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Aula SERVIÇOS PÚBLICOS primeira parte

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SERVIÇOS PÚBLICOS
“Toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob regime de direito público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais e secundárias da coletividade.” (CARVALHO FILHO)
“Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado.” (HELY LOPES MEIRELLES)
“Toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público”.	(DI PIETRO)
Na análise dos conceitos acima dispostos, é possível identificar a conjunção de alguns elementos caracterizadores dos serviços públicos:
Substrato material » o serviço público é uma atividade material exercida no plano concreto de forma continuada de comodidades ou utilidades fruíveis por toda a sociedade;
Substrato formal » o serviço público é regido por normas de direito público;
Obs* - No conceito de Di Pietro ela fala em “regime parcialmente público”, pois em alguns casos admite-se a incidência de algumas regras de direito privado, tais como o CDC.
Elemento subjetivo » o serviço público deve ser prestado diretamente pelo Estado admitindo-se também a delegação dos mesmos para particulares, por meio de concessão ou permissão. 
		
Art. 175 da CF/88 - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Prestação Direta 
Quando o próprio Estado presta o serviço. Ex: presta diretamente o serviço de segurança pública.
Prestação Indireta (segundo Art. 175 da CF/88)*
Realiza-se através de contratos administrativos: 
a) concessão de serviços públicos; 
b) permissão de serviços públicos; 
Esses contratos se dão mediante delegação, aplicando-se assim a Lei 8.666/93, lembrando que a lei específica que regulamenta o Art. 175 da CF é a Lei 8987/95.
Na verdade, o Art. 175 da CF/88 fala apenas da delegação contratual, mas a prestação indireta também pode
rá
 se 
dar
 por 
“
outorga
”
, 
quando
 o Estado
, através de lei,
 cria
r
 
uma pessoa jurídica de direito público
 para prestar o serviço público de forma especializada (ex: Autarquia
s
).
Além 
do mais
, e
sclareça-se 
também, 
que a delegação se dar
á 
por “lei” 
(não é contratual) 
no caso específico dos entes da Administração Indireta que 
têm personalidade
 ju
rídica
 de direito privado (Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista).
 
