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RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 115 AULA 05 ± Código de Organização Judiciária do Estado do Paraná SUMÁRIO PÁGINA 4. Auxiliares da Justiça ............................................................................... 3 4.1. Concurso, Nomeação e Posse ........................................................ 8 4.1.1. Serventuários da Justiça .............................................................. 9 4.1.2. Funcionários da Secretaria do Tribunal ..................................... 10 4.1.3. Demais Funcionários da Justiça ................................................ 11 4.1.4. Posse ......................................................................................... 12 4.1.5. Disposições Especiais ............................................................... 13 4.2. Remoções, Permutas e Promoções ............................................... 14 4.3. Serventuários da Justiça do Foro Judicial ...................................... 18 4.4. Outros Auxiliares da Justiça ........................................................... 20 4.5. Vencimentos, ajudas de custo, licenças e férias ............................ 23 4.5.1. Vencimentos .............................................................................. 23 4.5.2. Ajuda de custo ........................................................................... 24 4.5.3. Licenças ..................................................................................... 25 4.5.4. Férias ......................................................................................... 25 4.5.5. Substituições .............................................................................. 26 4.5.6. Incompatibilidades, impedimentos e suspeições ....................... 28 4.6. Aposentadoria ................................................................................ 28 4.7. Direitos e garantias ........................................................................ 29 4.8. Foro judicial .................................................................................... 29 RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 115 4.8.1. Deveres e Penalidades .............................................................. 30 4.8.2. Prescrição .................................................................................. 43 4.8.3. Processo administrativo ............................................................. 47 4.8.4. Abandono do cargo .................................................................... 52 4.8.5. Recursos .................................................................................... 54 4.9. Foro extrajudicial ............................................................................ 56 4.9.1. Vestes talares, expediente e horário .......................................... 59 5. Divisão judiciária ................................................................................... 60 5.1. Divisão judiciária ............................................................................ 60 5.1.1. Disposições gerais ..................................................................... 60 5.1.2. Criação e instalação de comarcas, varas e distritos .................. 62 5.2. Prestação jurisdicional ................................................................... 68 5.3. Classificação das comarcas, seções judiciárias e distritos judiciários 68 5.3.1. Classificação das comarcas ....................................................... 68 5.3.2. Seções judiciárias ...................................................................... 69 5.4. Comarcas, juízos e serviços auxiliares .......................................... 71 5.4.1. Composição das comarcas e competência dos juízos ............... 71 5.4.2. Serviços Auxiliares, Distritos Judiciários e Comarca da Região de Curitiba 73 6. Disposições finais ................................................................................. 78 Questões Comentadas .................................................................................. 96 Questões Propostas .................................................................................... 109 Gabarito ....................................................................................................... 115 Hoje veremos a segunda e última parte do Código de Organização Judiciária do Estado do Paraná. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 115 Comecemos. 4. Auxiliares da Justiça Existem determinados agentes que não constituem órgãos do Poder Judiciário, mas cuja atuação é vital para a continuação do funcionamento da instituição. E o Código os homenageia com um livro inteiro de regras e disposições :P. Vamos conhece-los: Art. 118. Os serviços auxiliares do Poder Judiciário são desempenhados por servidores com a denominação específica de: I - funcionários da justiça; II - serventuários da justiça do foro judicial; III ± agentes delegados do foro extrajudicial. Não nos apressemos em defini-los. O Código fará isto logo mais. Uma prévia, no entanto, é sempre bem-vinda. Os funcionários da justiça são gente como o Sr. será. Seguem o estatuto, são funcionários públicos na acepção mais comum do termo (servidor público), se aposentam compulsoriamente aos 75 anos, recebem quinquênios, tiram licenças prêmio, enfim. Entretanto, os serventuários da justiça do foro judicial e os agentes delegados do foro extrajudicial não são funcionários públicos. Aliás, quem disse isso foi o próprio Tribunal: TJ-PR - Mandado de Segurança MS 4596287 PR 0459628-7 (TJ-PR) Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA - ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL - SERVENTUÁRIO DA JUSTIÇA DO FORO JUDICIAL - ESCRIVÃO DO CÍVEL - NÃO ENQUADRAMENTO COMO SERVIDOR PÚBLICO - ARTIGO 8º DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CARTA ESTADUAL - AFASTAMENTO DEFINITIVO POR IMPLEMENTO DE IDADE - ADAPTAÇÃO DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA - EXEGESE DO ARTIGO 40 , § 1º , INCISO II DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - DESCABIMENTO - SEGURANÇA CONCEDIDA - UNÂNIME. I - Os escrivães do cível, conquanto exerçam atividade estatal, não são RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 115 titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo art. 40 da Constituição Federal - aposentadoria compulsória aos setenta (70) anos de idade. II - O legislador constituinte federal não disciplinou a atividade desses servidores da Justiça, deixando-a reservada ao próprio Estado-membro, por conta da lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça ( CF , art. 125 , § 1º ). III - No Estado do Paraná, o Escrivão do Cível, titular de serventia não oficializada e não remunerado pelos cofres públicos,por força do art. 8º do ADCT da Carta Política Estadual, não pode ser equiparado a servidor público. Pois bem, quem são eles? Art. 119. Denominam-se serventuários da justiça do foro judicial os titulares de ofícios da justiça a seguir relacionados: I - Escrivanias do Cível; II ± Escrivanias do Crime; III - Escrivanias da Fazenda Pública, Falências e Concordatas; IV - Escrivanias de Família; V ± Escrivanias da Infância e da Juventude; VI - Escrivanias de Execuções Penais; VII ± Escrivania de Inquéritos Policiais; VIII - Escrivania de Execução de Penas e Medidas Alternativas; IX - Escrivania de Delitos de Trânsito; X - Escrivania de Adolescentes Infratores; XI - Escrivania de Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e Precatórias Cíveis; XII ± Escrivania de Precatórias Criminais; XIII ± Escrivania da Corregedoria dos Presídios; XIV - Escrivanias dos Tribunais do Júri; XV - Secretarias dos Juizados Especiais, das Turmas Recursais e do Conselho de Supervisão; XVI - Ofício do Distribuidor; XVII - Ofício do Contador e Partidor; XVIII - Ofício do Avaliador; XIX - Oficio do Depositário Público. Parágrafo único. Os ofícios poderão funcionar acumulados, no interesse da Justiça. Art. 120. Denominam-se agentes delegados do foro extrajudicial os ocupantes da atividade notarial e de registro, a saber: I ± Tabeliães de Notas; II ± Tabeliães de Protesto de Títulos; III ± Oficiais de