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Aula 05 CODJ

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RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS
Legislação Específica para o TJ-PR 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 
 
 
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AULA 05 ± Código de Organização Judiciária do 
Estado do Paraná 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
 
4. Auxiliares da Justiça ............................................................................... 3 
4.1. Concurso, Nomeação e Posse ........................................................ 8 
4.1.1. Serventuários da Justiça .............................................................. 9 
4.1.2. Funcionários da Secretaria do Tribunal ..................................... 10 
4.1.3. Demais Funcionários da Justiça ................................................ 11 
4.1.4. Posse ......................................................................................... 12 
4.1.5. Disposições Especiais ............................................................... 13 
4.2. Remoções, Permutas e Promoções ............................................... 14 
4.3. Serventuários da Justiça do Foro Judicial ...................................... 18 
4.4. Outros Auxiliares da Justiça ........................................................... 20 
4.5. Vencimentos, ajudas de custo, licenças e férias ............................ 23 
4.5.1. Vencimentos .............................................................................. 23 
4.5.2. Ajuda de custo ........................................................................... 24 
4.5.3. Licenças ..................................................................................... 25 
4.5.4. Férias ......................................................................................... 25 
4.5.5. Substituições .............................................................................. 26 
4.5.6. Incompatibilidades, impedimentos e suspeições ....................... 28 
4.6. Aposentadoria ................................................................................ 28 
4.7. Direitos e garantias ........................................................................ 29 
4.8. Foro judicial .................................................................................... 29 
 
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 05 
 
 
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4.8.1. Deveres e Penalidades .............................................................. 30 
4.8.2. Prescrição .................................................................................. 43 
4.8.3. Processo administrativo ............................................................. 47 
4.8.4. Abandono do cargo .................................................................... 52 
4.8.5. Recursos .................................................................................... 54 
4.9. Foro extrajudicial ............................................................................ 56 
4.9.1. Vestes talares, expediente e horário .......................................... 59 
5. Divisão judiciária ................................................................................... 60 
5.1. Divisão judiciária ............................................................................ 60 
5.1.1. Disposições gerais ..................................................................... 60 
5.1.2. Criação e instalação de comarcas, varas e distritos .................. 62 
5.2. Prestação jurisdicional ................................................................... 68 
5.3. Classificação das comarcas, seções judiciárias e distritos judiciários
 68 
5.3.1. Classificação das comarcas ....................................................... 68 
5.3.2. Seções judiciárias ...................................................................... 69 
5.4. Comarcas, juízos e serviços auxiliares .......................................... 71 
5.4.1. Composição das comarcas e competência dos juízos ............... 71 
5.4.2. Serviços Auxiliares, Distritos Judiciários e Comarca da Região de 
Curitiba 73 
6. Disposições finais ................................................................................. 78 
Questões Comentadas .................................................................................. 96 
Questões Propostas .................................................................................... 109 
Gabarito ....................................................................................................... 115 
 
Hoje veremos a segunda e última parte do Código de Organização Judiciária 
do Estado do Paraná. 
 
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Comecemos. 
4. Auxiliares da Justiça 
Existem determinados agentes que não constituem órgãos do Poder 
Judiciário, mas cuja atuação é vital para a continuação do funcionamento da 
instituição. 
E o Código os homenageia com um livro inteiro de regras e disposições :P. 
Vamos conhece-los: 
Art. 118. Os serviços auxiliares do Poder Judiciário são desempenhados 
por servidores com a denominação específica de: 
I - funcionários da justiça; 
II - serventuários da justiça do foro judicial; 
III ± agentes delegados do foro extrajudicial. 
Não nos apressemos em defini-los. O Código fará isto logo mais. Uma prévia, 
no entanto, é sempre bem-vinda. 
Os funcionários da justiça são gente como o Sr. será. Seguem o estatuto, são 
funcionários públicos na acepção mais comum do termo (servidor público), se 
aposentam compulsoriamente aos 75 anos, recebem quinquênios, tiram licenças 
prêmio, enfim. 
Entretanto, os serventuários da justiça do foro judicial e os agentes 
delegados do foro extrajudicial não são funcionários públicos. 
Aliás, quem disse isso foi o próprio Tribunal: 
TJ-PR - Mandado de Segurança MS 4596287 PR 0459628-7 (TJ-PR) 
 
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA - ADMINISTRATIVO E 
CONSTITUCIONAL - SERVENTUÁRIO DA 
JUSTIÇA DO FORO JUDICIAL - ESCRIVÃO DO CÍVEL - NÃO 
ENQUADRAMENTO COMO SERVIDOR PÚBLICO - ARTIGO 8º DO ATO 
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CARTA 
ESTADUAL - AFASTAMENTO DEFINITIVO POR IMPLEMENTO DE 
IDADE - ADAPTAÇÃO DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA - 
EXEGESE DO ARTIGO 40 , § 1º , INCISO II DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL - DESCABIMENTO - SEGURANÇA CONCEDIDA - UNÂNIME. I 
- Os escrivães do cível, conquanto exerçam atividade estatal, não são 
 
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titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são 
servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo 
art. 40 da Constituição Federal - aposentadoria compulsória aos setenta 
(70) anos de idade. II - O legislador constituinte federal não disciplinou a 
atividade desses servidores da Justiça, deixando-a reservada ao próprio 
Estado-membro, por conta da lei de organização judiciária de iniciativa do 
Tribunal de Justiça ( CF , art. 125 , § 1º ). III - No Estado do Paraná, o 
Escrivão do Cível, titular de serventia não oficializada e não remunerado 
pelos cofres públicos,por força do art. 8º do ADCT da Carta Política 
Estadual, não pode ser equiparado a servidor público. 
Pois bem, quem são eles? 
Art. 119. Denominam-se serventuários da justiça do foro judicial os 
titulares de ofícios da justiça a seguir relacionados: 
I - Escrivanias do Cível; 
II ± Escrivanias do Crime; 
III - Escrivanias da Fazenda Pública, Falências e Concordatas; 
IV - Escrivanias de Família; 
V ± Escrivanias da Infância e da Juventude; 
VI - Escrivanias de Execuções Penais; 
VII ± Escrivania de Inquéritos Policiais; 
VIII - Escrivania de Execução de Penas e Medidas Alternativas; 
IX - Escrivania de Delitos de Trânsito; 
X - Escrivania de Adolescentes Infratores; 
XI - Escrivania de Registros Públicos, Acidentes do Trabalho e 
Precatórias Cíveis; 
XII ± Escrivania de Precatórias Criminais; 
XIII ± Escrivania da Corregedoria dos Presídios; 
XIV - Escrivanias dos Tribunais do Júri; 
XV - Secretarias dos Juizados Especiais, das Turmas Recursais e do 
Conselho de Supervisão; 
XVI - Ofício do Distribuidor; 
XVII - Ofício do Contador e Partidor; 
XVIII - Ofício do Avaliador; 
XIX - Oficio do Depositário Público. 
Parágrafo único. Os ofícios poderão funcionar acumulados, no interesse 
da Justiça. 
Art. 120. Denominam-se agentes delegados do foro extrajudicial os 
ocupantes da atividade notarial e de registro, a saber: 
I ± Tabeliães de Notas; 
II ± Tabeliães de Protesto de Títulos; 
III ± Oficiais de Registro de Imóveis; 
IV ± Oficiais de Registro de Títulos de Documentos e Civis das 
Pessoas Jurídicas; 
 
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V ± Oficiais de Registro Civis das Pessoas Naturais; 
VI - Oficiais de Registro de Distribuição Extrajudicial; 
VII - Oficiais Distritais. 
§ 1º. Os serviços notariais e de registro poderão funcionar acumulados 
precariamente, no interesse da Justiça ou em razão do volume da receita 
e dos serviços. 
§ 2º. Os Oficiais Distritais poderão acumular as funções de registrador 
civil de pessoas naturais e as de tabelião de notas. 
§ 3º. Compete ao Presidente do Tribunal de Justiça outorgar a 
delegação para a atividade notarial e de registro. 
 
