Buscar

Planejamento, Controle e Gerenciamento de Materiais Unidade 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade 1
iStock
Planejamento, Controle e Gerenciamento dePlanejamento, Controle e Gerenciamento de
MateriaisMateriais
1
Webaula 1
Apresentação
A disciplina de Planejamento, Controle de Gerenciamento de materiais tem a finalidade de proporcionar aos alunos a oportunidade
de conhecer os conceitos, importância, objetivos e benefício verificados a partir da eficiente gestão dos materiais necessários para
atender a demanda produtiva, sejam eles matérias-primas, materiais secundários, maquinário, equipamentos ou mão de obra. É
importante, aqui, destacar que negligenciar essa gestão pode comprometer substancialmente não só as operações produtivas e
logísticas de uma organização, mas também prejudicar o nível de serviço que é oferecido ao seu mercado consumidor e,
consequentemente, sua lucratividade e continuidade no mercado.
2
Objetivos da Disciplina:
• Possibilitar o entendimento da disciplina, para que o aluno esteja apto a conhecer a importância das embalagens, suas funções e
objetivos. 
• Proporcionar fontes de estudo que possam contribuir para o conhecimento no que se refere às ferramentas de qualidade mais
comumente utilizadas nos processos operacionais, produtivos e logísticos. 
• Colaborar para que o aluno possa compreender corretamente os conceitos e a aplicabilidade do plano de produção, bem como seu
correto dimensionamento e estruturação no contexto organizacional. 
• Possibilitar aos alunos o conhecimento sobre a eficaz gestão de estoques, bem como os entendimentos necessários em relação ao
sistema produtivo adotado pela empresa. 
•Contribuir para que o aluno desenvolva habilidades específicas trabalhadas de acordo com o conteúdo ministrado.
3
Conteúdo Programático:
Unidade 1 
Embalagem: tipo, função e normalização 
Armazém logístico 
Equipamentos de movimentação e armazenagem de carga 
Layout e fluxo de materiais
Unidade 2 
Gestão de estoques: conceitos e objetivos 
Tipos, tipologias e elementos que influenciam a gestão de
estoques 
Curva ABC na prática 
Sistemas produtivos e a gestão de estoques
Unidade 3 
MRP, MRP II e JIT: ferramentas da qualidade 
O sistema Kanban na prática 
ISO 9000 
Sistemas de gestão da qualidade
Unidade 4 
Plano de produção 
Planejamento agregado de produção 
Teoria das restrições 
Teoria das filas
4
Metodologia – PADRÃO
Os conteúdos programáticos ofertados nesta disciplina serão desenvolvidos por meio das Teleaulas, de
forma expositiva e interativa (chat – tira dúvidas em tempo real), Aula Atividade por Chat, para
aprofundamento e reflexão, e Webaulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de
conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão
também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e
estudos independentes (autoestudo), além do Material didático da disciplina.
5
Habilidades e Competência
Espera-se que, ao final da unidade, o aluno possa
compreender os conceitos pertinentes ao eficiente
planejamento da manufatura e das operações produtivas,
bem como estar preparado para aplicar os instrumentos de
planejamento disponíveis.
Avaliação
O sistema de avaliação da disciplina compreende assistir à
teleaula, participar no fórum, realizar produções textuais
interdisciplinares (Portfólio) e as avaliações virtuais, além de
avaliação presencial embasada no material didático,
teleaulas, webaula e material complementar.
6
1. INTRODUÇÃO
Olá, pessoal! Sejam todos bem-vindos ao nosso ambiente de aprendizagem virtual. Sou o Prof. Edmarcos Carrara de Souza, graduado
em Administração, Especialista em Logística Empresarial e Mestre em Ensino de Linguagens e suas Novas Tecnologias pela UNOPAR.
Sou docente do Ensino Superior nas áreas de Logística e Gestão da Produção, duas áreas de fundamental importância para qualquer
organização, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Portanto, essas áreas devem ser constantemente gerenciadas e
controladas para que possam contribuir com a empresa no sentido de se conquistar lucratividade e competitividade. 