Registro de Imóveis; IV ± Oficiais de Registro de Títulos de Documentos e Civis das Pessoas Jurídicas; RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 115 V ± Oficiais de Registro Civis das Pessoas Naturais; VI - Oficiais de Registro de Distribuição Extrajudicial; VII - Oficiais Distritais. § 1º. Os serviços notariais e de registro poderão funcionar acumulados precariamente, no interesse da Justiça ou em razão do volume da receita e dos serviços. § 2º. Os Oficiais Distritais poderão acumular as funções de registrador civil de pessoas naturais e as de tabelião de notas. § 3º. Compete ao Presidente do Tribunal de Justiça outorgar a delegação para a atividade notarial e de registro. Não meu caro, não é necessário memorizar cada uma das escrivanias. O que você precisa é ter uma ideia da atuação destes profissionais a serviço da Justiça, e ter em mente algumas peculiaridades decorrentes do fato de que tanto os agentes delegados como os serventuários do foro de serventias não estatizadas não serem servidores públicos. O resto é detalhe. Lembremo-nos da primeira aula do Código de Organização Judiciária: Art. 1º. Este Código dispõe sobre a Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Paraná e disciplina a constituição, a estrutura, as atribuições e a competência do Tribunal de Justiça, de Juízes e dos Serviços Auxiliares, observados os princípios constitucionais que os regem (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). [...] § 5º . Ficam estatizadas as serventias do foro judicial, inclusive as criadas por esta lei, respeitados os direitos dos atuais titulares [...] Pois bem, até a edição deste código, no Estado do Paraná, os ofícios de justiça do foro judicial não se encontravam estatizados. Desta forma, a remuneração dos serventuários era obtida por meio do exercício de suas atividades e da cobrança de custas. Funcionava como uma espécie de empresa. O serventuário exercia suas atividades, cobrava as custas e com o dinheiro decorrente de seu trabalho, ele, em seu nome, remunerava seus funcionários, mantinha a escrivania funcionando, pagava água, luz, telefone, maquinário e o que você puder imaginar, e colocava o resto do dinheiro no bolso. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 115 Quem se encontrava nesta condição até a edição deste código, foi mantido assim, e assim ficará até que venha a deixar a titularidade da escrivania. Quem chegou depois, passa a ser remunerado exclusivamente pelos cofres públicos (na forma de retribuição pecuniária mensal), e caso a escrivania apure ³OXFUR´�RX�³SUHMXt]R´��R�GLQKHLUR�RX�D�FRQWD�SHUWHQFHP�DRV�FRIUHV�GR�HVWDGR� Dito isto, temos os próximos artigos: Art. 121. Os titulares de ofícios de justiça do foro judicial não remunerados pelos cofres públicos poderão admitir, sob sua responsabilidade e às expensas próprias, tantos empregados quantos forem necessários ao serviço, ficando as relações empregatícias respectivas subordinadas à legislação trabalhista. § 1º. Sob proposta do titular do ofício ao Juiz Diretor de Fórum, este poderá juramentar um ou mais empregados para subscrever atos da serventia, sem alteração da correspondente relação empregatícia. § 2º. Para os fins do parágrafo anterior, os empregados indicados deverão ter o segundo grau completo e preencher os requisitos enumerados no art.126, incisos I a III, deste Código. § 3º. Caberá ao Juiz Diretor de Fórum encaminhar cópia da portaria de juramentação, no prazo de três (3) dias, à Corregedoria-Geral da Justiça, para verificação da regularidade do ato e anotações. A hipótese prevista neste artigo é de incidência restrita. Ela vai abarcar apenas aqueles titulares de ofícios de justiça do foro judicial que não foram estatizados. Quanto aos agentes delegados da justiça do foro extrajudicial, por enquanto seu regime continua o mesmo: é da prestação dos serviços notariais e da cobrança das custas que eles devem retirar os recursos necessários para exercer sua atividade, pagar seus funcionários, e continuar comendo. Art. 122. Os agentes delegados da justiça do foro extrajudicial poderão admitir, sob sua responsabilidade e às expensas próprias, tantos empregados quantos forem necessários ao serviço, ficando as relações empregatícias respectivas subordinadas à legislação trabalhista. § 1º. Os agentes delegados indicarão, por escrito, seus substitutos e escreventes, para praticar atos, observadas as condições previstas no art. 121, § 2º, deste Código e as normas fixadas pela Corregedoria- Geral da Justiça, sem alteração da correspondente relação empregatícia, que continuará subordinada à legislação laboral. § 2º. Para os fins do parágrafo anterior, as indicações serão feitas ao Juiz Corregedor do foro extrajudicial, que, após verificar quanto ao cumprimento das formalidades indispensáveis, submeterá as respectivas propostas ao Juiz Diretor de Fórum, a quem caberá lavrar RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 115 portaria de juramentação com encaminhamento de cópia à Corregedoria-Geral da Justiça. Em ambos os casos, a contratação de funcionários se dá pelo regime celetista (CLT), ainda que estes agentes ou os serventuários da época pré estatização concedam aos contratados autorização para a prática de atos públicos: eles continuarão regidos pelas regras da Consolidação das Leis Trabalhistas. Art. 123. Denominam-se funcionários da justiça os servidores que constituem o quadro do Tribunal de Justiça, distinguindo-se em: (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005± DOE nº 7109 de 25/11/2005). I - os integrantes dos cargos da Secretaria do Tribunal; (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). II - os Auxiliares de Cartório; III ± os Auxiliares Administrativos; IV - os Oficiais de Justiça; V ± os Comissários de Vigilância; VI - os Assistentes Sociais; VII ± os Psicólogos; VIII - os Porteiros de Auditório; IX ± os Agentes de Limpeza; X - os Secretários do Conselho de Supervisão do Juizado Especial; XI ± os Secretários de Turma Recursal do Juizado Especial; XII ± os Secretários do Juizado Especial; XIII ± os Oficiais de Justiça do Juizado Especial; XIV ± os Auxiliares de Cartório do Juizado Especial; XV ± os Auxiliares Administrativos do Juizado Especial; XVI ± os Contadores e Avaliadores do Juizado Especial. Parágrafo único. Os funcionários da justiça subordinam-se às normas do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná no que lhes for aplicável. Repare que a redação de todo o artigo 123 (inclusive o parágrafo único) é dada pela Lei 14.925/2005. A Lei do Estatuto, por sua vez, é a de número 16.024/2008. Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (dos meus primeiros anos da faculdade), e ainda, seguindo um brocado jurídico já bastante antigo: ³Lex posterior derogat priori´ RX��HP�WUDGXomR�OLYUH��³OHL�SRVWHULRU�GHUURJD�OHL� DQWHULRU´�� RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 115 O estatuto foi redigido em 2008 e pretendia ser aplicado aos servidores do Poder Judiciário. Assim o sendo, é o estatuto que vale, portanto, no que concerne às questões relativas aos servidores. Art. 124. Consideram-se auxiliares da justiça, entre outros, enquanto estiverem participando de atos judiciais, os administradores, os depositários, os intérpretes, os peritos, os tradutores e os leiloeiros, eventualmente nomeados para fins específicos. O artigo 124 cita a figura dos auxiliares eventuais do Juízo. Eles são nomeados para atuar em um determinado momento do processo, esgotando sua colaboração com a justiça ao concluírem o ato para o qual foram chamados a atuar. Seu traço marcante é que não possuem vínculo com o Poder Judiciário, nem estatutário (vínculo decorrente da posse em cargo público, típico dos funcionários) nem celetista (decorrente de contrato de trabalho). Eles apenas foram chamados pelo Juiz para realizar determinado ato no processo. Enquanto estiverem participando dos atos judiciais, serão considerados auxiliares da justiça para todos os efeitos. Encerrando sua participação, deixaram de se reger pelas disposições do Código de Organização Judiciária. 