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AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA

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AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA 
A finalidade da avaliação deve ser compreender completa e claramente os problemas do paciente e a base física dos sintomas que levaram o paciente a se queixar (MAGEE, 2002). 
Estabelecer um método seqüencial para que nada passe despercebido. 
Uma avaliação deve ser organizada, abrangente e reprodutível. 
Comparar um lado do corpo, que é supostamente normal, com o outro lado, que está anormal ou lesado. 
Compreender e conhecer a ampla variabilidade do que é considerado normal. 
 
Uma avaliação deve compreender: 
1. Histórico do paciente/Anamnese 
2. Sinais vitais 
3. Ausculta 
4. Observação/Inspeção 
5. Palpação 
6. Exame do movimento 
7. Testes especiais 
8. Reflexos e distribuição cutânea 
9. Movimento do jogo articular 
10. Diagnóstico clínico 
11. Diagnóstico fisioterapêutico 
12. Prognóstico 
13. Objetivos do tratamento 
14. Indicação terapêutica 
15. Programa de tratamento 
16. Evolução 
17. Reavaliação 
18. Alta 
19. Alguns instrumentos e aparelhos utilizados para avaliação. 
 
 
1. ANAMNESE / HISTÓRICO DO PACIENTE / AVALIAÇÃO SUBJETIVA / ENTREVISTA 
 
Criada por Hipócrates e seus discípulos 460 AC ao valorizar o relato ordenado dos sintomas, dos antecedentes pessoais e familiares e das condições de vida do paciente. 
- Anamnese: ana = trazer de novo menesis = memória. 
- Significa: “trazer de volta à mente todos os fatos relacionados à doença e à pessoa doente” (Porto, 1997).
- Anamnese é uma entrevista e o instrumento de que nos valemos é a palavra falada. 
 
A anamnese fornece informações a respeito da doença, da queixa primária do paciente, a história da 
enfermidade ou lesão do paciente, estilo de vida anterior ao problema, metas e expectativas pessoais, 
mot ivações, prognóstico e o planejamento de um programa terapêutico efetivo. 
Durante a entrevista deve-se ouvir atentamente o que diz o paci ente, observar as funções mentais e físicas e 
estabelecer uma comunicação efetiva, harmoniosa e de confiança. 
Deve ser tomado em uma seqüência ordenada. As perguntas devem ser de fácil compreensão e não devem 
“conduzir” o paciente. 
Verifique se a história obtida tem começo, meio e fim. T odas as informações necessitam ser “elaboradas” 
mentalmente pelo examinador, que de ve eliminar os elementos inúteis e interpretar com clareza e conhecimento 
teórico. 
 
OBJETIVOS 
- estabelecer condições para a relação terapeuta/paciente; 
- fazer a história e conhecer os fatores pessoais, familiares, sociais e ambientais do paciente; 
- estabelecer os aspectos do exame físico que merecem mais investigação; 
- definir pr ocedimentos terapêuticos adequados em função do diagnóstico e do conhecimento global do paciente 
(direcionar o tratamento fisioterapêutico); 
 
Uma anamnese deve conter: Identificação do paciente; Queixa principal; História da doença atual; História 
clínica pregressa; História familiar; Hábitos de vida e história social. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
 
É o início do relacionamento com o paci ente. Saber o nome de uma pessoa é indispensável para qu e se comece um processo de comunicação em nível afetivo. É fundamental para a confecção de fichários e arquivos. 
Deve conter os seguintes dados: 
 
Nome – é o primeiro dado da identificação. 
 
DN/Idade – Muitas condições ocorrem dentro de certas faixas de idade. Muitas doenças são específicas da idade. Ex. quando se fala “doenças próprias da infância”, está se consagrando o significado do fator idade. 
 
Sexo – pelas diferenças fisiológicas, há enfermidades que afetam mais as mulheres do que em homens.
Ex. a esclerose múltipla. 
 
