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Resumo Gestalt av1

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Revisão AV1 – Gestalt Terapia.
Gestalt terapia e o existencialismo.
O existencialismo tem como foco principal a existência humana.
Ribeiro (1985) afirma em seu livro que essa existência é uma grande interrogação e ela que vai além da relação entre ato humano e intenção, pois para o existencialismo, TODO ATO PSÍQUICO É INTENÇÃO.
Essa INTENCIONALIDADE É PRÓPRIA DA CONSCIÊNCIA, pois ela não é um depósito morto de objetos e imagens.
A consciência é ativa, viva e livre, cabendo a ela dar sentido às coisas. Husserl já dizia que toda consciência é consciência de alguma coisa.
Essa intencionalidade da consciência implica em um passar a ação após uma conscientização e isso requer vontade e liberdade.
Por sua vez, nessa existência, por ser provido de vontade e liberdade, O HOMEM É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR TOMAR SUAS PRÓPRIAS DECISÕES. Sendo então o “culpado” pelas consequências indesejáveis que estavam fora da sabedoria antes de se transformar em ações.
“O homem escolhe o que projeta ser, usando de sua liberdade. E os seus valores serão criados através da escolha por ele feita, escolha da qual não há como fugir. POIS MESMO A RECUSA EM NÃO ESCOLHER JÁ É UMA ESCOLHA”. (Sartre).
Masques afirma ainda que a liberdade, no existencialismo, permite ao sujeito encaminhas/projetar o que será de sua vida, sendo ele mesmo RESPONSÁVEL POR SEUS ATOS.
O Existencialismo. O projeto é um conceito fundamental no existencialismo. Para ele, o homem é o único ser que pode se projetar a si mesmo. Ou seja, o homem é um ser se fazendo.
Nesse sentido, o homem nada mais é do que aquilo que ele deseja ser, do que aquilo que ele projeta ser. Projeto e escolha estão diretamente ligados à noção de liberdade. Sua essência surge como resultando de seus atos.
Para Ribeiro, o homem é visto como um ser concreto com vontade e liberdade pessoais, consciente, responsável, particularizado, singularizado no seu modo de ser e agir, concebe-se COMO ÚNICO NO UNIVERSO. INDIVIDUALIZANDO-SE A PARTIR DO ENCONTRO VERDADEIRO COM SUA SUBJETIVIDADE E SUA SINGULARIDADE.
Gestalt Terapia.
A Gestalt concebe também um homem como um ORGANISMO UNIFICADO, NÃO ADMITINDO A DIVISÃO ENTRE MENTE E CORPO. Reconhece que os pensamentos e ações são feitas da mesma matéria, sendo as ações físicas inter-relacionadas às ações mentais. É o conceito de doutrina holística. (Perls).
A FENOMENOLOGIA RELACIONA-SE COM ESTA VISÃO HOLÍSTICA, CONSIDERANDO A PESSOA “NUMA TOTALIDADE, EM QUE MENTE, CORPO E ESPÍRITO FORMAM O SER TOTAL”.
O presente é uma única possibilidade, a única realidade possível. O comportamento é uma função do campo e não depende do passado.
Para Monteiro o aqui e agora se refere à fenomenologia, POIS “TODAS AS EMOÇÕES E SENTIMENTOS DO CLIENTE, EMBORA VIVENCIADOS NO PASSADO, PODEM SER RECUPERADOS E (RE)EXPERENCIADOS, sendo este um dos objetivos da psicoterapia ajudar o cliente a tomar consciência e resolver o fenômeno em questão que está trazendo impacto em sua vida”.
O Homem como Projeto.
Toda a ação é humana, seja ela repugnante ou não.
Ao nos depararmos com algo injusto, segundo a concepção existencialista, pensaremos “isto é humano”. Mas, isto não significa uma concepção pessimista, ao contrário, é uma visão otimista: se é humano, posso ou não praticar este ato – não há nada além de mim mesmo que me complete a isto. 
A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA. O homem existe no mundo, surge no mundo, para depois se definir. E mais: só depois que existiu o homem pode dizer o que é a humanidade, podendo julgar-se alguma coisa apenas a partir daquilo que já está feito. Em suma: o homem é aquilo que faz.