4.1. Concurso, Nomeação e Posse Os tópicos a seguir presumem conhecimento de conceitos presentes no Estatuto dos Servidores Públicos (especificamente no caso do Paraná, o Estatuto dos Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado). Você verá que os próximos tópicos são bastante enxutos e com poucos artigos. Também notará que eu tenho muito pouco a dizer sobre eles :P. Assim, peço que os leia tendo em mente os seguintes artigos do Estatuto: Art. 12. A nomeação é o chamamento para a posse e para a entrada no exercício das atribuições do cargo público. [...] Art. 18. Posse é o ato expresso de aceitação das atribuições, dos deveres e das responsabilidades do cargo formalizado com a assinatura do termo pelo empossado e pela autoridade competente [..~.] RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 115 Art. 37. Exercício é o desempenho das atribuições do cargo público ou da função gratificada. E também o artigo 37 da Constituição Federal: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Mesmo sendo poucos artigos por tópico, resolvi criar um tópico por tipo de auxiliar, para ajudar você a compartimentalizar a informação. Creio que, neste caso, é a forma mais simples de abordar o assunto. Com isso em mente, podemos começar. 4.1.1. Serventuários da Justiça Art. 125. Os serventuários da justiça serão nomeados mediante concurso de provas e títulos, por ato do Presidente do Tribunal de Justiça. Parágrafo único. A realização do concurso será determinada pelo Presidente do Tribunal de Justiça, após vacância do cargo. A regra para ingresso em cargos públicos é aplicável também aos serventuários da justiça: o ingresso se dá por concurso público. Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos no momento da inscrição: I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite com o serviço militar, quando for a hipótese; II - ter idade mínima de dezoito (18) anos; III - apresentar cédula de identidade fornecida pela repartição estadual; IV - fazer prova do recolhimento da taxa de inscrição que for fixada pelo Conselho Diretor do FUNREJUS. Parágrafo único. Os candidatos classificados deverão comprovar sanidade física e mental, por meio de laudo fornecido por órgão oficial do Estado, apresentar prova de bons antecedentes e indicar fontes de informações pessoais, na forma do regulamento do concurso. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 115 Art. 127. O Regimento Interno do Tribunal de Justiça disporá sobre as formalidades administrativas do concurso, cabendo ao Conselho da Magistratura elaborar seu Regulamento. Bem simples, até porque são o regulamento do concurso e o Regimento Interno quem cuidam dos detalhes do certame. Atenção: os incisos I a IV do CODJ apontam critérios a serem comprovados para a participação no certame (e não para tomada de posse). Dito de outra forma, pelo texto do CODJ, uma pessoa com 17 anos de idade não pode nem mesmo SUHWHQGHU�VH�LQVFUHYHU�SDUD�³SUDWLFDU´ no certame, ainda que não tenha pretensão de investir-se no cargo, pouco importando se conseguiriam completar 18 anos completos na data da posse. 4.1.2. Funcionários da Secretaria do Tribunal Art. 128. O Tribunal de Justiça, constituído de quadro próprio, somente admitirá funcionários mediante concurso público de provas, ou de provas e de títulos, excetuados os cargos em comissão (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). Parágrafo único. O concurso obedecerá ao que dispuser o regimento interno e as normas do regulamento que for elaborado pela Comissão de Concursos e de Promoções do Tribunal de Justiça (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). Art. 129. Para ser admitido ao concurso, o candidato, comidade mínima de dezoito (18) anos completos quando da inscrição, deverá preencher os requisitos estabelecidos no art. 126, incisos I e III, deste Código, além de outras condições que vierem a ser impostas pelo regulamento, inclusive quanto ao grau de escolaridade e de habilitação profissional ou técnica exigidos, conforme a natureza do cargo a ser ocupado. Art. 130. A nomeação dos candidatos aprovados será efetivada por ato do Presidente do Tribunal de Justiça (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). O artigo 129 replica os mesmos requisitos exigidos dos candidatos a serventuários da justiça para os pretendentes a cargos no Tribunal de Justiça (não me refiro a todo o Poder Judiciário, mas especificamente nos órgãos de 2ª Instância, TXH�Mi�VDEHPRV�FRPS}HP�D�ILJXUD�GR�³7ULEXQDO´�� Só para relembrar e facilitar sua revisão, os requisitos do artigo 126 são os seguintes: Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos no momento da inscrição: RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 115 I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite com o serviço militar, quando for a hipótese; II - ter idade mínima de dezoito (18) anos; III - apresentar cédula de identidade fornecida pela repartição estadual; [...] Eu sei que você está perguntando onde foi parar o inciso IV. Já te explico isto no próximo item -. 4.1.3. Demais Funcionários da Justiça Art. 131. O concurso para provimento desses cargos obedecerá ao que dispuserem o Regimento Interno do Tribunal de Justiça e o regulamento baixado para tal fim, observadas as disposições legais aplicáveis à espécie. Art. 132. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher os requisitos do art. 126 deste Código. Repetindo o artigo 126 (memorizar é bom em alguns casos): Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos no momento da inscrição: I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite com o serviço militar, quando for a hipótese; II - ter idade mínima de dezoito (18) anos; III - apresentar cédula de identidade fornecida pela repartição estadual; IV - fazer prova do recolhimento da taxa de inscrição que for fixada pelo Conselho Diretor do FUNREJUS. Parágrafo único. Os candidatos classificados deverão comprovar sanidade física e mental, por meio de laudo fornecido por órgão oficial do Estado, apresentar prova de bons antecedentes e indicar fontes de informações pessoais, na forma do regulamento do concurso. Note uma curiosidade, no entanto. As disposições do artigo 126 estão contidas no capítulo dos Serventuários da Justiça, aplicando-se, obviamente, a estes auxiliares. Para os demais funcionários da Justiça, o comando do artigo 132 manda que se aplique o artigo 126 na íntegra, incluído o fragmento do parágrafo único (que prevê a comprovação de sanidade física e mental e a prova de bons antecedentes com indicação de fontes pessoais). RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 115 Entretanto, para os candidatos que pleiteiam uma vaga em um cargo do Tribunal de Justiça, o artigo 129 remeteu a apenas parte dos dispositivos do artigo 126, excluindo os seguintes requisitos: Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos no momento da inscrição: [...] IV - fazer prova do recolhimento da taxa de inscrição que for fixada pelo Conselho Diretor do FUNREJUS. Parágrafo único. Os candidatos classificados deverão comprovar sanidade física e mental, por meio de laudo fornecido por órgão oficial do Estado, apresentar prova de bons antecedentes e indicar fontes de informações pessoais, na forma do regulamento do concurso. Não quero dizer que o candidato não deva recolher a taxa de inscrição, ou submeter-se a perícia médica por órgão oficial. Apenas quero dizer que esta exigência não decorre do CODJ e sim do regulamento do concurso. Os demais artigos tratam de disposições específicas para o cargo de agente de limpeza e auxiliar de cartório. Peço atenção apenas ao artigo 133, que tratou da extinção dos cargos públicos de Agentes de Limpeza e estipulou que as novas contratações se deem pelo regime previsto na CLT: § 1º. Para o cargo de agente de limpeza, exigir-se-á escolaridade equivalente ao Ensino Fundamental e para o de auxiliar de cartório, escolaridade correspondente ao segundo grau completo. § 2º. ...Vetado... § 3º. REVOGADO Art. 133. Os Agentes de Limpeza serão admitidos mediante teste seletivo, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho, ficando os atuais cargos extintos à medida que vagarem. Art. 134. Os candidatos aprovados serão nomeados na forma prevista no art. 130 deste Código. 