Você sabia que o gerenciamento dos procedimentos referentes ao gerenciamento dos níveis de estoques, aos sistemas produtivos
adotados por uma empresa, seus processos de embalagem e o fluxo que os materiais percorrem são de fundamental importância
para a competitividade, a lucratividade e o aumento do nível de serviço de uma empresa? Esses elementos, quando mal gerenciados,
aumentam, e muito, o custo operacional. Estoques com níveis muito altos, por exemplo, significam dinheiro parado. Movimentar os
insumos necessários para atender a demanda produtiva sem que haja necessidade contribui para o desperdício da mão de obra e
expõe esses produtos a uma possibilidade maior de danos, perdas e extravios, além disso, produtos com embalagens inapropriadas
podem ser danificados durante a carga, o transporte ou a descarga. 
Portanto, com o objetivo de prepará-los para o mercado de trabalho e aproximá-los da prática e das ocorrências mais comuns no
cenário do planejamento, controle e gerenciamento de materiais é que elaboramos esta aula. 
Estão prontos? Vamos conhecer juntos o ambiente de gestão de estoques, como são classificados os modos produtivos de uma
empresa, seus conceitos, funções, objetivos e, ainda, algumas ferramentas que tornam esse gerenciamento mais facilitado e
eficiente?
7
Assista este vídeo sobre “PCP – Introdução ao Planejamento e Controle da Produção”.
Você poderá compreender a importância desse planejamento de materiais e como o PCP se relaciona com os demais setores de uma
indústria.
8
LINKVocê pode ler mais sobre a importância do planejamento e controle de materiais para o
sucesso de uma organização.
Disponível em: https://bit.ly/2MxUDEO . Acesso em: 15 mar. 2018.
Link
9
2. EMBALAGEM E LAYOUT DE FLUXO DE MATERIAIS
Você já reparou que quase todos os produtos que consumimos chegam até nós em algum tipo de embalagem? Já imaginou chegar
em um sacolão, escolher diversas frutas e verduras e ter que transportá-las nas mãos até a sua casa? Impossível, não é? Deste modo,
para nós, consumidores, a principal função de uma embalagem é nos proporcionar comodidade, tanto no que se refere a viabilizar o
transporte dos produtos quanto no momento de acondicioná-los. Quer um exemplo? Como poderíamos acomodar pacotes de arroz
e feijão em casa, de maneira adequada, se não tivéssemos uma embalagem que contribuísse para isso? Não seria nada prático, não é
mesmo?Porém, mesmo sendo essa a função básica, não é a única. Devemos ainda analisar as embalagens de outros pontos de vista.
Além de proteger e facilitar a organização dos produtos, elas ainda são bastante eficientes em fazer propagandas, em prover
informações ao consumidor, como, por exemplo, prazo de validade e a relação dos ingredientes que compõem o produto, alertar o
consumidor sobre componentes que eventualmente podem causar algum dano à saúde, como, por exemplo, embalagens que
alertam sobre a presença de glúten ou o alto teor de sódio.
10
Entretanto, é importante destacar que, em diversas ocasiões, as
embalagens podem significar um alto custo para as organizações
e tais valores serão, impreterivelmente, repassados ao preço final
de venda que será oferecido ao consumidor final. Algumas
embalagens chegam a ter seu custo equiparado ou até mesmo
maior que o custo do bem que elas acondicionam, como, por
exemplo, as latas de cerveja, devido ao fato de serem feitas de
alumínio (Figura 1). Portanto, as embalagens devem ser
gerenciadas como qualquer outro custo organizacional, para que
os gastos incorridos em função delas não reduzam a margem de
lucro e a representatividade de um produto no mercado onde está
ou será introduzido.
Figura 1 – Exemplo de embalagem de alto custo
Fonte: Pixabay
11
Dessa forma, Banzato (1997), a fim de esclarecer de maneira clara o conceitode embalagem, afirma que as embalagens não devem
ser definidas somente como um simples contenedor e sim como um sistema de atividades inter-relacionadas. Tal fato se justifica ao
considerarmos que tais embalagens são resultado do processo de beneficiamento dos insumos que as compõem, como, por exemplo,
madeira, alumínio, vidro, além das operações de preenchimento quantificação e inspeções de qualidade e quantidade, operações de
movimentação e, ainda, o processo de esvaziamento dessas embalagens por conta do consumo do produto que nela consta. Além
disso, se considerarmos que as embalagens estão presentes em todos os momentos que compõem a cadeia de suprimentos, desde a
matéria-prima até o momento em que os produtos são dispostos no ponto de venda para serem adquiridos, podemos entender de
maneira clara que realmente não se trata somente de um simples invólucro ou algo com a função de proteger o produto. 