Não meu caro, não é necessário memorizar cada uma das escrivanias. O que 
você precisa é ter uma ideia da atuação destes profissionais a serviço da Justiça, e 
ter em mente algumas peculiaridades decorrentes do fato de que tanto os agentes 
delegados como os serventuários do foro de serventias não estatizadas não serem 
servidores públicos. 
O resto é detalhe. 
Lembremo-nos da primeira aula do Código de Organização Judiciária: 
Art. 1º. Este Código dispõe sobre a Organização e Divisão Judiciárias 
do Estado do Paraná e disciplina a constituição, a estrutura, as atribuições 
e a competência do Tribunal de Justiça, de Juízes e dos Serviços 
Auxiliares, observados os princípios constitucionais que os regem 
(redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 
25/11/2005). 
[...] 
§ 5º . Ficam estatizadas as serventias do foro judicial, inclusive as 
criadas por esta lei, respeitados os direitos dos atuais titulares 
[...] 
 
Pois bem, até a edição deste código, no Estado do Paraná, os ofícios de 
justiça do foro judicial não se encontravam estatizados. 
Desta forma, a remuneração dos serventuários era obtida por meio do 
exercício de suas atividades e da cobrança de custas. Funcionava como uma 
espécie de empresa. O serventuário exercia suas atividades, cobrava as custas e 
com o dinheiro decorrente de seu trabalho, ele, em seu nome, remunerava seus 
funcionários, mantinha a escrivania funcionando, pagava água, luz, telefone, 
maquinário e o que você puder imaginar, e colocava o resto do dinheiro no bolso. 
 
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Quem se encontrava nesta condição até a edição deste código, foi mantido 
assim, e assim ficará até que venha a deixar a titularidade da escrivania. 
Quem chegou depois, passa a ser remunerado exclusivamente pelos cofres 
públicos (na forma de retribuição pecuniária mensal), e caso a escrivania apure 
³OXFUR´�RX�³SUHMXt]R´��R�GLQKHLUR�RX�D�FRQWD�SHUWHQFHP�DRV�FRIUHV�GR�HVWDGR� 
Dito isto, temos os próximos artigos: 
Art. 121. Os titulares de ofícios de justiça do foro judicial não 
remunerados pelos cofres públicos poderão admitir, sob sua 
responsabilidade e às expensas próprias, tantos empregados quantos 
forem necessários ao serviço, ficando as relações empregatícias 
respectivas subordinadas à legislação trabalhista. 
§ 1º. Sob proposta do titular do ofício ao Juiz Diretor de Fórum, este 
poderá juramentar um ou mais empregados para subscrever atos da 
serventia, sem alteração da correspondente relação empregatícia. 
§ 2º. Para os fins do parágrafo anterior, os empregados indicados 
deverão ter o segundo grau completo e preencher os requisitos 
enumerados no art.126, incisos I a III, deste Código. 
§ 3º. Caberá ao Juiz Diretor de Fórum encaminhar cópia da portaria de 
juramentação, no prazo de três (3) dias, à Corregedoria-Geral da Justiça, 
para verificação da regularidade do ato e anotações. 
A hipótese prevista neste artigo é de incidência restrita. Ela vai abarcar 
apenas aqueles titulares de ofícios de justiça do foro judicial que não foram 
estatizados. 
Quanto aos agentes delegados da justiça do foro extrajudicial, por enquanto 
seu regime continua o mesmo: é da prestação dos serviços notariais e da cobrança 
das custas que eles devem retirar os recursos necessários para exercer sua 
atividade, pagar seus funcionários, e continuar comendo. 
Art. 122. Os agentes delegados da justiça do foro extrajudicial poderão 
admitir, sob sua responsabilidade e às expensas próprias, tantos 
empregados quantos forem necessários ao serviço, ficando as relações 
empregatícias respectivas subordinadas à legislação trabalhista. 
§ 1º. Os agentes delegados indicarão, por escrito, seus substitutos e 
escreventes, para praticar atos, observadas as condições previstas no 
art. 121, § 2º, deste Código e as normas fixadas pela Corregedoria-
Geral da Justiça, sem alteração da correspondente relação 
empregatícia, que continuará subordinada à legislação laboral. 
§ 2º. Para os fins do parágrafo anterior, as indicações serão feitas ao 
Juiz Corregedor do foro extrajudicial, que, após verificar quanto ao 
cumprimento das formalidades indispensáveis, submeterá as 
respectivas propostas ao Juiz Diretor de Fórum, a quem caberá lavrar 
 
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portaria de juramentação com encaminhamento de cópia à 
Corregedoria-Geral da Justiça. 
Em ambos os casos, a contratação de funcionários se dá pelo regime 
celetista (CLT), ainda que estes agentes ou os serventuários da época pré 
estatização concedam aos contratados autorização para a prática de atos públicos: 
eles continuarão regidos pelas regras da Consolidação das Leis Trabalhistas. 
Art. 123. Denominam-se funcionários da justiça os servidores que 
constituem o quadro do Tribunal de Justiça, distinguindo-se em: (redação 
dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
I - os integrantes dos cargos da Secretaria do Tribunal; (redação dada pela 
Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
II - os Auxiliares de Cartório; 
III ± os Auxiliares Administrativos; 
IV - os Oficiais de Justiça; 
V ± os Comissários de Vigilância; 
VI - os Assistentes Sociais; 
VII ± os Psicólogos; 
VIII - os Porteiros de Auditório; 
IX ± os Agentes de Limpeza; 
X - os Secretários do Conselho de Supervisão do Juizado Especial; 
XI ± os Secretários de Turma Recursal do Juizado Especial; 
XII ± os Secretários do Juizado Especial; 
XIII ± os Oficiais de Justiça do Juizado Especial; 
XIV ± os Auxiliares de Cartório do Juizado Especial; 
XV ± os Auxiliares Administrativos do Juizado Especial; 
XVI ± os Contadores e Avaliadores do Juizado Especial. 
Parágrafo único. Os funcionários da justiça subordinam-se às normas 
do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná no 
que lhes for aplicável. 
Repare que a redação de todo o artigo 123 (inclusive o parágrafo único) é 
dada pela Lei 14.925/2005. A Lei do Estatuto, por sua vez, é a de número 
16.024/2008. 
Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (dos meus 
primeiros anos da faculdade), e ainda, seguindo um brocado jurídico já bastante 
antigo: ³Lex posterior derogat priori´ RX��HP�WUDGXomR�OLYUH��³OHL�SRVWHULRU�GHUURJD�OHL�
DQWHULRU´�� 
 
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O estatuto foi redigido em 2008 e pretendia ser aplicado aos servidores do 
Poder Judiciário. Assim o sendo, é o estatuto que vale, portanto, no que concerne 
às questões relativas aos servidores. 
Art. 124. Consideram-se auxiliares da justiça, entre outros, enquanto 
estiverem participando de atos judiciais, os administradores, os 
depositários, os intérpretes, os peritos, os tradutores e os leiloeiros, 
eventualmente nomeados para fins específicos. 
 
O artigo 124 cita a figura dos auxiliares eventuais do Juízo. Eles são 
nomeados para atuar em um determinado momento do processo, esgotando sua 
colaboração com a justiça ao concluírem o ato para o qual foram chamados a atuar. 
Seu traço marcante é que não possuem vínculo com o Poder Judiciário, 
nem estatutário (vínculo decorrente da posse em cargo público, típico dos 
funcionários) nem celetista (decorrente de contrato de trabalho). Eles apenas foram 
chamados pelo Juiz para realizar determinado ato no processo. 
Enquanto estiverem participando dos atos judiciais, serão considerados 
auxiliares da justiça para todos os efeitos. Encerrando sua participação, deixaram 
de se reger pelas disposições do Código de Organização Judiciária. 
4.1. Concurso, Nomeação e Posse 
Os tópicos a seguir presumem conhecimento de conceitos presentes no 
Estatuto dos Servidores Públicos (especificamente no caso do Paraná, o Estatuto 
dos Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado). 
Você verá que os próximos tópicos são bastante enxutos e com poucos 
artigos. Também notará que eu tenho muito pouco a dizer sobre eles :P. 
Assim, peço que os leia tendo em mente os seguintes artigos do Estatuto: 
Art. 12. A nomeação é o chamamento para a posse e para a entrada no 
exercício das atribuições do cargo público. 
[...] 
Art. 18. Posse é o ato expresso de aceitação das atribuições, dos 
deveres e das responsabilidades do cargo formalizado com a 
assinatura do termo pelo empossado e pela autoridade competente 
[..~.] 
 