Estado civil – pelos aspectos médico-trabalhistas e periciais que podem estar envolvidos.
Profissão e local de trabalho – profissão atual e ocupações anteriores. Fornece informação se existe uma relação direta com o tr abalho do indivíduo e a doença que lhe acometeu (como as doenças profissionais e os acidentes de trabalho). Ou outras situações, onde o ambiente de trabalho poderá envolver fatores que agravam 
uma afecção preexistente. Ex. locais empoeirados que agravam a asma brônquica, bronquite crônica e o 
enfisema pulmonar. O tipo de trabalho do paciente pode indicar a localização ou a origem do problema. 
 
Naturalidade – local onde o paciente nasceu. 
 
Endereço – registro do endereço atual. 
 
Outros dados – filiação, instituição previdenciária, nome do responsável. 
 
QUEIXA PRINCIPAL (QP) 
 
Motivo que levou o cliente a procurar a fisioterapia. 
Em poucas palavras registra-se a queixa principal que levou o paciente a procurar o fisioterapeuta, repetindo se 
possível as expressões por ele utilizadas. 
Não aceitar “rótulos diagnósticos” referidos. Assim, se o paciente nos disser que seu problema é “pressão alta”, 
procurar esclarecer o sintoma que ficou subentendido sob uma ou outra denominação. Sempre solicitar ao 
paciente a tradução em linguagem corriqueira daquilo que sente. 
 
HISTÓRIA DA DOENÇA/LESÃO ATUAL (HDA) 
 
É a par te principal da anamnese e costuma ser a chave para se chegar ao diagnóstico. É um di álogo aberto sobre 
as condições do paciente. Perguntar de modo completo e detalhado sobre a QP. 
 
Questionar sobre: 
- Mecanismos da lesão ou doença, incluindo a data de início e o curso dos eventos. 
- Início e padrão dos sintomas 
- Considerações sobre provocações ou abrandamento da queixa 
- Qualidade da dor, irradiação para uma região específica. 
- Localização e gravidade da queixa 
- Intervenções terapêuticas atuais 
- Expectativas e objetivos do paciente e família 
 
Interrogatório Sintomatológico: 
- Constitui-se em um complemento da história da doença atual. 
- É no interrogatório sintomatológico que nasce a suspeita diagnóstica mais importante. 
 
4 
- É constituído de um conjunto de perguntas que correspondem a todos os sintomas indicativos de alterações dos 
vários aparelhos do organismo. 
 
Esquema para análise de um sintoma: 
Início – relacionar primeiro com a época, registrando dia, mês ou ano. Modo de início (gradativo ou súbito). 
Indagar se houve fatores ou situações desencadeantes do si ntoma. Ex. Iniciou com dor l eve e depois progrediu 
para dor contínua, ou houve um episódio específico no qual a parte do corpo foi traumati zada, a dor torna-se 
pior a medida que o dia progride, o início súbito foi causado por trauma ou por travamento, há alguma coisa que 
alivie os sintomas. 
Duração e a freqüência dos si ntomas é estabelecida conforme a época do início do sintoma. Ajuda a determinar 
se a condição é: aguda (de 7 a 10 dias); subaguda (de 10 dias a 7 semanas); crônica (por mais de 7 semanas); 
aguda sobre crônica (os tecidos lesados foram novamente lesados). 
Características do sintoma na época em que teve i nício – variam muito, na dependência do próprio sintoma. De 
forma geral pode -se definir a localização, a intensidade e a relação da queixa com funções do organismo. Ex. 
dor no tórax relaciona-se com movimentos do tórax, respiração, exercícios. 
Evolução – como o sintoma se comportou ao longo de dias, meses ou anos. No decorrer de um dia onde se 
registra as modificações ocorridas nas suas características (localização, intensidade, relações com funções 
orgânicas e outras próprias de cada sintoma). 
Relação com outras queixas – par tir de probabilidades mais freqüentes ex. dor torácica relacionar com toss e, 
dispnéia, palpitações. 
Situação do sintoma no momento at ual – encerra a análise da queixa, possibilitando uma visão do conjunto 
desde o início. 
 