Ao conceber o homem como projeto, tornamo-nos responsáveis por aquilo que somos.
Não somos aquilo que queremos ser, mas somos o projeto que estamos vivendo e este projeto é uma escolha, cuja responsabilidade é apenas do próprio homem.
O homem, sentirá angústia ao escolher, pois esta escolha implica no abandono de todas as outras possibilidades.
A homem não pode responsabilizar a sua existência à natureza alguma. Não há nada que legitime seu comportamento, não há nada que o determine.
O homem faz-se a si próprio; é livre: tem total liberdade para escolher o que se torna, é responsável por sua paixão. Assim, não há nada que justifique seus atos. O homem está desamparado, condenado à sua própria escolha.
Com nossas escolhas, não só atingimos a nós próprios, atingimos a nós através do outro. Para o homem conhecer-se é necessário, primeiramente, que o outro o reconheça.
Teoria do Campo/Organísmica.
Conceitos Gestalt Terapia: O organismo como um todo.
Na teoria de Perls, a noção de ORGANISMO COMO UM TODO É CENTRAL tanto em relação ao funcionamento INTRA-ORGÂNICO quanto a participação do ORGANISMO EM SEU MEIO para criar um campo único de atividades.
PARA A GESTALT, O HOMEM É UM ORGANISMO UNIFICADO, não podendo ser admitida a DIVISÃO ENTRE MENTE E CORPO, reconhecendo que os PENSAMENTOS E AÇÕES SÃO FEITOS DA MESMA MATÉRIA, sendo as AÇÕES FÍSICAS INTER-RELACIONADAS ÀS AÇÕES MENTAIS.
Perls sugeriu então que a concepção do COMPORTAMENTO HUMANO CONSISTIA EM NÍVEIS DE ATIVIDADE. Salientou a importância de considerar o INDIVÍDUO COMO PARTE INACABÁVEL DE UM COMPO AMPLO QUE INCLUI O ORGANISMO. Assim como era contra a noção de divisão corpo/mente, ERA CONTRA A DIVISÃO DO INTERNO/EXTERNO. Existe, porém, um limite entre o indivíduo e o seu meio definidor da relação entre os dois.
O homem é um ser que deve ser visto por completo, como um todo vivendo em seu campo único de atividades.
O campo de atividades é o ambiente em que se dão as interações e relações entre o indivíduo e o meio.
O meio não cria o indivíduo. Nem este cria o meio.
O ritmo de CONTATO E AFASTAMENTO é definido pelo GRAU DE NECESSIDADES, as DOMINANTES surgem como PRIMEIRO PLANO ou figura contra o fundo de personalidade total.
A hierarquia de necessidades é guiada por GESTALTS DOMINANTES. Gestalt Dominante é algo que é objeto de desejo de um indivíduo e que se encontra NO TOPO DA SUA HIERARQUIA DE NECESSIDADES. Quanto esta é satisfeita, a Gestalt se fecha. Quando não satisfeita, se torna uma Gestalt inacabada.
Fisicamente e psicologicamente, a situação inacabada continua a pressionar por fechamento e a pessoa não consegue apreciar as satisfações potenciais no presente. ESSE PROCESSO MANTÉM O EQUILÍBRIO ENTRE CORPO E MENTE. CHAMA-SE: HOMEOSTASE.
Auto regulação ou Homeostase. Termo auto regulação organísmica: Kurt Goldstein; Perspectiva sistêmica – ser humano como um todo, como um organismo vivo no qual ocorrem PROCESSOS DE INTER-RELAÇÃO ENTRE SUAS PARTES e que está em permanente relação com o meio, tomando deste o que necessita, a serviço de auto regulação; PROCESSO PELO QUAL O ORGANISMO SATISFAZ SUAS NECESSIDADES. 
Uma vez que suas necessidades são muitas e CADA NECESSIDADE PERTURBA O EQUILÍBRIO O PROCESSO HOMEOSTÁTICO perdura o tempo todo...
Homeostase.
Homeostase, é o processo através do qual o organismo satisfaz as suas necessidades e interage com o seu meio, buscando o equilíbrio. Para a Gestalt Terapia, a homeostase não se refere apenas aos aspectos fisiológicos de fome, frio, calor, mas também aos aspectos psicológicos.