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Art. 37. Exercício é o desempenho das atribuições do cargo público ou 
da função gratificada. 
E também o artigo 37 da Constituição Federal: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
[...] 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de 
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
Mesmo sendo poucos artigos por tópico, resolvi criar um tópico por tipo de 
auxiliar, para ajudar você a compartimentalizar a informação. Creio que, neste caso, 
é a forma mais simples de abordar o assunto. 
Com isso em mente, podemos começar. 
4.1.1. Serventuários da Justiça 
Art. 125. Os serventuários da justiça serão nomeados mediante 
concurso de provas e títulos, por ato do Presidente do Tribunal de 
Justiça. 
Parágrafo único. A realização do concurso será determinada pelo 
Presidente do Tribunal de Justiça, após vacância do cargo. 
 
A regra para ingresso em cargos públicos é aplicável também aos 
serventuários da justiça: o ingresso se dá por concurso público. 
Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher 
os seguintes requisitos no momento da inscrição: 
I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite 
com o serviço militar, quando for a hipótese; 
II - ter idade mínima de dezoito (18) anos; 
III - apresentar cédula de identidade fornecida pela repartição 
estadual; 
IV - fazer prova do recolhimento da taxa de inscrição que for fixada 
pelo Conselho Diretor do FUNREJUS. 
Parágrafo único. Os candidatos classificados deverão comprovar 
sanidade física e mental, por meio de laudo fornecido por órgão oficial 
do Estado, apresentar prova de bons antecedentes e indicar fontes de 
informações pessoais, na forma do regulamento do concurso. 
 
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Art. 127. O Regimento Interno do Tribunal de Justiça disporá sobre as 
formalidades administrativas do concurso, cabendo ao Conselho da 
Magistratura elaborar seu Regulamento. 
 
Bem simples, até porque são o regulamento do concurso e o Regimento 
Interno quem cuidam dos detalhes do certame. 
Atenção: os incisos I a IV do CODJ apontam critérios a serem comprovados 
para a participação no certame (e não para tomada de posse). Dito de outra forma, 
pelo texto do CODJ, uma pessoa com 17 anos de idade não pode nem mesmo 
SUHWHQGHU�VH�LQVFUHYHU�SDUD�³SUDWLFDU´ no certame, ainda que não tenha pretensão de 
investir-se no cargo, pouco importando se conseguiriam completar 18 anos 
completos na data da posse. 
4.1.2. Funcionários da Secretaria do Tribunal 
Art. 128. O Tribunal de Justiça, constituído de quadro próprio, 
somente admitirá funcionários mediante concurso público de provas, 
ou de provas e de títulos, excetuados os cargos em comissão (redação 
dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
Parágrafo único. O concurso obedecerá ao que dispuser o regimento 
interno e as normas do regulamento que for elaborado pela Comissão 
de Concursos e de Promoções do Tribunal de Justiça (redação dada pela 
Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
Art. 129. Para ser admitido ao concurso, o candidato, comidade mínima 
de dezoito (18) anos completos quando da inscrição, deverá preencher 
os requisitos estabelecidos no art. 126, incisos I e III, deste Código, 
além de outras condições que vierem a ser impostas pelo 
regulamento, inclusive quanto ao grau de escolaridade e de habilitação 
profissional ou técnica exigidos, conforme a natureza do cargo a ser 
ocupado. 
Art. 130. A nomeação dos candidatos aprovados será efetivada por ato 
do Presidente do Tribunal de Justiça (redação dada pela Lei nº 14.925 de 
24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
O artigo 129 replica os mesmos requisitos exigidos dos candidatos a 
serventuários da justiça para os pretendentes a cargos no Tribunal de Justiça (não 
me refiro a todo o Poder Judiciário, mas especificamente nos órgãos de 2ª Instância, 
TXH�Mi�VDEHPRV�FRPS}HP�D�ILJXUD�GR�³7ULEXQDO´�� 
Só para relembrar e facilitar sua revisão, os requisitos do artigo 126 são os 
seguintes: 
Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher 
os seguintes requisitos no momento da inscrição: 
 
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I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite 
com o serviço militar, quando for a hipótese; 
II - ter idade mínima de dezoito (18) anos; 
III - apresentar cédula de identidade fornecida pela repartição 
estadual; 
[...] 
Eu sei que você está perguntando onde foi parar o inciso IV. Já te explico isto 
no próximo item -. 
4.1.3. Demais Funcionários da Justiça 
Art. 131. O concurso para provimento desses cargos obedecerá ao 
que dispuserem o Regimento Interno do Tribunal de Justiça e o 
regulamento baixado para tal fim, observadas as disposições legais 
aplicáveis à espécie. 
Art. 132. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher 
os requisitos do art. 126 deste Código. 
Repetindo o artigo 126 (memorizar é bom em alguns casos): 
Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher 
os seguintes requisitos no momento da inscrição: 
I - ser brasileiro, estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite 
com o serviço militar, quando for a hipótese; 
II - ter idade mínima de dezoito (18) anos; 
III - apresentar cédula de identidade fornecida pela repartição 
estadual; 
IV - fazer prova do recolhimento da taxa de inscrição que for fixada 
pelo Conselho Diretor do FUNREJUS. 
Parágrafo único. Os candidatos classificados deverão comprovar 
sanidade física e mental, por meio de laudo fornecido por órgão oficial 
do Estado, apresentar prova de bons antecedentes e indicar fontes de 
informações pessoais, na forma do regulamento do concurso. 
 
Note uma curiosidade, no entanto. As disposições do artigo 126 estão 
contidas no capítulo dos Serventuários da Justiça, aplicando-se, obviamente, a 
estes auxiliares. 
Para os demais funcionários da Justiça, o comando do artigo 132 manda que 
se aplique o artigo 126 na íntegra, incluído o fragmento do parágrafo único (que 
prevê a comprovação de sanidade física e mental e a prova de bons antecedentes 
com indicação de fontes pessoais). 
 
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Entretanto, para os candidatos que pleiteiam uma vaga em um cargo do 
Tribunal de Justiça, o artigo 129 remeteu a apenas parte dos dispositivos do artigo 
126, excluindo os seguintes requisitos: 
Art. 126. Para ser admitido ao concurso, o candidato deverá preencher 
os seguintes requisitos no momento da inscrição: 
[...] 
IV - fazer prova do recolhimento da taxa de inscrição que for fixada 
pelo Conselho Diretor do FUNREJUS. 
Parágrafo único. Os candidatos classificados deverão comprovar 
sanidade física e mental, por meio de laudo fornecido por órgão oficial 
do Estado, apresentar prova de bons antecedentes e indicar fontes de 
informações pessoais, na forma do regulamento do concurso. 
 
Não quero dizer que o candidato não deva recolher a taxa de inscrição, ou 
submeter-se a perícia médica por órgão oficial. Apenas quero dizer que esta 
exigência não decorre do CODJ e sim do regulamento do concurso. 
Os demais artigos tratam de disposições específicas para o cargo de agente 
de limpeza e auxiliar de cartório. Peço atenção apenas ao artigo 133, que tratou da 
extinção dos cargos públicos de Agentes de Limpeza e estipulou que as novas 
contratações se deem pelo regime previsto na CLT: 
§ 1º. Para o cargo de agente de limpeza, exigir-se-á escolaridade 
equivalente ao Ensino Fundamental e para o de auxiliar de cartório, 
escolaridade correspondente ao segundo grau completo. 
§ 2º. ...Vetado... 
§ 3º. REVOGADO 
Art. 133. Os Agentes de Limpeza serão admitidos mediante teste 
seletivo, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho, ficando 
os atuais cargos extintos à medida que vagarem. 
Art. 134. Os candidatos aprovados serão nomeados na forma prevista 
no art. 130 deste Código. 
 
4.1.4. Posse 
Tome cuidado aqui. Conhecer as autoridades perante as quais os 
funcionários e demais agentes tomam posse costuma ser uma pergunta clássica de 
concurso: 
 
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Art. 135. Os funcionários da Secretaria do Tribunal tomarão posse 
perante o Secretário (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 
de 25/11/2005). 
Parágrafo único. Os serventuários da justiça tomarão posse perante o 
Juiz Diretor de Fórum da comarca onde exercerão suas funções. 
Como o serventuário é titular de ofício, sua posse não será perante um 
secretário do Tribunal de Justiça, ao contrário do que o corre com funcionários 
(tenha em mente a distinção dos artigos 118 e 119 deste Código). 
O serventuário se apresenta não a quem organiza o serviço público no 
Tribunal de Justiça (neste caso, na qualidade de subordinado, como são os 
servidores da Secretaria do Tribunal), mas a quem organiza o funcionamento da 
própria comarca. 
ATENÇÃO: mesmo tomando posse perante o Juiz Diretor do Fórum, o ato 
que nomeia o serventuário é produzido pelo Presidente do Tribunal de Justiça. 
Relembre-se do artigo 125: 
Art. 125. Os serventuários da justiça serão nomeados mediante 
concurso de provas e títulos, por ato do Presidente do Tribunal de 
Justiça. 
Em frente: 
Art. 136. A Secretaria do Tribunal manterá registro apropriado 
referente a seus serviços, devendo nele ser anotada toda e qualquer 
alteração ocorrida na carreira funcional de seus quadros. (redação 
dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
 
4.1.5. Disposições Especiais 
Art. 137. O regulamento próprio da Secretaria do Tribunal de Justiça 
disciplinará as atribuições do quadro funcional, levando em conta: 
(redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
I - a descentralização e racionalização dos serviços; 
II ± o exercício em comissão de funções de chefia, observados os 
parâmetros técnicos recomendáveis, inclusive no que tange à indispensável 
relação de proporcionalidade numérica entre chefes e subordinados diretos. 
 
O Código de Organização Judiciária transferiu ao regulamentoda Secretaria 
do Tribunal a definição de atribuições aos servidores. Isto é um pouco inusitado 
 
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pois, usualmente, são as leis que criam os cargos públicos também as responsáveis 
por estipular as atribuições de cada cargo. 
Entretanto, de forma a manter nossa sanidade, vamos abstrair um pouco este 
aspecto. O regulamento tem liberdade para definir quaisquer atribuições que 
entenda cabíveis a seus servidores, desde que atenda a dois critérios: 
- Racionalização do serviço e descentralização: Deve-se evitar concentrar 
atribuições em poucas pessoas (estruturas centralizadas tendem a concentrar 
atribuições nos chefes, esvaziando as competências dos subordinados). Em uma 
estrutura centralizada, é normal ver os Diretores saindo quase dez horas da noite 
pois uma pilha infindável de serviço os espera na mesa e só pode ser resolvida com 
sua assinatura. 
- Exercício em comissão de funções de chefia: De acordo com nossa atual 
Constituição, cargos de chefia são voltados a funções de direção e assessoramento 
superior. Não devemos criar cargos em comissão para funções que possam (e 
devam) ser desempenhadas por servidores ocupantes de cargo efetivo. Por outro 
lado, o comando do inciso II pode ser lido de outra forma: as atribuições de chefia 
devem ser concentradas em servidores que ocupam esta posição transitoriamente. 
Se fixássemos atribuições de chefia para um cargo efetivo, seus ocupantes, cientes 
de que não são transitórios em suas funções, poderiam subverter o funcionamento 
da própria máquina pública, concentrando o comando do serviço público por 
décadas e se revelando pouco sensíveis a mudanças. 
Com isto encerramos o trecho do CODJ que trata do ingresso dos auxiliares 
da Justiça dentro da estrutura do Poder Judiciário. Daqui para frente, o auxiliar já se 
encontra no exercício de suas funções. 
4.2. Remoções, Permutas e Promoções 
Remoção, permuta e promoção são formas de provimento de cargos. Isso é 
o tipo de assunto abordado lá no estatuto, mas não custa nada dar uma revisada. 
De acordo com a Lei 16.024/2008: 
 
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Art. 48. A remoção ou promoção se dá por ato do Presidente do 
Tribunal de Justiça de acordo com indicação do Conselho da 
Magistratura e com base nas regras por ele aprovadas, observados os 
princípios dispostos nos artigos 57 a 61 do presente Estatuto. 
[...] 
§ 2°. A remoção é transferência do funcionário de um cargo para outro 
de mesma natureza em outra comarca ou foro de igual entrância e dar-
se-á alternadamente por antiguidade e merecimento. 
§ 3°. A promoção é a passagem do funcionário de um cargo para outro 
de mesma natureza e classe imediatamente superior e dar-se-á 
alternadamente por antiguidade e merecimento. 
[...] 
O seu estatuto tem uma forma peculiar de tratar a remoção. Em outros locais, 
o funcionário é deslocado juntamente com seu cargo de um local para outro do 
Estado. Especificamente no caso do Poder Judiciário do Paraná, o servidor deixa 
vago o seu cargo de origem e assume um exatamente igual em outra comarca ou 
foro de igual entrância. 
A Promoção, por sua vez, é a passagem do funcionário de um cargo para 
outro de mesma natureza e classe imediatamente superior. 
(�� SRU� ILP�� SHUPXWD� p� XPD� ³GXSOD� UHPRomR´�� 'RLV� VHUYLGRres que desejam 
cada qual a lotação do outro podem ambos solicitar que sejam removidos 
concomitantemente. 
Art. 138. A remoção ou promoção dos Titulares de Oficio, correrá por ato 
do Presidente do Tribunal de Justiça, entre o serventuário que esteja 
respondendo pela designação da serventia, se assim o requerer e os 
demais candidatos indicados pelo Conselho da Magistratura de acordo 
com as regras por este aprovadas. 
§ 1º. A permuta dar-se-á por requerimento das partes, por ato do 
Presidente do Tribunal de Justiça. 
§ 2º. A promoção e remoção observarão os critérios de antiguidade e 
merecimento, alternadamente. 
 
Embora a semelhança com as disposições do estatuto seja grande, o artigo 
138 se aplica exclusivamente aos serventuários. Para os servidores vale o que está 
lá no Estatuto, com a exceção do artigo 143. 
Art. 139. No caso de vacância de ofício, o Juiz Diretor de Fórum fará 
imediata comunicação ao Presidente do Tribunal de Justiça, que 
autorizará a expedição de edital, convocando os interessados à 
remoção, à promoção ou ao provimento, mediante concurso público, 
se não houver interessado em remoção. 
 
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Muito bem, estamos agora dentro dos editais de remoção e promoção. O 
artigo 140 nos diz que eles são analisados em conjunto: 
Art. 140. Decorrido o prazo legal, os pedidos serão reunidos em uma 
só autuação e encaminhados à Corregedoria-Geral de Justiça, que, 
após parecer, submetê-los-á à prévia deliberação do Conselho da 
Magistratura. 
Parágrafo único. Será excluído o pretendente que tenha sofrido pena 
disciplinar, salvo se, não-reincidente, já decorridos mais de dois (2) 
anos da última punição. 
Art. 141. Vencidas as fases de que trata o artigo anterior, o 
Corregedor-Geral da Justiça relatará o processo perante o Conselho 
da Magistratura, que deliberará quanto à indicação ou não de 
pretendentes. 
Parágrafo único. Publicado o decreto de remoção, o serventuário da 
justiça do foro judicial terá o prazo de dez (10) dias para assumir as 
novas funções, salvo em caso de remoção no âmbito da mesma 
comarca, quando a assunção será imediata. 
Art. 142. Não havendo candidatos à remoção ou à promoção, quando 
for o caso, ou tendo sido indeferidos pedidos eventualmente feitos, 
será expedido edital de chamamento a concurso público para 
provimento do cargo vago por nomeação. 
 
Nenhum ofício deve permanecer vago. Tão logo sua titularidade fique vaga, 
compete ao Juiz Diretor comunicar ao Presidente do Tribunal de Justiça que aquela 
vaga precisa de um ocupante. 
Note que o CODJ não é indiferente à forma de preenchimento do cargo vago. 
Sendo uma serventia que possa ser ocupada originariamente por concurso público 
deve-se abrir a possibilidade de que os atuais ocupantes de serventias possam 
solicitar sua remoção para aquela vaga. 
Por outro lado, algumas serventias só podem ser ocupadas por promoção, 
tendo como requisito que o seu ocupante tenham um tempo mínimo de exercício de 
atividade enquanto serventuário. Se uma dessas serventias fica vaga, o edital dará 
a possibilidade de que os interessados possam concorrer à promoção. 
Realizadas as promoções e remoções ou, neste último caso, não havendo 
pretendentes para ocupar a serventia, será realizado concurso público para as 
serventias que permanecem vagas sejam ocupadas. Atente-se: mesmo que haja 
remoção para a serventia objeto do edital, seu antigo titular acabou de ser removido, 
 
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o que fez com que sua serventia de origem ficasse vaga. Ou seja: precisaremos de 
um concurso público de qualquer forma :P. 
O procedimento expresso pelo CODJ é um pouco tortuoso: 
- A Corregedoria Geral de Justiça recebe todos os pedidos e os autua em 
conjunto (de forma que a análise seja feita pelo todo); 
- Após, submete o pedido ao Conselho da Magistratura, que produzirá um 
parecer prévio. Nesta etapa, já são apontados os serventuários impedidos de 
participar do processo de remoção ou promoção por terem sofrido penalidade 
disciplinar; 
- Feito isto, o próprio Corregedor-Geral da Justiça (e não a Corregedoria) 
relatará o processo perante o Conselho da Magistratura e este decidirá sobre os 
pedidos. 
Sigamos. 
Como adiantei, o artigo 143 estende o tratamento dado às remoções 
permutas e promoções de serventuários a alguns funcionários específicos da 
Justiça. 
Art. 143. Aplicam-se aos Oficiais de Justiça, assim como aos Auxiliares 
de Cartório, aos Auxiliares Administrativos e Comissários de 
Vigilância, no que couberem, as disposições contidas neste Capítulo. 
Ressaltando: 
- Oficiais de Justiça 
- Auxiliares de Cartório 
- Auxiliares Administrativos 
- Comissários de Vigilância 
E para terminar 
 
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Art. 144. Ao concurso de remoção somente poderão ser admitidos 
titulares que exerçam a atividade por mais de dois (2) anos, salvo se 
não houver candidato que atenda este requisito. 
4.3. Serventuários da Justiça do Foro Judicial 
Importantíssimo: todas as disposições referentes a férias, licenças e o que 
mais você encontrar no Código se referem aos serventuários remunerados pelos 
cofres públicos (a gente já conversou sobre isso). Serventuário que não seja 
remunerado pelo cofre público não é servidor público e, tal como um empresário, 
decide como irá gerir o seu próprio tempo. 
Tendo isto em mente, vamos ver as atividades exercidas por cada 
serventuário. 
Art. 145. Aos servidores do foro judicial em geral incumbe: 
I ± aos Escrivães, a prática de todos os atos privativos previstos em lei, 
observados as formas, usos, estilos e costumes seguidos no foro. 
Esses atos estão, em geral, previstos nos Códigos de Processo, a exemplo 
do artigo 152 do atual Código de Processo Civil: 
Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria: 
I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas 
precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício; 
II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem 
como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas 
normas de organização judiciária; 
III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar 
servidor para substituí-lo; 
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não 
permitindo que saiam do cartório, exceto: 
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz; 
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público 
ou à Fazenda Pública; 
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor; 
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da 
competência; 
V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, 
independentemente de despacho, observadas as disposições 
referentes ao segredo de justiça; 
VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios. 
Avançando: 
 
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II - aos Distribuidores, a distribuição de todos os processos e atos 
entre Juízes, Escrivães, titulares de ofícios de justiça e agentes delegados 
do foro extrajudicial, observadas as seguintes regras: 
a) estão sujeitos à distribuição, unicamente, os processos e atos 
pertencentes à competência de dois ou mais Juízes ou de dois ou mais 
serventuários ou ainda de dois ou mais agentes delegados; 
b) é vedado ao Distribuidor reter quaisquer processos e atos destinados à 
distribuição, a qual deve ser feita imediatamente e em ordem rigorosamente 
sucessiva, à proporção que lhe forem apresentados; 
c) no caso de incompatibilidade ou suspeição daquele a quem for 
distribuído algum processo ou ato, em tempo oportuno se lhe fará a 
compensação; 
d) distribuir-se-ão, por dependência, os feitos de qualquer natureza que 
se relacionarem com outros já distribuídos e ajuizados; 
e) os atos e processos que não estiverem sujeitos à distribuição por 
não pertencerem à competência de dois ou mais Juízes ou de dois ou mais 
serventuários ou ainda de dois ou mais agentes delegados, serão, não 
obstante, prévia e obrigatoriamente registrados pelo Distribuidor em livro 
próprio; 
f) cumprir as normas editadas pela Corregedoria-Geral da Justiça e pelo 
Juiz Diretor de Fórum. 
 
A distribuição é procedimento que possui a finalidade de distribuir os 
diversos feitos que chegam à comarca ou foro distrital entre as varas que o 
compõem. Se um interessado traz sua petição inicial para que um Juiz decida sobre 
o caso apresentado, o distribuidor vai sortear uma vara e encaminhar (distribuir) o 
processo para lá. 
Veja o Código de Processo Civil: 
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser 
distribuídos onde houver mais de um juiz. 
Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e 
aleatória, obedecendo-se rigorosa igualdade. 
 
A função do distribuidor é obrigatória quando houver mais de uma autoridade 
igualmente competente para decidir sobre o feito, sendo o distribuidor responsável 
pela realização do sorteio dos processos. 
III ± aos Contadores: 
a) contar, em todos os feitos, antes da sentença ou de qualquer despacho 
definitivo, mediante ordem do Juiz, os emolumentos e as custas, 
conforme previsto no regimento respectivo; 
 
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b) proceder à contagem do principal e dos juros nas ações referentes a 
dívidas em quantia certa e nos cálculos aritméticos que se fizerem 
necessários relativamente a direitos e obrigações; 
c) fazer o cálculo para pagamento de impostos; 
d) cumprir, sob pena de responsabilidade, as disposições legais sobre 
recolhimento de importâncias devidas a instituições ou fundos. 
Os contadores elaboram cálculos de valores relacionados a algum processo. 
Basicamente, se algum andamento de um processo demandar a elaboração 
de cálculos para ser realizado, compete ao contador praticá-lo. 
Os partidores, depositários públicos e avaliadores judiciais possuem 
atribuições mais intuitivas, bastando a remissão ao texto legal: 
IV ± aos Partidores, organizar as partilhas judiciais. 
V - aos Depositários Públicos, ter sob sua guarda e segurança, com 
obrigação legal de os restituir na oportunidade própria, os bens corpóreos 
apreendidos judicialmente, salvo os que forem confiados a depositários 
particulares. 
VI - aos Avaliadores Judiciais, por distribuição nas comarcas em que 
houver mais de um, expedir laudo de avaliação de bens, rendimentos, 
direitos e ações, segundo o que for determinado no mandado. 
 
Olhe que coisa interessante:todas estas atividades demandam o pagamento 
de custas pela parte que desejar sua realização, e até a edição do Código, era do 
recolhimento destas custas que os serventuários extraíam seu sustento. 
Com a estatização das serventias, os novos ingressantes nos cargos 
públicos serão remunerados diretamente pelos cofres públicos, de forma que as 
custas e emolumentos recolhidos pelas partes vão, integralmente, para o Poder 
Judiciário. 
4.4. Outros Auxiliares da Justiça 
Daqui para frente, estamos lidando com servidores públicos (ou, no verbete 
adotado pelo seu estatuto, funcionários). 
De acordo com a Lei 16.024/2008: 
Art. 2°. Funcionário é a pessoa investida em cargo público com 
vencimentos ou remunerações percebidos dos cofres públicos 
estaduais. 
 
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E o tal cargo público é: 
Art. 3°. Cargo é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional cometidas a funcionário, 
identificado pelas características de criação por lei, denominação 
própria, número certo e pagamento pelos cofres públicos 
Pois bem, conheça os demais auxiliares Poder Judiciário: 
Art. 146. Aos Oficiais de Justiça incumbe: 
I - fazer citações, arrestos, penhoras e demais diligências que lhe forem 
cometidas; 
II - lavrar autos e certidões referentes aos atos que praticarem; 
III - convocar pessoas idôneas para que testemunhem atos de sua 
função, quando a lei assim o exigir; 
IV - exercer, onde não houver, as funções de porteiro de auditório, 
mediante designação do Juiz; 
V - exercer cumulativamente quaisquer outras funções previstas neste 
Código e dar cumprimento às ordens emanadas da Corregedoria-Geral da 
Justiça e do Juízo pertinentes aos serviços judiciários. 
Uma forma de entender o trabalho do Oficial de Justiça é ter em mente que, 
em geral, ele é responsável por reali]DU�DWRV�³H[WHUQRV´�� 
É o oficial quem vai para a rua realizar atos processuais. 
Se o Juiz requer uma diligência que precisa ser executada fora do ambiente 
do Fórum, cabe ao Oficial de Justiça fazê-lo. Se um devedor insiste em não pagar 
seu débito, e o Juiz ordena a penhora de seus bens, cabe ao oficial de justiça sair 
do fórum, ir até o endereço onde o devedor pode ser encontrado e penhorar os bens 
do sujeito. 
Depois de os ter praticado, ele deverá fazer o registro desses atos (lavrar 
autos e certidões). Eventualmente pode ser que a lei exija, para a prática de seus 
atos, o testemunho de pessoas idôneas. Assim, o próprio oficial pode convocá-las. 
Subsidiariamente, ele poderá exercer as funções de porteiro de auditório 
(veremos isso no próximo artigo) e outras previstas no código. Deve ainda cumprir 
ordens da Corregedoria-Geral e do Juízo ao qual ele estiver vinculado. 
Art. 147. Incumbe aos Porteiros de Auditórios: 
I - apregoar e fazer a chamada das partes e testemunhas; 
II - apregoar os bens, nas praças e leilões judiciais; 
 
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III - passar certidões de pregões, editais, praças, arrematações ou de 
quaisquer outros atos que praticarem no exercício da função. 
 
