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AD2 LINGUÍSTICA 3

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ
Disciplina: Linguística III
 Coordenadora: Silmara Dela Silva Tutora a distância: Elaine Daróz
ATIVIDADE COMPLEMENTAR – AD
Aluna: Débora Vieira Wandelli 
Matrícula: 15213120001 Polo: Itaperuna
A Análise do Discurso é um ramo dos estudos de linguagem e surge como disciplina na necessidade de se estabelecer um estudo de interpretação dos sentidos, determinando um novo objeto de estudo: o discurso. Um dos seus principais objetivos é questionar o processo de produção dos sentidos na linguagem. É herdeira dos estudos semânticos, uma vez que procura entender os efeitos de sentido entre interlocutores, mas também das análises textuais, já que utiliza dessa materialidade para se chegar aos processos de produção de sentidos. Para Michel Pêcheux a AD é considerada uma disciplina de entremeio, pois perpassa três regiões do conhecimento: a linguística, a psicanálise e o marxismo, mas sem “acumular conhecimentos” (Orlandi); em vez disso, ela pesquisa, reflete, observa e questiona a fim de interpretar as particularidades de seu objeto.
 O objeto de estudos da Análise de Discurso é o próprio discurso. Nas palavras de Orlandi: “não se trabalha, como na Linguística, com a língua fechada nela mesma mas com o discurso, que é um objeto sócio-histórico em que o linguístico intervém como pressuposto. Nem se trabalha, por outro lado, com a história e a sociedade como se elas fossem independentes do fato de que elas significam” (ORLANDI, 2001, p. 16). Sua proposta é estudar as produções verbais dentro de condições sociais e históricas através do texto escrito, seu objeto de análise. Tomando como exemplo uma fábula qualquer, mais do que interpretar aquela narrativa, a AD se pergunta quais são os modos como se constituem os sentidos possíveis, tomando a fábula como uma produção simbólica e trabalhando com a relação sujeito-história.
“A literalidade não se constitui o ponto de partida, mas de chegada para a AD”. Qual o sentido literal que expressa a charge? Podemos entender que a sociedade brasileira se divide em dois grupos: dos que escolhem “fechar os olhos” para o que acontece em seu país, considerando-o morto, sem alternativas de mudança e o grupo dos que apesar das falhas e problemas que sabe que existem em qualquer país, escolhem continuar acreditando que um dia a situação pode melhorar, mas para isso, conta com sua participação. O texto de MARIANI mostra que a linguagem é historicamente determinada e que a linguagem não é homogênea e nem una; podemos constatar tais afirmações na charge, pois os efeitos de sentido da palavra “luto” são diferentes em cada placa, porém já existiam na língua portuguesa antes mesmo de o autor da charge cria-la.

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