HISTÓRIACLÍNICA PREGRESSA ou Histórico médico anterior 
 
Fornece dados sobre o estado de saúde do indivíduo anteriormente a doença atual 
Problemas de saúde anteriores que podem estar ou não relacionados a doença at ual, deve incluir quaisquer 
doenças, cirurgias, acidentes ou alergias importantes. 
Verificar se o paciente tem alguma enfermidade sistêmica crônica ou séria que possa influenciar a evolução da 
patologia ou o tratamento, 
Intervenções terapêuticas prévias como: fisioterapia, medicamentos, cirurgias, hospitalizações. 
Problemas clínicos co mo: cardiopulmonar, musculoesquelético, neuromuscular, são condições clínicas 
existentes ou preexistentes relacionadas à saúde
HISTÓRIA FAMILIAR 
 
Informa a respeito da propensão do paciente herdar doenças familiares. Pode ajudar na avaliação do problema 
e/ou fornecer informação sobre como trat á -lo. Pesquisar se há alguma coisa na história familiar que possa se r 
relacionada com a queixa principal. 
 
5 
Em pediatria questionar sobre o desenvolvimento motor. 
Doenças sofridas pelo paciente na infância e na vida adulta (Pneumonia, Tuberculose). 
Os antecedentes começam com a menção ao es tado de saúde dos pais e irmãos do paciente. Se for casado, 
inclui-se o cônjuge e se têm filhos, estes são referidos. 
Se tiver algum doente na família, esclarecer a natureza da enfermidade. Em caso de falecimento, indagar a causa 
do óbito e a idade em que ocorreu. 
Perguntar sobre a existência de diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, varizes, tumores, artrite, 
doença cardíaca e alergias, alguns processos de doença e patologias tem incidência familiar. 
 
HÁBITOS DE VIDA E HISTÓRIA SOCIAL 
Padrões habituais do estilo de vida (sono, estresse, carga de trabalho, lazer), podem levar a um fator que esteja 
causando o problema do paciente. 
Alimentação: nutrição e hidratação, hábit os alimentares. Toma-se como referência o que seria uma alimentação 
adequada para a pessoa em função de sua idade, sexo e trabalho desempenhado. 
Habitação: ambiente de moradia e características da comunidade revela as condições sanitárias em que o 
paciente vive. Destinos para a alta planejados. 
Ocupação/Emprego: atual e prévia, natureza do trabalho desempenhado, substâncias que entra em contato, 
características do meio ambiente e grau de ajustamento ao trabalho. 
Atividade física: pela relação existente entre algumas enfermidades e o estilo de vida. Atividade física exigida 
no trabalho. 
Hábitos sociais: anteriores e atuais, comportamento de risco à saúde. Vícios como: tabagismo (tempo de 
duração, a natureza e a quantidade), alcoolismo (tipo de bebida e a quantidade ingerida), uso de drogas. 
História social: crenças e comportamentos culturais. Recurso da família e dos responsáveis, i nterações sociais, 
atividade e sistemas de apoio. 
 
MEDICAMENTOS 
O paciente esteve recebendo qualquer medicação, durante quanto tempo, quando foi a última vez que a 
medicação foi tomada, a medicação ajudou, se analgésico ou antiinflamatórios foram tomados antes da consulta. 
Uso de medicamentos para a condição atual, medicamentos usados para outras condições. 
EXAMES 
Anotar/analisar resultados de exames já realizados como: testes laboratoriais, exame radiográfico ou outras 
técnicas de imagem (TAC, RNM, US, artrografia, mielografia ) que pode ajudar no diagnóstico. 
 
7 
5. A cor e a textura da pele são normais? (A aparência da pele difere na área de dor/sintomas em comparação 
com outras áreas do corpo) 
6. Qual é a expressão facial do paciente? 
8. O paciente está disposto a movimentar-se? Os padrões de movimento são normais? 
 
