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TROMBOSE VENOSA E EMBOLIA PULMONAR CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA PROF(a): MSC. LUCIENE MOREIRA JOTA PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO TROMBOSE VENOSA – acomete qualquer veia superficial ( safena interna e externa) ou profunda (poplítea, iliofemoral) , com incidência maior nas veias das extremidades inferiores. FISIOLOGIA VENOSA o retorno venoso é mantido: - complexo sistema valvular ( contribui para evitar o refluxo ); - contração muscular contínua ( ativada na caminhada / corrida) ; - pressão exercida pela atividade contrátil do coração; CONCEITO TROMBOEMBOLISMO : É uma doença multifatorial, adquirida ou genética, associada a episódios de trombose venosa profunda e de embolia pulmonar que acomete 1 de cada 1000pessoas/ano. EMBOLIA PULMONAR : é o distúrbio pulmonar agudo mais comum em pacientes hospitalizados, mais frequente entre 60 a 80 anos. Cerca de 95% dos êmbolos pulmonares têm origem em veias dos MMII. A gravidade da embolia pulmonar depende do tamanho do êmbolo, do estado hemodinâmico e respiratório prévio e das repostas reflexas, humorais e inflamatórias do paciente. CONCEITO INCIDÊNCIA TROMBOEMBOLISMO VENOSO EMBOLIA PULMONAR FREQUÊNCIA > HOMENS FREQUÊNCIA > MULHERES -USO DE ESTRÓGENOS ; -- GRAVIDEZ; -- TROMBOFLEBITES A causa exata da trombose venosa permanece obscura , porém 3 fatores exercem papel significativo: * estase sanguínea; * lesão parietal vascular; * distúrbio de coagulação do sangue. TRÍADE DE VIRCHOW 2 FATORES = TROMBOSE ETIOLOGIA- TVP * ESTASE VENOSA - Ocorre quando o fluxo de sangue é lento ( IC e Choque); - Veias encontram-se dilatadas pelo uso de medicamento; - Contração muscular encontra-se reduzida ( imobilidade; paralisia de extremidades ou anestesia) - Repouso no leito reduz em 50% o fluxo sanguíneo nas pernas; ETIOLOGIA- TVP * LESÃO DO VASO Doença da VeiaTraumatismo Irritação química por medicamento ou soluções venosas Lesar a parede do vaso Favorecer a formação de coágulo ETIOLOGIA- TVP * DISTÚRBIO DE COAGULAÇÃO - Interrupção abrupta de medicações anticoagulantes; - Contraceptivos orais; - Discrasias sanguíneas; Hipercoagulabilidade ETIOLOGIA- TVP Idade > 50 anos Gravidez Varizes MMII Hiperlipidemia DM Cirúrgia torácica/addominal ( > 30 min) Imobilização intensa por mais de 12-48 horas Cirurgia ortopédica (MMII em > 40 anos) Anticoncepcionais em altas doses ( estrógenos- aumentam a síntese hepática dos fatores de coagulação e a adesão plaquetária) Obesidade Trauma Neoplasias – células neoplásicas liberam ativadores plaquetários. Insuficiência cardíaca ETIOLOGIA - TVP Tromboflebite Trombos Venosos Agregado de plaqueta Parede dos vasos Deslocar Êmbolos pulmonares Espontâneao Elevação da pressão venosa Úlcera Venosa Gangrena Venosa CERCA DE 95% DOS EMBOLOS PULMONARES TÊM ORIGEM EM VEIAS DOS MMII. FISIOPATOLOGIA •50% pacientes com TVP MMII assintomáticos; • Dor incomum nas pernas intermitente a persistente ; • Edema de extremidades obstrução veias profundas inibição do fluxo sanguíneo; - O edema pode ser pela estase venosa ou por fenômenos embólicos ( fragmentação do trombo). - O edema pode ser de tal intensidade que impede o fluxo arterial e causa isquemia – cianose. • Cianose – secundário a severidade da oclusão venosa MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS •Alteração da cor da pele da extremidade; • Distensão de veias superficiais; • Diferença de temperaturas entre as pernas. • Maior sensibilidade instalado o processo inflamatório na parede venosa; •Sinal de Homans dor na panturrilha após dorsiflexão