez mais pobre. 
 A classe operária e a classe média vão para a miséria, o êxodo rural está fazendo a 
população cada vez mais pobres, aumentando o número de doenças, a saúde sendo 
sucateada, programas e serviços importantes sem verbas ( Ex. Saneamento básico ). 
O Governo só da importância para o que pode ser repassado para o privado, a saúde 
pública tem que ser de investimento estatal, logo é negligenciada. 
 O governo vai unificar todo o sistema previdenciário, IAPS e outros órgãos em um 
sistema único que recebe o nome de Instituto Nacional e previdência social ( INPS ), 
esse instituto vai concentrar todas as contribuições previdenciárias do país, incluindo os 
trabalhadores do comércio, operários e serviços, vai gerir todas as aposentadorias eassistências médicas dos trabalhadores do Brasil. 
 Agora a massa de dinheiro vai ser ainda maior, gerando um grande desvio 
 O dinheiro da previdência passa a construir grande obras para impulsionar a 
economia brasileiro para um crescimento ininterrupto ( como a ponte Rio – Niterói ) e a 
saúde pública fica cada vez pior. 
 O Governo Federal, através do INPS, criou linhas de financiamento para que a 
iniciativa privada construa hospitais particulares visando ampliar o número de leitos 
hospitalares, esses hospitais atenderão os trabalhadores inscritos na previdência social. 
 O governo federal estende a previdência aos trabalhadores rurais\ 
 A previdência nunca atendeu tantas pessoas, entretanto o governo não tinha controle 
sobre os gastos e quem era contra isso passava a ser chamado de subversivo. 
 A população começa a reclamar da falta de saúde 
 Surge a epidemia de meningite, entretanto o governo não permite que o tema seja 
abordado ( Censura ). 
 
 1978 – Greve em busca de Postos de saúde, água... 
 
 Movimento Popular de Saúde – São Trabalhadores de saúde, estudantes e 
professores em busca de uma melhora na saúde, centrado na atenção básica. 
 Várias cidades começam a melhorar sua saúde através desse movimento. 
 O Governo cria o SINPAS ( Sistema Nacional de previdência e assistência social ) 
que passa a reunir todos os órgãos de assistência médica no INAMPS( Instituto 
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social ) e todos os órgãos e 
aposentadorias e pensões no INPS ( Instituto Nacional de Previdência Social ) , a 
administração dos recursos financeiros do sistema passa a ser controlada pelo IAPAS 
(O Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social ) 
 
 
1979 – Crescem os Sindicatos e os operários ( Trabalhadores se unem ), 
gerando grande conflito com o governo. 
 
 As pessoas querem ter “ Voz ´´ na saúde 
 A censura esconde as epidemias no país 
 Hospitais privados enriquecem as custas da previdência social 
 A previdência vai à falência, medidas são tomadas para reverter essa situação. 
 A previdência falida não permite aos trabalhadores obterem uma saúde decente, 
essa falência ocorre pois esse sistema de seguro – saúde funciona muito bem quando 
a economia cresce, entretanto, quando a economia não cresce existem mais pessoas 
necessitando de atendimento médico e se aposentando do que entrando para o 
sistema, ou seja, mais dinheiro saindo que entrando. Além da falência da previdência 
existe um outro motivo para a crise na saúde, que é a utilização dos recursos da 
previdência para criação de grandes hospitais ( Esses hospitais na verdade são 
privados, os empresários pegava o dinheiro emprestado com o governo, que pagava a 
consulta. Quando os donos dos hospitais conseguiram “ andar com as próprias pernas 
´´ resolveram quebrar o vínculo com o governo, deixando de atender os trabalhadores 
da previdência, atendendo apenas ao particular, ou seja, o Governo ficou sem os 
hospitais para atendimento. 
 
 1986 – 8ª Conferência Nacional da Saúde 
 
 - Busca pelo sistema único de saúde 
 - Criação do SUS – Garantia dos princípios que orienta um novo sistema de 
saúde. 
 - O SUS tem como princípio a Universalidade, Integralidade e Equidade e a 
participação social. Com o SUS a saúde é tratada como direito e não mais como um 
 
 
favor, privilégio ou caridade. É universal para todos, com ou sem carteira assinada. É 
integral, da vacina ao transplante. Com equidade é enfrentado as desigualdades 
sociais. 
 - A marca mais importante do SUS é a participação popular. Cada cidade vai 
contar com um conselho de saúde formado por usuários, trabalhadores da saúde e 
gestores. 
 - Periodicamente existem as conferências para debate e aprovação do que foi 
debatido. 
 - Sem as conferências e conselhos a cidade fica de fora do SUS 
 
1990 – Aprovação da regulação do SUS com as leis 8.080 e a lei 8.142. Existem 
muitas dificuldades mas os municípios avançam. 
 - A implantação do SUS continua difícil, hospitais lotados, sem leitos 
suficientes. 
 - As cooperativas ganham força, sucateando a saúde. 
 
1994 – Chega ao Brasil os computadores, internet. 
 - Maiores informações para a população 
 - Crise da previdência se aprofunda 
 - O Ministério da Saúde cria o programa Saúde da Família, que vai prestar 
assistência domiciliar à população. Ocorre uma assistência individual, com objetivo de 
prevenção da saúde. 
 
1995 - Abre a internet no setor privado 
 
 - Planos de saúde ficam em alta, mas eles querem as pessoas saudáveis, que 
não lhe dão despesas. Eles só querem aumentar os valores para os associados 
alegando que estão sem dinheiro, ameaçam ao governo, se ele não permitirem esse 
aumento vão começar a descredenciar hospitais e médicos. 
 
 Posse de Fernando Henrique Cardoso 
 
 - O Governo quer transferir os serviços públicos para entidades privadas, sem 
fins lucrativos, as organizações sociais. Uma de suas principais áreas de atuação será 
a área da saúde, ou seja, querem terceirizar o SUS, passar a gestão para a iniciativa 
privada. 
 - Hospitais prontos passam do Governo Federal para as organizações 
sociais. 
 
 Posse de Lula 
 
 - Inicia um projeto de reforma da previdência, depois de viver com grande déficit 
e praticamente falir, ela não pode continuar da mesma forma. 
 - O SUS não depende mais dessa reforma 
 - O SUS não é interessante para a iniciativa privada, eles não se interessam por 
um sistema público universal e de qualidade, já que usam a doença para colher lucro. 
 - A terceirização da saúde para as OSS é um grande inimigo para o SUS 
 - O povo acaba pegando filas gigantes, já que quem tem condições acaba 
conseguindo privilégios nos seus atendimentos. 
 - Após 20 anos da 8 ª Conferência Nacional de Saúde existiram : ( 56 minutos ) 
 - Avanços : O Sus faz parte do cotidiano de todos os brasileiros, 
através de ações para pessoas mais carentes, até a promoção de pesquisas e novas 
tecnologias e pontas, atendimentos de emergência, prevenção de epidemias. 
 - O SUS é hoje a mais importante e avançada política 
social em vigência no Brasil e aponta para a justiça social. Isso é tudo no papel, 
 
 
entretanto na realidade não é assim. 
 
 - Problemas : As dificuldades são imensas, o orçamento é pouco 
e as necessidades muita. O SUS atende a mais de 1 milhão de pessoas por dia. O IBGE 
constatou que 98 % das pessoas que procuraram o atendimento ( pesquisa com mais 
de 300 mil pessoas ) foram atendidas. 
 