Deste modo, a fim de viabilizar a especificação das embalagens, Bertaglia (2009) as classifica de duas maneiras: as embalagens de
consumo, que são aquelas que se destinam a viabilizar o uso do produto, como é o caso das embalagens de produtos alimentícios e
de uso pessoal, por exemplo, e as embalagens de transporte, também chamadas de embalagens secundárias, terciárias e
quaternárias. Um exemplo desse tipo de embalagem é a caixa de medicamentos.
12
Já imaginou se tivéssemos que transportar os comprimidos soltos?
Portanto, é importante destacar que a função de unitizar os
produtos é de fundamental importância não só para nós,
consumidores, mas para todas as operações logísticas. Na Figura 2,
mostramos um exemplo dos tipos de embalagem para
medicamentos.
Figura 2 – Representação de embalagens de consumo e
embalagens de transporte de medicamentos
Fonte: https://bit.ly/2N9x7iO
13
As embalagens de transporte ainda desempenham outras
funções, como exposição, distribuição física, transporte e
exportação, industrial ou de movimentação interna ou, ainda, de
armazenagem.As embalagens expositoras são aquelas, como o
próprio nome diz, que têm como objetivo expor o produto para o
consumidor. É o caso das embalagens de barras de chocolate em
uma loja de conveniência, por exemplo. Ou da embalagem
apresentada na Figura 3, que coloca os saches de fermento
biológico em exposição para os consumidores.
Figura 3 – Embalagem expositora para a marca Fleischmann
Fonte: https://bit.ly/2tBIqIm
14
Já as embalagens de distribuição física são utilizadas para acondicionar as embalagens expositoras e, consequentemente, as
embalagens de consumo, até o momento em que são entregues no ponto de venda.Por sua vez, as embalagens de transporte e
exportação consistem em invólucros, na generalidade dos casos feitas de metal, com a finalidade de acondicionar, unitizar e
assegurar a integridade dos produtos em viagens de longa distância. Um bom exemplo dessas embalagens são os contêineres.As
embalagens industriais ou de movimentação interna normalmente são utilizadas para a movimentação de matérias-primas ou de
produtos acabados dentro da própria empresa, como, por exemplo, caixotes ou cestos, a fim de movimentar esses bens entre os
armazéns e a linha de produção ou vice-versa.Por fim, as embalagens destinadas à armazenagem são utilizadas com o objetivo de
acondicionar produtos que ficarão armazenados por longos períodos na empresa, portanto, precisam ser resistentes a fatores que
podem danificar seu conteúdo, como calor excessivo, umidade ou baixas temperaturas.
15
Confira a importância das embalagens utilizadas no café. Você irá entender melhor a
importância das embalagens como ferramenta para agregar valor a um produto.
16
Você pode conhecer mais sobre a história e a importância das embalagens.
Disponível em: https://bit.ly/2KvZ2HK . Acesso em: 16 mar. 2018.
Link
17
2.1 – Classificação das Embalagens
Para gerenciar de maneira estratégica e assertiva as operações logísticas, é de fundamental importância considerarmos as
classificações das embalagens de acordo com suas funções no fluxo de materiais. Dessa forma, no que se refere às suas funções, as
embalagens podem ser classificadas como primárias, secundárias, terciárias e quaternárias.
18
a) Embalagem primária ou de venda: é o tipo de embalagem que mantém contato direto com o produto. Também é
denominada embalagem de venda por ser aquela constantemente vista pelo consumidor no momento da compra. Pozo
(2016) explica que, para ser eficiente, a embalagem primária deve possuir algumas particularidades, como ter forte apelo
de venda, induzir o consumidor à compra, facilitar o manuseio, poder ser utilizada após vazia ou ser reciclada, facilitar o
reconhecimento do produto, ser resistente e não poluente, ter custos baixos e, ainda, destacar os benefícios primordiais
do produto.