A partir do momento que entendemos o organismo como um todo, muda também o conceito de “saúde e doença” com o qual estamos acostumados a trabalhar.
Em Gestalt-terapia, uma pessoa que se encontra com dificuldades na vida, que se encontra em momento de dor, sentindo-se deprimida, com fobias que não consegue explicar ou resolver; na verdade está numa busca desesperada por reestabelecer seu equilíbrio.
Alguma coisa ou acontecimento, em algum momento, interrompeu a sua possibilidade de auto regulação com o meio, de satisfazer suas necessidades. NA GESTALT, SAÚDE NÃO SIGNIFICA A AUSÊNCIA DE DOENÇA.
Quando a pessoa consegue identificar suas necessidades, quando consegue formar uma figura clara, nítida e discriminar como pode satisfazer aquela necessidade, fechar a Gestalt; isto é considerado saudável. Ou seja, se o seu relacionamento no campo organismo/ambiente é mutuamentesatisfatório, é considerado saudável, saco contrário, considera-se disfuncional (e não “doente”).
A MANEIRA DE LIDAR DA GESTALT TERAPIA COM AS VARIADAS NEUSROSES, É JUSTAMENTE NÃO ENQUADRANDO O INDIVÍDUO DENTRO DE UMA PATOLOGIA (FULANO É DEPRESSIVO, CICLANO É BIPOLAR E ETC).
O Ciclo do Contato.
O ciclo de contato é um conceito fundamental na formulação da Abordagem Gestáltica. Ele provém das influências que Perls recebeu da Teoria Organísmica de Kurt Goldstein. Esta compreende o homem, como um organismo que interage com o meio através do processo de homeostase, estando por isso em constante relação de troca com este.
Para Goldstein: “O organismo é uma só unidade, o que ocorre numa parte, afeta o todo”. Além disso, ele acredita que o homem possui em si um potencial para a “auto realização”:
“A auto realização é uma tendência criativa da natureza humana. E o princípio orgânico pelo qual o organismo se desenvolve plenamente”.
“Um organismo não é independente do ambiente... O organismo sempre trabalha como um todo... Saúde é um equilíbrio apropriado da coordenação de tudo aquilo que somos”.
Joseph Zinker no livro El Processo Creativo em la Terapia Guestaltica, resume estes conceitos através da formulação do Ciclo de Auto Regulação do Organismo descrito a seguir:
O ciclo inicia-se com o indivíduo (organismo) em estado de retraimento.
Contudo quando surge uma necessidade que é assimilada pelo sujeito através de uma sensação ou sentimento (ex.: “minha boca está seca”), ele começa naturalmente a buscar a satisfação desse desejo, através da sua relação com o meio/mundo.
Toma consciência de necessidade – “Estou com sede” – mobiliza energia para a satisfação desta e parte para a ação – Anda até a cozinha para pegar um copo de água. Ao beber a água estabelece um contato satisfatório, saciando a sua sede, e podendo retornar novamente ao estado de retraimento até que outra necessidade se instaure.
É nesta compreensão que o Gestalt-Terapeuta baseia a sua terapia e a crença de que se o seu cliente tiver um meio adequado, ele será capaz de voltar a autorregular-se, resolvendo seus conflitos. Ele acredita que as dificuldades de seu cliente são oriundas das diversas interrupções sofridas por este no seu processo de auto realização.
Figura e Fundo – Parte/Todo.
Sabe-se que a estruturação da percepção de um objeto-estímulo se dá a partir de uma figura em relação a um fundo e que a nossa percepção sempre apreende qualquer estímulo a partir de uma Gesltalt – visão do todo.
A FIGURA É PARTE DE UM TODO E SÓ PODE SER COMPREENDIDA EM RELAÇÃO AO FUNDO, NÃO EXISTINDO SEM ESTE.
Esta contribuição da Psicologia da Gestalt de Wertheimer, Koftka e Kohlfer permite ao Gestalt-Terapeuta compreender como figurar, as necessidades que mobilizam o indivíduo para ação, nunca esquecendo que estas são partes de um fundo e que figura e fundo juntos, formam um todo, que é igual a mundo existencial do sujeito. E O TODO É SEMPRE MAIOR QUE A SIMPLES DOMA DAS PARTES.
