Buscar

Atividade Dissertativa Semana 1 O Público e o Privado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Atividade Dissertativa – Semana 1 – Gilvânia Karla Nunes Beltrão Alvares
No texto “O Público e o Privado na Gestão Pública”, Ricardo Corrêa Coelho observa: “A construção da esfera pública será também sempre historicamente delimitada. Aquilo que em um determinado momento histórico é considerado como indubitavelmente público pode não o ser em outro” (p. 13).
O texto “A REFORMA DO APARELHO DO ESTADO E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA”, que trata do projeto de Reforma do Estado concebido pelo então Ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, em 1995, parece argumentar que algumas atividades, embora continuem sob responsabilidade do Estado, não teriam de ser desempenhadas diretamente por ele. Como isso seria possível? Uma atividade seria de titularidade estatal porém não seria executada diretamente pelo Estado? Uma empresa privada pode exercer uma atividade em nome do Estado? Explique, ilustrando com exemplos do texto e de seu próprio conhecimento a respeito do que mudou no modo de prestação de serviços públicos pelo Estado brasileiro de 1995 até hoje..
A partir de 1995, com o governo Fernando Henrique, surge uma nova proposta política de adequar o Brasil ao neoliberalismo. oportunidade para a reforma do Estado em geral, e, em particular, do aparelho do Estado e do seu pessoal. Esta reforma pressuporá a existência de uma distinção fundamental entre o núcleo burocrático do Estado e o setor de serviços sociais e de infraestrutura. Assim declarou que o governo dele poria fim a Era Vargas, ou seja, a intervenção do Estado na economia seria mínima, seriam realizadas privatizações de empresas estatais, e reduzidos os direitos trabalhistas por meio de flexibilização das legislações. O primeiro governo presidencial de Fernando Henrique Cardoso, portanto, foi marcado por privatizações e pela entrada de capital estrangeiro no país. Dentre as empresas que foram vendidas nesse período estiveram a Vale do Rio Doce, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel), e a Companhia Siderúrgica Nacional, todas vendidas por valores muito aquém do estimado.
O primeiro projeto referente a reforma do aparelho do Estado se deu a partir da descentralização dos serviços sociais do Estado, de um lado para os Estados e Municípios, de outro, do aparelho do Estado propriamente dito para o setor público não estatal. Esta última reforma se deu através da concessão de autonomia financeira e administrativa às entidades de serviço do Estado, particularmente de serviço social, como as universidades, as escolas técnicas, os hospitais, os museus, os centros de pesquisa, e o próprio sistema da previdência. Sendo assim, foi institucionalizada a possibilidade dessas entidades serem transformadas em “organizações sociais”. Organizações sociais públicas não-estatais - fundações de direito privado – com legislativa para celebrar contrato de gestão com o poder executivo, e, assim, poder, através do órgão do executivo correspondente, fazer parte do orçamento público federal, estadual ou municipal. 
A implantação de um programa de “publicização” - transformação de entidades estatais de serviço em entidades públicas não-estatais – permitiu que essas instituições tivessem ampla autonomia na gestão de suas receitas e despesas. A iniciativa foi implementada a partir da Lei nº 9.637, de 1998.
O modelo prevê as atividades das Organizações Sociais nas áreas:
- Ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico;
- Direitos humanos e defesa da cidadania;
- Proteção e preservação do meio ambiente;
- Cultura;
- Saúde;
- Assistência Social;
- Esporte e lazer.
Vantagens alegadas:
- Procedimentos mais rápidos, menos burocráticos, mas não menos rigorosos;
- Agilidade no desempenho de atividades sociais;
- Alta especialização dos serviços;
- Vinculação a metas e resultados.
No Município de Santos, foi instituída pela Lei nº 2.947, de 2013, que foi regulamentada pelo Decreto nº 6.749, de 2014.
A primeira área de autuação foi na Secretaria de Saúde, com a celebração de Contrato de Gestão Compartilhada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central com a Fundação ABC, no qual são previstas diversas metas para garantir o bom funcionamento do equipamento e atendimento de qualidade à população. Além dos itens previstos no instrumento jurídico, a legislação do Programa Municipal de Publicização também discrimina uma série de ferramentas e mecanismos de controle e fiscalização.
O segundo contrato de gestão foi referente ao Hospital dos Estivadores assinado entre o Município de Santos e o Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 
O Complexo Hospitalar dos Estivadores abriu as portas com o atendimento voltado à saúde da mulher e do recém-nascido. Serão 18 leitos de alojamento conjunto; 10 leitos de UTI neonatal; 3 salas de parto, pré-parto e pós-parto (PPP); e 1 centro cirúrgico.
Essa estrutura permitirá a realização de 150 partos/mês; 30 internações em UTI/UCI neonatal ao mês; e 1.200 atendimentos mensais no pronto atendimento ginecológico e obstétrico.
Isto posto, constatamos que 1995 para cá, o Estado está transferindo a gestão de serviços à Organizações Sociais.
Como ainda se trata de uma história recente, não consigo concluir quanto ao êxito, mas a imprensa constantemente relata fatos de que a mudança da gestão, não melhorou o que se esperava na saúde pública.
Referências:
http://www.santos.sp.gov.br/portalpms/?q=noticia/889493/popula-o-ter-mecanismos-para-fiscalizar-upa-central
http://www.santos.sp.gov.br/portalpms/?q=noticia/894723/complexo-hospitalar-
dos-estivadores-come-funcionar-no-dia-16-de-dezembro
http://www.bresserpereira.org.br/papers/1995/98.ReformaAparelhoEstado_Constituicao.pdf

Outros materiais