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Resenha do filme bicho de sete cabeças

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O BICHO DE SETE CABEÇAS
ALEF MARTINS
ANA CAROLINA BARBOSA
BRENO PINHEIRO DE SOUZA
INGRID SILVA
LUIZ DIAS
PATRICK MARTINS
THIAGO PACHECO
RIO DE JANEIRO
2018
ALEF HENRIQUE S. MARTINS – 18201063
ANA CAROLINA CECILIA BARBOZA – 18201082
BRENO PINHEIRO DE SOUZA - 18202437
INGRID FREITAS DA SILVA – 18202460
LUIZ FERNANDO MAYER DIAS - 1820175
PATRICK MARTINS - 18202757
THIAGO M. BORGES PACHECO – 18203175
O BICHO DE SETE CABEÇAS
Trabalho de atividades práticas supervisionadas com
 o objetivo de obtenção de nota para primeira avaliação
semestral no Centro Universitário Augusto Motta, no curso
de Direito, na matéria de Sociedade, pessoa e Direito.
Ana Maria Cerqueira Luiz
RIO DE JANEIRO
2018
Resumo do filme
Dentro do filme “Bicho de sete cabeças” encontramos com Neto ou Netinho, como é chamado pela família de classe média que vive na grande São Paulo um jovem que sofre com diferentes mudanças sociais de sua época e com uma família tradicional. Com grandes conflitos com seu pai o que leva futuramente a proporções trágicas.
Wilson tem um pensamento tradicional e espera que seu filho (Neto) siga suas tradições e seja sua continuidade. Claramente com dificuldades de socialização e com total submissão ao seus pais, ele tem dificuldade de comunicação com sua família. Em sua rebeldia, em um determinado dia ele viaja sem o consentimento do pai, o senhor Wilson, nessa viagem juntamente com o amigo desfruta de hospedagem e bebidas luxuosas e de repente percebe que o pagamento pela viagem seria através de relações homoafetivas o que não o agrada, trazendo à tona seu lado violento, pois sua moral impõe aquela prática como errada. Devido a esse fato, ele acaba conhecendo uma mulher ao qual se relaciona por uma noite e por quem fica fascinado desde então.
Em determinado momento Neto se descuida, e seu pai encontra um cigarro de maconha em seus pertences. Wilson, pai de Neto era o típico conservador, que não tentava dialogar com seu filho. Com a falta de diálogo o mesmo não compreende as mudanças que passam na cabeça do filho em uma fase tão conturbada. Esse adolescente procurava aceitação e parceria de um grupo de amigos, ao qual partilhava maior parte do tempo que em contra partida a família tinha receio de perder o controle do jovem. Neto é iludido por seu próprio pai a visitar um parente doente, o que ele não imaginava era que ali se iniciava o inferno de sua vida. Sem ao menos ser comunicado, ele é internado para o que é considerado uma excelente clínica para se reabilitar e deixar de ser um “maconheiro” o que dentro de seu grupo social é considerado algo repugnante. Em sua internação ele se esbarra om a realidade de que nem tudo é p que parece ser, afinal, a renomada clínica nada mais é do que um hospital psiquiátrico. Neto não passa por exames, não é avaliado simplesmente é taxado como usuário frequente de drogas, onde tem sua liberdade e seu direito de ir e vir violado, sem contar que passa fazer uso de drogas fortes que fazem muitas vezes ele perder totalmente a noção de si mesmo. Em sua nova realidade o adolescente se depara com pacientes que são desmoralizados diariamente, tratados de forma desumana, onde claramente tem a crueldade planejada, pois não se importam com a integridade das pessoas ali dentro.
Sem qualquer exame médico ou avaliação psicológica, Neto e todos os outros pacientes são submetidos ao uso excessivo de medicamentos e injeções, que são causadores até mesmo de uma certa psicose agravando ainda mais seus quadros médicos. 
O manicômio visando apenas a arrecadação de lucros com os internados, submetia os pacientes a torturas e punições aos que fossem contrários aos métodos utilizados eles eram apenas oportunidade de ganho de dinheiro, afinal, quanto maior o tempo de internação, mais tempo de recursos recebidos.
A clínica procurava criar uma imagem falsa de conforto e bons cuidados aos pacientes a seus familiares, porém por trás dessa imagem fictícia apresentada aos pais e parentes que levam a internar seus familiares, os pacientes eram desmoralizados ao contrário da expectativa de seus familiares. Os maus tratos eram sucessivos, todos os pacientes eram sacrificados a esses tratamentos desumanos. Nesse regime há somente visões superficiais do que realmente acontece. Sem saber mais o que fazer, Neto busca fazer apelos a sua família para que lhe tirarem daquele lugar, o que era inútil, pois sua família acreditava que o jovem estava sofrendo alucinações devido à ausência de drogas. Após sofrerem com a ausência d filho, os pais finalmente resolvem retirar o filho daquele local, até porquê também estavam assustados com o estado do filho.
