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ROTEIRO Introdução Degradação lipídica Tipos de Degradação lipídica - Rancidez Hidrolítica - Rancidez Oxidativa Fatores que influenciam a rancificação Exercício LIPÍDEOS Degradação Lipídica Grupo heterogêneo de substâncias de origem biológica, geralmente insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (metanol, acetona, clorofórmio, benzeno). Estão incluídos nesta classe: óleos, gorduras, ceras, hormônios esteroidais, colesterol, vitaminas lipossolúveis, fosfolipídios, etc. Classificação: o Quanto a capacidade de sofrer hidrólise o Quanto a presença de ácidos graxos o * Ácidos graxos – Presença/Ausência de insaturações na cadeia ramificada Hidrolisáveis: ésteres, fosfolip., esfingolip., glcolip. Não Hidrolisáveis: esteróides, ácidos Simples: terpenos, esteróides, carotenóides Complexos: acilgliceróis, ceras, fosfolip., etc. Saturados Insaturados DEGRADAÇÃO LIPÍDICA o Fenômeno espontâneo, com uma implicação direta no valor comercial; o Ocorrem principalmente nos processos de transformação e período de armazenamento; o Formação de off flavors; o Valor Nutricional; o Influência das interações com carboidratos e proteínas; Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA Degradação Lipídica Degradação Rancidez Oxidativa Enzimática Não enzimática Rancidez Hidrolítica Enzimática Não enzimática 1. Rancidez Oxidativa Peça central = RADICAIS LIVRES (apresentam elétrons não pareados) o R* tem energia muito elevada (pela alta instabilidade) – causam abstração de hidrogênio; Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA 1. Rancidez Oxidativa Evento comum: incorporação de oxigênio molecular a um AGPI para produzir um hidroperóxido lipídico como produto primário. Vias: a)Enzimática - lipoxigenases b)Não enzimática – radicais livres, metais de transição, luz, etc Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA 1. Rancidez Oxidativa Não é significativamente inibida pelo T de armazenamento do alimento; Envolve a formação de radicais livres e pode ocorrer na ausência de luz. Aparecimento de sabores e odores estranhos – ranço oxidativo. Maior facilidade p/ formação de radicais de ácido graxo c/ o aumento do nº de insaturações (C adjacente a lig. < energia) Esquema geral – 3 fases a) Iniciação – Não na fotoxidação b) Propagação c) Terminação Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA 1. Rancidez Oxidativa a) Iniciação O AGPI sofre ataque de uma espécie que é suficientemente reativa para retirar um átomo de hidrogênio a partir de um grupo metileno (-CH2-CH=CH-CH2 --- *CH-CH=CH-CH2-), formando um radical de carbono; Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA RH + espécies reativas radical alquil (R.) R. + O2 ROO. (radical peroxil) Alta energia de ativação – necessita presença de iniciadores: altas temperaturas, catalisadores (íons metálicos, luz), metaloproteínas (grupo heme) Presença de oxigênio singleto 1O2 Tal reação também promove o deslocamento das insaturações e a isomerização da molécula sendo o estado trans o predominante ao final do processo 1. Rancidez Oxidativa b) Propagação o Formados os RL, eles se combinam com o oxigênio, dando lugar a mais radicais peróxido; estes atacam outra molécula insaturada produzindo hidroperóxido e novo RL – Reação em cadeia. Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA ROO. + RH ROOH (hidroperóxido) + R. Baixa energia de ativação p/ formação subseqüente de peróxidos; Peróxido Consumo de O2 Instabilidade dos peróxidos – decomposição ATENÇÃO! Hidroperóxidos não transmitem odor e sabor de ranço. 