 - O Pacto pela saúde é um grande exemplo nas mudanças de 
políticas de saúde. É uma revolução no modo de financiamento e nas responsabilidades 
dos gestores, são compactuadas metas que são acompanhadas pelos indicadores de 
saúde, prioridades são compactuadas, mecanismos de apoio são acionados, isso muda 
muita coisa. 
 - O SUS chega aos municípios, embora as condições sejam longe das ideais, 
mas ainda assim o atendimento a toda população é realizado, garantindo o seu direito 
à saúde. Os hospitais vão se integrando à rede básica, existe uma busca pela medicina 
preventiva. 
 - Apesar dos problemas o SUS é tido como um sucesso, entretanto sabe que 
existe muita coisa à melhorar. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) completa este ano 28 anos de criação e 26 anos de 
implantaçãoANTECEDENTES DO SUS 
 
 Era uma época de censura, existia o medo do que poderia ou não ser feito 
 Projeto de Caruaru e Projeto de Montes Claro, discussão dos conceitos de 
universalização , regionalização 
 
 
 
 
O FUTUTO DO SUS 
 
 
 Busca da consolidação do SUS, existiu grande avanço mas ainda tem muito o que 
melhorar. Programas de vacinação, transplante, universalização, AIDS. 
 Deve existir a garantia de recursos perenes na saúde 
 Emenda 29 
 Deve existir sempre uma cumplicidade entre governo, população e usuários do 
sistema. 
 A gestão ainda tem que melhorar muito 
 Aproximadamente 145 milhões de pessoas dependem exclusivamente do SUS 
 
 
 
 
 
Lei n. 8.080/90 
 
 
- Artigo 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, 
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas 
naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. 
 
 
- Artigo 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover 
as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
- Dos Objetivos e Atribuições Dos Objetivos e Atribuições Dos Objetivos e Atribuições 
Dos Objetivos e Atribuições 
Art.5º - São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: 
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e 
social, a observância do disposto no § 1º do Art.2º desta lei; 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das 
atividades preventivas. 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e 
recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das 
atividades preventivas. 
 
- Dos Princípios e Diretrizes Dos Princípios e Diretrizes Dos Princípios e Diretrizes Dos 
Princípios e Diretrizes 
Art.7º - As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou 
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de 
acordo com as diretrizes previstas no Art.198 da Constituição Federal, obedecendo 
ainda aos seguintes princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das 
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada 
caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer 
espécie; 
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua 
utilização pelo usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de 
recursos e a orientação programática; 
VIII - participação da comunidade; 
 
 A Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade 
na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde. 
 
 
CONSELHO DE SAÚDE 
 
 O Conselho Nacional de Saúde (CNS) instância máxima de deliberação do Sistema 
Único de Saúde – SUS - de caráter permanente e deliberativo, tem como missão a 
deliberação, fiscalização, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas de 
saúde. 
 O CNS é um órgão vinculado ao Ministério da Saúde composto por representantes 
de entidades e movimentos representativos de usuários, entidades representativas de 
trabalhadores da área da saúde, governo e prestadores de serviços de saúde, sendo 
o seu Presidente eleito entre os membros do Conselho. 
 É competência do Conselho, dentre outras, aprovar o orçamento da saúde assim 
como, acompanhar a sua execução orçamentária. Também cabe ao pleno do CNS a 
responsabilidade de aprovar a cada quatro anos o Plano Nacional de Saúde. 
 Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre suas reuniões e infraestrutura que 
dê suporte ao seu funcionamento. 
 
 
 - REPRESENTAÇÃO 
Poderão ser contempladas, entre outras, as seguintes representações: • associações 
de portadores de patologias; • associações de portadores de deficiências; • entidades 
indígenas; • movimentos sociais e populares organizados; • movimentos organizados 
de mulheres em saúde; • entidades de aposentados e pensionistas; • entidades 
congregadas de sindicatos, centrais sindicais, confederações e federações de 
trabalhadores urbanos e rurais; • entidades de defesa do consumidor; • organizações 
de moradores; • entidades ambientalistas; • organizações religiosas; • trabalhadores da 
área da Saúde; • associações, sindicatos, federações, confederações e conselhos de 
classe; • comunidade científica; • entidades públicas, hospitais universitários e hospitais 
no campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento 
 
CONFERÊNCIA DE SAÚDE 
 
 É o fórum que reúne todos os segmentos representativos da sociedade, um espaço 
de debate para avaliar a situação de saúde, propor diretrizes para a formulação da 
política de saúde nas três esferas de governo. É convocada pelo Poder Executivo ou 
pelo conselho de saúde, quando 50% + 1 dos integrantes desse fórum conclamam a 
conferência. Acontece de 4 em 4 anos. É realizada pelas esferas municipal, estadual e 
federal. É o espaço de debate, formulação e avaliação das políticas de saúde. 
 
 REFORMA SANITÁRIA 
 
 O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no 
início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias 
que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. 
Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em busca 
da melhoria das condições de vida da população. 
 Grupos de médicos e outros profissionais preocupados com a saúde pública 
desenvolveram teses e integraram discussões políticas. Este processo teve como 
marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. Entre os 
políticos que se dedicaram a esta luta está o sanitarista Sergio Arouca. 
 As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do 
direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
 
 PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010 
Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
 DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. 
 
Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, para dispor sobre a 
organização do Sistema Único de 
Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a 
assistência à saúde e a articulação 
interfederativa, e dá outras providências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Problema 1 - Intermediária 
 
 Saúde no Brasil antes da colonização 
 
 Antes da chegada dos europeus no Brasil a vida era muito diversificada, 
mudava de acordo com suas tribos. Apesar dessas divergências, a saúde era 
observada através de uma mesma visão, eram utilizadas ervas e plantas em 
busca da cura. Os pajés eram responsáveis por esse conhecimento, “ 
guardando essa sabedoria “ e passando para a tribo. Tudo isso era feito 
através de rituais ( Era feito com plantas, ervas, danças, bebidas ). 
 As doenças eram vistas como algum feitiço.Caso o pajé não conseguisse tratar o doente e essa doença passasse para 
outros da tribo, os outros deveriam buscar outra terra, sem esse males 
 
 Saúde no Brasil com a chegada dos Europeus 
 
 Os índios viviam de acordo com a natureza, não possuíam muitas doenças e 
por isso seu sistema imune também não era tão forte. Com a chegada dos 
Europeus chegaram também as doenças, que dizimaram muitos indígenas. 
Eram doenças que para os Europeus eram simples e não levavam à morte, 
entretanto , uma simples gripe era mortal para os índios. Além de gripe 
 
 
chegaram as epidemias de malária, sarampo, febre amarela, disenteria e 
varíola. 
 Durante o período colonial o acesso ao tratamento variava de acordo com a 
condição social ( Ainda podemos observar isso ), a assistência à população 
pobre e indigente ficava sob cuidados das Santas Casas de Misericórdia. As 
pessoas com maiores condições buscava ajuda dos boticários, barbeiros, 
sangradores, empíricos, curandeiros ( Apresentavam conhecimento de 
algumas ervas medicinais brasileiras ) ... 
 Quem cuidava da saúde dos Europeus com maiores condições, nessa 
época, eram os jesuítas. Que atuavam no tratamento de doenças, epidemias, 
fundavam hospitais, estudavam as doenças curativas das regiões e mantinham 
eficientes enfermarias no Brasil. Alguns jesuítas vieram de Portugal já 
formados nas áreas médicas, mas a maioria atuava informalmente. 
 Em 1574 Inácio de Loiola determinou que em todas as aldeias fossem 
criadas enfermarias e casas isoladas, que funcionassem como hospitais. 
 Duas grandes epidemias tomaram conta do Brasil colônia : Varíola e 
Sarampo. Elas dizimaram milhares de índios e escravos. O Tratamento foi 
realizado pelo padre Anchieta era realizado por sangria. Os jesuítas se 
consideravam um médico espiritual e corporal. 
 Ainda assim predominava uma precária organização dos serviços de saúde 
 
 Chegada da família real no Brasil – Império 
 
 Após a chegada da família real no Brasil o país teve avanços na área da 
saúde, de acordo com a época. 
 Com a família real no Brasil era necessário uma estrutura sanitária mínima, 
capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro 
pois a péssima condição de vida e de salubridade facilitavam a disseminação 
de diversas doenças. 
 Em 1808 Dom João VI fundou na Bahia o colégio médico cirúrgico, no real 
hospital militar de Salvador. No mesmo ano foi criado a escola de cirurgia de 
Salvador, anexo ao Real hospital militar, finalizando assim o período de Brasil 
colônia. 
 É importante ressaltar que essas medidas sanitárias durante esse período 
não tinha como preocupação a melhora no nível de saúde da população em 
geral , mas sim proteger os nobres portugueses de doenças. 
 