Mas seus problemas não acabaram, neto sofreu depois de sua internação e não conseguiu se recuperar totalmente, ao ser reintegrado na sociedade ele se sente novamente desajustado, tentando se adaptar novamente a sua realidade social e como seu psicológico se encontrava abalado não conseguiu se reintegrar. Até arranjou um emprego que não durou muito. Após ir a uma festa sofre um novo surto ao tentar ter relações sexuais com uma menina na festa e não ter ereção Neto acaba se envolvendo em um conflito o que levou a voltar novamente ao manicômio, dessa vez assumindo uma postura rebelde e de liderança, mas aos poucos seu sofrimento e desajuste foi o levando ao ponto de tentar suicídio, pois não suportava mais o ambiente e sua situação. Ele voltou para sua família totalmente fragilizado, violado e sem perspectivas de vida e seu pai com uma eterna culpa de ter estragado a vida de seu filho após seguir o que achava o correto dentro de um contexto social.
Resenha crítica 
O drama o Bicho de sete cabeças é baseado na autobiografia de Austregésilo Carrano, onde aborda diversas questões sociais como falta de diálogo familiar, consome de entorpecentes e maus tratos.
De acordo a antropologia, a família é um produto social e não um dado natural, sendo assim foi notório que a família de neto sem nenhum tipo de vestígio de socialização/ interação desde o principio. A relação entre pais e filhos e uma das três relações básica considerada principal para o desenvolvimento de uma sociedade. 
Segundo Durkheim, quando uma pessoa tem seus vínculos sociais enfraquecidos, ela pode chegar a um estado de anomia, pois a falta de um “corpo de normas sociais” traz a pessoa um conceito desajustado dentro de um contexto social. E assim podemos encontrar Neto, que por não ter uma estabilidade de regras em sua família e nem costume de diálogos, se esbarra com diferentes preconceitos e sofre com isso por desrespeitar regra comuns e tradições dentro do contexto social de sua família.
Wilson que achava que sua explosão e muitas vezes discursos de ódio era o jeito ideal para manter a postura de uma família tradicional, estreitou o relacionamento com Neto em implicâncias e desavenças.
O uso de drogas vem sendo cada vez mais comum entre os jovens e tratado como uma diversão entre ele, usando uma concepção de que entorpecentes ajudam a fugir dos problemas. Cabe aos pais fugir do anacronismo e manter o diálogo com seus filhos para conhece-los, entende-los e orienta-los, talvez se Neto tivesse um diálogo maior com sua família sua realidade teria sido diferente.
A falta de diálogo é um problema global que afeta muitas famílias na realidade global, como por exemplo no filme, Wilson taxa que o uso de brinco é exclusivo a mulheres e que homem que usa é gay, trazendo assim conflitos em sua para com seu filho, que simplesmente estaria fazendo uso de uma tendência dos jovens dos anos 2000. Se o pai busca-se entender o filho e o filho explicar ao pai o uso do brinco, eles evitariam um conflito em uma simples conversa, assim como uma orientação adequada evita que muitos jovens caiam, por exemplo, nas “garras” do vandalismo. O diálogo familiar, a presença dos pais no dia a dia do jovem poderia ter contribuído para que o cenário não se agravasse tanto, atualmente é um problema global a falta de diálogo entrepais e filhos, sendo que os pais deveriam ter aspectos provedores de suas residências, e não apenas na parte financeira, mas também atuar de forma presente na vida educacional, direcionando-os ao caminho correto.
Apesar de fazer uso de maconha, Neto não era de fato um usuário de maconha, mas não teve nem se quer o direito de explicação, foi internado sem seu consentimento em uma clínica e no lugar de receber auxílios, ele recebeu maus tratos, drogas em excesso e torturas que acabou trazendo transtornos mentais. Essa postura vai contra a Constituição Federal (1988). Art5º II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. III – Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
O filme apesar de ter sido gravado a quase duas décadas, reporta a realidade que até hoje é vivenciada transparece uma denúncia de tratamento de saúde no Brasil. Esses estabelecimentos deveriam ter como princípio a integração do indivíduo, em alguns hospitais psiquiátricos que muitas vezes são citados até como “casas de extermínio”, mostram a desvalorização das pessoas como seres humanos e a violência é banalizada.
É uma verdadeira denúncia ao tratamento da saúde mental no Brasil, pessoas deveriam ser tratadas para serem reintegradas na sociedade, Os maus tratos praticados na instituição demonstra a desvalorização da vida do próximo, se basearmos em ações do gênero viraríamos uma cadeia onde a violência seria banalizada, mas na verdade acaba acontecendo ao contrário, a pessoa acaba se desajustando ainda mais sendo impossível reintegra-la no meio social. 
Todo ser humano deve ser tratado igualmente, com ética, respeito e moral, sem distinções e tendo seus direitos humanos garantidos e assegurados.
(...) A família assume o papel de criadora de possibilidades de saúde para
seus membros e oferece um cenário para transformações ou resoluções de
problemas.”
- Psiquiatra Jorge Jaber
Em 2001 foi criada a Lei 10.216 que determina os direitos de usuários de drogas ou pessoas com algum distúrbio mental sujeitados a condições precárias.
LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.
Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - Ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - Ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - Ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI - Ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - Ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.
§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.
Art. 5o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.
Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I - Internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II - Internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.
Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.
Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento.
§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.
§ 2o O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.
Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.
Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.
Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.
Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional para acompanhar a implementação desta Lei.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Independência e 113o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Jose Gregori
José Serra
Roberto Brant
Caso realmente o paciente necessite de uma internação, o inciso 2* do artigo 4* da mesma lei citada informa que o tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral a pessoa portadorado transtorno, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológico, ocupacional e outros. O primeiro inciso do quarto artigo da lei citada a cima, determina que qualquer tipo de tratamento psiquiátrico tenha por finalidade permanente a reinserção do paciente em seu meio.
Carrano, escritor no livro que foi baseado o filme comenta: 
"Acho que o filme ficou na dosagem certa embora nem 10% do que nós pacientes psiquiátricos passamos dentro desse chiqueiro psiquiátricos que ainda hoje são verdadeiros casa de extermínio. Quando comparo essas instituições do terror não é só pelo fato de 80% dos internos morrerem ou viverem moradores de lá de dentro, mas também pela prisão física ou química, as quais somos submetidos, ou seja, morte em vida que nos leva ao zumbinismo".
MATÉRIAS REAIS SOBRE CASOS SEMELHANTES AO FILME:
Casa de Saúde Alfredo Neves e no Instituto Frederico Leomil, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A unidade mantinha paciente amarrado a camas ou a bancos. Os pacientes têm traços claros de desnutrição, alimentação inadequada e negligência. Todos eles praticamente têm quase todos os dentes podres, problemas na pele. Um deles tinha um problema de protrusão do reto, quando o ânus fica para fora do corpo. “Questionados sobre isso, os profissionais disseram: ‘Ah, ele sabe como botar no lugar’”, afirmou um agente de saúde mental que esteve no local
Em 2016, a matéria foi mostrada pelo G1, é somente afirmou o que foi relatada na obra de bicho de sete cabeças. 
FONTE: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/11/policia-examinara-pacientes-de-clinica-psiquiatrica-denunciada-no-rj.html
CASO DAMIÃO XIMENES MUDA POLÍTICA DE TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO EM SOBRAL:
O hospital onde o paciente foi descredenciado do SUS e depois fechou atualmente a cidade possui uma rede de atendimento psicossocial. 
Cenário de casos de agressão tortura e maus tratos, a casa de repouso de Guararapes, em Sobral, fecharam as portas no ano de 2000. A denúncia da morte de Damião Ximenes que já estava sendo investigada pela corte interamericana de Direitos humanos, foi o estopim para encerra as atividades do hospital, que passou mais de 20 anos como o único centro de tratamento psiquiátrico credenciado ao SISTEMA UNICO DE SAÚDE (SUS) na região de Sobral. 
Damião foi agredido e agarrado e morreu em consequência da tortura, após a morte de Damião vir à junta interventora revisar os casos dos internos e diversos pacientes foram retiradas da instituição e devolvidas para as famílias. A unidade hospitalar que possuía 80 leitos de internação foi descredenciada do SUS e fechada logo após depois deste caso. 
A socióloga Rita Monteiro, que defendeu sua tese de Doutorado sobre o caso Damião Ximenes, estudou durante anos a historia do hospital Guaraps.
 A pesquisadora explicou que, na época, em 1999, entidades defensoras de direitos humanos questionaram a prefeitura de Sobral sobre o tratamento dispensado pela clínica.
Conclusão
O filme reflete a realidade que vivemos e a nossa dificuldade de lidarmos com convívio social, seja ele familiar ou com outros grupos sociais. Como Wilson, somos mal instruídos e mal informados sobre o que podemos encontrar do lado na nossa bolha social. A família é a base e o primeiro contata para socialização do indivíduo, onde podemos perceber que ao longo do filme a família não possuía uma relação de comunicação saudável, não havia orientação comportamentais ou qualquer auxilio que seria necessário, para a fase de adolescente que Neto se encontrava. 
Os entorpecentes cada vez mais relevantes na nossa sociedade são tratados como diversão entre os jovens, aceitando ou não se tornou parte do cotidiano entre muitos jovens, que utilizam da falsa convicção que ajudaria na resolução dos diversos problemas familiares, ou simplesmente seguindo as más condutas de terceiros. A maconha, a droga enfatizada no filme, é a mais frequente utilizada entre os jovens por ser uma droga secundária.
Mostrando a realidade parcial em que vivem os pacientes nestes hospitais, “O bicho de sete cabeças” promove uma reflexão com relações aos tratamentos, deixando claro que esse tipo de tratamento é deprimente e ineficaz. e permite-nos refletir o que é “normal” e “exagerado”.
Através dessa história podemos perceber o quanto a violação da liberdade do outro pode interferir em todo o resto de sua vida, a falta de uma consciência coletiva das sociedades modernas em integrar os “desajustados” para a afirmação e adaptação em regras e tradições, sendo um mal crônico em não conseguir acompanhar as mudanças sociais e assim trazendo muitas vezes danos irreparáveis a vida de algum indivíduo. Que usemos essa postura como um exemplo a não ser seguido e que sejamos empáticos e respeitemos os limites do outro.

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