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RESENHA CRITICA o que é cidade

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RESENHA CRITICA – O QUE É CIDADE? RAQUEL ROLNIK
ALUNO: FERNANDO SILVA BUSTAMANTE DOS SANTOS
Raquel Rolnik, desde 1979 é professora universitária no campo da arquitetura e urbanismo, sendo atualmente professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Urbanista, foi Diretora de Planejamento da cidade de São Paulo e consultora de cidades brasileiras e latino-americanas em política urbana e habitacional. Foi Secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades entre 2003 e 2007. É autora de livros e artigos sobre a questão urbana e Relatora Internacional do Direito à Moradia Adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A cidade pode ser definida como um local físico modelado pelo ser humano onde se aglomeram pessoas e as suas diversas formas de manifestações culturais, espirituais, filosóficas, econômicas, etc. Com o passar do tempo elas ganham um novo contexto analítico, influenciado pelo desenvolvimento de novas tecnologias e pelo aparecimento de novos hábitos de morar, trabalhar, produzir, e comunicar no qual surgem novas formas de entender a cidade. 
No livro O que é a cidade? Raquel Rolnik conceitua em três tópicos: 
-Primeiro a cidade como um Imã, que subtende que as construções implicam num trabalho organizado, que supre as necessidade num padrão em cada tipo de sociedade, primeiramente os construtores de templos assim que era erguido num terreno natural, era como se estivesse tendo domínio da natureza.
 -Em seguida a cidade como escrita, já existe uma maturação do homem ao suprir certas necessidades ai se registra a acumulação de riquezas, de conhecimento, além de toda experiência já adquirida, tudo aquilo construído já começa a denotar o seu próprio mundo. É tudo mais concreto e particular.
-E por último a cidade como mercado, e a necessidade da divisão de trabalho, para atender as necessidades, levando em consideração a capacidade produtiva de cada um. Tudo gira em torno de um centro de produção e consumo e assim a cena urbana gira totalmente em torno desse comercio.
A divisão espacial das cidades é impulsionado pela disseminação do trabalho assalariado. Isso impõe a nível constitucional dos territórios separados por grupos sociais. É a este movimento de classes sociais e funções no espaço urbano que estudiosos da cidade como a Raquel Rolnik chama de segregação urbana.
	Na era medieval não existia segregação entre a moradia e o local de trabalho do artesão, além de ser o local de habitação e produção, era também o local do comercio, ou seja: todo espaço individual é simultaneamente lugar de residência, produção, mercado e vida social. 
Hoje em dia e muito fácil de identificar os territórios diferenciados na cidade, o bairro nobre do bairro de classe média, do comercial, do industrial, das favelas, etc.
A segregação é manifestada também no caso dos condomínios fechados, além de um recorte de classe, a segregação se expressa através da separação dos locais de trabalho em relação aos de moradia.
A presença do Estado na cidade é tão grande e importante devido às transformações ocorridas sejam econômicas ou políticas, basicamente em meados do século XVII que se dá o apogeu da reviravolta, que define verdadeiramente o poder urbano.
Quando se emerge a ideia do estado, de planejar uma cidade consiste uma visão fixa em querer criar algo para que funcione perfeitamente como um mecanismo analógico, isso é muito claro na utopia de escritores renascentistas que representam perfeitamente essa ideia.
Imagine por exemplo, que nas próprias cidades medievais, que eram emersas por planos e seguiam rígidas regras, já cresciam espontaneamente de acordo com as necessidades de cada povo, dificilmente nos dias de hoje isso funcionaria de acordo com o planejado.
A transformação ocorrida no século XVII foi interessante por ser uma ideia mais racional dos projetos, a previsão, os cálculos, tudo isso com base na economia do comércio manufaturado. Hoje o surgimento constante de novas formas de pensar, existem também novas formas de trabalho e com isso novas realidades. 
Por mais que seja difícil prever todas as problemáticas futuras, os pensamentos utópicos nos trazem muitos tópicos que servem de exemplo para os planejamentos usados hoje em dia, como a leitura mecânica, a ideia de ordenação matemática, e com isso reduzindo ao máximo os males da desorganização e má distribuição que o capitalismo traz as cidades e seus moradores.

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