 Saúde no Brasil República 
 
 Já no início da República, o Brasil sofria com grande epidemias, como 
varíola, febre amarela, entre outras que matavam milhares de pessoas. Essas 
epidemias eram “ ajudadas” pelas condições precárias das condições 
sanitárias e de higiene da população. Essas epidemias começaram a interferir 
também na economia do país, já que muitos imigrantes não queriam vim para o 
Brasil e eles eram a melhor mão de obra para o café, sem contar os navios que 
evitavam atracar no país, fazendo com que o produto não fosse exportado. 
 Para os pobres a situação não mudou muito, ainda tinham que buscar 
benzedeiras ou entidades filantrópicas mantidas pela Igreja. 
 Em 1900 Oswaldo Crus é nomeado diretor do Instituto em Manguinhos, 
nesse instituto serão produzidas vacinas para essas enfermidades. O problema 
 
 
é que na hora da aplicação da vacina, o povo não tinha conhecimento do que 
era e não queriam tomar, o governo utilizou de sua força militar para tornar 
obrigatória a aplicação, isso gerou muitas brigas, mas no final o governo vence 
utilizando sua força. Só para ressaltar, a vacina era obrigatória e foi apenas no 
Rio de Janeiro. 
 Outro fato importante para a saúde foi o médico Emílio Ribas morar com 
portadores de Febre Amarela, mostrando assim que a doença não era 
transmitida apenas pelo contato com o doente, hoje sabemos que a doença é 
transmitida por picada de mosquito infectado pelo vírus. 
 A gripe espanhola assola o Brasil, matando milhares de pessoas. 
 O médico Geraldo Paula Souza volta ao Brasil para instaurar os Centros de 
Saúde, após um curso de saúde pública na Hopkins. Esse Centro de saúde é 
social e educativo, o médico sanitarista e as educadores iriam substituir os 
guardas e inspetores. A família passa a ser o centro da ação. 
 Vargas vai assumir o poder e decide centralizar e uniformizar as estruturas 
de saúde 
 Vargas cria o instituto de aposentadoria e pensões dos marítimos. Todas as 
categorias profissionais teriam seus IAP’s ( Instituto de aposentadorias e 
pensões ) para substituir as “ caixas`` . As pessoas teriam uma parte do 
dinheiro do salário descontados para depois ter pleno direito à assistência 
médica, aposentadorias e pensões após um tempo de trabalho. 
 O pagamento deve ocorrer todo mês durante 30 anos ( Lembrando que a 
expectativa de vida antigamente era muito menor que hoje ). 
 Os recursos dos IAPS foram sempre aplicados pelo governo no 
financiamento da industrialização do país. 
 Quem não consegue pagar as contribuições acaba ficando sem direito 
algum. 
 
 1937 – O ESTADO NOVO 
 
 O dinheiro da previdência continua sendo investido na industrialização do País ( Isso 
é muito errado já que o dinheiro do povo está sendo desviado ). 
 SESP ( Atividades do Serviço Especial de Saúde Pública no interior do país ) -> 
Iniciativa da nossa saúde pública para combater a malária e proteger os “ soldados da 
borracha “ . Os americanos financiam o SESP porque eles precisam da borracha para a 
guerra. Para o Brasil o SESP é importante pois ele faz parte da saúde pública que vem 
combatendo as epidemias, são ações de comportamento preventivo , é uma preocupação 
mais social. Alcança lugares, com doenças nunca vistas ou estudadas, como Carlos 
Chagas descobriu. 
 
 1951 - Vargas volta À presidência, eleito pelo voto popular. 
 
 É criado o Ministério da Saúde 
 O Ministério da Saúde foi criado para fortalecer as ações na saúde pública ( Medicina 
Preventiva ) 
 
 1961 - Jânio quadros ( Vassourinha ) assume à presidência e promete 
varrer a corrupção 
 
 Os IAPS são separados de acordo com os valores, quem ganha mais têm IAPS 
 
 
melhores, sendo assim alguns IAPS conseguem construir seus próprios hospitais, 
entretanto algumas empresas não ficam satisfeitas com o atendimento que seu IAPS 
oferece e aí surge a ideia da medicina de grupo, ou seja, empresas que tem a finalidade 
de prestar serviços médicos privados aos empregados das empresas que o contrata. A 
vantagem desse sistema é que ocorre uma maior seleção da mão de obra e empregados 
que faltem menos, diziam que era o futuro da assistência médica, as empresas médicas. 
 
 DITADURA MILITAR 
 
 A classe operária e a classe média vão para a miséria, o êxodo rural está 
fazendo a população cada vez mais pobres, aumentando o número de 
doenças( favelas, cortiços ) , a saúde sendo sucateada, programas e serviços 
importantes sem verbas ( Ex. Saneamento básico ).O Governo só da 
importância para o que pode ser repassado para o privado, a saúde pública 
tem que ser de investimento estatal, logo é negligenciada. 
 O governo vai unificar todo o sistema previdenciário, IAPS e outros órgãos 
em um sistema único que recebe o nome de Instituto Nacional e previdência 
social ( INPS ),esse instituto vai concentrar todas as contribuições 
previdenciárias do país, incluindo os trabalhadores do comércio, operários e 
serviços, vai gerir todas as aposentadorias e assistências médicas dos 
trabalhadores do Brasil. 
 Agora a massa de dinheiro vai ser ainda maior, gerando um grande desvio 
 O dinheiro da previdência passa a construir grandes obras para impulsionar 
a economia brasileira para um crescimento ininterrupto ( como a ponte Rio – 
Niterói ) e a saúde pública fica cada vez pior. 
 O Governo Federal, através do INPS, criou linhas de financiamento para que 
a iniciativa privada construa hospitais particulares visando ampliar o número de 
leitos hospitalares, esses hospitais atenderão os trabalhadores inscritos na 
previdência social. 
 O governo federal estende a previdência aos trabalhadores rurais. 
 A previdência nunca atendeu tantas pessoas, entretanto o governo não tinha 
controle sobre os gastos e quem era contra isso passava a ser chamado de 
subversivo. 
 A população começa a reclamar da falta de saúde. 
 Surge a epidemia de meningite, entretanto o governo não permite que o 
tema seja abordado ( Censura ). 
 
 1978 – Greve em busca de Postos de saúde, água...( Ainda é ditadura ) 
 
 Movimento Popular de Saúde – São Trabalhadores de saúde, estudantes e professores 
em busca de uma melhora na saúde, centrado na atenção básica. 
 Várias cidades começam a melhorar sua saúde através desse movimento. 
 O Governo cria o SINPAS ( Sistema Nacional de previdência e assistência social ) 
que passa a reunir todos os órgãos de assistência médica no INAMPS( Instituto 
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social ). 
 
1979 – Crescem os Sindicatos e os operários ( Trabalhadores se unem ), gerando 
grande conflito com o governo. 
 
