Buscar

AÇÃO GUARDA COMPARTILHADA

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA XXXXXXX.
AUTOS No: (...)
MARIA, brasileira, casada, profissão, portadora da cédula de identidade CI/RG sob o no (...) – XXX/XX, inscrita no cadastro de pessoa física CPF/MF sob o no. (...), residente e domiciliada na Rua (...), no (...), Bairro (...), (Cidade)/(Estado) por intermédio de seu advogado, (nome do advogado), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº (...) Seccional do Estado do (...), com escritório profissional, aonde recebem as devidas comunicações jurídicas processuais na Rua (...), no.(...), Bairro (..) CEP (...) na cidade e comarca de (Cidade), Estado do (...) vem muito respeitosamente perante Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C PARTILHA DE BENS, GUARDA, ALIMENTOS
Em face de JOSÉ, brasileiro, casado, inscrito no cadastro de pessoa física CPF/MF sob o no (...), portador da cédula de identidade CI/(Estado) sob o nº(...), profissão, telefone nº(...) (Quanto mais informações do Requerido melhor...).
I – DOS FATOS
A Requerente MARIA casou-se com o Requerido JOSÉ no dia 00/00/00, certidão e casamento de nº. (...) sob o regime de comunhão (...) de bens.Desta união nasceu 02 (dois) filhos, XXXXXXXXXXXXX (qualificação), possuindo XXX anos de idade e XXXXXXXXXX, possuindo XXX anos de idade nos termos da certidão de nascimento acostada. Até a separação, os menores viveram sob o Poder Familiar de ambos.
Durante a união, inclusive, os Requerentes adquiriram os seguintes bens na cidade de XXXXXXXX, onde, atualmente, reside a Requerente:
- 100 (cem) mil reais ;
O Requerido nunca aceitou realizar o divórcio consensualmente tão pouco a partilha de bens e pagamento de pensão alimentícia. Por não houver acordo amigável e impossibilidade do requerido em realizar o divórcio consensual, a Requerente vem socorrer-se ao Judiciário.
II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Nos termos do art. 226, § 6º da Carta Cidadã, cuja redação decorrente de Emenda Constitucional nº. 66/2010 dispõe sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio, suprimindo o requisito de prévia separação judicial por mais de 01 (um) ano ou de comprovada separação de fato por mais de 02 (dois) anos, manifestam-se a Vossa Excelência a intenção inequívoca de divorciarem-se consensualmente, dentro das seguintes condições:
1-DIVÓRCIO
Vale-se atentar também de que a Ementa Constitucional nº 66, deu nova redação ao parágrafo 6º do Art. 226 da Carta Magna suprimindo assim o requisito de separação judicial por mais de um ano, ou a separação de fato por mais de dois anos.
Uma vez demonstrado aos fatos de que o Requerido desde um ano atrás não cumpre com suas obrigações relativas ao sustento do lar, companheirismo, afetividade com a esposa e filhos, proteção, obrigações relativas ao Art. 227 do CF, 1634 do CC entre outras incumbidas a somente este em relação a família, torna-se impossível reconciliação ou divórcio consensual.
Desta forma, busca-se o Judiciário para que expedido o mandado de averbação.
2-PARTILHA DE BENS
Pelo fato de o Requerido e a Requerida serem casados pelo regime de comunhão universal de bens preceitua o Art. 1667 do CC:
Art. 1667 do CC. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
Possui a quantia de R$100.000,00 (cem mil reais) em saldo de conta corrente;
Meação relativa ao valor de R$ 50.000,00 ( cinquenta mil reais);
Desta forma, a Requerente tem direito a 50% do valor dos bens (cinquenta por cento) na partilha, na importância de R$ 50.000,00 (*cinquenta mil reais).
Fundamentos Jurídicos estes os quais a Requerente pleiteia para que seja observado seu direito a meação dos bens.
3- DAS CRIANÇAS
Em relação aoS filhos da Requerente e do Requerido, (nome do menor), menor impúbere, atualmente com * (* em extenso) anos de idade, e (nome do menor) atualmente com (...) anos de idade, observa-se aos Arts. 3º e 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA):
Arts. 3º do ECA. A criança e o adolescente goza de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que se trata esta Lei ou por outros meios, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Arts. 4º do ECA. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, á liberdade e Á convivência familiar e comunitária.
Desta forma, pede-se a Vossa Excelência que sejam observados os fundamentos jurídicos adiante.
4-DA GUARDA
Quanto à guarda do menor (Nome do Menor), o Art. 1583 § 2 do Código Civil prevê a possibilidade de guarda unilateral pela Requerente:
Art. 1583 do CC. A guarda será unilateral ou compartilhada.
Desta forma a Requerente pleiteia a guarda compatilhada dos menores.
5-DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITA
Demonstra-se Excelência de que toda criança necessita de apoio familiar, desta forma, a presença de ambos os pais e imprescindível para que esta cresça mental e emocionalmente perfeita.
Desta forma é direito de ambos os pais o convívio com a criança, o direito de prestar visita é um direito fundamental da família brasileira em razão da necessidade de um bom convívio familiar visto que o vínculo afetivo permanece e encontra proteção jurídica contra potenciais agressões.
Assim se posiciona o ordenamento jurídico, conforme o disposto no Art. 19 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 19 da Lei 8.069/90: Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família, substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária.
A doutrinadora Maria Berenice Dias, Manual de Direito da Família, 2011, pág.447 esclarece que:
A visitação não é somente um direito assegurado ao pai e a mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver, o que reforça os vínculos paterno e materno-filial. (...) Consagrado o princípio da proteção integral, em vez de regulamentar as visitas, é necessário estabelecer formas de convivência, pois, não há proteção possível com a exclusão do outro genitor.