De uma forma jocosa, mas para facilitar o entendimento, o porteiro é o sujeito 
que grita. É ele quem chama as testemunhas e anuncia os bens em praças e leilões 
judiciais (esse é o significado de apregoar). Além disso, ele pode certificar os atos 
que praticar. 
Art. 148. Aos Comissários de Vigilância incumbe: 
I - exercer vigilância sobre as crianças e adolescentes e fiscalizar a 
execução das leis de assistência e proteção que lhes digam respeito; 
II - proceder mediante determinação judicial às investigações relativas a 
crianças e adolescentes, seus pais, tutores ou encarregados de sua 
guarda, com o fim de esclarecer a ocorrência de fatos ou circunstâncias 
que possam comprometer sua segurança física e moral; 
III - apreender e conduzir, por determinação judicial, crianças e 
adolescentes abandonados ou infratores e proceder, a respeito deles, às 
investigações referidas no inciso anterior; 
IV - manter o serviço de fiscalização de crianças e adolescentes 
sujeitos à liberdade assistida ou entregues mediante termo de 
responsabilidade e guarda; 
V - auxiliar no preparo de processos relativos a crianças e 
adolescentes, promover medidas preliminares de instrução determinadas 
pelo Juiz, incluindo a tomada de declarações de pais, tutores ou 
responsáveis e de demais pessoas que possam oferecer esclarecimentos; 
VI - exercer vigilância sobre crianças e adolescentes em ambientes 
públicos, em cinemas, teatros e casas de diversão públicas em geral, 
mediante ordem de serviço específica para a diligência; 
VII - proceder a todas as investigações concernentes a crianças e 
adolescentes junto ao meio em que vivem e às pessoas que os cercam 
e efetivar o encaminhamento necessário dessa pesquisa aos órgãos e 
entidades competentes; 
VIII - investigar os antecedentes de crianças e adolescentes e de seus 
familiares; 
IX - colaborar junto aos programas oficiais de voluntariado do Poder 
Judiciário ou sob a fiscalização deste. 
Pense nos Comissários de Vigilância como os fiéis protetores das crianças e 
adolescentes. Note que há diversos pontos de contato entre a atribuição do 
Comissário de Vigilância e o Oficial de Justiça, em especial quando relacionadas a 
diligências externas. 
Você irá distinguir um profissional de outro justamente por conta das crianças 
e adolescentes. Se houver menores envolvidos, é grande a chance de estarmos 
diante da competência de um Comissário de Vigilância. 
 
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Quanto aos auxiliares de cartório e auxiliares administrativos, eles fazem o 
que o nome sugere: auxiliam :P 
Art. 149. Revogado; (redação dada pela Lei nº 15.950, de 24/09/2008 ± DOE nº 7813 
de 24/09/2008). 
Art. 150. Aos Auxiliares de Cartório e Administrativos incumbe 
desempenhar serviços compatíveis com as funções, sob a 
responsabilidade do titular respectivo. 
4.5. Vencimentos, ajudas de custo, licenças e férias 
4.5.1. Vencimentos 
Art. 151. Os vencimentos dos titulares de ofícios da justiça 
remunerados, exclusivamente, pelos cofres públicos e os dos 
funcionários da justiça serão fixados em lei, observados os princípios 
constitucionais. 
A definição é bastante semelhante à do estatuto dos servidores públicos. 
Lembro também que estamos falando aqui de serventias já estatizadas quando 
mencionamos os titulares de ofícios de justiça. 
Muito bem, lembra-se da regra do teto constitucional, estudado lá na aula do 
Estatuto? 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
[...] 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, 
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federale dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e 
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas 
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão 
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio 
do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do 
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados 
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder 
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, 
aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
 
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O estatuto também possuía uma disposição semelhante, incorporada em seu 
texto: 
Art. 64. Os funcionários ocupantes de cargo de provimento efetivo e de 
provimento em comissão perceberão seus vencimentos ou suas 
remunerações nos termos da lei que define o Plano de Cargos e 
Progressão do Poder Judiciário. 
Parágrafo único. Nenhum funcionário do Poder Judiciário terá 
remuneração superior ao subsídio percebido por Desembargador. 
Todavia, o Código de Organização Judiciária resolveu usar outro parâmetro 
para fixar o limite remuneratório dos funcionários da justiça e dos titulares de ofício: 
§ 1º. Nenhum dos auxiliares da justiça referidos no caput deste artigo 
poderá perceber, mensalmente, remuneração bruta superior à percebida 
pelos Juízes de Direito de entrância final, salvo a acumulação de 
proventos com vencimentos de cargo em comissão. 
Reparou nas diferenças? Veja só: 
- A redação do estatuto limita a remuneração dos servidores ao valor 
percebido pelos Desembargadores do Tribunal de Justiça. O CODJ fixou o limite um 
pouco mais embaixo, na remuneração do Juiz de Direito de entrância final; 
- O estatuto não excetua nenhuma hipótese do teto, enquanto o CODJ 
permite que a remuneração bruta do auxiliar da justiça exceda a do Juiz de Direito 
de entrância final se aquele estiver acumulando vencimentos com um cargo em 
comissão. 
A única forma de conciliar estes dois dispositivos sem presumir a revogação 
de um deles é adotar o limite mais baixo (do Juiz de Direito de entrância final). Caso 
o auxiliar esteja acumulando um cargo em comissão, ainda assim encontrará o 
limite fixado pelo estatuto (remuneração do Desembargador de Justiça). 
§ 2º. O Presidente do Tribunal de Justiça baixará, no prazo de noventa 
(90) dias, contados da vigência deste Código, ato dispondo sobre a 
forma de aplicação da norma contida no parágrafo anterior. 
 
4.5.2. Ajuda de custo 
Art. 152. Aos auxiliares da justiça do foro judicial é devida a ajuda de 
custo no valor de até uma (1) remuneração mensal, para cobrir 
despesas de transporte, quando tiverem que transferir residência para 
outra comarca, em virtude de promoção ou de remoção. 
 
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Parágrafo único. Na fixação do valor da ajuda de custo, que não será 
concedida em intervalo inferior a dois (2) anos, tomar-se-á em conta a 
distância a ser percorrida com a mudança. 
 
 
Tal como a ajuda de custo paga aos magistrados e aos servidores em geral, 
esta indenização destina-se a compensar as despesas de instalação do auxiliar do 
foro judicial que passou a ter exercício em nova sede. 
A transferência deve ser em caráter definitivo para que haja direito à ajuda de 
custo, sendo seu limite de uma remuneração mensal. 
4.5.3. Licenças 
Embora este tópico do CODJ venha no plural, há apenas um artigo a ser 
estudado, referente à licença médica. Sorte sua :P. 
Art. 153. A licença para tratamento de saúde será concedida à vista de 
atestado médico, com indicação da classificação internacional da 
doença (CID). Se superior a trinta (30) dias, mediante a apresentação 
de laudo expedido por junta médica nomeada pelo Presidente do 
Tribunal. 
Parágrafo único. Aplicam-se no que couber as disposições do 
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná. 
 
Simples e direto: o auxiliar da justiça irá se licenciar para tratamento de 
saúde? Se sim, por quanto tempo? 
- Se por 30 dias ou menos, basta um atestado médico em que conste o 
código CID da enfermidade e pronto: a licença será concedida sem mais perguntas; 
- Se por mais de 30 dias, uma junta médica nomeada pelo Presidente do 
Tribunal de Justiça fará a perícia e expedirá um laudo que fundamentará a 
concessão da licença. 
Simples desse jeito. 
4.5.4. Férias 
Auxiliar da Justiça também é filho de Deus. E assim, depois de trabalhar por 
doze meses, terá direito às suas sagradas férias. 
 