5. PALPAÇÃO 
 
É o exame minucioso feito com as mãos, que permite extrair informações sobre as estruturas abaixo da pele. 
Recolhe dados por meio do tato (mais superficial) e da pressão (mais profunda), o tecido deve se r superficial e 
de fácil alcance dos dedos. 
Percebem-se modificações de t extura, espessura, consistência, sensibili dade, temperatura, reconhecimento de 
flutuação, elasticidade, presença de edema e inúmeros outros fenômenos. 
Mais utilizada para examinar a dor e determinar a extensão exata da lesão; 
Aquecer as mãos antes de iniciar qualquer palpação. Unhas curtas. 
A área a ser palpada deve estar tão relaxada quanto possível. 
A palpação pode ser realizada com a mão espal mada (toda a palma de u ma ou de ambas as mãos); uma das 
mãos super pondo-se à outra; usando-se ape nas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos; com o polegar e o 
indicador f ormando uma “pinça”; com o dorso dos dedos ou das mãos para avaliação da temperatura; com a 
polpa do polegar ou indicador, comprime-se u ma área para pesquisar a dor, a circulação cutânea, a presença de 
edema (dígitopressão). 
OBSERVAR: 
Diferenças de tensão tecidual e tônus muscular (espasmo, espasticidade, rigidez, flacidez); 
Anormalidades na forma, estrutura, tipo de tecido; 
Diferenças na espessura e textura dos tecidos (Flexível, mole, elástico, intumescimento); 
Variação de temperatura; 
Ressecamento ou umidade excessiva da pele; 
Sensibilidade anormal (hipoestesia, hiperestesia, anestesia) 
Dor à palpação: 
 Grau I = paciente queixa-se de dor; 
 Grau II = paciente queixa-se de dor e encolhe-se; 
 Grau III = paciente encolhe-se e afasta a articulação; 
 Grau IV = paciente não permitirá palpação da articulação. 
 
“Bandeiras vermelhas” no exame indicando necessidade de parecer clínico: 
 Dor ininterrupta grave 
 Dor não afetada por medicação ou posição 
 Dor noturna intensa 
 Dor ininterrupta grave 
 Dor não afetada por medicação ou posição 
 Dor noturna intensa 
 Dor ininterrupta grave 
 Dor não afetada por medicação ou posição 
 Dor noturna intensa 
 Dor intensa sem histórico de lesão  Espasmo grave  Componente psicológico
. EXAME DO MOVIMENTO 
 
Para confirmar ou não o diagnóstico suspeito 
Procurar um padrão consistente de sinais e sintomas que leve ao diagnóstico diferencial 
Princípios do exame: 
 Testar primeiro o lado normal 
 Movimentos dolorosos são feitos por último 
 Movimentos ativos primeiro, em seguida passivos e depois isométricos resistidos 
 AM ativa não completa – aplicar sobrepressão com cuidado 
 Se AM ativa completa, aplicar sobrepressão para determinar a sensação final da articulação 
 Os movimentos podem ser repetidos ou sustentados para averiguar se os sintomas aumentam ou diminuem 
 Movimentos isométricos resistidos são feitos com a articulação em posição neutra/repouso 
 Na AM passiva e t este ligamentar, o grau (quantidade) e a qualidade do movimento artticular são 
importantes 
 No teste ligamentar, o estresse (crescente) é aplicado delicadamente e r epetido várias vezes: só até o ponto 
de dor 
 Nos testes de miótomos, cada contração deve ser mantida por no mínimo 5 segundos 
 Avisar o paciente que ele poderá sentir exacerbação dos sintomas 
 Se necessário encaminhar a outro profissional de saúde (especialista) 
 
6.1. Exame de Exploração 
Enfatiza as articulações do corpo, seu movimento e sua estabilidade. 
Examinar todos os tecidos para delinear a área afetada. 
É essencial para assegurar o diagnóstico quando há dúvida a respeito da localização da patologia. 
Excluir problemas potenciais nas extremidades superiores e inferiores que possam ter sido irradiados da coluna . 
Identificar áreas que necessitam de testes mais específicos. 
Deve ser breve – em torno de 5 a 10 minutos 
Aplicar tensão, alongamento ou contração isométrica a tecidos específicos: produz tanto uma resposta normal 
como uma anormal apropriada, habilita adeterminar a natureza e o local dos sintomas presentes e a resposta do 
paciente a estes sintomas. 
Procurar por dois dados: Subjetivo (é o que o paciente sente); e Objetivos (são respostas que podem ser medidas 
ou são apuradas pelo examinador). 
Exame de exploração é usado quando:
Não há histórico de trauma; Há sinais radiculares; Há trauma com sinais radiculares; Há sensibilidade alterada 
no membro; Há sinais da medula espinhal; O paciente apresenta-se com padrões anormais; Há suspeita de dor 
psicogênica. 
 