 As pessoas querem ter “ Voz ´´ na saúde 
 
 
 A censura esconde as epidemias no país 
 Hospitais privados enriquecem as custas da previdência social 
 A previdência vai à falência, medidas são tomadas para reverter essa situação. 
 A previdência falida não permite aos trabalhadores obterem uma saúde decente, essa 
falência ocorre pois esse sistema de seguro – saúde funciona muito bem quando a 
economia cresce, entretanto, quando a economia não cresce existem mais pessoas 
necessitando de atendimento médico e se aposentando do que entrando para o sistema, 
ou seja, mais dinheiro saindo que entrando. Além da falência da previdência existe um 
outro motivo para a crise na saúde, que é a utilização dos recursos da previdência para 
criação de grandes hospitais ( Esses hospitais na verdade são privados, os empresários 
pegava o dinheiro emprestado com o governo, que pagava a consulta. Quando os donos 
dos hospitais conseguiram “ andar com as próprias pernas ´´ resolveram quebrar o 
vínculo com o governo, deixando de atender os trabalhadores da previdência, atendendo 
apenas ao particular, ou seja, o Governo ficou sem os hospitais para atendimento. 
 
 1986 – 8ª Conferência Nacional da Saúde 
 
 Busca pelo sistema único de saúde 
 Criação do SUS – Garantia dos princípios que orienta um novo sistema de saúde. 
 O SUS tem como princípio a Universalidade, Integralidade e Equidade e a 
participação social. ---Com o SUS a saúde é tratada como direito e não mais como 
um favor, privilégio ou caridade. É universal para todos, com ou sem carteira assinada. 
É integral, da vacina ao transplante. Com equidade é enfrentado as desigualdades 
sociais. 
 A marca mais importante do SUS é a participação popular. Cada cidade vai contar 
com um conselho de saúde formado por usuários, trabalhadores da saúde e gestores. 
 Periodicamente existem as conferências para debate e aprovação do que foi debatido. 
 Sem as conferências e conselhos a cidade fica de fora do SUS 
 
 1988 – Constituição de 88 – A constituição cidadã 
 
 1990 – Aprovação da regulação do SUS com as leis 8.080 e a lei 
8.142. Existem muitas dificuldades mas os municípios avançam. 
 
 A implantação do SUS continua difícil, hospitais lotados, sem leitos suficientes. 
 As cooperativas ganham força, sucateando a saúde. 
 
 1994 – Chega ao Brasil os computadores, internet. 
 
 Maiores informações para a população 
 Crise da previdência se aprofunda 
 O Ministério da Saúde cria o programa Saúde da Família, que vai prestar assistência 
domiciliar à população. Ocorre uma assistência individual, com objetivo de prevenção 
da saúde. 
 
 
 1995 - Abre a internet no setor privado 
 
 Planos de saúde ficam em alta, mas eles querem as pessoas saudáveis, que não lhe 
dão despesas. Eles só querem aumentar os valores para os associados alegando que 
 
 
estão sem dinheiro, ameaçam ao governo, se ele não permitirem esse aumento vão 
começar a descredenciar hospitais e médicos. 
 
 Posse de Fernando Henrique Cardoso 
 
 O Governo quer transferir os serviços públicos para entidades privadas, sem fins 
lucrativos, as organizações sociais. Uma de suas principais áreas de atuação será a área 
da saúde, ou seja, querem terceirizar o SUS, passar a gestão para a iniciativa privada. 
 Hospitais prontos passam do Governo Federal para as organizações sociais. 
 
 Políticas Sanitaristas 
 
 As discussões sobre a reforma sanitária tem início na década de 70, embora a reforma 
ocorra apenas em 1986 com a 8ª Conferência Nacional de Saúde .O movimento 
sanitário teve origem a partir de uma abordagem histórico e estrutural dos problemas de 
saúde. Essa abordagem foi discutida em todos os departamentos de medicina 
preventiva, em todas as faculdades. Nesses departamentos de medicina preventiva 
surgiram as bases do movimento sanitário, onde suas bases são : 
 1) Movimento estudantil e do CEBS ( Centro Brasileiro de estudos e saúde 
), o CEBES difunde a teoria da medicina social onde a saúde resulta de um processo 
histórico e cultura de determinada população, o lema do CEBES era saúde e 
democracia, ou seja, todos tinham direito à saúde, não apenas aqueles que contribuíam 
para a previdência social. 
 2) Médicos residentes, onde essa luta se deu mais do ponto de vista político 
em relação as relações de trabalho, os residentes reivindicavam melhores condições de 
trabalho, melhores condições nos hospitais para atender aos pacientes. 
 3) Academia, representada pela docência e pela pesquisa e o referencial 
teórico desse movimento sanitário também foi amplamente divulgado e consolidado na 
academia. 
 As propostas da reforma sanitária são : 
 1) Saúde é direito de todo o cidadão, as ações de saúde tem que está 
integradas em um sistema único, ou seja, não poderia existir divisão entre ações 
preventivas e ações curativas, como nós tínhamos ( Mais tarde viria a ser o SUS ). 
 2) Descentralização da gestão – Estado, município, união são responsáveis 
pela saúde e Participação da população nas propostas de saúde local. 
 As propostas da Reforma Sanitária foram defendidos na 8ª Conferência Nacional de 
Saúde. Essa foi a primeira conferência nacional que teve a participação de técnicos da 
área, gestores e da sociedade civil organizada, nas anteriores não existe a participação 
da sociedade, ou seja, nessa 8ª existiu uma democratização maior. Essa conferência 
ficou marcada pois foi a partir dela que ficou discutido o que mais tarde viria a ser oSUS. 
 
 
 8ª Conferência Nacional de Saúde 
 
 É nessa conferência que as propostas da reforma sanitária são discutidas 
 A 8ª CNS foi base para a elaboração do capítulo da Saúde para a construção da 
Constituição Federal de 1988 e para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS), foi 
um grande marco para a saúde. E os principais assuntos debatidos foi a saúde como 
direito; a reformulação do Sistema Nacional de Saúde; e financiamento setorial. 
 
 
 8ª Conferência teve sua Comissão Organizadora presidida por Sergio Arouca, uma 
das principais lideranças do Movimento da Reforma Sanitária 
 Com a Conferência ficou evidente a necessidade de mudanças profundas na área da 
saúde, ampliando o próprio conceito de saúde. Ouve acordo para que ocorresse a 
separação entre Saúde e Previdência, para que existisse um financiamento por parte do 
governo para a área específica da saúde ( e que a saúde deveria ser para todos, 
independente da contribuição ) . 
 
 Constituição Federal ( Artigos 196 à 200 ) 
 
 Nessa constituição que serão instituídas as propostas discutidas na 8ª 
Conferência Nacional de Saúde. Nela saem algumas leis como : 
 1) A saúde é um direito de todos e dever do Estado , garantindo 
através de políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de 
doenças. 
 2) O Poder Público dispõe da regulamentação, fiscalização e controle 
das ações e serviços de saúde 
 3) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único 
 4 ) As instituições privadas podem participar de forma complementar 
do SUS, mediante contrato ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e sem fins lucrativos . 
 
 Sistema Único de Saúde – SUS 
 Princípios Doutrinários : 
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e 
cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e 
serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, 
raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. 
Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades ( Busca a 
Justiça Social) . Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, 
as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras 
palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo 
mais onde a carência é maior. 
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo 
a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, 
incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a 
reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação 
da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação 
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e 
qualidade de vida dos indivíduos. 
 
 
 
 Princípios Organizativos 
Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em 
níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área 
geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e 
conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo 
de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado 
dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de 
atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da 
complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa 
dada região. 
Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e 
responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, 
descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o 
controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade 
pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser 
fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e 
financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da 
descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde 
cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e 
atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. 
Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. 
Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que 
visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de 
saúde. 
RESOLUBILIDADE – É a exigência de que, quando um indivíduo busca o 
atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a 
saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-
lo até o nível da sua competência. 
 