4.1.4. Posse Tome cuidado aqui. Conhecer as autoridades perante as quais os funcionários e demais agentes tomam posse costuma ser uma pergunta clássica de concurso: RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 115 Art. 135. Os funcionários da Secretaria do Tribunal tomarão posse perante o Secretário (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). Parágrafo único. Os serventuários da justiça tomarão posse perante o Juiz Diretor de Fórum da comarca onde exercerão suas funções. Como o serventuário é titular de ofício, sua posse não será perante um secretário do Tribunal de Justiça, ao contrário do que o corre com funcionários (tenha em mente a distinção dos artigos 118 e 119 deste Código). O serventuário se apresenta não a quem organiza o serviço público no Tribunal de Justiça (neste caso, na qualidade de subordinado, como são os servidores da Secretaria do Tribunal), mas a quem organiza o funcionamento da própria comarca. ATENÇÃO: mesmo tomando posse perante o Juiz Diretor do Fórum, o ato que nomeia o serventuário é produzido pelo Presidente do Tribunal de Justiça. Relembre-se do artigo 125: Art. 125. Os serventuários da justiça serão nomeados mediante concurso de provas e títulos, por ato do Presidente do Tribunal de Justiça. Em frente: Art. 136. A Secretaria do Tribunal manterá registro apropriado referente a seus serviços, devendo nele ser anotada toda e qualquer alteração ocorrida na carreira funcional de seus quadros. (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 4.1.5. Disposições Especiais Art. 137. O regulamento próprio da Secretaria do Tribunal de Justiça disciplinará as atribuições do quadro funcional, levando em conta: (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). I - a descentralização e racionalização dos serviços; II ± o exercício em comissão de funções de chefia, observados os parâmetros técnicos recomendáveis, inclusive no que tange à indispensável relação de proporcionalidade numérica entre chefes e subordinados diretos. O Código de Organização Judiciária transferiu ao regulamentoda Secretaria do Tribunal a definição de atribuições aos servidores. Isto é um pouco inusitado RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 115 pois, usualmente, são as leis que criam os cargos públicos também as responsáveis por estipular as atribuições de cada cargo. Entretanto, de forma a manter nossa sanidade, vamos abstrair um pouco este aspecto. O regulamento tem liberdade para definir quaisquer atribuições que entenda cabíveis a seus servidores, desde que atenda a dois critérios: - Racionalização do serviço e descentralização: Deve-se evitar concentrar atribuições em poucas pessoas (estruturas centralizadas tendem a concentrar atribuições nos chefes, esvaziando as competências dos subordinados). Em uma estrutura centralizada, é normal ver os Diretores saindo quase dez horas da noite pois uma pilha infindável de serviço os espera na mesa e só pode ser resolvida com sua assinatura. - Exercício em comissão de funções de chefia: De acordo com nossa atual Constituição, cargos de chefia são voltados a funções de direção e assessoramento superior. Não devemos criar cargos em comissão para funções que possam (e devam) ser desempenhadas por servidores ocupantes de cargo efetivo. Por outro lado, o comando do inciso II pode ser lido de outra forma: as atribuições de chefia devem ser concentradas em servidores que ocupam esta posição transitoriamente. Se fixássemos atribuições de chefia para um cargo efetivo, seus ocupantes, cientes de que não são transitórios em suas funções, poderiam subverter o funcionamento da própria máquina pública, concentrando o comando do serviço público por décadas e se revelando pouco sensíveis a mudanças. Com isto encerramos o trecho do CODJ que trata do ingresso dos auxiliares da Justiça dentro da estrutura do Poder Judiciário. Daqui para frente, o auxiliar já se encontra no exercício de suas funções. 4.2. Remoções, Permutas e Promoções Remoção, permuta e promoção são formas de provimento de cargos. Isso é o tipo de assunto abordado lá no estatuto, mas não custa nada dar uma revisada. De acordo com a Lei 16.024/2008: RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 115 Art. 48. A remoção ou promoção se dá por ato do Presidente do Tribunal de Justiça de acordo com indicação do Conselho da Magistratura e com base nas regras por ele aprovadas, observados os princípios dispostos nos artigos 57 a 61 do presente Estatuto. [...] § 2°. A remoção é transferência do funcionário de um cargo para outro de mesma natureza em outra comarca ou foro de igual entrância e dar- se-á alternadamente por antiguidade e merecimento. § 3°. A promoção é a passagem do funcionário de um cargo para outro de mesma natureza e classe imediatamente superior e dar-se-á alternadamente por antiguidade e merecimento. [...] O seu estatuto tem uma forma peculiar de tratar a remoção. Em outros locais, o funcionário é deslocado juntamente com seu cargo de um local para outro do Estado. Especificamente no caso do Poder Judiciário do Paraná, o servidor deixa vago o seu cargo de origem e assume um exatamente igual em outra comarca ou foro de igual entrância. A Promoção, por sua vez, é a passagem do funcionário de um cargo para outro de mesma natureza e classe imediatamente superior. (�� SRU� ILP�� SHUPXWD� p� XPD� ³GXSOD� UHPRomR´�� 'RLV� VHUYLGRres que desejam cada qual a lotação do outro podem ambos solicitar que sejam removidos concomitantemente. Art. 138. A remoção ou promoção dos Titulares de Oficio, correrá por ato do Presidente do Tribunal de Justiça, entre o serventuário que esteja respondendo pela designação da serventia, se assim o requerer e os demais candidatos indicados pelo Conselho da Magistratura de acordo com as regras por este aprovadas. § 1º. A permuta dar-se-á por requerimento das partes, por ato do Presidente do Tribunal de Justiça. § 2º. A promoção e remoção observarão os critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente. Embora a semelhança com as disposições do estatuto seja grande, o artigo 138 se aplica exclusivamente aos serventuários. Para os servidores vale o que está lá no Estatuto, com a exceção do artigo 143. Art. 139. No caso de vacância de ofício, o Juiz Diretor de Fórum fará imediata comunicação ao Presidente do Tribunal de Justiça, que autorizará a expedição de edital, convocando os interessados à remoção, à promoção ou ao provimento, mediante concurso público, se não houver interessado em remoção. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 115 Muito bem, estamos agora dentro dos editais de remoção e promoção. O artigo 140 nos diz que eles são analisados em conjunto: Art. 140. Decorrido o prazo legal, os pedidos serão reunidos em uma só autuação e encaminhados à Corregedoria-Geral de Justiça, que, após parecer, submetê-los-á à prévia deliberação do Conselho da Magistratura. Parágrafo único. Será excluído o pretendente que tenha sofrido pena disciplinar, salvo se, não-reincidente, já decorridos mais de dois (2) anos da última punição. Art. 141. Vencidas as fases de que trata o artigo anterior, o Corregedor-Geral da Justiça relatará o processo perante o Conselho da Magistratura, que deliberará quanto à indicação ou não de pretendentes. Parágrafo único. Publicado o decreto de remoção, o serventuário da justiça do foro judicial terá o prazo de dez (10) dias para assumir as novas funções, salvo em caso de remoção no âmbito da mesma comarca, quando a assunção será imediata. Art. 142. Não havendo candidatos à remoção ou à promoção, quando for o caso, ou tendo sido indeferidos pedidos eventualmente feitos, será expedido edital de chamamento a concurso público para provimento do cargo vago por nomeação. Nenhum ofício deve permanecer vago. Tão logo sua titularidade fique vaga, compete ao Juiz Diretor comunicar ao Presidente do Tribunal de Justiça que aquela vaga precisa de um ocupante. Note que o CODJ não é indiferente à forma de preenchimento do cargo vago. Sendo uma serventia que possa ser ocupada originariamente por concurso público deve-se abrir a possibilidade de que os atuais ocupantes de serventias possam solicitar sua remoção para aquela vaga. Por outro lado, algumas serventias só podem ser ocupadas por promoção, tendo como requisito