PROJETO DE PESQUISA SAUDE (Elzi Souza N. Rodrigues)

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP – CEAD - PÓLO DE APARECIDA DE GOIÂNIA
CURSO SUPERIOR DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC I
7ª SÉRIE
ELZI SOUZA NOGUEIRA RODRIGUES- RA:5488298745
Tutora a Distância: JôsiGreffe
APARECIDA DE GOIÂNIA	
Junho/2018
ELZI SOUZA NOGUEIRA RODRIGUES
POLITICA SOCIAL NA SAUDE
Pré Projeto de Pesquisa apresentado como requisito complementar para obtenção de nota na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) I, no curso de Serviço Social a Distância, da Universidade Anhanguera – UNIDERP – CEAD - Polo de Aparecida de Goiânia, com a Tutora EAD: JôsiGreffe.
	
APARECIDA DE GOIÂNIA
JUNHO/2018
TEMA: POLITICA SOCIAL NA SAUDE
INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca explorar a centralidade das políticas de saúde no âmbito das políticas sociais, para isso, definimos políticas de saúde como políticas sociais fundamentais para o Estado Social, para estudarmos as políticas de saúde no país faz-se necessário a definição de algumas premissas importantes. Saber que a evolução histórica das políticas de saúde está relacionado diretamente a evolução político-social e econômica da sociedade brasileira. A conquista dos direitos sociais (saúde e previdência ) tem sido sempre uma resultante do poder de luta, de organização e de reivindicação dos trabalhadores brasileiros e, nunca uma dádiva do estado, como alguns governos querem fazer parecer. 
JUSTIFICATIVA
A Formulação da Política Social na área da saúde teve seu início no bojo do processo histórico-econômico e político, marcando a conjuntura brasileira na década de 1930 já contando com a intervenção do Estado. Foi predominante a saúde pública até meados de 1960, porem sua consolidação deu se no período de 1945 a 1964, sendo que o seu marco histórico se deu na 8ª Conferencia Nacional de Saúde no ano de 1986 onde reuniu aproximadamente 4.500 pessoas para que chegassem em um senso comum sobre a saúde país.
Os principais temas debatidos nesta conferencia foram: Saúde como direito de cidadania; Reformulação do Sistema Nacional de Saúde; Financiamento do setor, nesta conferencia teve a aprovação da bandeira da Reforma Sanitária, e, a partir do relatório desta Conferencia foi utilizado como base para a negociação dos defensores da Reforma Sanitária na reformulação da Constituição Federal, onde que à saúde coube cinco artigos (Art. 196-200), determinando que esta é um direito de todos e dever também do Estado, constituindo assim um sistema único.
A Política Social está prevista na Constituição Federal Brasileira de 1988 e regulamentada pelas Leis Orgânicas da Saúde (LOS) nº 8080 e 8142 de 1990. Onde o art. 196 da CF/88 nos afirma que: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988) A saúde entende-se como um estado de bem- estar físico e mental, social e econômico, nos impactos das políticas sociais, as políticas de saúde naturalmente cumprem um papel relacionado ao impacto social, políticas de saúde efetivas são potentes ao elevar indicadores como expectativa de vida, redução de doenças infectocontagiosas ou ocupacionais, redução de índices de mortalidade infantil, redução da desnutrição e problemas de baixa imunidade, entre outros. Conforme Cruz, estas foram leis fundamentais que orientaram a operacionalização do sistema de saúde, visto que a primeira definiu os objetivos e atribuições do SUS, enquanto a segunda definiu as regras gerais para a participação popular e financiamento.
Segundo Cavalcanti e Zucco (APUD Barreto 2012): "a LOS a partir da ratificação da unificação da saúde originou o SUS, transferindo o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) para o Ministério da Saúde, reforçando as competências dos municípios na prestação dos serviços de saúde".
Há várias décadas, os movimentos sociais na América Latina vêm lutando para que os direitos sociais sejam contemplados nas políticas sociais dos governos eleitos após as ditaduras dos anos 1970, dentre eles, o direito universal à saúde. No Brasil, o Movimento da Reforma Sanitária, que cresceu durante o período ditatorial, conseguiu influenciar a Constituição Federal de 1988, definindo os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), na perspectiva do direito de todos e dever do Estado, em garanti-lo.