 
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 – Lei Orgânica da Saúde 
 
 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, 
a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras 
providências. 
 Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de 
saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, 
por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. 
 Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado 
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
 § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução 
de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de 
outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso 
universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação. 
 
 
 § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da 
sociedade. 
 Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, 
a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a 
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; 
os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do 
País. 
 
 Unidade de Saúde da Família 
 
 Essas unidades são alternativas para desafogar os hospitais e UPA. Nelas ocorre a 
atuação de uma ou mais equipes multidisciplinares ( médico, enfermeiro , dentista, 
auxiliares , técnico de enfermagem , administrativo ) e devem se responsabilizar pela 
atenção à saúde da população. 
 Realiza o cuidado primário, privilegiando a promoção da saúde, prevenção da 
doença, com autonomia técnica – assistencial . 
 O atendimento pode ser através das demandas espontâneas ou agendadas e a unidade 
pode e deve realizar regulação para o Hospital, caso necessário. 
 É o primeiro contato com o paciente, deve está localizado no centro do bairro para 
facilitar que o paciente chegue até ele. 
 
 
 
 Normas Operacionais 
 
 Instrumento jurídico institucional, editado periodicamente por Portarias do Ministério 
da Saúde, após amplo processo de discussão com gestores em saúde e segmentos da 
sociedade , negociado e pactuado na Tripartite, aprovado no Conselho Nacional de 
Saúde para : 
 Aprofundar e reorientar a implementação do SUS; 
 Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e 
movimentos tático—operacionais. 
 Regular as relações entreseus gestores 
 Normatizar o SUS 
 
 Normas Operacionais Básicas (NOBs) 
 
 É uma legislação além das leis orgânicas – Tem como objetivo definir 
estratégias que orientem sua operacionalização para nortear e aumentar sua 
implementação, além de estimular mudanças que colaborassem com o seu 
crescimento. 
 As NOBS foram definidas como recursos para investimento na saúde, com a 
criação do CONAS ( Conselho Nacional de Secretários de Saúde ) e do CONASENS ( 
Conselho nacional das secretarias municipais de saúde ), também deram ênfase na 
municipalização da saúde, onde município passou a ser responsável imediato pela 
assistência às necessidades do cidadão. 
 
 Normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS); 
 
 O objetivo da NOAS/SUS é promover maior equidade na alocação de recursos e no 
acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. 
Estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços 
 
 
de saúde e de busca de maior equidade. Institui o Plano Diretor de Regionalização 
(PDR) como instrumento de ordenamento do processo de regionalização da assistência 
em cada Estado e no Distrito Federal. 
 As NOAS foram em 2 edições, 2001 e 2002, e estabeleceram como meta 
disponibilizar maior acesso da população aos serviços de saúde em todos os níveis, 
promovendo ampliação da equidade e utilizando a regionalização como forma de 
organizar as hierarquias desses equipamentos de saúde. 
 
 Central de Regulação 
 
 Mecanismo de gestão que visa garantir a organização das redes e fluxo de vagas 
 É um sistema que monitora a disponibilidade de vagas em atendimento 
especializado e de leitos, tornando mais ágil a marcação de consultas e exames e, 
ainda, a transferência de pacientes em estado grave de saúde e que precisam de 
cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou de procedimentos complexos. 
 
 Assistente Social 
 
 Ela tem como função atuar no combate às desigualdades da sociedade. Ela 
realiza o planejamento e a execução de políticas públicas e de programas sociais 
que proporcionem o bem- estar e a integração do indivíduo com a sociedade. 
 
 Hospital de Referência 
 
É um hospital especializado em determinada doença / tratamento. 
 
 Médico de Família e Comunidade 
 
 Especialidade médico com foco na Atenção Primária à Saúde. 
 Como será o primeiro contato com o paciente, deve cuidar de forma 
longitudinal , integral e coordenada da saúde de uma pessoa, considerando 
seu contexto familiar e comunitário. 
 Essa especialidade ficou muito tempo em posição marginal, só ganhando 
maior visibilidade após a expansão do programa saúde da família. 
Seus princípios e práticas são centrados na pessoa e não na doença, na 
relação médico – paciente , na interlocução com o indivíduo , sua família e a 
comunidade que está inserido, onde o processo de adoecimento é relacionado 
à interação de fatores de ordem biológica, psicológica e sócio – ambiental . 
 
 
 
 CAIXA -> IAP’S -> INPS -> SINPAS ( INAMPS ) 
 
 
 Problema 1 – Fechamento 
 
Lei n. 8.142/90 - participação da comunidade na Gestão do Sistema Único 
de Saúde 
 
 É o complemento da Lei 8.080. Na época que a lei 8.080 foi aprovada, 
algumas partes foram vetadas pelo presidente da época, a parte envolvendo 
participação da comunidade mesmo foi vetada, então em 1990, mesmo com a 
aprovação da lei 8080 existiram várias manifestações da população em busca 
dos seus direitos participativos, então no mesmo ano foi editada uma nova lei 
trazendo essa parte da participação da comunidade, além disso trouxe a parte 
de financiamento do SUS. 
 Essa participação popular irá ocorrer nas Conferências de Saúde e nos 
Conselhos de Saúde. 
 A conferência de saúde irá ocorrer a cada 4 anos com a representação dos 
vários segmentos sociais ( Segmentos da sociedade, de pessoas que precisam 
ou trabalham com a saúde ) , a principal finalidade dessas conferências de 
saúde é justamente avaliar a situação da saúde no país ou naquela localidade, 
outra finalidade é propor diretrizes para a formulação da política de saúde, 
também será proposto saídas para o SUS, ou seja, formas para o SUS atuar. A 
convocação é através do poder executivo, com exceção de uma convocação 
extraordinária, ou seja, uma convocação além desses 4 anos, caso aconteça 
alguma situação de saúde diferente do normal, o conselho de saúde daquela 
localidade também pode solicitar um conselho de saúde extraordinária. 
 O Conselho de Saúde apresenta caráter permanente e deliberativo ( Vão 
tomar decisões ), sendo esses conselhos um órgão colegiado composto por 
quatro grupos, representantes do : Governo, prestadores de serviços para o 
SUS, profissionais da saúde e os usuários. A finalidade desses Conselhos é 
formular estratégias ligadas a saúde, também promovem o controle da 
execução da política de saúde daquela localidade, vão fiscalizar aspectos 
econômicos e financeiros. As decisões que o Conselho vai tomar não quer 
dizer que elas já vão ter força de comprimento, elas terão que ser homologadas 
pelo chefe de poder legalmente constituído em cada esfera de governo, ou 
seja, o Conselho toma as decisões e elas são enviadas para o gestor da 
saúde. 
 A representação dos usuários, tanto no conselho quanto na conferência de 
saúde, será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos, ou seja, 
50 % será composto por usuários e 50 % por gestores. 
 O Conselho Nacional de Saúde terá representantes do Conselho Nacional 
de Secretários de Saúde ( CONASS )/ESTADOS E DISTRITO FEDERAL e do 
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde ( CONASEMS ). 
 Quando se fala do financiamento teremos : 
 Os recursos do Fundo Nacional de Saúde ( FNS ) serão enviados 
diretamente para a conta do Município, sem passar antes pelo Estado. O 
Município recebe 70% dos recursos ligados a saúde e o Estado apenas 30%, 
isso acontece porque os Municípios estão com a parte de Atenção Primária da 
Saúde, ou seja, apresenta uma demanda maior. 
 
