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História e Fundamentos da Fisioterapia
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Renê Ramos
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a categoria. Infelizmente, muitos profissionais, por não ter clareza nessas informações cobram do Conselho ações que ele não está apto a exercer. Leve essas discussões para suas conversas informais e veja se isso é uma realidade. História e fundamentos da Fisioterapia / Aula 6 - Recursos terapêuticos na fisioterapia Introdução Nesta aula, vamos iniciar a apresentação dos recursos utilizados pelo fisioterapeuta para a manutenção e a recuperação da função do corpo humano. Apresentaremos, primeiramente, a cinesioterapia, que é o tratamento através do movimento. Utilizamos os diversos tipos de movimentos para restaurar a função de órgãos e sistemas do corpo humano. É nosso carro chefe dentro dos recursos fisioterapêuticos. Também falaremos dos recursos terapêuticos manuais – a massoterapia, a drenagem linfática, entre outras técnicas e conceitos. Discutiremos os efeitos fisiológicos e os objetivos para usarmos cada recurso. Também teremos oportunidade de discutir os exercícios na água e seus efeitos no corpo humano. É o início de um conhecimento relevante para o futuro fisioterapeuta. Vamos à aula? Cinesioterapia Termo originário da cinemática – parte da física que estuda o movimento que, associado à terapia, fornece a definição da terapia pelo movimento. O corpo humano é formado por vários tipos de alavancas (articulações) e, a partir das ações osteomioarticulares, realizam-se os mais variados tipos de movimentos (alguns de extrema simplicidade em contraste com outros muito sofisticados). Em função de alguma doença neurológica, cardiovascular, reumatológica, óssea, pulmonar e de traumas de diversas etiologias, o indivíduo deixa de realizar esses movimentos de forma parcial ou até mesmo total, perdendo sua funcionalidade, sua autonomia. A fisioterapia, por meio dos conhecimentos de cinemática, cinesiologia e biomecânica, utiliza fundamentalmente a terapia por movimento ou o movimento terapêutico para a recuperação funcional do indivíduo, sempre pensando de forma ampla e não só na sequela ou nas sequelas apresentadas. De acordo com a fase evolutiva do paciente e com os objetivos que o fisioterapeuta tenha, os recursos cinesiológicos são utilizados de forma direcionada. Tipos de movimentos utilizados na Cinesioterapia Quem concede a responsabilidade técnica ao nutricionista? Cinesioterapia passiva Significa que o fisioterapeuta realiza os movimentos perdidos pelo paciente, pois, nessa fase, ele não consegue realizá-los. É uma parte inicial do tratamento, mas importante para que o paciente não perca trofismo nem o movimento articular, mantenha o comprimento das fibras musculares, bem como o estímulo cortical do movimento a ser recuperado. Cinesioterapia ativo-assistida Nessa fase do tratamento, o paciente já apresenta algum vestígio real do movimento, mas não consegue realizá-lo de forma independente, utilizando compensações com outros movimentos e/ou posturas, além de realizá-los com incoordenação motora muitas vezes. O fisioterapeuta realiza o movimento junto com o paciente. Às vezes, auxilia-o no final do arco de movimento ou na direção. Estimula-o a participar e controla a coordenação e a velocidade necessárias à realização da atividade. Cinesioterapia ativa livre Nessa fase do tratamento, o paciente consegue realizar o movimento de forma independente na sua totalidade, sem a participação do fisioterapeuta. Dependendo dos objetivos do exercício, podem ser trabalhados: resistência à fadiga, fortalecimento, isometria (contração muscular sem movimento articular), além de coordenação motora e equilíbrio associados. Cinesioterapia ativa resistida Nessa fase do tratamento, o paciente consegue realizar os movimentos de forma independente, mas há necessidade de melhorar resistência à fadiga e força muscular. Para isso, é avaliada a capacidade do músculo para a realização dos movimentos contra resistência, sendo