O Gestalt-Terapeuta atua através da focalização da sua atenção nas diferentes figuras que aparecem na sessão de psicoterapia, que podem ser: sentimentos, ideias, expressões corporais, e considera que estas fazem parte de uma totalidade.
Entende ainda, que o trabalho em uma parte/figura leva consequentemente a uma mudança na estrutura/todo do cliente. Este é um processo de formação dinâmica. A figura depende do fundo sobre o qual aparece. Quando satisfeita, a figura se torna fundo, para que surja uma nova figura.
Figura é a necessidade que emerge a cada momento a fim de ser satisfeita; Figura e Fundo é toda gama infinita de possibilidades de outras vivências, necessidades e percepções que naquele instante cedem lugar para surgimento e configuração de uma necessidade dominante.
Figura e Fundo – Quando o organismo se depara com várias necessidades simultâneas a serem satisfeitas, tenta estabelecer um equilíbrio homeostático, dá se dá uma hierarquização. 
A figura não é parte isolada do fundo, ela existe no fundo. O fundo revela a figura, permite à figura surgir (,,,) Figura e Fundo.
A necessidade a ser satisfeita imediatamente é a figura, e a que passa a segundo plano, o fundo.
Esse processo dinâmico por excelência, quando em funcionamento harmonioso leva o indivíduo a fechar a Gestalt de determinada situação ou necessidade.
Ajustamento Criativo e Neurótico.
É de plasticidade de interação entre essa figura e fundo que o indivíduo interage com o meio, constituindo aquilo que em Gestalt terapia denominamos de Ciclo do Contato. Como já foi dito, estamos sempre buscando voltar ao nosso estado de equilíbrio a partir da satisfação das nossas necessidades (figuras) que emergem de um fundo.
Quando um homem sente a excitamento que pede para ser saciado e busca soluções para poder satisfazer aquela necessidade, ou, ao contrário, se ele deixa de lado o que não é seu ou que não considera como sendo vitalmente interessante, pode-se dizer que ele tem um funcionamento sadio, já que está fazendo o melhor que pode de acordo com o que o meio lhe oferece, e a isso chamamos AJUSTAMENTO CRIATIVO.
“Ajustamento”, pois é feito, vivido e dinâmico, não-passivo e “criativo” no sentido de estar ligado à busca de um equilíbrio dinâmico, de uma auto regulação. No entanto, se ele se aliena, se não se dá conta do que acontece consigo mesmo e não consegue formar figuras, identificar suas necessidades; sua espontaneidade está comprometida e isso torna sua vida confusa, dolorosa e nesse caso, diz-se que há UM AJUSTAMENTO NEURÓTICO. POR ISSO É QUE SE DIZ QUE NO AJUSTAMENTO NEURÓTICO, A PESSOA DÁ RESPOSTAS ANTIGAS, A SITUAÇÕES NOVAS.
Quando se dá respostas antigas a situações novas, fica-se menos disponível a ir ao encontro de qualquer de suas necessidades de sobrevivência, inclusive as sociais.
Aqui e Agora.
O Gestalt-terapeuta trabalha o tempo todo no aqui-agora do comportamento do cliente. O terapeuta, em conjunto com o cliente, dá luz a este processo, levando-o a conscientizar-se a responsabilizar-se cada vez mais, pelo seu si mesmo.
“O conscientizar-se fornece ao paciente a compreensão de suas próprias capacidades, habilidades, de seu equipamento sensorial, motor e intelectual”.
É no aqui-agora que nos damos conta de todas as nossas escolhas, desde pequenas decisões patológicas (ajeitar um lápis na posição exatamente correta) até a escolha existencial da dedicação a uma causa ou profissão”.
É o momento presente, que é a única possibilidade e única realidade possível. O futuro são expectativas, objetivos e metas que dirigem nossas escolhas. O como é mais importante que o por que. Representa a junção do espaço e tempo, criando a possibilidade e plenitude. O aqui e agora é a totalidade de experiência humana. Inclui tudo e registra, no momento, as emoções e a solução do seu cotidiano.

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