 
 
 Normas Operacionais 
 
 As normas operacionais definiram critérios para que estados e municípios se 
habilitassem a receber repasses de recurso do Fundo Nacional de Saúde para 
seus respectivos fundos de saúde. 
 Desde o início do processo de implantação do SUS foram publicadas 4 
NOBS, já as NOAS só foram 2 
 
 
 
 Norma Operacional Básica ( NOBS ) 
 
 Tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por 
parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da 
atenção à saúde dos seus municípios, com a consequente redefinição das 
responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na 
consolidação dos princípios do SUS. Responsabilidade não só para prestação 
de algum serviço, mas sim na gestão de um sistema que atenda , com 
integralidade, à demanda das pessoas pela assistência à saúde e as 
exigências sanitárias ambientais. 
 Busca-se, dessa forma, a plena responsabilidade do poder público 
municipal. Assim, esse poder se responsabiliza como também pode ser 
responsabilizado, ainda que não isoladamente. Os poderes públicos estadual e 
federal são sempre co-responsáveis, na respectiva competência ou na 
ausência da função municipal. Essa responsabilidade, no entanto, não exclui o 
papel da família, da comunidade e dos próprios indivíduos, na promoção, 
proteção e recuperação da saúde. 
 Ao tempo em que aperfeiçoa a gestão doSUS, esta NOB aponta para uma 
reordenação do modelo de atenção à saúde, na medida em que redefine: 
 
a. os papéis de cada esfera de governo e, em especial, no tocante à 
direção única; 
b. os instrumentos gerenciais para que municípios e estados 
superem o papel exclusivo de prestadores de serviços e 
assumam seus respectivos papéis de gestores do SUS; 
c. os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo progressiva 
e continuamente a remuneração por produção de serviços e 
ampliando as transferências de caráter global, fundo a fundo, com 
base em programações ascendentes, pactuadas e integradas; 
d. a prática do acompanhamento, controle e avaliação no SUS, 
superando os mecanismos tradicionais, centrados no faturamento 
de serviços produzidos, e valorizando os resultados advindos de 
programações com critérios epidemiológicos e desempenho com 
qualidade; 
e. os vínculos dos serviços com os seus usuários, privilegiando os 
núcleos familiares e comunitários, criando, assim, condições para 
uma efetiva participação e controle social. 
 
 
 
 Normas Operacionais de Assistência 
 A publicação da primeira NOAS foi o resultado de um longo processo de 
negociação que envolveu o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de 
Secretários de Saúde ( CONASS ) e o Conselho Nacional de Secretarias 
Municipais de Saúde ( CONASEMS ). 
 O objetivo dessa NOAS era promover maior equidade na alocação de 
recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos 
nos níveis de atenção. Estabeleceu o processo de regionalização como 
estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e busca de maior 
equidade. Instituiu o Plano Diretor de Regionalização ( PDR ) como instrumento 
de ordenamento do processo de regionalização da assistência em cada estado 
e no Distrito Federal, baseado nos objetivos de definição de prioridades de 
intervenção coerentes com a necessidade da população e garantia de acesso 
dos cidadãos a todos os níveis de atenção à saúde. As Secretarias de Saúde 
dos estados e Distrito Federal que elaboram o Plano Diretor de Regionalização 
( PDR ) 
 
livro sistema único de saúde coleção para entender a gestão do sus – Página 52 - 62 
 
 
 
 
 
 
 
 Modelo dos Determinantes Sociais em Saúde 
 
 Os Determinantes Sociais da Saúde incluem as condições mais gerais 
socioeconômicas, culturais e ambientais de uma sociedade, e relacionam-se 
com as condições de vida e trabalho de seus membros, como habitação, 
saneamento, ambiente de trabalho, serviços de saúde e educação, incluindo 
também a trama de redes sociais e comunitárias, mostrando porque um grupo 
é mais saudável que o outro. 
 Existem enfoques que buscam analisar as relações entre a saúde das 
populações, as desigualdades nas condições de vida e o grau de 
desenvolvimento da trama de vínculos e associações entre indivíduos e 
grupos. Esses estudos identificam o desgaste do chamado “capital social”, ou 
seja, das relações de solidariedade e confiança entre pessoas e grupos, como 
um importante mecanismo através do qual as iniqüidades de renda impactam 
negativamente a situação de saúde. Países com frágeis laços de coesão 
social, ocasionados pelas desigualdade de renda, são os que menos investem 
em capital humano e em redes de apoio social, fundamentais para a promoção 
e proteção da saúde individual e coletiva. Esses estudos também procuram 
mostrar por que não são as sociedades mais ricas as que possuem melhores 
níveis de saúde, mas as que são mais igualitárias e com alta coesão social. 
 
 
 Existem dois modelos principais : o modelo de Dahlgren e Whitehead e o 
modelo de Didericksen. 
 1) O modelo de Dahlgren e Whitehead inclui os DSS dispostos em 
diferentes camadas, desde uma camada mais próxima dos determinantes 
individuais até uma camada distal, onde se situam os macrodeterminantes. 
Apesar da facilidade da visualização gráfica dos DSS e sua distribuição em 
camadas, segundo seu nível de abrangência, o modelo não pretende explicar 
com detalhes as relações e mediações entre os diversos níveis e a gênese das 
iniqüidades. Os indivíduos estão na base do modelo, com suas características 
individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem 
influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. Na camada 
imediatamente externa aparecem o comportamento e os estilos de vida 
individuais. Esta camada está situada no limiar entre os fatores individuais e 
os DSS, já que os comportamentos, muitas vezes entendidos apenas como de 
responsabilidade individual, dependentes de opções feitas pelo livre arbítrio 
das pessoas, na realidade podem também ser considerados parte dos DSS, já 
que essas opções estão fortemente condicionadas por determinantes sociais - 
como informações, propaganda, pressão dos pares, possibilidades de acesso a 
alimentos saudáveis e espaços de lazer etc. 
 A camada seguinte destaca a influência das redes sociais e comunitárias, 
cuja maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que, como 
vimos, é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um 
todo. No próximo nível estão representados os fatores relacionados a 
condições de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a 
ambientes e serviços essenciais, como saúde e educação, indicando que as 
pessoas em desvantagem social correm um risco diferenciado, criado por 
condições habitacionais mais humildes, exposição a condições mais perigosas 
ou estressantes de trabalho e acesso menor aos serviços. Finalmente, no 
último nível estão situados os macrodeterminantes relacionados às condições 
econômicas, culturais e ambientais da sociedade e que possuem grande 
influência sobre as demais camadas. 
 Foram criadas intervenções sobre os Determinantes Sociais de Saúde ( 
DSS ) através de intervenção política, no sentido de minimizar as 
Determinantes Sociais de Saúde. 
 Tomando o modelo de camadas de Dahlgren e Whitehead, o primeiro nível 
relacionado aos fatores comportamentais e de estilos de vida indica que estes 
estão fortemente influenciados pelos DSS, pois é muito difícil mudar 
comportamentos de risco sem mudar as normas culturais que os influenciam. 
Atuando-se exclusivamente sobre os indivíduos, às vezes se consegue que 
alguns deles mudem de comportamento, mas logo eles serão substituídos por 
outros (ROSE, 1992). Para atuar nesse nível de maneira eficaz, são 
necessárias políticas de abrangência populacional que promovam mudanças 
de comportamento, através de programas educativos, comunicação social, 
acesso facilitado a alimentos saudáveis, criação de espaços públicos para a 
prática de esportes e exercícios físicos, bem como proibição à propaganda do 
tabaco e do álcool em todas as suas formas. 
 O segundo nível corresponde às comunidades e suas redes de relações. 
Como já mencionado, os laços de coesão social e as relações de solidariedade 
e confiança entre pessoas e grupos são fundamentais para a promoção e 
proteção da saúde individual e coletiva. Aqui se incluem políticas que busquem 
 
 
estabelecer redes de apoio e fortalecer a organização e participação das 
pessoas e das comunidades, especialmente dos grupos vulneráveis, em ações 
coletivas para a melhoria de suas condições de saúde e bem-estar, e para que 
se constituam em atores sociais e participantes ativos das decisões da vida 
social. 
 O terceiro nível se refere à atuação das políticas sobre as condições 
materiais e psicossociais nas quais as pessoas vivem e trabalham, buscando 
assegurar melhor acesso à água limpa, esgoto, habitação adequada, alimentos 
saudáveis e nutritivos, emprego seguro e realizador, ambientes de trabalho 
saudáveis, serviços de saúde e de educação de qualidade e outros. Em geral 
essas políticas são responsabilidade de setores distintos, que freqüentementeoperam de maneira independente, obrigando o estabelecimento de 
mecanismos que permitam uma ação integrada. 
 O quarto nível de atuação se refere à atuação ao nível dos 
macrodeterminantes, através de políticas macroeconômicas e de mercado de 
trabalho, de proteção ambiental e de promoção de uma cultura de paz e 
solidariedade que visem a promover um desenvolvimento sustentável, 
reduzindo as desigualdades sociais e econômicas, as violências, a degradação 
ambiental e seus efeitos sobre a sociedade (CNDSS, 2006; PELEGRINI 
FILHO, 2006). 
 