Figura 4 – Embalagens primárias, secundárias e terciárias
Fonte: Mestriner (2007).
Para saber mais
Todos sabem da importância da embalagem para as empresas que
atuam no segmento de consumo e reconhecem sua contribuição
decisiva para a competitividade dos produtos no ponto de venda.
Graças aos estudos e pesquisas realizados pelas empresas e
instituições, sabemos que hoje o consumidor não separa nem faz
distinção entre a embalagem e seu conteúdo. Para ele, os dois
constituem uma única entidade indivisível. Esse mesmo
consumidor considera a embalagem um item de referência e
avaliação cada vez mais relevante no processo de escolha dos
produtos. No Brasil, 83% das decisões de compra são tomadas no
ponto de venda e a embalagem é a principal mediadora desse
processo.
19
Você pode conhecer mais sobre os tipos embalagem no site da ABRE – Associação Brasileira de
Embalagem.
Disponível em: https://bit.ly/Zohhr0. Acesso em: 04 mai 2018.
Link
20
3 – FLUXO DE MATERIAIS
A correta administração do fluxo de materiais é, sem dúvida, uma
das premissas fundamentais para a saúde financeira de uma
organização. Dentre os custos organizacionais, o de se manter
estoques se destaca como um dos mais relevantes e, de acordo
com Pozo (2016), pode representar até 40% das despesas
logísticas de uma empresa. Dessa forma, os processos de
armazenagem devem ser constantemente
gerenciados.Franscischini e Gurgel (2013) explicam que os
armazéns são locais destinados à guarda temporária dos insumos
necessários para atender a demanda produtiva, como, por
exemplo, as matérias-primas, e também para a o armazenamento
dos produtos acabados até que sejam solicitados pelos
consumidores, sejam eles diretos, como os varejos, ou indiretos,
como, por exemplo, os atacados e distribuidores.A Figura 5
demonstra um modelo de armazém logístico estruturado por meio
de porta paletes.
Figura 5 – Modelo de armazém logístico
Fonte: https://bit.ly/2tMr0Yz
21
QUESTÃO PARA REFLEXÃO:
Sabemos que as embalagens possuem diversas classificações, funções e aplicabilidades. Nesse contexto, como um armazém
estrategicamente organizado e as embalagem podem gerar valor para o consumidor final?
22
O fluxo de materiais em um sistema de armazenagem ocorre por meio de quatro subprocessos distintos: recebimento, estocagem,
separação e expedição.
23
a) Recebimento: tem como objetivo principal assegurar que os produtos entregues estejam em conformidade com as
especificações constantes no pedido de compra. Essas verificações ocorrem tanto no sentido quantitativo quanto no
qualitativo. 
QUESTÃO PARA REFLEXÃO:
É possível que qualquer colaborador possa gerir um depósito (armazém)? Pode-se utilizar qualquer estrutura, adquirir qualquer
ferramenta de trabalho? A mão de obra precisa ser especializada? O local do depósito pode ser em qualquer região de um município,
área urbana, por exemplo?
24
3.1 – Importância da Armazenagem
Sabemos que é de fundamental importância que as
empresas dediquem um local específico para a
armazenagem de suas matérias-primas, demais insumose
produtos acabados. Porém, a importância dos processos de
armazenagem é bem mais ampla.De acordo com Russo
(2013), a impossibilidade de se prever demandas futuras
com exatidão é um dos fatores que mais contribuem para a
existência dos armazéns. Neste contexto, a armazenagem
está intimamente relacionada com o nível de serviço que a
empresa pretende oferecer aos seus consumidores.
Dessa forma, Russo (2013) destaca as principais
importâncias da armazenagem: 
• Manter o fluxo produtivo: insumos estocados evitam
interrupções no processo de fabricação, uma vez que a
armazenagem contribui para compensar a insegurança ou
a demora no fornecimento de determinados produtos. 
• Controle da sazonalidade: produtos ou insumos podem
estar sujeitos a variações em relação ao seu fornecimento,
como é o caso de alimentos fora da época de colheita. 