Exame de exploração da parte superior do corpo: 
Coluna cervical; Articulação temporomandibular; Área escapular; Região do ombro; Me mbros superiores at é 
dedos das mãos. 
Exame de exploração da parte inferior do corpo: 
Coluna lombar; Área da pelve/quadril; Membros inferiores até dedos dos pés. 
 
6.1.1. EXAME DE EXPLORAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL E RAÍZES NERVOSAS: 
Ajuda a determinar se a patologia é causada pelos tecidos inervados por uma raiz nervosa que está referindo 
sintomas distalmente 
Raiz nervosa é a parte de um nervo peri férico que conecta o nervo com a medula espinhal, originam-se de cada 
nível da medula espinhal, algumas interconectam-se em um plexo (braquial, lombar, lombossacral), a raiz supre 
mais de um nervo periférico (ex. n mediano=C6,C7,C8,T1) 
Dermátomo é a distri buição sensitiva de cada raiz nervosa. Definido como a área da pele suprida por uma única 
raiz nervosa 
Miótomo: são grupos de músculos supridos por uma única raiz nervosa 
Esclerótomo: é uma área de osso ou fáscia suprida por uma raiz nervosa 
Obs é a natureza complexa dos dermátomos, miótomos e esclerótomos supridos pela raiz nervosa que pode 
levar à dor referida. 
Dor referida: é a dor sentida em uma parte do cor po que geralmente está a uma di stância considerável dos 
tecidos que a causaram (pr ofunda, limites in distintos). Ex. dor no dermátomo L5 (irritação em torno da raiz 
nervosa L5, disco L5 causando pressão sobre a raiz L5, comprometimento da artic das facetas em L4-5) 
 
6.1.2. EXAME DE EXPLORAÇÃO DOS NERVOS PERIFÉRICOS: 
Lesão tecido nervoso – perda sensitiva com perda motora 
Lesões nervosas – classificadas pelos sistemas: Seddon (neuropraxia, axonotmese, neurotmese) e Sunderland (1º 
grau, 2º 3º graus, 4º 5º graus) 
DEFINIÇÕES: 
Neuropraxia – um bloqueio f isiológico transitório causado por isquemia, por pressão ou estiramento do nervo 
sem degeneração walleriana. 
Axonotmese – arquitetura interna do nervo preservada, mas os axônios estão tão seriamente danificados que 
ocorre degeneração walleriana. 
Neurotmese – estrutura do nervo é destruída por corte, fibrose grave ou compressão grave prolongada. 
OBS Para diferenciar lesão de nervo periférico de raiz nervosa: mapear a área de perda sensitiva e t estar os 
músculos afetados pela perda motora
6.2. EXAME DE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS 
Usar abordagem inalterável e sistemática. 
Variar apenas qdo há certos indícios que foram obtidos no histórico ou respostas assimétricas . 
A medida que os movimentos são testados – procurar respostas subjetivas do paciente e/ou achados objetivos 
clínicos. 
 
6.2.1 - MOVIMENTOS ATIVOS 
Combinam t estes de amplitude articular, controle, for ça motora e disposição do paciente de executar o 
movimento. Envolvem os tecidos contráteis, nervosos e inertes. 
OBSERVAR: 
Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre o início da dor ; Se o movimento aumenta a 
intensidade e a qualidade da dor ; A reação do paciente à dor ; A quantidade de restrição observável; O padrão de 
movimento; O ritmo e a qualidade do movimento; O movimento das articulações associadas; A disposição do 
paciente em mover a parte examinada; Qualquer limitação e sua natureza. 
Devem ser realizados 1 ou 2 vezes em cada direção 
Se problema em movimentos repetitivos = repetir de 5 a 10 vezes 
Se problema em posturas sustentadas = manter de 5 a 20 segundos 
 
 
6.2.2 - MOVIMENTOS PASSIVOS 
A articulação é levada por toda sua AM pelo exa minador enquanto o paciente está relaxado ; O movimento deve 
ter amplitude tão completa quanto possível; 
Envolver os mesmos movimentos efetuados ativamente; 
OBSERVAR: 
Quando e onde, durante cada um dos movimentos, ocorre início de dor; 
Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade da dor; 
O padrão de limitação do movimento; 
A sensação final do movimento; 
O movimento das articulações associadas; 
A amplitude de movimento disponível; 
 