que o seu ocupante tenham um tempo mínimo de exercício de atividade enquanto serventuário. Se uma dessas serventias fica vaga, o edital dará a possibilidade de que os interessados possam concorrer à promoção. Realizadas as promoções e remoções ou, neste último caso, não havendo pretendentes para ocupar a serventia, será realizado concurso público para as serventias que permanecem vagas sejam ocupadas. Atente-se: mesmo que haja remoção para a serventia objeto do edital, seu antigo titular acabou de ser removido, RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.brPágina 17 de 115 o que fez com que sua serventia de origem ficasse vaga. Ou seja: precisaremos de um concurso público de qualquer forma :P. O procedimento expresso pelo CODJ é um pouco tortuoso: - A Corregedoria Geral de Justiça recebe todos os pedidos e os autua em conjunto (de forma que a análise seja feita pelo todo); - Após, submete o pedido ao Conselho da Magistratura, que produzirá um parecer prévio. Nesta etapa, já são apontados os serventuários impedidos de participar do processo de remoção ou promoção por terem sofrido penalidade disciplinar; - Feito isto, o próprio Corregedor-Geral da Justiça (e não a Corregedoria) relatará o processo perante o Conselho da Magistratura e este decidirá sobre os pedidos. Sigamos. Como adiantei, o artigo 143 estende o tratamento dado às remoções permutas e promoções de serventuários a alguns funcionários específicos da Justiça. Art. 143. Aplicam-se aos Oficiais de Justiça, assim como aos Auxiliares de Cartório, aos Auxiliares Administrativos e Comissários de Vigilância, no que couberem, as disposições contidas neste Capítulo. Ressaltando: - Oficiais de Justiça - Auxiliares de Cartório - Auxiliares Administrativos - Comissários de Vigilância E para terminar RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 115 Art. 144. Ao concurso de remoção somente poderão ser admitidos titulares que exerçam a atividade por mais de dois (2) anos, salvo se não houver candidato que atenda este requisito. 4.3. Serventuários da Justiça do Foro Judicial Importantíssimo: todas as disposições referentes a férias, licenças e o que mais você encontrar no Código se referem aos serventuários remunerados pelos cofres públicos (a gente já conversou sobre isso). Serventuário que não seja remunerado pelo cofre público não é servidor público e, tal como um empresário, decide como irá gerir o seu próprio tempo. Tendo isto em mente, vamos ver as atividades exercidas por cada serventuário. Art. 145. Aos servidores do foro judicial em geral incumbe: I ± aos Escrivães, a prática de todos os atos privativos previstos em lei, observados as formas, usos, estilos e costumes seguidos no foro. Esses atos estão, em geral, previstos nos Códigos de Processo, a exemplo do artigo 152 do atual Código de Processo Civil: Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria: I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício; II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária; III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo; IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do cartório, exceto: a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz; b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor; d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência; V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça; VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios. Avançando: RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 115 II - aos Distribuidores, a distribuição de todos os processos e atos entre Juízes, Escrivães, titulares de ofícios de justiça e agentes delegados do foro extrajudicial, observadas as seguintes regras: a) estão sujeitos à distribuição, unicamente, os processos e atos pertencentes à competência de dois ou mais Juízes ou de dois ou mais serventuários ou ainda de dois ou mais agentes delegados; b) é vedado ao Distribuidor reter quaisquer processos e atos destinados à distribuição, a qual deve ser feita imediatamente e em ordem rigorosamente sucessiva, à proporção que lhe forem apresentados; c) no caso de incompatibilidade ou suspeição daquele a quem for distribuído algum processo ou ato, em tempo oportuno se lhe fará a compensação; d) distribuir-se-ão, por dependência, os feitos de qualquer natureza que se relacionarem com outros já distribuídos e ajuizados; e) os atos e processos que não estiverem sujeitos à distribuição por não pertencerem à competência de dois ou mais Juízes ou de dois ou mais serventuários ou ainda de dois ou mais agentes delegados, serão, não obstante, prévia e obrigatoriamente registrados pelo Distribuidor em livro próprio; f) cumprir as normas editadas pela Corregedoria-Geral da Justiça e pelo Juiz Diretor de Fórum. A distribuição é procedimento que possui a finalidade de distribuir os diversos feitos que chegam à comarca ou foro distrital entre as varas que o compõem. Se um interessado traz sua petição inicial para que um Juiz decida sobre o caso apresentado, o distribuidor vai sortear uma vara e encaminhar (distribuir) o processo para lá. Veja o Código de Processo Civil: Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz. Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade. A função do distribuidor é obrigatória quando houver mais de uma autoridade igualmente competente para decidir sobre o feito, sendo o distribuidor responsável pela realização do sorteio dos processos. III ± aos Contadores: a) contar, em todos os feitos, antes da sentença ou de qualquer despacho definitivo, mediante ordem do Juiz, os emolumentos e as custas, conforme previsto no regimento respectivo; RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 115 b) proceder à contagem do principal e dos juros nas ações referentes a dívidas em quantia certa e nos cálculos aritméticos que se fizerem necessários relativamente a direitos e obrigações; c) fazer o cálculo para pagamento de impostos; d) cumprir, sob pena de responsabilidade, as disposições legais sobre recolhimento de importâncias devidas a instituições ou fundos. Os contadores elaboram cálculos de valores relacionados a algum processo. Basicamente, se algum andamento de um processo demandar a elaboração de cálculos para ser realizado, compete ao contador praticá-lo. Os partidores, depositários públicos e avaliadores judiciais possuem atribuições mais intuitivas, bastando a remissão ao texto legal: IV ± aos Partidores, organizar as partilhas judiciais. V - aos Depositários Públicos, ter sob sua guarda e segurança, com obrigação legal de os restituir na oportunidade própria, os bens corpóreos apreendidos judicialmente, salvo os que forem confiados a depositários particulares. VI - aos Avaliadores Judiciais, por distribuição nas comarcas em que houver mais de um, expedir laudo de avaliação de bens, rendimentos, direitos e ações, segundo o que for determinado no mandado. Olhe que coisa interessante:todas estas atividades demandam o pagamento de custas pela parte que desejar sua realização, e até a edição do Código, era do recolhimento destas custas que os serventuários extraíam seu sustento. Com a estatização das serventias, os novos ingressantes nos cargos públicos serão remunerados diretamente pelos cofres públicos, de forma que as custas e emolumentos recolhidos pelas partes vão, integralmente, para o Poder Judiciário. 4.4. Outros Auxiliares da Justiça Daqui para frente, estamos lidando com servidores públicos (ou, no verbete adotado pelo seu estatuto, funcionários). De acordo com a Lei 16.024/2008: Art. 2°. Funcionário é a pessoa investida em cargo público com vencimentos ou remunerações percebidos dos cofres públicos estaduais. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 115 E o tal cargo público é: Art. 3°. Cargo é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional cometidas a funcionário, identificado pelas características de criação por lei, denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres públicos Pois bem, conheça os demais auxiliares Poder Judiciário: Art. 146. Aos Oficiais de Justiça incumbe: I - fazer citações, arrestos, penhoras e demais diligências que lhe forem cometidas; II - lavrar autos e certidões referentes aos atos que praticarem; III - convocar pessoas idôneas para que testemunhem atos de sua função, quando a lei assim o exigir; IV - exercer, onde não houver, as funções de porteiro de auditório, mediante designação do Juiz; V - exercer cumulativamente quaisquer outras funções previstas neste Código e dar cumprimento às ordens emanadas da Corregedoria-Geral da Justiça e do Juízo pertinentes aos serviços judiciários. Uma forma de entender o trabalho do Oficial de Justiça é ter em mente que, em geral, ele é responsável por reali]DU�DWRV�³H[WHUQRV´�� É o oficial quem vai para a rua realizar atos processuais. Se o Juiz requer uma diligência que precisa ser executada fora do ambiente do Fórum, cabe ao Oficial de Justiça fazê-lo. Se um devedor insiste em não pagar seu débito, e o Juiz ordena a penhora de seus bens, cabe ao oficial de justiça sair do fórum, ir até o endereço onde o devedor pode ser encontrado e penhorar os bens do sujeito. Depois de os ter praticado, ele deverá fazer o registro desses atos (lavrar autos e certidões). Eventualmente pode ser que a lei exija, para a prática de seus atos, o testemunho de pessoas idôneas. Assim, o próprio oficial pode convocá-las. Subsidiariamente, ele poderá exercer as funções de porteiro de auditório (veremos isso no próximo artigo) e outras previstas no código. Deve ainda cumprir ordens da Corregedoria-Geral e do Juízo ao qual ele estiver vinculado. Art. 147. Incumbe aos Porteiros de Auditórios: I - apregoar e fazer a chamada das partes e testemunhas; II - apregoar os bens, nas praças e leilões judiciais; RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 115 III - passar certidões de pregões, editais, praças, arrematações ou de quaisquer outros atos que praticarem no exercício da função. De uma forma jocosa, mas para facilitar o entendimento, o porteiro é o sujeito que grita. É ele quem chama as testemunhas e anuncia os bens em praças e leilões judiciais (esse é o significado de apregoar). Além disso, ele pode certificar os atos que praticar. Art. 148. Aos Comissários de Vigilância incumbe: I - exercer vigilância sobre as crianças e adolescentes e fiscalizar a execução das leis de assistência e proteção que lhes digam respeito; II - proceder mediante determinação judicial às investigações relativas a crianças e adolescentes, seus pais, tutores ou encarregados de sua guarda, com o fim de esclarecer a ocorrência de fatos ou circunstâncias que possam comprometer sua segurança física e moral; III - apreender e conduzir, por determinação judicial, crianças e adolescentes abandonados ou infratores e proceder, a respeito deles, às investigações referidas no inciso anterior; IV - manter o serviço de fiscalização de crianças e adolescentes sujeitos à liberdade assistida ou entregues mediante termo de responsabilidade e guarda; V - auxiliar no preparo de processos relativos a crianças e adolescentes, promover medidas preliminares de instrução determinadas pelo Juiz, incluindo a tomada de declarações de pais, tutores ou responsáveis e de demais pessoas que possam oferecer esclarecimentos; VI - exercer vigilância sobre crianças e adolescentes em ambientes públicos, em cinemas, teatros e casas de diversão públicas em geral, mediante ordem de serviço específica para a diligência; VII - proceder a todas as investigações concernentes a crianças e adolescentes junto ao meio em que vivem e às pessoas que os cercam e efetivar o encaminhamento necessário dessa pesquisa aos órgãos e entidades competentes; VIII - investigar os antecedentes de crianças e adolescentes e de seus familiares; IX - colaborar junto aos programas oficiais de voluntariado do Poder Judiciário ou sob a fiscalização deste. Pense nos Comissários de Vigilância como os fiéis protetores das crianças e adolescentes. Note que há diversos pontos de contato entre a atribuição do Comissário de Vigilância e o Oficial de Justiça, em especial quando relacionadas a diligências externas. Você irá distinguir um profissional de outro justamente por conta das crianças e adolescentes. Se houver menores envolvidos, é grande a chance de estarmos diante da competência de um Comissário de Vigilância. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 115 Quanto aos auxiliares de cartório e auxiliares administrativos, eles fazem o que o nome sugere: auxiliam :P Art. 149. Revogado; (redação dada pela Lei nº 15.950, de 24/09/2008 ± DOE nº 7813 de 24/09/2008). Art. 150. Aos Auxiliares de Cartório e Administrativos incumbe desempenhar serviços compatíveis com as funções, sob a responsabilidade do titular respectivo. 4.5. Vencimentos, ajudas de custo, licenças e férias 4.5.1. Vencimentos Art. 151. Os vencimentos dos titulares de ofícios da justiça remunerados, exclusivamente, pelos cofres públicos e os dos funcionários da justiça serão fixados em lei, observados os princípios constitucionais. A definição é bastante semelhante à do estatuto dos servidores públicos. Lembro também que estamos falando aqui de serventias já estatizadas quando mencionamos os titulares de ofícios de justiça. Muito bem, lembra-se da regra do teto constitucional, estudado lá na aula do Estatuto? Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federale dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 115 O estatuto também possuía uma disposição semelhante, incorporada em seu texto: Art. 64. Os funcionários ocupantes de cargo de provimento efetivo e de provimento em comissão perceberão seus vencimentos ou suas remunerações nos termos da lei que define o Plano de Cargos e Progressão do Poder Judiciário. Parágrafo único. Nenhum funcionário do Poder Judiciário terá remuneração superior ao subsídio percebido por Desembargador. Todavia, o Código de Organização Judiciária resolveu usar outro parâmetro para fixar o limite remuneratório dos funcionários da justiça e dos titulares de ofício: § 1º. Nenhum dos auxiliares da justiça referidos no caput deste artigo poderá perceber, mensalmente, remuneração bruta superior à percebida pelos Juízes de Direito de entrância final, salvo a acumulação de proventos com vencimentos de cargo em comissão. Reparou nas diferenças? Veja só: - A redação do estatuto limita a remuneração dos servidores ao valor percebido pelos Desembargadores do Tribunal de Justiça. O CODJ fixou o limite um pouco mais embaixo, na remuneração do Juiz de Direito de entrância final; - O estatuto não excetua nenhuma hipótese do teto, enquanto o CODJ permite que a remuneração bruta do auxiliar da justiça exceda a do Juiz de Direito de entrância final se aquele estiver acumulando vencimentos com um cargo em comissão. A única forma de conciliar estes dois dispositivos sem presumir a revogação de um deles é adotar o limite mais baixo (do Juiz de Direito de entrância final). Caso o auxiliar esteja acumulando um cargo em comissão, ainda assim encontrará o limite fixado pelo estatuto (remuneração do Desembargador de Justiça). § 2º. O Presidente do Tribunal de Justiça baixará, no prazo de noventa (90) dias, contados da vigência deste Código, ato dispondo sobre a forma de aplicação da norma contida no parágrafo anterior. 4.5.2. Ajuda de custo Art. 152. Aos auxiliares da justiça do foro judicial é devida a ajuda de custo no valor de até uma (1) remuneração mensal, para cobrir despesas de transporte, quando tiverem que transferir residência para outra comarca, em virtude de promoção ou de remoção. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 115 Parágrafo único. Na fixação do valor da ajuda de custo, que não será concedida em intervalo inferior a dois (2) anos, tomar-se-á em conta a distância a ser percorrida com a mudança. Tal como a ajuda de custo paga aos magistrados e aos servidores em geral, esta indenização destina-se a compensar as despesas de instalação do auxiliar do foro judicial que passou a ter exercício em nova sede. A transferência deve ser em caráter definitivo para que haja direito à ajuda de custo, sendo seu limite de uma remuneração mensal. 