esta mensurada em maior ou menor quantidade de acordo com o objetivo a ser alcançado. Há outras modalidades associadas e que são parte essencial das abordagens cinesioterápicas, as quais são amplamente utilizadas. Isometria Os chamados exercícios isométricos são realizados com contração muscular sem encurtamento de fibras. Muitos autores preconizam o uso de contrações isométricas breves, visando ao fortalecimento, enquanto outros utilizam contrações mais longas com o objetivo de melhorar o aporte sanguíneo ao músculo, melhorando as condições de resistência à fadiga e posterior fortalecimento isotônico (com encurtamento de fibras). Por exemplo, empurrar uma palma da mão contra a outra. Exercícios isocinéticos A contração isocinética ocorre quando a velocidade de movimento é constante, mantendo a força máxima durante todo o movimento. Pode ser concêntrica e excêntrica. Quem concede a responsabilidade técnica ao nutricionista? Relaxamento e inibição no preparo para o alongamento Manipulações utilizadas para aliviar dor, tensão muscular e disfunções físicas associadas, incluindo cefaleias por tensão, pressão arterial elevada e sobrecargas respiratórias. Essas manipulações são realizadas pelo fisioterapeuta independentemente da fase evolutiva de qualquer tratamento cinesiológico. Alongamento Para que haja amplitude de movimento normal, é necessário haver mobilidade e flexibilidade dos tecidos moles que circundam a articulação, os músculos, o tecido conectivo e a pele, e mobilidade articular. As condições que podem levar ao encurtamento adaptativo incluem: imobilização prolongada, mobilidade restrita, doença do tecido conectivo e/ou neuromuscular, traumas, deformidades ósseas congênitas e adquiridas. As técnicas de alongamento visam à manutenção da amplitude reduzida, sendo feita de forma passiva e/ou ativa. Métodos de manipulação articular e miofascial (fáscia muscular) Existem, atualmente, várias abordagens metodológicas que visam essencialmente à melhora de dores localizadas e difusas, assim como a alterações posturais em função de desequilíbrios osteomioarticulares – Cyriax, Maitland, Osteopatia, Diafibrólise percutânea, Pompage, trações (cervical, torácica, lombar), Mackenzie. Reeducação postural Os desequilíbrios das cadeias musculares levam a alterações das curvaturas da coluna vertebral no sentido antero-posterior e/ou lateral. Em outras situações, problemas ósseos são os causadores de alterações nessas mesmas cadeias, levando também a alterações posturais e desequilíbrios das cinturas pélvica e escapular, assim como o encurtamento de membros inferiores. As alterações posturais podem trazer consequências ao sistema cardiovascular e respiratório, além de dores e limitação funcional, muitas vezes graves. Reeducação postural global (RPG) As escolas francesas voltadas para a cinesioterapia possuem vasta experiência e tradição na análise postural e nas limitações corporais muito além de simples avaliação e tratamento. Vários teóricos podem ser citados nessa linha de trabalho: Therese Bertherat, Marcel Bienfait, Leopold Busquet, Mezieres, Godelieve Denys-Struyf. Philippe Souchard faz parte desse grupo de pesquisadores e idealizou um método no qual são utilizados os princípios das cadeias musculares associadas a posturas de correção, sempre com a participação fundamental do trabalho respiratório do diafragma, principal músculo inspiratório. Mecanoterapia O termo significa a utilização de aparelhos e/ou utensílios que oponham resistência aos movimentos solicitados: Halteres de ferro com pesos graduados, caneleiras de resistência gradual (0,5Kg até 5Kg); Mesa para extensão de joelho com carga progressiva e flexão de perna sobre coxa; Sistema de polias de parede com resistência gradual; Aparelhos fixos para movimentos de braço e coxa contra resistência progressiva; Bicicletas ergométricas estacionárias com resistência gradual; Esteira com velocidade gradual e inclinação progressiva, indo da marcha até a corrida; Cicloergômetro de braço – realiza o movimento da bicicleta voltado para o fortalecimento de braços;