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Viroses respiratórias

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ
DEPARTAMENTO DE QUIMICA E BIOLOGIA
CURSO DE CIENCIAS BIOLOGICAS
ACADEMICAS: ANDREIA GOMES 
VIVIANE TOMAZ
INTRODUÇÃO
As doenças respiratórias agudas de etiologia infecciosa estão entre as seis principais causas de morte em todo o mundo
Os vírus das famílias Paramyxoviridae, Orthomyxoviridae, Picornaviridae, Adenoviridae e Coronaviridae contribuem regularmente para esta estatística
Recentemente foram identificados novos patógenos virais respiratórios
INTRODUÇÃO
As razoes para a emergência e ré emergência de patógenos são variadas, e incluem desde alterações ambientais até mutações do agente
A realidade de uma sociedade globalizada, onde o movimento de pessoas e bastante intenso, torna-se um ponto chave na disseminação de doenças.
A associação da alta plasticidade de alguns vírus, fazendo com que facilmente apresentem mutações
INTRODUÇÃO
A vigilância e o monitoramento constante de alterações das frequências da apresentação de doenças tornou-se um ponto chave para a rápida detecção de novos variantes
Essas ações possuem maior importância nas áreas onde existe uma maior proximidade entre populações humanas e grande diversidade de fauna
O objetivo deste artigo e revisar aspectos gerais de dois agentes virais de doenças respiratórias emergentes. Serão apresentados e discutidos vírus da Influenza H5N1 e o metapneumovirus humano, dando-se ênfase a epidemiologia e ao diagnostico.
INFLUENZA
O microrganismo
O vírus da Influenza e o agente etiológico de uma das doenças respiratórias mais comumente diagnosticada entre humanos, a gripe.
Existem três sorotipos do vírus denominados Influenza A, B e C.
INFLUENZA
Os vírus Influenza possuem aspecto pleomórfico com partículas de diâmetro de 80-120nm envolvidas por um envelope lipídico apresentando grandes projeções na superfície
A classificação dos vírus Influenza A em subtipos e realizada com base nas diferenças antigênicas detectadas nestas glicoproteínas.
INFLUENZA
Ate agora, já foram classificados 16 tipos de HA e 9 tipos de NA e a denominação de uma amostra viral e dada pela associação dos tipos de HA e NA como, por exemplo, o vírus que possui HA3 e NA8 e comumente conhecido como H3N8
As mutações pontuais que ocorrem nos genes destas duas proteínas (HA e NA) determinam ou não o reconhecimento ou reconhecimento parcial da nova variante pelo sistema imune do hospedeiro, mesmo que contatos anteriores já tenham ocorrido
INFLUENZA
os subtipos H1, H2 e H3, e N1 e N2 tem circulado na população humana desde 1918, enquanto H1, H3, N1 e N2 circulam entre suínos e H7N7 e H3N8 são encontrados nos equinos
INFLUENZA
As Epidemias
Eventos de transmissão entre as espécies já foram documentados de suínos para humanos, humanos para suínos, equinos para cães e, mais recentemente, de aves para humanos e felinos.
Influenza A H5N1 de aves na Ásia e Europa de alto risco para o desenvolvimento de uma pandemia de gripe humana
INFLUENZA
A Influenza Asiática pandêmica de 1957 e a Influenza pandêmica de Hong Kong de 1968 foram, comprovadamente, causadas por vírus que passaram por “ressortimento”.
No século passado, ocorreram três pandemias de gripe humana e, aparentemente, todas originarias de vírus de aves:
1º - o vírus causador foi o H2N2 - resultado do ressortimento entre o vírus H1N1 circulante em humanos com o vírus H2N2 presente em aves
INFLUENZA
No caso de Hong Kong em 1968 o vírus humano H2N2 incorporou os genes H3 e PB1 de vírus de aves e originou o H3N2. As gripes pandêmicas de 1957 e 1968 geraram entre 1-4 milhões de óbitos cada uma delas . 
Contudo, a pandemia de gripe mais devastadora ocorreu em 1918-1919; conhecida como Gripe Espanhola e levou a óbito, aproximadamente, 50 milhões de pessoas em todo o mundo
INFLUENZA
O temor causado pelo H5N1
O primeiro surto de Influenza com o vírus H5N1 envolvendo aves e o homem ocorreu em 1997 em Hong Kong , quando 18 indivíduos foram infectados pelo vírus dos quais seis foram a óbito
O vírus foi erradicado de Hong Kong através da destruição de todas as aves domesticas
INFLUENZA
Estudos moleculares do vírus H5N1 foram realizados no período de 2000-2004 em isolados a partir de humanos e de aves nos países asiáticos afetados. Esta analise demonstrou que uma serie de “ressortimentos” envolvendo o vírus inicialmente detectado em gansos deu origem a um genótipo de H5N1 dominante (genótipo Z) entre galinhas e perus.
INFLUENZA
A evolução do vírus H5N1, ao longo do tempo, potencializou sua virulência e sua expansão entre hospedeiros suscetíveis.
O vírus tornou-se infeccioso para mamíferos, causando mortes e sendo transmitido entre felinos selvagens como tigres e leopardos e também entre gatos domésticos.