4.5.3. Licenças Embora este tópico do CODJ venha no plural, há apenas um artigo a ser estudado, referente à licença médica. Sorte sua :P. Art. 153. A licença para tratamento de saúde será concedida à vista de atestado médico, com indicação da classificação internacional da doença (CID). Se superior a trinta (30) dias, mediante a apresentação de laudo expedido por junta médica nomeada pelo Presidente do Tribunal. Parágrafo único. Aplicam-se no que couber as disposições do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná. Simples e direto: o auxiliar da justiça irá se licenciar para tratamento de saúde? Se sim, por quanto tempo? - Se por 30 dias ou menos, basta um atestado médico em que conste o código CID da enfermidade e pronto: a licença será concedida sem mais perguntas; - Se por mais de 30 dias, uma junta médica nomeada pelo Presidente do Tribunal de Justiça fará a perícia e expedirá um laudo que fundamentará a concessão da licença. Simples desse jeito. 4.5.4. Férias Auxiliar da Justiça também é filho de Deus. E assim, depois de trabalhar por doze meses, terá direito às suas sagradas férias. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 115 Tirando a menção à existências das férias, o CODJ remete toda disciplina sobre o assunto ao Estatuto dos Funcionários Públicos, chegando inclusive a copiar o texto quase que na íntegra. Vou chamar sua atenção justamente às peculiaridades do CODJ: Art. 154. Os titulares de ofício das escrivanias remuneradas pelos cofres públicos e os funcionários da justiça gozarão férias previstas no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná, mediante escala organizada no princípio de cada ano pelo Juiz Diretor de Fórum ou pelo chefe de serviço a que estiverem subordinados, com comunicação ao Presidente do Tribunal de Justiça e ao Corregedor- Geral da Justiça. § 1º. As férias deverão ser gozadas nos doze (12) meses seguintes, a contar da data em que se completou o período aquisitivo, salvo imperiosa necessidade da administração da justiça, quando as férias poderão ser cassadas, assegurada sua oportuna fruição. Note que o parágrafo 1º é um pouco diferente do seu equivalente no estatuto dos funcionários públicos do Poder Judiciário: Art. 95. Após cada período de 12 (doze) meses de efetivo exercício, o funcionário terá direito a férias, que podem ser cumuladas por até 02 (dois) períodos, por comprovada necessidade de serviço, observada a seguinte proporção: Ao contrário do que constava no estatuto, no CODJ não há limite de períodos cumulados de férias não gozadas. Elas são simplesmente cassadas, sendo garantido ao auxiliar o direito de usufrui-las em outro momento (seja lá quando for isso). A disposição do parágrafo 1º serve para férias não iniciadas. Caso as férias já tenham começados, elas poderão ser interrompidas, nas mesmas condições: § 2º. Havendo comprovada necessidade do serviço, a critério da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o servidor, as férias poderão ser interrompidas, assegurado o direito de gozo dos dias remanescentes oportunamente. O resto fica a cargo do estatuto. Seguindo. 4.5.5. Substituições Mais uma vez, todos os conceitos necessários para entender a substituição já foram apresentados. Aí vai uma breve revisão:RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 115 O titular do cargo pegou aquela gripe, ou então, há um ato a ser praticado de interesse do cônjuge dele. Adivinha só: teremos um novo chefe por alguns dias. O CODJ se ocupou de apontar os substitutos naturais do Escrivão. Se eu não disse isso ainda, o Escrivão é o serventuário do foro judicial responsável por todo o trabalho da serventia. (P�RXWURV�HVWDGRV��RX�QR�MDUJmR�SRSXODU��HOH�p�R�³FKHIH�GR�FDUWyULR´�TXDQGR� você entre em alguma Vara do Poder Judiciário. Ressaltando mais uma vez: tudo que veremos aqui só se aplica ao escrivão funcionário público (aquele remunerado pelos cofres públicos). Muito bem: a substituição se dá da seguinte forma: Art. 155. Em caso de afastamento do servidor ocupante do cargo de Escrivão remunerado pelos cofres públicos ou Secretário dos Juizados Especiais, o Juiz de Direito da respectiva unidade indicará servidor ocupante de cargo efetivo de Analista Judiciário, da área jurídica, ou Técnico Judiciário ou Técnico de Secretaria, desde que bacharel em Direito, para o exercício precário das funções, cuja designação dar-se-á por ato do Presidente do Tribunal de Justiça (redação dada pela Lei nº 17.532 de 09/04/2013 ± DOE nº 8933 de 09/04/2013). Pontos importantes: - É o Juiz de Direito (e não o Escrivão) quem aponta o substituto nos afastamentos do Escrivão; - A substituição deve recair sobre Analista Judiciário da Área Jurídica (cargo cujo ingresso pressupõe bacharelado em Direito) ou então, sobre Técnico Judiciário ou Técnico de Secretaria bacharel em Direito; - A designação se dá para exercício precário ou, em outras palavras, o servidor não se torna titular da serventia pela simples designação, respondendo pela mesma apenas enquanto perdurar o afastamento do titular. Se não tivermos um bacharel em Direito na unidade, a substituição poderá recair sobre qualquer servidor: RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 115 § 1º. Poderá ser excepcionado, para efeito de substituição, o critério de escolaridade, na hipótese de inexistir, na unidade, servidor que preencha tal requisito Em todo caso, o servidor designado para a substituição fará jus a um acréscimo em sua remuneração: § 2º. O servidor designado para o exercício precário das funções do titular da Escrivania ou Secretaria dos Juizados Especiais, durante o período de substituição, perceberá proporcionalmente o valor correspondente à gratificação de função de Chefe de Secretaria (redação dada pela Lei nº 17.532 de 09/04/2013 ± DOE nº 8933 de 09/04/2013). Art. 156. A substituição dos servidores do Tribunal de Justiça far-se-á de acordo com o regulamento próprio (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). E terminamos por aqui :P. Em frente. 4.5.6. Incompatibilidades, impedimentos e suspeições Mais um tópico de um único artigo que simplesmente remete a matéria ao estatuto dos funcionários públicos e ao Código de Processo Civil. Art. 157. As incompatibilidades dos serventuários da justiça do foro judicial e dos funcionários da justiça regulam-se pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná, e os impedimentos e suspeições, pelas normas contidas no Código de Processo Civil, no que forem pertinentes. Fica a título de menção :P. 4.6. Aposentadoria Adivinha só: mais um artigo que iremos apenas mencionar (eu sei que está ficando um pouco repetitivo, mas a boa notícia é que você já fica sabendo que terá menos coisa para memorizar). Muito bem, a aposentadoria de um serventuário se sujeita a legislação específica: Art. 158. A aposentadoria dos serventuários do foro judicial sujeitar-se- á à legislação específica. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 115 O CODJ se limita a fixar o trâmite do pedido e delimitar o momento em que o serventuário é considerado aposentado: a partir do Decreto do Presidente do Tribunal de Justiça: Parágrafo único. O pedido de aposentadoria dos serventuários da Justiça do foro judicial tramitará junto à secretaria do Tribunal de Justiça, levando-se a efeito mediante decreto do Presidente. Art. 159. O processo de aposentadoria dos funcionários da Justiça tramitará perante a Secretaria do Tribunal de Justiça, e será efetivada por decreto do Presidente (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 4.7. Direitos e garantias Art. 160. Os direitos e garantias dos auxiliares da justiça do foro judicial são os estabelecidos em lei e neste Código. 4.8. Foro judicial Ok... Quando você começar a ler os itens que compõem o tópico 2.8 da aula, terá uma estranha sensação de familiaridade com conteúdo. Também pudera: com pouquíssimas adaptações, seu professor copiou quase que na integralidade o capítulo do Sistema Disciplinar dos Funcionários do 1º Grau de Jurisdição, lá do Estatuto que estudamos nas três primeiras aulas. Resolvi, entretanto, ao contrário dos outros tópicos, efetivamente copiar o que eu havia dito anteriormente, por dois motivos: - Algumas passagens do CODJ não foram copiadas do Estatuto, de forma que se trata de conteúdo novo porém, que só faz sentido no meio da explicação de outros artigos mais familiares a você; - Mesmo quando a cópia é descarada, o capítulo do sistema disciplinar é cascudo em qualquer estatuto e sua revisão é sempre bem vinda. Depois abordaremos a organização das comarcas, juízos e serviços auxiliares. Ao final desta aula, você terá conhecimento completo de como funciona a 1ª Instância do Poder Judiciário. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 115 4.8.1. Deveres e Penalidades Art. 161. Os auxiliares da justiça deverão exercer suas funções com dignidade e compostura, obedecendo às determinações de seus superiores e cumprindo as disposições a que estiverem sujeitos. (Obs.: redação dada pela Lei nº 14.351 de 10/03/2004 ± DOE nº 6687 de 15/03/2004± sub-judice ADI 3517) O artigo 161 está sendo questionado judicialmente por meio da Ação Declaratória de Inconstitucionalidade 3517. Não que a redação seja controversa, ou que algum auxiliar da justiça não queira se portar com dignidade de compostura, todavia, o referido artigo foi incluído na Lei 14.351/2004 por meio de emenda parlamentar, não fazendo parte do projeto original encaminhado pelo Poder Judiciário à Assembleia Legislativa. Ou seja: possível vício de iniciativa (digo possível pois quem vai ter de resolver isso é o STF). Se você se interessar, pergunte ao seu professor de Direito Constitucional sobre a iniciativa para apresentar projetos de lei. Ou então, aguarde a aula do Regimento Interno para descobrir que é o Órgão Especial do Tribunal de Justiça quem pode apresentar projetos de lei sobre a organização do Poder Judiciário.Art. 162. Os auxiliares da justiça terão domicílio e residência na sede da comarca em que exercerem suas funções e, sendo titulares de ofício do foro judicial, deverão permanecer à frente das respectivas serventias. É uma exigência semelhante à contida no Estatuto dos Servidores Públicos do Poder Judiciário do Paraná: Art. 166. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º Grau de Jurisdição do Estado do Paraná terão domicílio e residência na sede da comarca em que exercerem suas funções. Diga-se de passagem, é passível de suspensão o servidor que não tiver domicílio e residência na sede da comarca onde exerce suas funções caso não esteja autorizado a tanto. (�R�VHJXQGR� WUHFKR"�³Sendo titulares de ofício do foro judicial, deverão permanecer à frente das respectivas serventias´�� RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 115 Por que ele está aí? Essa disposição faz mais sentido para o serventuário WLWXODU�GH�VHUYHQWLD�QmR�HVWDWL]DGD��SRU�PDLV�TXH�VHMD�³GRQR´�GD�VHUYHQWLD��SRGHQGR� explorá-la da forma como achar que deve e dependendo do recolhimento de custas e emolumentos para pagar suas contas), deve estar a frente do trabalho. Ele não poderia (no tempo em que isto era possível), passar no concurso para Escrivão, receber a delegação e pagar alguém para administrar o trabalho, sem nunca mais por os pés no cartório (repare que, até chegarmos neste dispositivo, nada impedia o serventuário de assim agir). Sendo ele o escrivão, é ele quem deve responder pela serventia, resolvendo seus problemas e exercendo a administração de seu ofício. Avançando mais um pouco, chegamos ao tópico das penalidades. Se isto parecer uma revisão da Aula 03 do curso, não é mera coincidência... Art. 163. Os auxiliares da justiça do foro judicial, pelas faltas cometidas no exercício de suas funções, ficarão sujeitos às seguintes penas disciplinares: I - de advertência, aplicada por escrito em caso de mera negligência; Negligência é a falta de cuidado no desempenho de tarefas. É a penalidade mais branda a ser aplicada ao servido. O inciso é bastante vago mas, se formos seguir a letra da lei, qualquer atitude que denote falta de zelo com as funções e que não se enquadre em violação mais grave é passível de advertência. Por exemplo: - Não guardar os processos corretamente em suas prateleiras; - Errar recorrentemente juntadas de documentos em processos, fazendo com que petições de um processo venham a parar em outro; - Não desligar o computador depois do fim do expediente. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 115 (QILP��D� OLVWD�GH�FRLVDV� ³EREDV´�GHSHQGH�PXLWR�PDLV�GD� LPDJLQDomR�GR�TXH� de qualquer outra coisa. Apenas guarde que para esses pequenos deslizes funcionais a penalidade adequada é de advertência. II - de censura, aplicada por escrito em caso de falta de cumprimento dos deveres revistos nesta lei, e também de reincidência de que tenha resultado aplicação de pena de advertência; A censura assemelha-se bastante à advertência, com a diferença de que é feita, necessariamente, por escrito. Pense nela como um puxão de orelha feito por escrito, e que ficará em seus assentos funcionais. É desagradável, mas podia ser pior. III - de devolução de custas em dobro, aplicada em casos de cobrança de custas que excedam os valores fixados na respectiva tabela, a qual ainda poderá ser cumulada com outra pena disciplinar; É por meio das custas que remuneramos os atos dos serventuários e funcionários da Justiça. A regra é que as custas sejam cobradas por ato praticado por um serventuário. E você já sabe quem ele é agora! Você deu início a um processo? O réu precisa ser citado por Oficial de Justiça? Esse ato do Oficial de Justiça em se deslocar até o endereço do réu, para citá-lo precisa ser pago. E ele é pago através das custas. A publicação de um edital de hasta pública se faz necessária? As custas precisam ser recolhidas. Para cada ato que é desempenhado pelo Poder Judiciário corresponde um valor de custas a ser recolhido. Se estivermos em uma serventia não oficializada talvez o serventuário se sinta tentado a cobrar mais do que permite a tabela. Se ele tentar cobrar valor acima daquele previsto na tabela de custas para a prática de determinado ato está sujeito à penalidade de devolução de custas em dobro e, cumulativamente, a qualquer outra das penas previstas no CODJ. Sigamos. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 115 IV - de suspensão, aplicada em caso de reincidência em falta de que tenha resultado na aplicação de pena de censura, ou em caso de infringência às seguintes proibições: Primeiro ponto: a suspensão é penalidade aplicável aos auxiliares da justiça que cometerem uma segunda falta passível de penalidade de censura. Fora isto, ainda que seja a primeira vez que venham a cometer qualquer dos ilícitos administrativos abaixo, serão (após o devido processo legal) suspensos: a) exercer cumulativamente dois ou mais cargos ou funções públicas, salvo as exceções permitidas em lei; b) retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento de órgão estatal, com o fim de criar direito ou obrigação ou de alterar a verdade dos fatos; c) valer-se do cargo ou função para obter proveito pessoal em detrimento da dignidade do cargo ou função; (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). d) praticar usura; e) receber propinas e comissões de qualquer natureza em razão do cargo ou função; f) revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência em razão do cargo ou função; g) delegar, salvo nos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que a si competir ou a seus subordinados; h) deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada; i) retirar ou utilizar materiais e bens do Estado indevidamente; j) deixar de cumprir atribuições inerentes ao cargo no prazo estipulado; Nesse inciso temos a penalidade de suspensão que, como o nome sugere, é o afastamento do servidor do desempenho de suas atividades por determinado período de tempo. Mas, como sempre, há uma pegadinha: o servidor não fará jus a sua remuneração durante o período de suspensão, e creio que nem preciso dizer que este tempo não é contado para o tempo de serviço do servidor para quaisquer fins. Essa conclusão é confirmada pelo parágrafo 3º: § 3º. Durante o período de suspensão, o auxiliar da justiça perderá todas as vantagens decorrentes do exercício do cargo. Aproveitando o ensejo, vou adiantar o parágrafo 1º também. RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS Legislação Específica para o TJ-PR Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 115 Você deve ter pensado: Então, quer dizer que eu vou ficar em casa? Vai ser ruim ficar sem receber, mas, pelo menos, ficarei longe
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