A partir da Constituição Federal de 1988, a saúde passou a ser considerada como um direito constitucional, garantida por políticas econômicas e sociais devendo ser viabilizada pelo Estado a lei 8.080/90 define o conceito saúde como determinada pelo condicionante alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, educação, transporte, lazer, acesso a bens e serviços aos níveis da saúde da expressada pela organização social econômica do país
A Políticas de saúde, sobre tudo aquelas caracterizadas pelo acesso universal, são robustos instrumentos para estabelecer mecanismos de impacto redistributivo, pois produzem um efeito de desmercadorização ao custear, por meio de verbas públicas reunidas a partir de impostos, o atendimento de saúde a todos os cidadãos, inclusive aqueles que não possuem condições de arcar com os custos
No artigo 198 da Lei, dispõe sobre o Sistema Único de saúde- SUS, que visa um conjunto de ações e serviços de saúde, integram a uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem num sistema único prestado pelos órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais. Antes da criação do Sistema Único de Saúde, o Ministério da saúde desenvolvia ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias; essas ações eram desenvolvidas sem nenhum tipo de descriminação com relação a população beneficiaria. Já na área de assistência a saúde, atuava apenas por meio de algum poucos hospitais especializados, a assistência hospitalar era prestada a parcela da população definida como indigente, por alguns municípios e estado e por instituições filantrópicas, essa população tinha assegurado nenhum direito de acesso a serviços assistenciais, e assistência que recebia era uma forma de caridade. 
O assistente social no SUS é o profissional que estar permeado pelas reivindicações direitos e necessidade da população, desde o procedimento simples até o mais complexos, nos anos de 1990, o profissional dos assistentes sociais se apropria da atuação participativa na área da saúde coletiva, ampliando a participação nas políticas da saúde, com a promulgação do código de ética de 93, a participação da categoria se ampliou nas políticas públicas, percebeu-se o enfrentamento às questões na área da saúde, o enfrentamento à ofensiva neoliberal, em defesa do Sistema Único de Saúde, que tiveram grandes avanços nessa área de saúde, Com as políticas sociais públicas dentro de um contexto neoliberal e descentralização do Estado, aconteceu um realinhamento entre as demandas existentes e ofertas de serviços, aumentado o volume e acesso ás políticas públicas. 
O assistente social também passou por modificações, sendo que o movimento de reconceituação foi um dos fatores. Em sua pratica profissional na área da saúde, nas ultimas décadas atua nos serviços hospitalares, capss, unidade de saúde e nos conselhos municipal estadual e federal, e dos interesses seguimentos com a prestação de serviços a saúde. 
PROBLEMA
A saúde nunca ocupou lugar central dentro da política do estado brasileiro, sendo sempre deixada de ser prioridade do sistema, como uma moldura de um quadro, tem o modelo, mas não à solução dos grandes problemas de saúde que afligem a população, quanto na destinação de recursos direcionados ao setor saúde. A dualidade entre medicina preventiva e curativasempre foi uma constante nas diversas políticas de saúde implementadas, pelos vários governos.
A política social na área da saúde e saúde mental na contemporaneidade tem vivido algumas questões polemicas, nas palavras de quem vivência quotidianamente diz que " a situação da política social na área da saúde apresenta muitos pontos negativos apesar dos avanços, não atendendo as reais necessidades dos cidadãos, e essa precariedade pode-se perceber desde o ministério de saúde até os setores menores e os órgãos de fiscalizações". 
Como se pode observar através de o breve resgate sobre a política de saúde e de saúde mental no Brasil, o Estado, ao implementá-las, contribuiu para garantir a melhoria do nível de vida da classe trabalhadora e das condições sanitárias, além de contribuir para o crescimento econômico do país. Não obstante, essas políticas sofreram influência dos organismos multilaterais o que justificou a ênfase ora na hospitalização, ora na atenção primária, com destaque também na saúde mental. 
Na relação da saúde, as relações sociais foram se alterando progressivamente passando por modificações, inicialmente à saúde correspondia a ações preventivas de atenção individual de caráter o médico - previdenciário, racionalizava a pratica profissional do assistente social no assistencialismo, impossibilitando os desafios da realidade da saúde. 
A Organização Mundial da Saúde ressalta que grande parte das causas dos problemas de saúde devem ser atribuídos as condições socioeconômicas das pessoas e que nas políticas voltadas para a saúde predominam soluções orientadas para o tratamento das enfermidades, mas que não incorporam adequadamente intervenção sobre as “causas das causas”, ações sobre o entorno social. Como resultado desta linha de ação as políticas sanitárias têm aumentado e as intervenções centradas na cura têm sido onerosas e insuficientes para atingir as metas da saúde para os Objetivos do Milênio. 
BIBLIOGRAFIA
BARRETO, Valdineide Baraúna Resende Sá Barreto. Modulo Unifacs4EaD 2012.
VASCONCELOS, Ana Maria; BRAVO, Maria Inês Souza. Saúde e Serviço Social. 3ºEd. São Paulo: Cortez 2007.
 Disponível em: . Acesso 21 de Out. de 2012.
Cruz, Marly Marques. Histórico do sistema de saúde, proteção social e direito à saúde. Disponívelem: . Acesso em: 21 de Out de 2012.
Coller, Neusa. QUESTÕES METODOLÓGICAS DA PESQUISA NO CAMPO DA SAÚDE. Disponível em: . Acesso em: 22 de Out. de 2012. 
Lima, Keite Azevedo; Costa, Fatima Neves Amaral. EDUCAÇÃO EM SAÚDE E PESQUISA QUALITATIVA: RELAÇÕES POSSÍVEIS. Disponível em: . Acesso em: 22 de Out. de 2012.