• Manter o nível de serviço: produtos acabados em estoque
permitem à organização atender de maneira imediata
flutuações na demanda de seus clientes, isto é, caso um
consumidor necessite uma quantidade atípica de um
determinado produto ou insumo, a empresa estará apta a
atendê-lo.
25
Para Saber Mais
As organizações que prezam o atendimento ao cliente como fator estratégico são obrigadas a tornar o sistema logístico como forma
de agregar valor a seus produtos e serviços e somente através dessa conscientização entender que os investimentos em
armazenagem e movimentação de materiais significam redução dos custos totais logísticos e a única forma de atendimento ao
cliente com valor agregado. 
Para saber mais sobre a importância da armazenagem, acesse o link disponível em: <https://bit.ly/2Hhtvfa>. Acesso em: 15 mar. 2018
26
4 – LAYOUT E FLUXO DE MATERIAIS
No que se refere ao fluxo de materiais, a definição de um layout ou arranjo físico eficiente é uma das decisões fundamentais para o
seu sucesso. Conforme Martins e Laugeni (2015), um layout ou arranjo físico consiste na distribuição de todas as máquinas,
utilidades, estações de trabalho, áreas de atendimento, áreas de armazenamento de materiais, corredores, banheiros, refeitórios,
bebedouros e divisórias a fim de minimizar o custo de processamento, transporte, armazenamento de materiais e de tempo dentro de
uma organização. De maneira mais simplificada, definir o layout é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos
e o corpo de colaboradores da empresa. 
No que se refere às empresas industriais, Slack et al. (2012) afirmam que o layout ou arranjo físico é uma das características mais
evidentes de uma operação produtiva, porque determina sua “forma” e sua aparência. Também determina a maneira como os
recursos transformados – matérias, informações e clientes – fluem através da operação.
27
4.1 Tipos de Layout
Em um primeiro momento, é preciso destacar que o tipo de layout adotado por uma empresa deve se dar em função de diversos
fatores relacionados aos insumos produtivos ou ao produto acabado, como, por exemplo, o peso, as dimensões e a intensidade do
fluxo de movimentação desses materiais. Produtos com peso ou dimensões maiores e com alta demanda devem estar próximos às
saídas, a fim de que sejam reduzidas as operações de movimentação, por exemplo. Dentre os tipos de layout, podemos destacar os
seguintes:
28
a) Layout por Processo: também denominado layout
funcional, esse tipo de layout tem como objetivo
alocar equipamentos e colaboradores em um único
local, de acordo com as funções que exercem. A
Figura 6 demonstra um exemplo de layout por
processo ou funcional.
Figura 6 – Exemplo de Layout por Processo
Fonte: scielo

Vídeo
No  vídeo 3, você poderá compreender melhor os principais tipos de layout de uma fábrica.
29
Você pode entender a importância do planejamento do layout na gestão de materiais acessando o
link:
Disponível em: https://bit.ly/2dlCGvp. Acesso em: 15 mar. 2018.
Link
30
É fato que um dos mais importantes objetivos de um layout é a melhor disposição de maquinários e equipamentos em
uma planta fabril, porém, isso não deve ocorrer de maneira arbitrária ou aleatória. A Norma Regulamentadora nº 12 do
Ministério do Trabalho é responsável por regulamentar todos os procedimentos referentes a esse planejamento. Essa
NR aborda fatores como a distância mínima entre os maquinários, condições ideais do piso onde serão dispostos, áreas
de circulação em seus arredores, condições para instalações elétricas e até mesmo como deve ocorrer o sistema de
partida e parada desses equipamentos. A não observância dos quesitos dessa norma pode resultar em interdição
imediata do equipamento. Para saber mais sobre a NR 12, acesse o link: <https://bit.ly/2tbk06x>. Acesso em: 30 maio
2018.