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Tirando a menção à existências das férias, o CODJ remete toda disciplina 
sobre o assunto ao Estatuto dos Funcionários Públicos, chegando inclusive a copiar 
o texto quase que na íntegra. 
Vou chamar sua atenção justamente às peculiaridades do CODJ: 
Art. 154. Os titulares de ofício das escrivanias remuneradas pelos 
cofres públicos e os funcionários da justiça gozarão férias previstas 
no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná, 
mediante escala organizada no princípio de cada ano pelo Juiz Diretor 
de Fórum ou pelo chefe de serviço a que estiverem subordinados, com 
comunicação ao Presidente do Tribunal de Justiça e ao Corregedor-
Geral da Justiça. 
§ 1º. As férias deverão ser gozadas nos doze (12) meses seguintes, a 
contar da data em que se completou o período aquisitivo, salvo imperiosa 
necessidade da administração da justiça, quando as férias poderão ser 
cassadas, assegurada sua oportuna fruição. 
Note que o parágrafo 1º é um pouco diferente do seu equivalente no estatuto 
dos funcionários públicos do Poder Judiciário: 
Art. 95. Após cada período de 12 (doze) meses de efetivo exercício, o 
funcionário terá direito a férias, que podem ser cumuladas por até 02 
(dois) períodos, por comprovada necessidade de serviço, observada a 
seguinte proporção: 
Ao contrário do que constava no estatuto, no CODJ não há limite de períodos 
cumulados de férias não gozadas. Elas são simplesmente cassadas, sendo 
garantido ao auxiliar o direito de usufrui-las em outro momento (seja lá quando for 
isso). 
A disposição do parágrafo 1º serve para férias não iniciadas. Caso as férias 
já tenham começados, elas poderão ser interrompidas, nas mesmas condições: 
§ 2º. Havendo comprovada necessidade do serviço, a critério da 
autoridade a que estiver imediatamente subordinado o servidor, as 
férias poderão ser interrompidas, assegurado o direito de gozo dos dias 
remanescentes oportunamente. 
O resto fica a cargo do estatuto. 
Seguindo. 
4.5.5. Substituições 
Mais uma vez, todos os conceitos necessários para entender a substituição já 
foram apresentados. Aí vai uma breve revisão:RATEIO DE MATERIAIS PARA CONCURSOS
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O titular do cargo pegou aquela gripe, ou então, há um ato a ser praticado de 
interesse do cônjuge dele. 
Adivinha só: teremos um novo chefe por alguns dias. O CODJ se ocupou de 
apontar os substitutos naturais do Escrivão. Se eu não disse isso ainda, o Escrivão 
é o serventuário do foro judicial responsável por todo o trabalho da serventia. 
(P�RXWURV�HVWDGRV��RX�QR�MDUJmR�SRSXODU��HOH�p�R�³FKHIH�GR�FDUWyULR´�TXDQGR�
você entre em alguma Vara do Poder Judiciário. 
Ressaltando mais uma vez: tudo que veremos aqui só se aplica ao escrivão 
funcionário público (aquele remunerado pelos cofres públicos). 
Muito bem: a substituição se dá da seguinte forma: 
Art. 155. Em caso de afastamento do servidor ocupante do cargo de 
Escrivão remunerado pelos cofres públicos ou Secretário dos 
Juizados Especiais, o Juiz de Direito da respectiva unidade indicará 
servidor ocupante de cargo efetivo de Analista Judiciário, da área 
jurídica, ou Técnico Judiciário ou Técnico de Secretaria, desde que 
bacharel em Direito, para o exercício precário das funções, cuja 
designação dar-se-á por ato do Presidente do Tribunal de Justiça 
(redação dada pela Lei nº 17.532 de 09/04/2013 ± DOE nº 8933 de 09/04/2013). 
Pontos importantes: 
- É o Juiz de Direito (e não o Escrivão) quem aponta o substituto nos 
afastamentos do Escrivão; 
- A substituição deve recair sobre Analista Judiciário da Área Jurídica (cargo 
cujo ingresso pressupõe bacharelado em Direito) ou então, sobre Técnico Judiciário 
ou Técnico de Secretaria bacharel em Direito; 
- A designação se dá para exercício precário ou, em outras palavras, o 
servidor não se torna titular da serventia pela simples designação, respondendo 
pela mesma apenas enquanto perdurar o afastamento do titular. 
Se não tivermos um bacharel em Direito na unidade, a substituição poderá 
recair sobre qualquer servidor: 
 
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§ 1º. Poderá ser excepcionado, para efeito de substituição, o critério de 
escolaridade, na hipótese de inexistir, na unidade, servidor que 
preencha tal requisito 
Em todo caso, o servidor designado para a substituição fará jus a um 
acréscimo em sua remuneração: 
§ 2º. O servidor designado para o exercício precário das funções do titular 
da Escrivania ou Secretaria dos Juizados Especiais, durante o período de 
substituição, perceberá proporcionalmente o valor correspondente à 
gratificação de função de Chefe de Secretaria (redação dada pela Lei nº 
17.532 de 09/04/2013 ± DOE nº 8933 de 09/04/2013). 
Art. 156. A substituição dos servidores do Tribunal de Justiça far-se-á 
de acordo com o regulamento próprio (redação dada pela Lei nº 14.925 de 
24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
E terminamos por aqui :P. 
Em frente. 
4.5.6. Incompatibilidades, impedimentos e suspeições 
Mais um tópico de um único artigo que simplesmente remete a matéria ao 
estatuto dos funcionários públicos e ao Código de Processo Civil. 
Art. 157. As incompatibilidades dos serventuários da justiça do foro 
judicial e dos funcionários da justiça regulam-se pelo Estatuto dos 
Funcionários Públicos Civis do Estado do Paraná, e os impedimentos 
e suspeições, pelas normas contidas no Código de Processo Civil, no 
que forem pertinentes. 
Fica a título de menção :P. 
4.6. Aposentadoria 
Adivinha só: mais um artigo que iremos apenas mencionar (eu sei que está 
ficando um pouco repetitivo, mas a boa notícia é que você já fica sabendo que terá 
menos coisa para memorizar). 
Muito bem, a aposentadoria de um serventuário se sujeita a legislação 
específica: 
Art. 158. A aposentadoria dos serventuários do foro judicial sujeitar-se-
á à legislação específica. 
 
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O CODJ se limita a fixar o trâmite do pedido e delimitar o momento em que o 
serventuário é considerado aposentado: a partir do Decreto do Presidente do 
Tribunal de Justiça: 
Parágrafo único. O pedido de aposentadoria dos serventuários da 
Justiça do foro judicial tramitará junto à secretaria do Tribunal de 
Justiça, levando-se a efeito mediante decreto do Presidente. 
Art. 159. O processo de aposentadoria dos funcionários da Justiça 
tramitará perante a Secretaria do Tribunal de Justiça, e será efetivada 
por decreto do Presidente (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 ± DOE 
nº 7109 de 25/11/2005). 
4.7. Direitos e garantias 
Art. 160. Os direitos e garantias dos auxiliares da justiça do foro 
judicial são os estabelecidos em lei e neste Código. 
4.8. Foro judicial 
Ok... Quando você começar a ler os itens que compõem o tópico 2.8 da aula, 
terá uma estranha sensação de familiaridade com conteúdo. Também pudera: com 
pouquíssimas adaptações, seu professor copiou quase que na integralidade o 
capítulo do Sistema Disciplinar dos Funcionários do 1º Grau de Jurisdição, lá do 
Estatuto que estudamos nas três primeiras aulas. 
Resolvi, entretanto, ao contrário dos outros tópicos, efetivamente copiar o 
que eu havia dito anteriormente, por dois motivos: 
- Algumas passagens do CODJ não foram copiadas do Estatuto, de forma 
que se trata de conteúdo novo porém, que só faz sentido no meio da explicação de 
outros artigos mais familiares a você; 
- Mesmo quando a cópia é descarada, o capítulo do sistema disciplinar é 
cascudo em qualquer estatuto e sua revisão é sempre bem vinda. 
Depois abordaremos a organização das comarcas, juízos e serviços 
auxiliares. Ao final desta aula, você terá conhecimento completo de como funciona a 
1ª Instância do Poder Judiciário. 
 