 
 
 
BUSS, Paulo; FILHO, Alberto. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: 
Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, abril, 2007. Disponível 
em: <http://www.scielo.br>. Accesso em 10 de Agosto de 2018. 
 
 O Modelo de Diderichsen, Evans e Whitehead (2001) foi uma adaptação 
 
 
ao seu modelo e de Hallqvsist de 1998. Nesse modelo será enfatizado a 
estratificação social gerada pelo contexto social, que confere aos 
indivíduos posições sociais distintas, as quais por sua vez provocam 
diferenciais de saúde. Eles fazem um gráfico onde : 
 (I) Representa o processo segundo o qual cada indivíduo ocupa 
determinada posição social como resultado de diversos mecanismos 
sociais, como o sistema educacional e o mercado de trabalho • (II) De 
acordo com a posição social ocupada pelos diferentes indivíduos, 
aparecem diferenciais, como o de exposição a riscos que causam danos à 
saúde • (III) Uma vez exposto a estes riscos O diferencial de 
vulnerabilidade à ocorrência de doença • (IV) E o diferencial de 
consequências sociais ou físicas, uma vez contraída a doença. 
 
 
 
SOBRAL, André; FREITAS, Carlos Machado de. Modelo de organização de indicadores para 
operacionalização dos determinantes socioambientais da saúde. Saude soc., São Paulo , v. 19, n. 1, p. 
35-47, Mar. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902010000100004&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Aug. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
12902010000100004. 
 
 Pacto pela Vida 
 
 O Pacto pela Saúde veio com o objetivo de ter a capacidade de responder 
aos desafios atuais da gestão e organização do sistema, para dar respostas 
concretas às necessidades de saúde da população brasileira, e tornar a saúde 
uma política de Estado mais do que uma política de governo. A finalidade 
desse processo de pactuação era a qualificação da gestão pública do SUS, 
buscando maior efetividade, eficiência e qualidade de suas respostas. 
 O Pacto pela Vida é constituído por um conjunto de compromissos 
sanitários, expressos em objetivos e metas , derivados da análise da situação 
de saúde da população e das prioridades definidas pelos governos federal, 
estaduais e municipais. 
 
 
 Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada 
com foco em resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos 
orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados. 
 O Pacto pela vida – como instrumento do Pacto pela Saúde – representa 
uma mudança radical na forma de pactuação do SUS vigente até então. Isso 
ocorre porque rompe com os pactos realizados em variáveis discretas de 
tempo , por meio de normas operacionais. 
 A instituição Pacto pela Vida representa duas mudanças fundamentais na 
reforma incremental do SUS. De um lado substitui pactos eventuais por 
acordos anuais obrigatórios ; de outro, muda o foco, de mudanças orientadas a 
processos operacionais para mudanças voltadas para resultados sanitários, 
Sendo assim, o Pacto pela Vida reforça , no SUS, o movimento da gestão 
pública por resultados. 
 O Pacto pela vida deverá ser permanente . Ao fim do primeiro trimestre de 
um novo ano , serão avaliados os resultados do Termo de Compromisso de 
Gestão do ano anterior e pactuadas novas metas e objetivos a serem atingidos 
no ano em curso. 
 Para que não seja algo que atue apenas na teoria, deverá ocorrer mudanças 
no sistema operacional. Deve ter consciência que ao realizar o pacto, ali é 
apenas o início e não o final . E esses objetivos pactuados deverão servir 
apenas de Norte , para que assim sejam realizadas as estratégias e decisões 
necessárias. 
 No campo operativo, as metas e objetivos do Pacto pela Vida devem 
inscrever –se em instrumentos jurídicos e públicos , os Termos de 
Compromisso de Gestão , firmados pela União, estados e municípios. Esses 
termos tem como objetivo formalizar a assunção das responsabilidades e 
atribuições inerentes às esferas governamentais na condução do processo 
permanente de aprimoramento e consolidação do SUS. 
 Nos Termos de Compromisso de Gestão, estão os objetivos e metas 
prioritárias do Pacto pela Vida, bem como seus indicadores de monitoramento 
e avaliação. 
 A definição dos objetivos devem ser realizados através de metas nacionais , 
estaduais, regionais e municipais. Os pactos estaduais deverão estar 
referenciados pelas metas e objetivos nacionais ; os pactos regionais e 
municipais devem estar referenciados pelas metas estaduais 
 O Pacto pela vida de 2006 definiu 6 prioridades : Saúde do Idoso, , controle 
do Câncer de Colo do Útero e Mama ; redução da mortalidade infantil e 
materna, fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e 
endemias, promoção da saúde e fortalecimento da atenção básica. 
 
 
livro sistema único de saúde coleção para entender a gestão do sus – 
Página 64 - 69 
 
 
 
 
 
 
 Problema 2 – Abertura 
 
 Medicina da Família e Comunidade 
 
 A medicina de família e comunidade – MFC – é uma especialidade médica com foco 
privilegiado na Atenção Primária de Saúde e, por isso, é considerada especialidade 
estratégica na conformação dos sistemas de saúde. Cabe à MFC, partindo de um 
primeiro contato, cuidar de forma longitudinal, integral e coordenada, da saúde de uma 
pessoa, considerando seu contexto familiar e comunitário. Portanto, a medicina de 
família e comunidade é um componente primordial da atenção primária à saúde. 
 Essa medicina possui seus princípios e práticas centrados na pessoa e não na doença, 
na relação médico – paciente , na integração entre o indivíduo, sua família e a 
comunidade em que está inserido. 
 Essa especialidade ficou muito tempo em posição marginal, só ganhando 
maior visibilidade após a expansão do programa saúde da família. 
 
 
 Equipe de saúde 
 
 É uma equipe multidisciplinar composta por no mínimo : (I) médico 
generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e 
Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; 
(III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. 
Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: 
cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar 
e/ou técnico em Saúde Bucal. 
 Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a 
média recomendada de 3.000 pessoas 
 
 Tipos de demanda – espontânea 
 
 1 ) Demanda Espontânea é o nome dado a qualquer atendimento não 
programado na Unidade de Saúde. Representa uma necessidade momentânea 
do usuário. Pode ser uma informação , um agendamento de consulta, uma 
urgência ou uma emergência. 
 2) Demanda Programada é aquela agendada previamente. 
 
 Trabalho do médico da família na Atenção Básica 
 
 Prestar assistência integral aos indivíduos sob sua responsabilidade. 
 Valorizar a relação médico-paciente e médico-família como parte de um 
processo terapêutico e de confiança. 
 Oportunizar os contatos com indivíduos sadios ou doentes, visando abordar 
os aspectos preventivose de educação sanitária. 
 Empenhar-se em manter seus clientes saudáveis, quer venham às consultas 
ou não. 
 