do pé não é específico para TVP. • Sinais de embolia pulmonar constituem a primeira indicação de TVP OBJETIVO: Consiste em prevenir o crescimento e fragmentação do trombo , devido ao risco inerente de embolia pulmonar. • Meias elásticas insuficiência venosa deambulação; TRATAMENTO TRATAMENTO ( TVP) • Dispositivo de compressão pneumática intermitente ( CPI) consiste na compressão do MMII (tornozelo,joelho e coxa) pela insuflação sequencial aumentar a velocidade do fluxo sanguíneo. •Elevar os membros exercícios no leito de dorsiflexão do pé; • Compressas aquecidas e úmidas sobre extremidade afetada reduz desconforto associado a TVP aliviar a dor • Uso de analgésicos; TRATAMENTO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 1-ANTICOAGULANTE retardar o tempo de coagulação do sangue evitando a formação de trombo pacientes pós- operatório dificultar a extensão de um trombo (já formado) sem dissolve-lo. 1.2- Heparina não fracionada: Heparina – profilaxia e tratamento da TVP 1.2.1- Via EV alta dose ( efeito imediato): - evita a extensão de um trombo e a formação de novos trombos; - infusão intermitente ou contínua – por 5 a 7 dias TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 1.2- Heparina não fracionada: Heparina – profilaxia e tratamento da TVP 1.2.1- Via EV alta dose ( efeito imediato): Tem como objetivo o tratamento e a prevenção de novos fenômenos tromboembólicos em pacientes com TVP, TEP,tromboses ou embolias arteriais, ou submetidos a procedimentos que implicam em risco trombótico ( CAT arterias ou PTCA, hemodiálise e CCV c/ CEC). 1.2.2- Via SC ( efeito 20-60 minutos): profilaxia TVP TRATAMENTO ( TVP) TRATAMENTO 1.3-Heparina de baixo peso molecular : tratamento e profilaxia de TVP - evita a extensão de um trombo e a formação de novos trombos, com menos complicações hemorrágicas que a heparina não fracionada; - custo mais elevado que a heparina não-fracionada; - administrada uma única vez ao dia. FARMACOLÓGICO TRATAMENTO ( TVP) TRATAMENTO 1.3-Heparina de baixo peso molecular : tratamento e profilaxia de TVP Ex: Fraxiparina, clexane ( enoxaparina) FARMACOLÓGICO Utilizadas em pacientes com determinado risco trombótico (pós-operatório cirurgia abdominal, ortopédica, portadores de neoplasias, sepse, pacientes em repouso prolongado) com o intuito de prevenir a TVP. Deve ser realizada ainda no pré-op (1ªdose) sendo mais eficiente do que a utilização no pós-op. TRATAMENTO ( TVP) TRATAMENTO 2- ANTICOAGULANTE VIA ORAL OU DROGA ANTIVITAMINA K (AVK) FARMACOLÓGICO • Usada ainda na fase aguda do episódio de trombose ou para profilaxia; • inicia-se precocemente o seu uso ( 1° a 2 dia de tratamento da trombose) ; EX: Warfarina ( marevan, coumadin ) TRATAMENTO ( TVP) TRATAMENTO 3- TROMBOLÍTICOS/ FIBRINOLÍTICOS : FARMACOLÓGICO • Ação destes consiste na ativação da plasmina que causa lise e dissolve o trombo (50% pacientes ); • administrado dentro das 3 primeiras horas, após oclusão aguda; • Vantagem: menor quantidade de lesão a longo prazo das válvulas venosas e reduz incidência de IVC; • Desvantagem: sangramento 3 X maior heparina. • importante fazer testes periódicos de coagulação ( TPT , TP) avaliação do hematócrito ( elevado-aumenta viscosidade do sangue) e hemoglobina. EX: Uroquinase , Estreptoquinase, Estafiloquinase TRATAMENTO ( TVP) TRATAMENTO CIRÚRGICO TROMBECTOMIA, POSICIONADO FILTRO DE VEIA CAVA. TRATAMENTO ( TVP) EMBOLIA PULMONAR Dispnéia, falta de ar Dor torácica sintomas comuns Obnubilação Tosse Ansiedade,apreensão Distensão jugular aguda Hipotensão aguda, síncope Choque cardiogênico agudo Hemoptise Dor pleurítica Exame Físico: edema, taquipnéia, taquicardia, cianose, sudorese, febre, sibilância torácica, galope com 3ª ou 4ªbulhas. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTCO • Anamnese e Exame Físico - •Radiologia torácica – pode revelar atelectasia e opacidade. • Saturimetria transcutânea e gasometria: a hipoxemia com saturimetria abaixo de 90% pode alertar para a possibilidade de embolia pulmonar; • Eletrocardiograma : pode mostrar sobrecarga atrial e ventricular a D. • Cintilografia pulmonar • Duplex scan dos MMII DIAGNÓSTICO O diagnóstico e tratamento da embolia pulmonar precisa ser precoce pois a mortalidade é de cerca de 11% só na primeira hora e pode superar 30% nos casos não tratados. • Oxigenoterapia – Iniciar com CN a 2 a 4 l/min e ajustar conforme saturimetria ( manter saturação da hemoglobina acima 90%) • Cuidado com as pernas – paciente deverá manter em repouso no leito com os MMII elevados até que o trombo esteja aderido a parede . As pernas devem ser movidas ativamente após 24 horas iniciado o tratamento. Antes de começar a deambular é recomendável o uso de meias de compressão. TRATAMENTO • Suporte hemodinâmico – nos pacientes com choque ou sinais de baixo débito, iniciar dobutamina ( droga inotrópica ). - a ação desta droga consiste em melhorar a contração e o volume sistólico , já que a sobrecarga do VD poderá resultar numa falência de VE e consequentemente EAP. TRATAMENTO TEP – área ocluída > 25% Hipertensão Pulmonar Aumento da pós-carga VD Dilatação VD Desvio de septo interventricular da D para E Redução das dimensões de VE Baixo DC CHOQUE CARDIOGÊNICO • β2 inalatório – salbutamol , berotec, bricanyl para pacientes com broncoespasmos. • Antitérmicos – ex: paracetamol oral • • Heparina convencional ( não fracionada) – deve ser iniciada imediatamente em bolus EV e seguida de infusão contínua. A heparina é mantida por 4-5 dias como rotina e por 10 dias nos pacientes com instabilidade hemodinâmica. Principal complicação: sangramento ( antidoto sulfato de protamina) – deve fazer a interrupção temporária. Requer controle rigoroso da TTPa ( tromboplastina parcial ativado). Analgesia – se dor significativa ( meperidina = dolantina) TRATAMENTO • Heparina de baixo peso molecular – usada por via SC sem necessidade rigorosa de TTPa . • Varfarina sódica – após 24 horas de uso de heparina, iniciar com varfarina ( anticoagulação oral ) por 3 meses ou indefinidamente, enquanto persistir o risco de tromboembolismo. No caso de sangramento usar o antídoto dos anticoagulantes orais ( vitamina K). • Fibrinolítico – indicado no caso de embolia pulmonar maciça com instabilidade hemodinâmica ou insuficiência respiratória. A administração de fibrinolíticos deve preceder a interrupção temporária da infusão de heparina e da administração de hidrocortisona EV. A infusão de heparina deve ser reiniciada após término da infusão de fibrinolítico. TRATAMENTO • Elevar MMII ou usar meias elásticas • Incentivar deambulação precoce ou incentivar exercícios de contrações da musculatura da panturrilha. • Heparina em procedimentos de alto risco – profilaxia em situações de risco como cirurgias e períodos de imobilização completa prolongada , podendo ser feito com mini-doses de heparina convencional não fracionada ( Liquemine , heparina) ou com heparina de baixo peso molecular ( Fragmin, clexane, fraxiparina). • Compressão pneumática intermitente dos MMII • Evitar estrogênios – evitar anticoncepcionais orais ou reposição hormonal em pacientes com fatores de risco e suspende-lós 4 semanas antes de cirurgias pélvicas ou de MMII. PROFILAXIA
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