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4.8.1. Deveres e Penalidades 
Art. 161. Os auxiliares da justiça deverão exercer suas funções com 
dignidade e compostura, obedecendo às determinações de seus 
superiores e cumprindo as disposições a que estiverem sujeitos. (Obs.: 
redação dada pela Lei nº 14.351 de 10/03/2004 ± DOE nº 6687 de 15/03/2004± sub-judice 
ADI 3517) 
O artigo 161 está sendo questionado judicialmente por meio da Ação 
Declaratória de Inconstitucionalidade 3517. Não que a redação seja controversa, ou 
que algum auxiliar da justiça não queira se portar com dignidade de compostura, 
todavia, o referido artigo foi incluído na Lei 14.351/2004 por meio de emenda 
parlamentar, não fazendo parte do projeto original encaminhado pelo Poder 
Judiciário à Assembleia Legislativa. 
Ou seja: possível vício de iniciativa (digo possível pois quem vai ter de 
resolver isso é o STF). Se você se interessar, pergunte ao seu professor de Direito 
Constitucional sobre a iniciativa para apresentar projetos de lei. 
Ou então, aguarde a aula do Regimento Interno para descobrir que é o Órgão 
Especial do Tribunal de Justiça quem pode apresentar projetos de lei sobre a 
organização do Poder Judiciário.Art. 162. Os auxiliares da justiça terão domicílio e residência na sede 
da comarca em que exercerem suas funções e, sendo titulares de 
ofício do foro judicial, deverão permanecer à frente das respectivas 
serventias. 
 
É uma exigência semelhante à contida no Estatuto dos Servidores Públicos 
do Poder Judiciário do Paraná: 
Art. 166. Os funcionários do Quadro de Pessoal de 1º Grau de 
Jurisdição do Estado do Paraná terão domicílio e residência na sede da 
comarca em que exercerem suas funções. 
Diga-se de passagem, é passível de suspensão o servidor que não tiver 
domicílio e residência na sede da comarca onde exerce suas funções caso não 
esteja autorizado a tanto. 
(�R�VHJXQGR� WUHFKR"�³Sendo titulares de ofício do foro judicial, deverão 
permanecer à frente das respectivas serventias´�� 
 
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Por que ele está aí? Essa disposição faz mais sentido para o serventuário 
WLWXODU�GH�VHUYHQWLD�QmR�HVWDWL]DGD��SRU�PDLV�TXH�VHMD�³GRQR´�GD�VHUYHQWLD��SRGHQGR�
explorá-la da forma como achar que deve e dependendo do recolhimento de custas 
e emolumentos para pagar suas contas), deve estar a frente do trabalho. 
Ele não poderia (no tempo em que isto era possível), passar no concurso 
para Escrivão, receber a delegação e pagar alguém para administrar o trabalho, 
sem nunca mais por os pés no cartório (repare que, até chegarmos neste 
dispositivo, nada impedia o serventuário de assim agir). 
Sendo ele o escrivão, é ele quem deve responder pela serventia, resolvendo 
seus problemas e exercendo a administração de seu ofício. 
Avançando mais um pouco, chegamos ao tópico das penalidades. Se isto 
parecer uma revisão da Aula 03 do curso, não é mera coincidência... 
Art. 163. Os auxiliares da justiça do foro judicial, pelas faltas 
cometidas no exercício de suas funções, ficarão sujeitos às seguintes 
penas disciplinares: 
I - de advertência, aplicada por escrito em caso de mera negligência; 
 
Negligência é a falta de cuidado no desempenho de tarefas. É a penalidade 
mais branda a ser aplicada ao servido. O inciso é bastante vago mas, se formos 
seguir a letra da lei, qualquer atitude que denote falta de zelo com as funções e que 
não se enquadre em violação mais grave é passível de advertência. 
Por exemplo: 
- Não guardar os processos corretamente em suas prateleiras; 
- Errar recorrentemente juntadas de documentos em processos, fazendo com 
que petições de um processo venham a parar em outro; 
- Não desligar o computador depois do fim do expediente. 
 
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(QILP��D� OLVWD�GH�FRLVDV� ³EREDV´�GHSHQGH�PXLWR�PDLV�GD� LPDJLQDomR�GR�TXH�
de qualquer outra coisa. Apenas guarde que para esses pequenos deslizes 
funcionais a penalidade adequada é de advertência. 
 II - de censura, aplicada por escrito em caso de falta de cumprimento 
dos deveres revistos nesta lei, e também de reincidência de que tenha 
resultado aplicação de pena de advertência; 
 
A censura assemelha-se bastante à advertência, com a diferença de que é 
feita, necessariamente, por escrito. Pense nela como um puxão de orelha feito por 
escrito, e que ficará em seus assentos funcionais. É desagradável, mas podia ser 
pior. 
III - de devolução de custas em dobro, aplicada em casos de cobrança 
de custas que excedam os valores fixados na respectiva tabela, a qual 
ainda poderá ser cumulada com outra pena disciplinar; 
É por meio das custas que remuneramos os atos dos serventuários e 
funcionários da Justiça. 
A regra é que as custas sejam cobradas por ato praticado por um 
serventuário. E você já sabe quem ele é agora! 
Você deu início a um processo? O réu precisa ser citado por Oficial de 
Justiça? Esse ato do Oficial de Justiça em se deslocar até o endereço do réu, para 
citá-lo precisa ser pago. E ele é pago através das custas. 
A publicação de um edital de hasta pública se faz necessária? As custas 
precisam ser recolhidas. 
Para cada ato que é desempenhado pelo Poder Judiciário corresponde um 
valor de custas a ser recolhido. Se estivermos em uma serventia não oficializada 
talvez o serventuário se sinta tentado a cobrar mais do que permite a tabela. 
Se ele tentar cobrar valor acima daquele previsto na tabela de custas para a 
prática de determinado ato está sujeito à penalidade de devolução de custas em 
dobro e, cumulativamente, a qualquer outra das penas previstas no CODJ. 
Sigamos. 
 
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IV - de suspensão, aplicada em caso de reincidência em falta de que 
tenha resultado na aplicação de pena de censura, ou em caso de 
infringência às seguintes proibições: 
Primeiro ponto: a suspensão é penalidade aplicável aos auxiliares da justiça 
que cometerem uma segunda falta passível de penalidade de censura. Fora isto, 
ainda que seja a primeira vez que venham a cometer qualquer dos ilícitos 
administrativos abaixo, serão (após o devido processo legal) suspensos: 
a) exercer cumulativamente dois ou mais cargos ou funções públicas, 
salvo as exceções permitidas em lei; 
b) retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização da 
autoridade competente, qualquer documento de órgão estatal, com o 
fim de criar direito ou obrigação ou de alterar a verdade dos fatos; 
c) valer-se do cargo ou função para obter proveito pessoal em 
detrimento da dignidade do cargo ou função; (redação dada pela Lei nº 
14.925 de 24/11/2005 ± DOE nº 7109 de 25/11/2005). 
d) praticar usura; 
e) receber propinas e comissões de qualquer natureza em razão do 
cargo ou função; 
f) revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência 
em razão do cargo ou função; 
g) delegar, salvo nos casos previstos em lei, o desempenho de 
encargo que a si competir ou a seus subordinados; 
h) deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada; 
i) retirar ou utilizar materiais e bens do Estado indevidamente; 
j) deixar de cumprir atribuições inerentes ao cargo no prazo 
estipulado; 
Nesse inciso temos a penalidade de suspensão que, como o nome sugere, é 
o afastamento do servidor do desempenho de suas atividades por determinado 
período de tempo. Mas, como sempre, há uma pegadinha: o servidor não fará jus a 
sua remuneração durante o período de suspensão, e creio que nem preciso dizer 
que este tempo não é contado para o tempo de serviço do servidor para quaisquer 
fins. 
Essa conclusão é confirmada pelo parágrafo 3º: 
§ 3º. Durante o período de suspensão, o auxiliar da justiça perderá 
todas as vantagens decorrentes do exercício do cargo. 
 
Aproveitando o ensejo, vou adiantar o parágrafo 1º também. 
 
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Você deve ter pensado: Então, quer dizer que eu vou ficar em casa? Vai ser 
ruim ficar sem receber, mas, pelo menos, ficarei longe

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