 
 Executar ações básicas de vigilância epidemiológica e sanitária em sua área 
de abrangência. 
 Executar as ações de assistência nas áreas de atenção à criança, ao 
adolescente, à mulher, ao trabalhador, ao adulto e ao idoso, realizando 
também atendimentos de primeiros cuidados nas urgências e pequenas 
cirurgias ambulatoriais, entre outros. 
 Promover a qualidade de vida e contribuir para que o meio ambiente seja 
mais saudável. 
 Discutir de forma permanente - junto à equipe de trabalho e comunidade - o 
conceito de cidadania, enfatizando os direitos à saúde e as bases legais que os 
legitimam. 
 Participar do processo de programação e planejamento das ações e da 
organização do processo de trabalho das unidades de Saúde da Família. 
 
 Tipos de programa da Atenção Básica 
 - Acompanhamento de Crianças em Desenvolvimento – ACD 
 - Hipertensão e Diabetes – Hiperdia 
 - Saúde do Idoso 
 - Saúde da Mulher 
 - Saúde do Homem 
 - Imunização 
 - Saúde do Adolescente 
 
 Número de hipertensos no Brasil 
 
 Prevalência de 31 % dos entrevistados. 
 
 Hipertensão 
 
 Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por 
elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. 
 A hipertensão arterial pode gerar várias complicações como : Acidente 
Vascular Encefálico ( AVE ) , Infarto Agudo do Miocárdio ( IAM ), Insuficiência 
Cardíaca ( IC ). 
 Apresenta como fatores de risco : Idade, sexo e etnia, excesso de peso e 
obesidade, ingestão de sal, ingestão de álcool , sedentarismo, fatores 
socioeconômicos , genética. 
 É necessário de mais de uma aferição para ter o diagnóstico de HÁ. 
 Pode ser classificada em : 
 Normal ≤ 120 ≤ 80 
 Pré-hipertensão 121-139 81-89 
 Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99 
 Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 – 109 
 Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 
 
 Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve 
ser utilizada para classificação da PA. 
 
 
Problema 2 – Intermediária 
 
 PRINCIPAIS MODELOS DE SAÚDE 
 
 Países desenvolvidos gastam em torno de 10% de seu PIB no sistema de 
saúde, os EUA gastam 17 %, o gasto per capita é de mais de 9000 dólares, o 
Brasil gasta cerca de 1000 dólares per capita, 9,1 % do PIB, sendo 4% público 
. 
 
 CANADÁ ( Gasta cerca de 10% do PIB no sistema de saúde, sendo 7.2 
% público ) 
 
 O sistema de saúde é independente, varia de província para província. O 
Canada Health Arct vai ditar os serviços básicos de saúde que deverão ser 
oferecidos de forma universal e igual, entretanto, detalhes do funcionamento e 
cobertura irá variar muito entre as províncias. 
 Como são 15 províncias diferentes, seus residentes terão o básico da saúde 
de forma igual, entretanto, algumas províncias realizam uma cobertura maior 
que outras, algumas cobrem fertilização ( Québec )... 
 O Canada Health Arct não cobre os custos de medicamentos, atendimento 
domiciliar, fisioterapia ou oftalmologia . Esses serviços serão realizados pelos 
planos de saúde privados, geralmente as empresas de trabalham pagam 50% 
e o trabalhador 50 %, depende do trabalho ou plano. 
 Se você não tiver plano nenhum, irá pagar normal por esses atendimentos 
mais específicos e irá declarar no imposto de renda, esse valor será 
reembolsado ( inclusive os medicamentos ). 
 Os médicos são proibidos de cobrar dos pacientes, isso quando se fala em 
saúde básica, pois será ofertado através do governo, que irá arrecadar o 
dinheiro através dos impostos. 
 Algo importante é que os médicos não são funcionários do governo, nem os 
hospitais pertencem ao governo. São profissionais e instituições privadas que 
irão receber pelo seu trabalho, ou seja, o governo faz através de contratos 
vínculos, sendo assim, o médico tem autonomia para escolher o horário e dia 
de funcionamento de seu hospital, mas também, o governo não é responsável 
pelo pagamento dos funcionários, apenas o pagamento do contrato. 
 Como já foi dito, o sistema muda de uma província para outra e caso 
necessite fazer portabilidade, essa mudança demora 3 meses para ser 
efetuada, sendo a província anterior responsável por sua saúde durante esse 
tempo. 
 O médico da família exerce importante papel nesse sistema de saúde, isso 
porque o paciente irá até ele e após sua avaliação ele irá decidir se é 
necessário um encaminhamento para um especialista ou se ele mesmo 
consegue solucionar o problema. 
 O ruim disso é que algumas vezes ocorre muita demora nesse tramite, 
fazendo com que a pessoa espere semanas, mesmo sendo algo mais urgente. 
Por isso pessoas com maiores condições e que necessitam de tratamentos 
mais rápidos buscam os EUA. 
 
 
 Para usufruir desse sistema você tem que ser cidadão canadense, residente 
permanente ou imigrante com visto de trabalho de no mínimo 6 meses, sendo 
que só será coberto após 3 meses de carência. 
 Turistas e visitantes não tem direito de usar o sistema de saúde 
 
FRANÇA (Gasta cerca de 12% do PIB no sistema de saúde sendo o 
público 8.6 % – 4700 Dólares gasto por pessoa ) 
 
 A França é uma república composta administrativamente e politicamente por 
regiões, o que equivale para nós como estados. O sistema de saúde baseia – 
se em três princípios : solidariedade, pluralismo e medicina liberal. 
 O princípio da solidariedade significa que o seguro social garante um 
financiamento compartilhado, no qual a contribuição independe dos riscos 
individuais ante a possibilidade de adoecer. O financiamento dos serviços 
advém de impostos e de contribuições empregatícias , configurando um seguro 
público regulamentado pelo Estado. A atenção a saúde é garantido mediante 
serviços em consultórios privados e em hospitais públicos e privados ( 
lucrativos ou filantrópicos ). 
 A maior parte da população ( 83 % ) contribui e é beneficiária da “ Caisse 
Nationale d’ Assurence Maladie _ CNAMTS “ destinada aos trabalhadores 
assalariados. Existem outros organismos para categorias específicas como 
rurais, autônomos, mineiros. 
 Para ter direito ao serviço o usuário tem que ser residente legal da França. 
Além disso é necessário uma prescrição médica / dentista ou instituição 
cadastrada, além disso existe uma lista de aprovação do Ministério da Saúde. 
Caso o procedimento seja realizado em um hospital particular, o usuário tem 
direito à reembolso, se cumprir os quesitos que foi citado acima. 
 Na França existem diversos seguros com preços acessíveis onde é utilizada 
a lógica do co-pagamento , ou seja, o usuário não paga o tratamento por 
inteiro, nem o seguro, existe uma divisão entre os dois. 
 Dois terços do setor hospitalar são do setor público constituindo uma rede 
sob os cuidados do Ministério da Saúde. Toda a equipe é assalariada. Mais da 
metade dos leitos do setor privado estão em hospitais de médio e pequeno 
porte dirigidos para cirurgia e obstetrícia . Os hospitais filantrópicos têm perfil 
semelhante aos do setor público . Existe então uma divisão do trabalho que faz 
com que os casos mais sérios que exijam hospitalização prolongada e de alto 
custo sejam assumidos pelo setor público. 
 Até 2005 o acesso era baseado na livre escolha , sem necessidade de 
nenhuma referência e sem limite no número de consultas, desde que 
respeitados a regra de cadastramento. Após esse ano começaram a existir 
reformas no seguro doença, introduzindo uma nova regra : Todo usuário com 
mais de 16 anos deveria

Outros materiais