Art. 1º - As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos. 
Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a revisão e as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as peculiaridades das diversas modalidades dos seus serviços. 
Art. 2º - Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: 
I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão; 
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; 
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado; 
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. 
Art. 3º - As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários. 
Art. 4º - A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes e do edital de licitação.
CLASSIFICAÇÃO (CARVALHO FILHO)
Serviços delegáveis e indelegáveis
Delegáveis são aqueles serviços que não necessitam ser prestados diretamente pelo Estado (ex.: transporte coletivo, energia elétrica, telefonia, etc.).
Os serviços indelegáveis são aqueles que devem ser prestados diretamente pelo Estado (defesa nacional, segurança interna, fiscalização de atividades, etc.).
Anote-se que existem serviços delegáveis que são prestados diretamente pelo Estado, por opção político-administrativa.
Registre-se ainda que, a Administração Pública sempre deve exercer controle sobre os prestadores de serviços públicos. 
Serviços administrativos e de utilidade pública
Os serviços administrativos são aqueles que o Estado executa visando atender necessidades internas da Administração. (imprensa oficial) 
Já os serviços de utilidade pública destinam-se diretamente aos indivíduos (fornecimento água e esgoto, energia elétrica, etc.).
Serviços coletivos e singulares
Os serviços coletivos (uti universi) destinam-se a grupos indeterminados de indivíduos (exs.: pavimentação de ruas, iluminação pública, prevenção de doenças, etc.).
Já os serviços singulares (uti singuli) preordenam-se a destinatários individualizados (exs.: uso de linha telefônica, energia domiciliar, etc.).
Serviços sociais e econômicos 
Os serviços sociais estão ligados à proteção e assistência que o Poder Público deve fornecer aos administrados (exs.: assistência à criança e ao adolescente, assistência médica hospitalar, assistência educacional, etc.).
Os serviços econômicos estão relacionados com o lucro. Anote-se que estes serviços devem ser prestados pelo PARTICULAR, em regra. A exceção está alocada no art. 173 da CF/88.
Serviços centralizados ou descentralizados
Refletem a execução do serviço pela Adm. Direta ou Indireta. 
Serviços remunerados e gratuitos
Os serviços podem ser remunerados ou não, conforme a necessidade e os caracteres do serviço público.
COMPETÊNCIA
Os serviços públicos podem ser federais, estaduais, distritais ou municipais.
Nesse pórtico, é relevante distinguir os serviços comuns e os privativos. Para este exame, faz-se mister verificar a competência legislativa dos arts. 21 e ss. da CF/88.
Serviços privativos – somente um ente da federação pode prestá-lo. (Ex.: emissão de moeda (U), distribuição de gás canalizado (E), e transporte coletivo intramunicipal (M)).
Serviços comuns – podem ser prestados por mais de uma pessoa federativa. (Ex.: proteção ao meio ambiente, serviços de saúde pública, etc.).
É importante ressaltar que a regulamentação dos serviços deriva da titularidade de competência para o serviço. 
Frise-se que os decretos, regulamentos, resoluções, instruções normativas e assemelhados devem ser exarados pela pessoa federativa que detenha competência para a exploração (direta ou indireta do serviço).
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
O serviço público segue a regência principiológica do Direito Administrativo. Todavia, a doutrina informa que alguns princípios são aplicáveisespecialmente aos serviços públicos.
Princípio da Generalidade
Os serviços públicos devem beneficiar o maior número possível de administrados. 
Além disso, os usuários do serviço público não podem sofrer discriminação, em razão da impessoalidade talhada no art. 37 da CRFB.
Princípio da continuidade
Já estudado... mas vamos revê-lo.
Aqui a idéia é que ao prestação de serviço públicos não pode parar. Expresso na Lei 8987/95 e implícito no texto constitucional, deste princípio decorrem alguns questionamentos importantes; vejamos:
1º) O servidor público tem direito de greve?
Inicialmente, cumpre esclarecer que os militares não têm direito de greve nem de sindicalização, por expressa vedação constitucional.
O servidor público em sentido estrito, sim, nos termos de “lei específica”. A propósito, o STF considera que o direito de greve é norma de eficácia limitada: o exercício do direito fica limitado à edição de lei específica.
No que tange aos servidores civis, o STF, ao julgar Mandado de Injunção referente à matéria, que, enquanto não houver lei específica a regulamentar a greve dos servidores públicos, será utilizada a lei geral de greve (Lei 7783/89) para o exercício deste direito.
2º) É possível interromper a prestação de um serviço público em virtude do inadimplemento por parte do usuário?
A lei 8987/95, em seu art. 6º, §3º, diz que é possível interrupção nos seguintes termos:
§ 3º - Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II – por inadimplemento do usuário, considerando o interesse da coletividade. 
Acerca da interrupção por motivos de ordem técnica, não há discussão. No que tange ao inadimplemento, a interrupção é constitucional, desde que avisado previamente. Situação mais controvertida... é quando o inadimplente é por exemplo um hospital. Majoritariamente, entende-se que não pode interromper, pois se trata de um serviço essencial à coletividade.
O mesmo raciocínio foi utilizado no EREsp 845982/RJ em que o inadimplente era um município e o serviço prestado era de fornecimento de energia elétrica.
3º) A exceção de contrato não cumprido pode ser aplicada em contratos com a administração?
Exceptio non adimpleti contractus é o direito de suspender a execução do contrato em face do inadimplemento da outra parte. Segundo a Lei 8666/93, art. 78, XV, o particular tem direito de invocar a exceção do contrato não cumprido, desde que a administração seja inadimplente por mais de 90 dias (de qualquer forma, precisa ser realizada junto ao judiciário).
Princípio da eficiência 
Este princípio foi acrescentado pela EC 19/98, e também tem como escopo melhorar a qualidade dos serviços prestados aos indivíduos.
HELY LOPES MEIRELLES afirma que este princípio sinaliza que a atividade administrativa deve ser pautada na presteza, perfeição e rendimento funcional. Seria o dever da boa administração, da doutrina italiana.
Este dispositivo foi acrescentado para que no futuro sejam criadas regras mais palpáveis de reclamação da sociedade para a melhoria dos serviços prestados pelo Estado e pelos concessionários e permissionários de serviço público.
Este princípio também denota que a atuação do Estado seja efetuada com a utilização racional e moderna dos mecanismos que dêem melhor resultado nas obras e nos serviços públicos. Isto se aproximaria da obra e dos serviços com o melhor custo-benefício possível.
Princípio da Modicidade
Os serviços públicos devem ser remunerados por preços módicos, isto é, os preços cobrados não devem ser utilizados para o lucro do Estado, mas apenas devem remunerar as necessidades de manutenção do serviço. Em outras palavras, garantir a remuneração de quem investiu no serviço, com uma tarifa justa.
Princípio da Atualidade
Estabelece que o serviço público deve ser prestado de dentro das técnicas mais modernas possíveis. O Art. 6º, §2º da lei 8987/95 esclarece esse princípio.
Princípio da Cortesia
De modo algum significa que o serviço público deva ser oferecido “de graça”. A idéia aqui é que o serviço tem que ser prestado de forma educada, com cortesia, de forma polida.
Princípio da Economicidade
A economicidade está vinculada a prestação de serviço público de forma eficiente, com resultados positivos para sociedade com gastos dentro dos limites da razoabilidade.

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