Fonte: Ministério do Trabalho (2017)
Para saber mais
31
5 – GESTÃO DE ESTOQUES
Planejar, dimensionar e controlar corretamente os níveis de estoques são funções de importância fundamental para que a gestão de
uma empresa se mostre eficiente. Conforme Russo (2013), o estoque tem como finalidade prover os insumos ou produtos acabados
quando necessários. Porém, há de se considerar que os custos relacionados a esse ativo são bastante elevados e seu gerenciamento
ineficaz e a falta de controle pode comprometer as receitas e a lucratividade de uma organização. Bowersox et al. (2014) explicam
que, assim como a escassez pode atrapalhar os planos de marketing e produção, o excesso de estoques pode resultar em problemas
operacionais, como o aumento dos custos devido ao armazenamento adicional, capital de giro parado, seguros, impostos e
obsolescência.
32
5.1 – Razões para a Existência dos Estoques
Os motivos que justificam a existência de estoques devem ser analisados sob três vertentes: do ponto de vista da produção, do ponto
de vista dos atacadistas e do ponto de vista dos varejistas.No que se refere à produção, os estoques contribuem para a continuidade
das operações produtivas, evitando interrupções, ociosidade de equipamentos e mão de obra. Por sua vez, em relação aos
atacadistas, estes se utilizam dos estoques a fim de possuir capacidade para oferecer aos seus clientes, na generalidade dos casos os
varejistas, uma variedade de produtos de diferentes fabricantes em quantidades específicas.Por fim, os varejistas adquirem uma
ampla variedade de produtos com o intuito de disponibilizá-los ao consumidor final, ou seja, aquele que adquire bens para consumo
próprio ou familiar, em quantidades suficientes para atender somente suas necessidades.
33
Dois fatores que impactam substancialmente na gestão de estoques são a
sazonalidade e o ciclo de vida de um produto. Como as organizações, sejam elas
atacadistas ou varejistas, podem se precaver para reduzir ou eliminar os riscos
gerados por esses fatores?
Questão para
Reflexão
34
6 – SISTEMAS PRODUTIVOS
A gestão de estoques está intimamente relacionada com o sistema
produtivo da empresa. Basicamente, temos dois tipos: Os Sistemas
Puxados (Pull) e os Sistemas Empurrados (Push). 
A Figura 9 demonstra a diferença entre uma produção empurrada
e a produção puxada.
Figura 9 – Produção empurrada e produção puxada
Fonte: https://bit.ly/2MyVy8f
35
6.1 – Sistemas Produtivos Empurrados
(Push)
Nesse sistema de produção, a produção ocorre por iniciativa do
fabricante, ou seja, é o produtor quem “empurra” a produção para
o mercado consumidor. Portanto, a demanda pelos itens
fabricados não pode ser definida claramente, sendo necessário
então que se adote técnicas de previsão a fim de verificar o
comportamento de vendas desse produto em um determinado
período. Outra característica desse tipo de produção diz respeito
ao alto grau de padronização e continuidade dos bens produzidos.
Um exemplo de produtos resultantes desse tipo de produção são
os produtos alimentícios ou de limpeza. Diante da necessidade,
vamos até um supermercado, escolhemos uma determinada
marca e adquirimos os produtos. Exceto emocasiões específicas,
ninguém “encomenda” um pacote de arroz ou um sabonete, por
exemplo. A Figura 10 demonstra um exemplo de produtos que são
resultantes do sistema de produção empurrada.
Figura 10 – Exemplo de produtos resultantes da produção
empurrada
Fonte: https://bit.ly/2yO0pAl
Isso significa dizer que os fornecedores desse produto, sem
que os clientes os solicitem de maneira clara e formal,
produzem esses itens antecipadamente e os disponibilizam
para que possam ser consumidos.
36
6.2 – Sistemas de Produção Puxados (Pull)
Neste modo de produção, amplamente utilizado em empresas que
trabalham por encomenda, quem dá início ao processo produtivo
é o próprio consumidor. Neste caso, a demanda do produto é
plenamente conhecida, ou seja, se um cliente autorizou a
fabricação de um armário de cozinha, a empresa consegue definir
claramente que, naquele momento, sua demanda é de um
armário de cozinha. Por se tratar de encomendas, uma
característica comum a esse tipo de produção, é atender as
especificidades e vontades dos clientes o que torna o produto final
dessa operação algo personalizado ou customizado. A Figura 11
demonstra um tipo de produto resultante do processo de
produção puxado.