6.2.3 - MOVIMENTOS ISOMÉTRICOS RESISTIDOS 
Deve ser realizado uma f orte contração muscular voluntária estática, estando a articulação em posição neutra ou 
de repouso; 
Serve para determina se o tecido contrátil é o tecido comprometido; 
Quando há comprometimento de músculo, tendão e osso, há dor e fraqueza durante a contração isométrica. 
Durante o teste observar a f orça da contração, se a contração causa dor e, se causar, qual a sua intensidade e 
qualidade; 
 
 
11 
Padrões clássicos observados em lesões de tecido contrátil e nervoso 
Movimento forte e doloroso = lesão músculo ou tendão 
Movimento fraco e indolor = ruptura de um músculo ou tendão, lesão de nervo periférico ou raiz nervosa 
Movimento fraco e doloroso = lesão grave em torno da articulação (fratura) 
 
Causas comuns de Fraqueza Mus cular: distens ão muscular, dor/inibição reflexa, lesão de um nervo peri férico, 
lesão da raiz nervosa (miótomo), lesão de neurônio motor superior, patologia de tendão, avulsão, componente 
psicológico. 
 
6.3. AVALIAÇÃO FUNCIONAL 
Análise de t arefas, observação de certas atividades do pac iente, é a medida de uma capacidade de desempenho 
de tarefa corporal total. 
Serve para determinar: 
O que o paciente espera de um resultado funcional; 
O que o paciente pode e não pode fazer; 
O que é importante para o paciente e suas expectativas; 
Se um prejuízo isolado afeta a capacidade do paciente de efetuar atividades diárias; 
O efeito da lesão sobre a vida diária do paciente. 
 
Divisões das funções humanas de Goldstein 
1) AVDs básicas ou pessoais: 
Atividades na cama; Atividades de higiene; Atividades de comer; Atividades de vestir-se; Atividades de 
transferência; Atividades de andar. 
2) AVDs instrumentais (avançadas): 
Preparação de refeições; T rabalho doméstico l eve; Escrever; Fazer compras; Fazer sexo; Dirigir carro; 
Jardinagem; Comunicação. 
3) Atividades de trabalho: 
Levantar; Carregar; Abaixar-se; Empurrar; Puxar; Alcançar; Ajoelhar; Manipular objetos; Subir; Ficar em pé; 
Andar. 
7. TESTES ESPECIAIS 
 
Determinam se um tipo particular de doença, condição ou lesão está presente. 
Positivos = sugestivos de doença 
Negativos = não excluem necessariamente a doença 
Quando usar os testes especiais: Para confirmar um suposto diagnóstico; Fazer um diagnóstico diferencial; 
Diferenciar estruturas; Compreender sinais incomuns; Esclarecer sinais e sintomas difíceis.
Testes especiais podem ser contra-indicados na presença de dor grave, condições agudas e irritáveis das 
articulações, instabilidade, osteoporose, doenças ósseas , processos ativos de doença , s inais e sintomas 
incomuns, sinais neurológicos importantes, apreensão do paciente. 
 
8. REFLEXOS e DISTRIBUIÇÃO CUTÂNEA 
 
8.1. REFLEXOS 
Indicam o estado do nervo ou das raízes nervosas que suprem o reflexo. 
Reflexos tendinosos profundos, testados com o martelo de reflexos. 
Reflexos superficiais testados com um riscar superficial sobre a pele. 
Paciente relaxado, o músculo do tendão deve estar completamente relaxado. 
O tendão deve ser posto sob leve estiramento, entãopercutir sobre o tendão. 
Quando paciente não relaxar usar a Manobra de Jendrassik (entrelaçar os dedos das mãos e tentar separá-los), 
para testar os reflexos do membro inferior; e a pertar as pernas uma contra a outra para testar os reflexos do 
membro superior. 
 
Reflexos Tendinosos Profundos: 
Mandibular; Bicipital; Braquiorradial; Tricipital; Pat elar; Posteriores da coxa mediais (tendão do 
semimembranáceo); Posteriores da coxa laterais (tendão do bíceps da coxa); Tibial posterior (testado atrás do 
maléolo); Aquileu (tendão calcâneo). 
Graduação dos reflexos tendinosos profundos 
0 = Ausente; 1 = Diminuído; 2 = Médio – Normal; 3 = Exagerado; 4 = Clônus – muito exaltado. 
 
Reflexos Superficiais: 
Abdominal superior; Abdominal inferior; Cremastérico; Plantar; Glúteo; Anal 
 
8.2 DISTRIBUIÇÃO CUTÂNEA 
Exame de exploração sensitiva. Verificar a distribuição cutânea dos vários nervos periféricos e os dermátomos 
em torno da articulação que está sendo examinada. 
Utilizado para determinar: 
A extensão da perda sensitiva; O grau de comprometimento funcional; A recuperação nervosa após lesão ou 
reparação e quando iniciar a fisioterapia. 
Iniciar com triagem rápi da da sensibilidade: Correr a mão relaxada sobre a pele a ser testada e perguntar ao 
paciente se há diferenças de sensibilidade entre os lados 
Testagem sensitiva detalhada, se houver necessidade. 
 
9. MOVIMENTOS DO JOGO ARTICULAR (movimento acessório) 
É a AM obtida passivamente além da AM ativa. Não tem controle voluntário. É em torno de 4 mm. 
É necessário para testar a função indolor completa da articulação e AM completa da articulação.
Regras de Mennell para testagem do jogo articular: 
– O paciente deve estar relaxado e completamente apoiado; 
– O examinador deve estar relaxado e deve usar uma pegada firme, mas confortável; 
– Deve ser examinada uma articulação de cada vez; 
– Deve ser examinado um movimento de cada vez; 
– O lado não afetado deve ser testado primeiro; 
– Uma superfície articular é estabilizada enquanto a outra superfície é movimentada ; 
– Os movimentos devem ser normais e não forçados; 
– Os movimentos não devem causar desconforto indevido
Para realizar o movimento utilizar a posição de repouso: posição frouxamente aproximada (ex. joelho com 25º 
de flexão; Glenoumeral com 55º abd, 30º adu horizontal). Reduz a superfície de contato articular; Permite 
rotação, deslizamento e rolamento da articulação; Fornece lubrificação adequada a articulação.
0. DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
 
É o reconhecimento da doença, da patologia. 
É a determinação da causa e da natureza das condições patológicas. 
Identifica uma condição patológica orgânica específica. 
É o diagnóstico fornecido pelo médico. Normalmente o paciente vem encaminhado pelo médico, e já t em o 
resultado dos exames e o diagnóstico clínico. Ex. atelectasia, pneumonia, AVE, escoliose, hérnia de disco, etc. 
 
11. DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO 
 
“É um rótulo cercando uma série de sin ais e sintomas comumente associados com um distúr bio ou síndrome ou 
categoria de degeneração, limitação funcional ou incapacidade” (American Physical Therapy Association, 
1995). 
A função do diagnóstico é fornecer informações que possam direcionar o tratamento. 
São as seqüelas deixadas pela patologia e sua alteração nas atividades de vida diária. Ex. hemiplegia, atrofia do 
MI direito, secreção pulmonar, claudicação, 
Os problemas primários são o resultado direto dos processos patológicos subjacentes. 
Os problemas secundários são as complicações que podem resultar a partir dos ef eitos de uma incapacidade 
prolongada, manejo inadequado, ou a falta de reabilitação. 
Ex. hérnia de disco causa lombalgia e a lombalgia causa incapacidade física, claudicação, incapac idade para o 
trabalho, etc. 
 
12. PROGNÓSTICO 
É baseado nos dados obtidos por meio da consulta e dos exames complementares. 
Determina o nível ótimo de melhora que poderá ser conseguido por meio da intervenção fisioterapêutica. 
Determina o grau de funcionalidade a ser alcançado pelo paciente. 
Faz uma previsão do tempo necessário para atingir os objetivos. 
 
13. OBJETIVOS DO TRATAMENTO 
 
Objetivos a longo prazo: definem o ní vel de desempenho esperado para o paciente ao final do pr ocesso de 
reabilitação. (É o resultado final, o esperado). 
 
Objetivos a curto prazo: são determinados a partir dos objetivos a l ongo prazo. São as etapas/componentes 
necessárias para alcançar os objetivos estabelecidas a longo prazo. 
 
Ex. objetivo a longo prazo é o paciente ser independente na deambulação com muletas axilares. Então objetivo a 
curto prazo será aumentar a f orça nos músculos depressores dos ombros e extensores dos cotovelos de boa para 
normal dentro de 3 semanas. 
 
14. INDICAÇÃO TERAPÊUTICA 
 
Meios terapêuticos a serem util izados para alcançar os objetivos propostos, ex. eletroterapia através do ultra -
som, cinesioterapia com mobilização passiva. 
Identificar todas as possíveis alternativas terapêuticas, optando pelos procedimentos que ofereçam a melhor 
probabilidade de sucesso. 
 
15. PROGRAMA DE TRATAMENTO 
Definir os procedimentos, técnicas e recursos necessários, baseado nos objetivos do tratamento. 
O que fazer para alcançar a meta, qual a técnica, potência, tempo, região a ser tratada. Deve ser coerente com os 
objetivos. 
Elaborar um perfil geral do tratamento, que deve incluir a consideração de modalidades fisioterapêuticas 
específicas, procedimentos de exercícios terapêuticos, dispositivos auxiliares, e outras necessidades em ter mos 
de equipamentos especializados. 
Deve ser feita uma estimativa da duração total do tratamento, sua freqüência (vezes por dia ou semana), duração 
de cada sessão terapêutica, intensidade dos exercícios (número de repetições), região a ser tratada, etc. 
 
16. EVOLUÇÃO 
Por meio da avaliação diária analisar como o paciente está r espondendo ao tratamento terapêutico e como está 
seu desempenho. 
 
17. REAVALIAÇÃO :
Para ver como o paciente est á reagindo frente o programa de tratamento, se está melhorando ou regredindo. 
Avaliar e analisar a efetividade dos procedimentos e técnicas e modificá-los sempre que for indicado. É 
recomendado realizar uma reavaliação a cada 10 sessões. 
 
18. ALTA 
Quando alcançada a resolução dos sinais e sintomas, o paciente deverá receber alta fisioterapêutica. 
Fazer recomendações especiais que possam ser adotadas no domicílio. Marcar um retorno futuro. 
Elaborar um relatório de alta e anexar ao prontuário do paciente. 
 
19. ALGUNS INSTRUMENTOS E APARELHOS utilizados para avaliação: 
Fita métrica: para medir os diâmetros torácico, comprimento dos membros e trofismo muscular. 
Martelo de reflexos: para pesquisa de reflexos tendinosos. 
Estetoscópio: para ausculta cardiopulmonar. 
Esfignomanômetro: para medir a pressão arterial. 
Termômetro: para verificação da temperatura. 
Agulha e algodão: para a sensibilidade tátil e dolorosa. 
Goniômetro: medir a amplitude de movimento articular. 
Simetrógrafo: avaliação postural. 
Fio de prumo: para projetar a linha de gravidade na superfície externa do corpo na avaliação postural. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
CIPRIANO,J.J. Manual fotográfico de testes ortopédicos e neurológicos. 3 ed. São Paulo: Manole, 1999. 
FIELD,D. Anatomia palpatória. 2 ed. São Paulo: Manole, 2001. 
GOODMAN,C.C.; SNYDER,T.E.K. Diagnóstico diferencial em fisioterapia. 3 ed. Rio de Ja neiro: Guanabara 
Koogan,2002. 
GROSS,J.; FETTO,J.; ROSEN,E. Exame musculoesquelético. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 
MAGEE,D.J. Avaliação musculoesquelética.3 ed. São Paulo: Manole, 2002. 
O’SULLIVAN,S.B.; SCHMITZ,T.J. Fisioterapia – avaliação e tratamento. 2 ed. São Paulo: Manole,1993. 
PORTO, C.C. Semiologia médica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

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