INFLUENZA
O diagnóstico
O diagnostico da infecção pelo vírus Influenza pode ser realizado através de varias técnicas laboratoriais como isolamento viral, detecção do antígeno ou acido nucleico e sorologia
O isolamento dos vírus Influenza e realizado, tradicionalmente, em ovos embrionados com posterior identificação através da técnica de inibição da hemaglutinacao.
INFLUENZA
A detecção do acido nucleico viral através da RT-PCR (transcrição reversa e reação de polimerase em cadeia) tem sido a principal opção de muitos laboratórios para o rápido diagnostico dos surtos de influenza aviaria na Ásia e Europa.
O Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos desenvolveu um kit com “primers” e sonda para a realização de PCR em tempo real especificamente para a cepa viral associada com casos de doença humana na Ásia.
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
O vírus e a epidemiologia
O hMPV foi identificado pela primeira vez, em 2001, na Holanda, em 28 amostras coletadas, ao longo de 20 anos, de crianças com doença respiratória, a partir das quais, nenhum patógeno conhecido havia sido detectado.
O novo vírus apresenta genoma RNA de sentido negativo, partículas envelopadas com um diâmetro aproximado de 200nm, e morfologia típica da família Paramyxoviridae
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
Na família Paramyxoviridae esta classificado também o vírus Sincicial Respiratório humano (hRSV) um dos principais causadores de doenças respiratórias em crianças e o metapneumovirus aviário (APV) que acomete galinhas e perus.
A analise filogenética de vários isolados do hMPV demonstrou que existem dois sorotipos do vírus denominado A e B e, provavelmente, dois subtipos em cada um dos sorotipos 
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
A epidemiologia da doença causada pelo novo hMPV ainda não esta totalmente esclarecida, mas alguns aspectos tem sido regularmente observados.
A infecção pelo hMPV, aparentemente, ocorre de forma sazonal, na estação mais fria do ano, similarmente aos vírus da Influenza e o hRSV
As crianças com idade inferior a dois anos, os idosos e os indivíduos imunocomprometidos sao os pacientes que comumente desenvolvem a forma clinica da infecção.
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
No Brasil, a presença do vírus foi detectada em crianças com doenças respiratórias atendidas em hospitais e clinicas da cidade de Aracaju, Sergipe.
Neste caso, foram utilizadas amostras coletadas entre 1998 e 2001 de indivíduos com idade entre seis dias e sessenta anos, com ou sem manifestações de doença respiratória.
Nesta pesquisa 80% das amostras resultaram positivas
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
Na Inglaterra, Greensill et al (2003) relataram elevada frequência de co-infecçao do hMPV em crianças com quadro severo de bronquiolite causada pelo hRSV.
Por outro lado, em estudos realizados na Espanha, em crianças com idade inferior a 3 anos, o hMPV foi detectado em 4,1% das amostras e não houve detecção de co-infecçao.
O hMPV foi também isolado de alguns pacientes com Pneumonia Asiática logo que esta doença surgiu, mas com a identificação do novo coronavirus humano como agente da doença, nenhum papel ficou comprovado
para o hMPV neste caso.
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
O diagnóstico
A quantidade de informações disponíveis sobre o hMPV ainda e pequena, principalmente com relação a epidemiologia, patogenia e sinais clínicos pelo fato do vírus ter sido descoberto recentemente, mas também pelas dificuldades na realização do diagnostico desta doença viral.
O vírus evidencia replicação pouco eficiente em células comumente utilizadas nos laboratórios de diagnostico e pesquisa como células Vero e A549 e não replica em fibroblastos de embrião de galinha ou MDCK (Madin-Darbe canine kidney).
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
As dificuldades de cultivo e o tempo necessário para a realização do isolamento tornam esta técnica pouco viável para a sua aplicação na de rotina. 
A RT-PCR (transcrição reversa e reação de polimerase em cadeia) realizada de forma convencional ou a RT-PCR em tempo real (real time PCR) são as técnicas que tem apresentado os melhores resultados para a detecção do hMPV.
METAPNEUMOVIRUS HUMANO (hMPV)
A técnica de imunofluorescencia indireta e o ensaio imunoenzimatico (ELISA), utilizando células infectadas como antígeno, tem sido amplamente utilizadas em estudos sorológicos.
Alguns testes de ELISA, utilizando como antígenos proteínas recombinantes, também foram desenvolvidos. Os resultados mais animadores foram obtidos com as proteínas M (matriz) e N (nucleoproteína)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Doenças infecciosas continuarão a emergir e reemergir, apresentando novos riscos a saúde animal e humana. 
O cientistas chamam a atenção para o papel do homem nestes eventos, através da sua ação sobre o meio ambiente.
Por outro lado, o avanço no desenvolvimento de técnicas de diagnostico, vigilância, produção de vacinas e medicamentos e a resposta da ciência a estes novos desafios.
Assim, espera-se dos profissionais da saúde e autoridades responsáveis pela saúde publica que continuem seus esforços no sentido de prevenir e evitar grandes epidemias preservando vidas.
REFERENCIA
LOVATO, L. T. et al. Viroses respiratórias emergentes:
os vírus e seu diagnóstico. RBAC, vol. 39(3): 169-173, 2007

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