Figura 11 – Exemplo de produto resultante do sistema de
produção puxado
Fonte: https://bit.ly/2lHjR8g
37
Resumo
Nesta webaula, pudemos conhecer a importância das
embalagens no cenário logístico, quais são suas funções e
classificações. Pudemos analisar também como o
delineamento de um layout correto pode contribuir para o
aumento do nível de serviço oferecido por uma empresa e,
através disso, ainda contribuir para o aumento da sua
lucratividade. Ainda neste contexto, abordamos a
importância da gestão efetiva dos estoques, seus conceitos
e os motivos principais que justificam a existência desse
ativo. Por fim, ainda descrevemos os dois tipos principais de
produção: o sistema puxado e o sistema empurrado.
PARA DISCUTIR
Uma gestão de estoques eficaz tem seu início no momento
em que a empresa passa a conhecer os itens mais
relevantes em termos de valor que constam em seu
armazém.Neste contexto, um instrumento comumente
utilizado a fim de mensurar e dispor essa informação é
chamada de Curva ABC ou Gráfico de Pareto. Um sistema
de armazenagem eficiente pode contribuir
consideravelmente para que uma organização possa atingir
seus objetivos organizacionais, tanto em termos de
lucratividade quanto em nível de serviço e competitividade.
Porém, a armazenagem também pode resultar em algumas
desvantagens para a empresa. Quais seriam essas
desvantagens? Quais decisões podem ser tomadas a fim de
minimizar seus impactos para a empresa?
38
Caros alunos, chegamos ao fim desta webaula! 
 
Antes, porém, você deve ficar atento: acesse o Fórum da disciplina e participe do debate proposto pelo professor. Não deixe de
contribuir com sua opinião e agregar informações aos estudos. Pois bem... Vamos à nossa segunda webaula? Encontro você lá.
39
Bibliografia utilizada
BANZATO, Eduardo. Integrando layout com movimentação de materiais. Ago. 2001. Disponível em:
<http://www.guialog.com.br/ARTIGO217.htm>. Acesso em: 20 jan. 2018. 
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547208295/cfi/4!/4/4@0.00:0.00>. Acesso em: 30 maio 2018. 
BOWERSOX, Donald. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: AMGM, 2014. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553185/cfi/1!/4/2@100:0.00>. Acesso em: 30 maio 2018. 
CASTIGLIONI, José Antonio de Mattos. Logística operacional: guia prático. São Paulo: Érica, 2007. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536505770/cfi/0!/4/2@100:0.00>. Acesso em: 30 maio 2018. 
CAXITO, Fabiano (Coord.). Logística – um enfoque prático. São Paulo: Saraiva, 2011. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502226302/cfi/0>. Acesso em: 30 maio 2018. 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de materiais: uma abordagem introdutória. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2014. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520445488/cfi/0!/4/2@100:0.00>. Acesso em: 30 maio 2018. 
FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Cengage Learning,
2013. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522109616/cfi/0!/4/2@100:0.00>. Acesso em: 30
maio 2018. 
MESTRINER, Fábio. Gestão estratégica da embalagem. São Paulo: Prentice Hall, 2007. 
MOURA, Reinaldo A.; BANZATO, José Maurício. Embalagem, Unitização & Conteinerização. 2. ed. São Paulo: IMAM, 1997. 
NOGUEIRA, Amarildo de Souza. Logística empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. São Paulo: Atlas, 2012. Disponível
em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522477708/cfi/0!/4/2@100:0.00>. Acesso em: 30 maio 2018.NR-12 –
Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. 2011. Disponível em:
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr12.htm>. Acesso em: 21 abr. 2018.PAOLESCHI, Bruno. Estoques e armazenagem.
São Paulo: Érica, 2014. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536513270/cfi/1!/4/4@0.00:26.9>.
Acesso em: 30 maio 2018.POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597004427/cfi/6/2!/4/2/2@0:0>. Acesso em: 30 maio
2018.RUSSO, Clovis Pires. Armazenagem, controle e distribuição. Curitiba: Ibpex, 2009.
40
41
Bons estudos!
42

Outros materiais