1. Rancidez Oxidativa c) Terminação o Aparecimento dos produtos secundários de oxidação, obtidos por cisão e rearranjo dos peróxidos (epóxidos, compostos voláteis e não voláteis); o Ocorre simultaneamente as fases anteriores; o Poderá ocorrer oxidação secundária – rancificação (aldeídos, ácidos, alcoóis, epóxidos, polímeros, hidrocarbonetos, ác. graxos, cíclicos, etc.); o Oxidação de pigmentos (descoloração) e proteínas; o Oxidação de vitaminas Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA Com o aumento do número de compostos derivados da decomposição dos peróxidos – Forte sabor e odor de ranço AÇÃO DOS METAIS Oxidação direta de lipídeos pela ação de metais é lenta em condições normais; Ferro e cobre são os mais reativos; Metais ligados às proteínas poderão participar das reações de decomposição – ação potencializada quando tais proteínas estão desnaturadas; Atividade pró-oxidante de metais pesados é a quebra catalítica dos hidroperóxidos formando R* - retomam a reação em cadeia da auto- oxidação: Fe3+ + LOOH = Fe2+ = LOO* + H+ Radiações ionizantes H2O + e- --- H+ + *OH Iniciador de auto-oxidação Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA Fases da Rancidez Oxidativa 1. Rancidez Oxidativa 1.1 Enzimática Lipoxigenases contém grupo heme com ferro Maior velocidade, Especificidade por pentadienos (C=C-C-C=C) 1 Peróxidos e hidroperóxidos reagem com o ferro contido no sítio catalítico das peroxidases (Fe2+ --- Fe3+); 2 LOX-Fe3+ ataca ácido graxo formando um complexo. A LOX-Fe2+ doa elétrons p/ ácido graxo formando radical alquil; 3 Radical alquil reage com O2 formando peroxil; 4 LOX-Fe2+ doa elétron p/ peroxil formando um ânion peroxil; 5 A Ânion peroxil reage com hidrogênio p/ formar hidroperóxido com liberação do ácido graxo da enzima. 6 Hidroperóxidos sofrem ação de liases específicas ocorrendo formação de vários aldeídos que deterioram o sabor Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA 1.2 Fotoxidação Formação de oxigênio singlete pela ação de fotossensibilizadores (clorofila, mioglobina), ; Oxigênio singlete reage diretamente na dupla ligação produzindo hidroperóxido; Velocidade de reação 10 a 30 X >; Sem fase de iniciação; INIBIDORES: Alfa tocoferol e beta-caroteno reagem + rápido com 1O2 que a molécula lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA 1.Rancidez Hidrolítica 1.1 Processo enzimático Lipases podem atuar sobre os TG liberando ácidos graxos; No processamento de tecidos vivos estruturas biológicas podem se romper liberando as enzimas – ataque aos TG; Ex: prensagem do óleo de oliva 1.2 Processo térmico Frituras em presença de água Maior concentração de ác. gx leva a uma menor estabilidade oxidativa – formação de espuma 1. Rancidez Hidrolítica Evento comum: Ruptura das ligações éster Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA Catalisador Vias: a)Enzimática: Lipases e fosfolipases b) Não enzimática: agentes químicos (ácidos e bases), aquecimento em presença de água 2. Rancidez Hidrolítica 2.1 Enzimática o Nos animais, vegetais e microrganismos; o Promove hidrólise dos TG com liberação de AG voláteis – ranço; o Muito comum em leite – lipases nativas; o Reação é acelerada pela presença de íons cálcio; o Fosfolipases e Glicolipases- altamente específicas – fosfolipídeos edigalactosil-diacilgliceróis ☻ Maturação de queijos ☻ Panificação ☻ Substituintes da manteiga de cacau Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA 2. Rancidez Hidrolítica 2.2 Não enzimática Aquecimento na presença de água: Ponto de fumaça (aumento da acidez e vaporização dos voláteis) qualidade dos alimentos fritos Produção de ácidos graxos + susceptíveis a oxidação Off flavor Aumento da acidez Degradação Lipídica TIPOS DE DEGRADAÇÃO LIPÍDICA FATORES QUE INFLUENCIAM A RANCIFICAÇÃO o Qtd de O2; o Grau de insaturação; o Exposição a luz; o Temperatura (cada 15ºC + 2X vel. Da reação – até 120ºC) o Aa o Presença de agentes antioxidantes Grau de insaturação Temperatura Aa Condições de atividade das enzimas Exposição a agentes hidrolíticos Rancidez Oxidativa Rancidez Hidrolítica Degradação Lipídica
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