Diante do conteúdo explicitado acima, a Requerente acha conveniente regulamentar as visitas e assistência que desejar exercer com relação aos filhos,a requerente pleiteia da seguinte forma:
- Finais de semana intercalados, um com a mãe e outro com o pai, sendo horário de permanência com o pai das 09:30 horas (nove horas e trinta minutos) de sábado até às 18:00 horas (dezoito horas / “seis horas da tarde”) de domingo, devendo avisar a genitora com antecedência caso for se ausentar da comarca com o filho;
- Feriados intercalados;
- Dia dos Pais com o pai e Dia das Mães com a mãe;
- Natal com a Mãe;
- Ano Novo com o pai;
- Dia das Crianças, metade do dia com o pai e metade com a mãe;
6-DOS ALIMENTOS
Primeiramente Vossa Excelência, extrai-se da Lei Maior dois artigos imprescindíveis à demonstração deste pleito:
Art. 227 da CF. É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;
Art. 229 da CF. Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade;
Demonstra-se no mesmo sentido o Art. 1.634, I do CódigoCivil quanto à criação e educação dos filhos menores, e no Art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90- ECA) relativo a dever de sustento, criação e educação.
Art. 1634 do Código Civil. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I- dirigir-lhes a criação e educação;
Art. 22 da Lei 8069/90. Aos pais incube o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir as determinações judiciais.
Desta forma, mostra-se claro de que o (Requerido) além de prover o sustento da Requerente, compete também ao sustento do filho, pois, trata-se de satisfações de necessidades vitais de quem não consegue provê-las por si.
Art. 1696 do CC. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Quanto ao Parágrafo 1º do Art. 1694 do CC citado, vale ressaltar de que para que possa ocorrer sua concessão precisa-se de dois requisitos, sendo estes: Necessidade do Alimentando e Capacidade do Alimentante.
Desta forma, como o menor impúbere, não possui qualquer condição de auto-sustento e a Requerente como demonstra esta enfrentando muitas dificuldades, não consegue prover o sustento de (Nome do Requerido) de maneira integral.
Uma vez demonstrado o grau de parentesco relativo ao (Requerido), reconhece-se o dever de prestar alimentos e requer desde já o valor de 33% dos rendimentos do Requerido a título de alimentos definitivos a serem homologados posteriormente, uma vez que o genitor possui uma renda fixa de R$ (...), desta forma mostra-se de que o Requerido tem condições de arcar com o encargo tranquilamente.
6.1 – DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Nas Ações de Alimentos, Vossa Excelência deverá fixar Alimentos Provisórios, quanto a fundamentação legal da qual dispõe o Art. 4º da Lei 5.478/68 que:
Art. 4º da Lei 5.478/68. As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, casado pelo regime da comunhão universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns, administrados pelo devedor.
No presente caso a ser tratado, mostra-se necessidade de fixação de tal previsão legal, uma vez de que a situação financeira da Requerente fatalmente dificulta o sustento do filho.
Art. 13º da Lei 5.478/68. O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções.
§ 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer tempo, se houver modificação na situação financeira das partes, mas o pedido será sempre processado em apartado.
§ 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação.
§ 3º. Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário.
Atenta-se de que não há dúvidas quanto à paternidade do Requerido, desta forma, observa-se total má-fé quanto à inércia deste, resultando a privação da Requerente quanto aos bens tão necessários aqui tratados.
Os alimentos.
Quanto ao exposto, mostra-se oportuno o presente pleito quanto à determinação de pagamento de Alimentos Provisórios referentes a 33% dos rendimentos do (Requerido), para que o menor possa subsistir tendo como assegurado seus direitos oriundos à dignidade da pessoa humana, qual seja, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade e ao respeito.
III- DO PEDIDO
Pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos, REQUER:
a) Que seja citado o Requerido, no endereço mencionado, para responder a presente demanda e querendo constatar os fatos alegados sob pena de revelia;
b) O deferimento dos Alimentos Provisórios segundo o Art. 300 do Novo CPC e Alimentos Definitivos tais quais pela mesma quantia sendo esta 33% dos rendimentos do requerido;
c) A guarda compartilhada de (Nome do Menor) e de (Nome do Menor);
d)A expedição do mandado de averbação para o Cartório de Registro Civil competente;
e) Seja determinado ao Cartório Civil competente a averbação do Divórcio na forma da lei;
f) Requer a Vossa Excelência seja determinada a meação na proporção de 50% (cinquenta por cento)-meação- referentes aos bens conquistados ao longo da vida marital, qual seja o valor de R$ 100.000,00 (*cem mil reais);
g) Seja o Requerido condenado, pelo princípio da sucumbência, (Art. 85, § 2. do Novo CPC) aos honorários advocatícios sobre o valor da ação, em no mínimo 20%, custas e demais cominações legais;
h) A intimação do Digníssimo Representante do Ministério Público, para intervir em todos os atos do processo com base ao Art. 178, II do Novo Código de Processo Civil;
i) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova de direito admitidas nos termos do Art. 369 do Novo Código de Processo Civil;
Dá-se à causa o valor de R$00.000,00 (* mil reais).
Termos em que
Pede deferimento.
(Cidade) – Estado do (...)
00/00/0000 (Data)
(Nome do Advogado)
OAB de no: (...)

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes