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9.1 Introdução A Terceira Lei de Newton desempenha um papel central na dinâmica de sistemas de partículas e pode ser enunciada de duas formas diferentes: I. As forças exercidas por duas partículas α e β, uma sobre a outra, são iguais em módulo e direção e possuem sentidos opostos . Esta afir- mação é conhecida como forma fraca da Terceira Lei de Newton. II. Além de serem iguais em módulo e direção e possuírem sentidos opostos, as forças exercidas pelas partículas, uma sobre a outra, apontam ao longo da linha que as une. Esta afirmação é conhecida como forma forte da Terceira Lei de Newton. 9 Dinâmica de um Sistema de Partículas αβf Exemplo 9.1 --------------------------------------------- Obtenha o centro de massa de um hemisfério sólido de raio a, com densidade de massa uniforme. Solução. Usando o sistema de coordenadas da figura abaixo, podemos concluir, por simetria, que βαf •• Devemos mencionar que a Terceira Lei de Newton nem sempre é obedecida. Por exemplo, ela não é válida para forças dependentes da velocidade, como as forças entre partículas carregadas em movimento. 9.2 Centro de massa A posição do centro de massa de um sistema de partículas é definida como (9.3) 1 ∑= α ααrR mM onde ∑= α αmM é a massa total do sistema e α = 1, 2, ..., n (n é o número de partículas do sistema). Para uma distribuição contínua de massa: ∫= dmM rR 1 0== YX z x y Por outro lado, ∫= dmzMZ 1 onde φθθρθ dddrrdmrz sen cos 2== Assim 8 3aZ = Substituindo M, obtemos ------------------------------------------------------------- 9.3 Momento linear do sistema A força resultante sobre uma partícula α de um sistema pode ser escrita como e i α α α= +F F f onde é a força externa sobre a partícula e é a força interna (a soma das forças exercidas pelas outras partículas sobre a partícula α). e αF iαf )( βααβ ff −= 3 2sen 32/ 0 2 0 2 0 adddrrM a πρφθθρ π π == ∫ ∫∫ M adddrr M Z a 4 cossen1 42/ 0 2 0 3 0 πρφθθθρ π π == ∫ ∫∫ r θ M dm= ∫ A força interna pode ser escrita como i α αβ β =∑f f onde é a força exercida sobre a partícula α pela partícula β (obviamente, β ≠ α). A Segunda Lei de Newton para a partícula α é dada por αβf emα α α αβ β = +∑r F f&& ou 2 2 ( ) ed m dt α α α αββ = +∑r F f Somando esta expressão sobre α, temos 2 2 ed m dt α α α αβα α αβ = +∑ ∑ ∑r F f onde, β ≠ α. De acordo com (9.3), o somatório no lado esquerdo é MR. Assim M αβ αβ = +∑R F f&& onde ∑= α α eFF é a força externa total que atua sobre o sistema. Se a Terceira Lei de Newton for válida, pelo menos em sua forma fraca , temos 1 2 ( ) 0αβ αβ βα αβ αβ = + =∑ ∑f f f A força interna total é nula. Assim, a Segunda Lei de Newton para o sistema pode ser escrita como FR =&&M O centro de massa do sistema move-se como se fosse uma única partícula de massa igual à massa total do sistema sob a ação da força externa total. O momento linear do sistema é definido como sendo a soma dos momentos das partículas. Assim, RRrrP && MM dt dm dt dm ==== ∑∑ )( α αα α αα FRP == &&& M O momento linear do sistema é igual ao momento de uma partícula de massa M, situada na posição do centro de massa e movendo-se com a velocidade do centro de massa. Derivando a última expressão, podemos reescrever a segunda Lei de Newton para o sistema como Se a força externa total for nula, cte=⇒= PP 0& Se a força externa resultante que atua sobre o sistema for nula, o momento linear do sistema é uma constante de movimento. 9.4 Momento angular do sistema A figura abaixo mostra um sistema de partículas. O vetor posição do centro de massa em relação à origem de um referencial inercial é R; rα é a posição da partícula α em relação à origem e é a posição da partícula em relação ao centro de massa. Da figura, αα rRr ′+= αr′ O momento angular da partícula α em relação à origem é dado por R CM α αr αr′ ααα prl ×= O momento angular do sistema é definido como sendo a soma dos momentos angulares de todas as partículas, ou seja, ∑∑ ×== α αα α α prlL O momento linear da partícula é dado por )( ααααα rRrp &&& ′+== mm Em termos das coordenadas com linha, ∑ +′×+′= α ααα )()( RrRrL &&m ( )∑ ′×+×′+×+′×′= α ααααα rRRrRRrr &&&&m Os dois últimos termos podem ser escritos como ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ′×+×⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ′ ∑∑ α αα α αα rRRr mdt dm & Estes termos são nulos, uma vez que ( )αβ βα= −f f Outra forma de ver isto é notando que RrRrr ∑∑∑∑ −=−=′ α αα α αα α αα α α mmmm )( 0=−= RR MM α α αrR ′=′ ∑mM1 é a posição do centro de massa em relação ao próprio centro de massa, e portanto, é zero. Com este resultado, o momento angular do sistema pode ser escrito como ∑∑ ′×′+×=′×′+×= α αα α ααα prPRrrRRL && mM O momento angular do sistema em relação à origem é igual ao momento angular, em relação à origem, de uma partícula de massa M situada no CM e movendo-se com o CM, mais o momento angular do sistema em relação ao seu CM (chamado momento angular de spin). A derivada temporal do momento angular da partícula α é dada por ααααα prprl ×+×= &&& Como é paralelo a , o último termo é nulo, e portanto, αr& αp e α α α α α αβ β ⎛ ⎞= × = × +⎜ ⎟⎝ ⎠∑l r p r F f& & onde β ≠ α. Somando esta expressão sobre α, obtemos a derivada do momento angular total e α α α α αβ α α αβ = = × + ×∑ ∑ ∑L l r F r f& & O último termo pode ser escrito como 1 2 ( )α αβ α αβ β βα αβ αβ × = × + ×∑ ∑r f r f r f Supondo que a Terceira Lei de Newton seja válida em sua forma fraca , temos 1 2 ( )α αβ α β αβ αβ αβ × = − ×∑ ∑r f r r f ( )αβ βα= −f f Se a Terceira Lei de Newton for válida também em sua forma forte, é paralelo a , de forma que o termo acima é nulo. Assim αβfβα rr − eee NNFrL ==×= ∑∑ α αα α α& onde é o torque externo sobre a partícula α e Ne é o torque externo total sobre o sistema. e αN Se as forças internas em um sistema forem centrais (se a Terceira Lei de Newton for válida na sua forma forte), o torque interno total é nulo. Assim, o torque externo total é igual à derivada temporal do momento angular do sistema. Se o torque externo for nulo, cte=⇒= LL 0& Se o torque externo resultante atuando sobre o sistema for nulo, o momento angular do sistema é uma constante de movimento. 9.5 Energia do sistema Considere o trabalho realizado sobre um sistema que se move de uma configuração 1 para uma configuração 2: α α α rF dW ⋅= ∑ ∫ 2112 Da Segunda lei de Newton )()( 22121 αααααααααα υmddtmdt ddtmd =⋅=⋅=⋅ rrrrrF &&&&& de forma que 2 2 2 21 1 1 12 2 12 2 21 ( )W d m m mα α α α α α α α α υ υ υ= = −∑ ∑ ∑∫ 2 1 2 1 (9.35)T T T Tα α α α = − = −∑ ∑ Expressando rα em relação ao CM, podemos escrever Rrr &&& +′= αα de forma que RRRrrrRrRr &&&&&&&&&& ⋅+⋅′+′⋅′=+′⋅+′= ααααααυ 2)()(2 22 2 V+⋅′+′= Rr &&ααυ onde R V rv && =′=′ e αα Assim, ∑= α ααυ 221 mT ∑ ∑∑ ′⋅⋅++′= α α ααα α ααυ rR mdt dVmm &221221 Conforme mostramos anteriormente, 0=′⋅∑ α αα rm (9.39) 221 2 2 1 MVmT +′= ∑ α ααυ A energia cinética do sistema em relação à origem é igual á energia cinética de uma partícula de massa M movendo-se com a velocidade do CM mais a energia cinética do sistema em relação ao CM. Tomando a força sobre a partícula α como sendo a soma das forças internas mais a força externa, podemos escrever 2 2 12 11 (9.40)eW d dα α αβ α α αβ = ⋅ + ⋅∑ ∑∫ ∫F r f r onde α ≠ β. Se as forças forem conservativas (deri- váveis de um potencial independente do tempo) podemos escrever αβα fF e e ααα U e −∇=F αβααβ U−∇=f O primeiro termo de (9.40) pode ser escrito como 2 1 2 1 2 1 )( ∑∑∫∑∫ −=⋅∇−=⋅ α αααα ααα α UdUde rrF O segundo termo de (9.40) é dado por 2 2 1 21 1 ( )d d dαβ α αβ α βα β αβ αβ ⋅ = ⋅ + ⋅∑ ∑∫ ∫f r f r f r 2 1 2 1 ( )d dαβ α β αβ = ⋅ −∑ ∫ f r r onde supomos, na última igualdade, que fαβ = – fβα. Como depende da distância entre as partículas, é função de 6 coordenadas, ou seja, zyxixxUU ii ,,3,2,1 ),,( ↔== βααβαβ Assim (supondo que não dependa explicita- mente do tempo), αβU αβU ∑ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ∂ ∂+∂ ∂= i i i i i dx x U dx x U dU β β αβ α α αβ αβ βαββααβα rr dUdU ⋅∇+⋅∇= Como αβαβα f−=∇ U αββααββ ff =−=∇ U )( βααβαβ rrf dddU −⋅−= temos e portanto, 2 2 2 1 1 2 21 1 1 d dU Uαβ α αβ αβ αβ αβ αβ ⋅ = − = −∑ ∑ ∑∫ ∫f r de forma que 22 1 12 2 1 1 W U Uα αβ α αβ = − −∑ ∑ O trabalho sobre o sistema pode ser escrito como Definindo a energia potencial total do sistema como 1 2U U U U Uα αβ α αβ α αβ α α β< = + = +∑ ∑ ∑ ∑ podemos escrever, 21 2 112 UUUW −=−= 2112 UUTT −=− Combinando este resultado com (9.35), temos ou 2211 UTUT +=+ ou ainda 21 EE = A energia mecânica de um sistema conservativo (onde as forças são deriváveis de energias potenciais independentes do tempo) é uma constante de movimento. Exemplo 9.4 --------------------------------------------- Um projétil de massa M e velocidade v explode durante um vôo em três fragmentos. Um deles, de massa m1 = M/2, viaja na direção e no sentido original do projétil; outro, de massa m2 = M/6, viaja no sentido oposto; um terceiro, de massa m3 = M/3, permanece em repouso. A energia liberada na explosão é 5 vezes a energia cinética original do projétil. Quais as velocidades dos fragmentos? M 1m3m2m 2v 1v explosãoa após explosãoda antes Solução. Seja v a velocidade do projétil. As veloci- dades dos fragmentos podem ser escritas como: 0 2 1111 >== kkMm vv 0 6 2222 >−== kkMm vv 0 3 33 == vMm medida que a corda desenrola. No instante em que o sistema é abandonado (configuração inicial) a corda está toda enrolada no cilindro (θ = 0). Obtenha a velocidade angular do cilindro em função do ângulo θ. v θ A conservação da componente do momento linear na direção do movimento do projétil nos dá 62 21 υυυ kMkMM −= Por sua vez, a conservação da energia nos leva a ) ( 62 1)( 22 1 2 1 2 2 2 1 2 υυυ kMkMME +=+ Como , 2 15 2υME ×= ) ( 62 1)( 22 1 2 16 22 2 1 2 υυυ kMkMM +=× de onde podemos escrever (1) 63 12 −= kk temos ou ainda, (2) 336 21 2 2 kk −= De (1) e (2), temos 3 e 3 21 == kk Assim, 0 e 3 ,3 321 =−== vvvvv -------------------------------------------------------------- Exemplo 9.5 --------------------------------------------- Uma corda uniforme de massa m é enrolada em torno de um cilindro oco de massa M e raio R. O cilindro gira livremente em torno do seu eixo à θ Solução. Primeiro vamos calcular a posição do CM do pedaço de corda que desenrola, antes dele desenrolar. θ ′ z Depois que a corda desenrola a posição do CM é θ ′−= senRz O trabalho realizado sobre a parte da corda que desenrolou é )( 0ZZgmW −′−= A energia cinética final do sistema é dada por 2 2 1 )()( θ&RMmT ⋅+= Fazendo W = T, temos 2/12 )(2 )2cos2( ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ + −+= MmR gm π θθθ& situação inicial situação final θλ ′= Rddm 0 0 0 sen (1 cos )R Rd RZ Rd θ θ θ λ θ θ θλ θ ′ ′− ⋅ −= = − ′ ∫ ∫ θ 2 θRZ −= onde m’ é a massa da parte da corda que desenrolou, dada por π θ π θ 22 mm m m =′⇒ ⎭⎬ ⎫ → →′ Assim ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −+= 1cos 22 2 θθπ mgRW 1u 9.6 Colisões elásticas de duas partículas A figura abaixo mostra uma partícula de massa m1 e velocidade inicial u1 (partícula projétil) colidindo com uma partícula de massa m2, inicialmente em repouso (partícula alvo). Observe que na nossa notação u indica a velocidade antes da colisão e v a velocidade depois da colisão. 1v 2v ψ ς A figura abaixo mostra a mesma colisão vista do referencial do CM. Na nossa notação, as linhas indicam velocidades medidas em relação ao CM. Note que o momento linear do sistema em relação ao CM deve ser zero antes e depois da colisão. Assim, devem apontar na mesma direção e em sentidos contrários, o mesmo ocorrendo com 1u′ 1 v′ 2v′ 2 u′CM • θ 21 e uu ′′ . e 21 vv ′′ A velocidade do centro de massa no ref do LAB é dada por (note que u2 = 0) (9.62) 21 11 mm m += uV Por sua vez, )(9.63' 21 12 21 11 111 mm m mm m +=+−=−=′ uuuVuu (9.63) 21 11 22 mm m +−=−=−=′ uVVuu Em relação ao CM, o momento linear é zero antes e após a colisão. Supondo que a colisão seja elástica (a energia cinética se conserva), podemos escrever 3 equações de conservação 22112211 e υυ ′=′′=′ mmumum 2 222 12 112 12 222 12 112 1 υυ ′+′=′+′ mmumum A única solução possível para este conjunto de equações é 2211 e uu ′=′′=′ υυ No ref do CM os módulos das velocidades são iguais antes e após a colisão. Assim são independentes da direção de espalhamento (ψ , ζ ou θ). Em termos de u1, podemos escrever (9.65) e 21 11 2 21 12 1 mm um mm um +=′+=′ υυ A relação entre os ângulos ψ e θ pode ser obtida da figura abaixo. ψ θ 1v 1v′ V ψυθυ sensen 11 =′ ψυθυ coscos 11 =+′ V Dividindo a primeira equação pela segunda, temos 1 1 1 cos sen cos sen υθ θ θυ θυψ ′+ =+′ ′= VVtg Mas, de (9.62) e (9.65), (9.68) 2 1 1 m mV =′υ de forma que 2 1cos sen m mtg + = θ θψ Se m2 >> m1 θψθψ ≈⇒≈ tgtg 21 e υυ ′′ Note que, se m2 >> m1, a velocidade do CM é muito pequena e portanto os referencias CM e LAB são quase iguais. Se m2 = m1, 2 21cos sen θψθθ θψ =⇒=+= tgtg Uma vez que θ < 180o, ψ < 90o para m2 = m1. A figura abaixo dá a relação entre ζ e θ. ς θ 2v 2v′ V θ θυςυ sensen 22 ′= θυςυ coscos 22 ′−=V Dividindo a primeira equação pela segunda, temos θυ θ θυ θυς cos sen cos sen 2 2 2 −′ =′− ′= VVtg De acordo com (9.62) e (9.65), V=′2υ de forma que (independente das massas) 2 cot cos1 sen θ θ θς =−=tg ou ainda, 22 22 θπςθπς −=⇒⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −= tgtg Se as partículas possuírem massas iguais (m1 = m2) então θ/2 = ψ. Assim, 2 πψς =+ Exemplo 9.6 --------------------------------------------- Determine o valor máximo de ψ em termos de m1 e m2 para m1 > m2. Analise os casos em que m2 << m1 e m2 → m1? Solução. De (9.68), vemos que . 121 υ′>⇒> Vmm A figura a seguir mostra que ψ é máximo quando o ângulo entre for igual a 90o. 11 e vv ′ maxψ θ 1v 1v′ V Da figura, e de (9.68), temos ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛=⇒=′= − 1 21 max 1 21 max sen sen m m m m V ψυψ Pode-se ver (da figura) que ψ < 90o. Se m2 << m1, ψmax → m2/m1. Se m2 → m1, ψmax→90o. -------------------------------------------------------------- 9.7 Cinemática de colisões elásticas A energia cinética do sistema antes da colisão, medida no ref LAB, pode ser escrita como 2 112 1 0 umT = No ref CM, a energia cinética da partícula 1, antes da colisão, é onde o índice 0 indica antes da colisão. Para a partícula 2 temos 2 12 1 02010 uTTT μ=′+′=′ A energia do sistema no ref CM, antes da colisão, é 2 212 1 00 )( VmmTT ++′= de acordo com (9.39). As energias cinéticas das partículas após a colisão, no ref CM, podem ser obtidas com o auxílio de (9.65). Como 2 2 2 2 1 2 01 1 1 1 0 1 2 1 2 1 1 2 2 m u mT m u m T m m m m ⎛ ⎞ ⎛ ⎞′ ′= = =⎜ ⎟ ⎜ ⎟+ +⎝ ⎠ ⎝ ⎠ oTmm mm mm ummumT 2 21 21 2 21 11 2 2 2202 )(2 1 2 1 +=⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +=′=′ Você pode verificar que 2211 uu ′=′′=′ υυ 022011 TTTT ′=′′=′ Escrever a energia cinética no ref LAB é um pouco mais trabalhoso. A energia cinética de m1 após a colisão pode ser obtida da relação (9.82) 2 1 2 1 2 112 1 2 112 1 0 1 uum m T T υυ == Aplicando a lei dos cossenos à figura da coluna direita da pag. 6, podemos escrever )cos(2 1 22 1 2 1 θπυυυ −′−+′= VV θυυ cos2 1221 VV ′++′= θυ cos )( 2 )()( 221 21 2 21 2 1 2 21 2 2 2 1 2 1 mm mm mm m mm m u +++++= De (9.62) e (9.65), )cos1( )( 21 2 21 21 2 1 2 1 0 1 θυ −+−== mm mm uT T Após pequena simplificação, podemos escrever Podemos também expressar T1 em termos de ψ. Para isto vamos aplicar novamente a lei dos cossenos à figura da coluna direita da pag. 6 mas desta vez utilizando o ângulo ψ. ψυυυ cos2 122121 VV −+=′ ou 0)(cos 21 2 2 1 1 2 12 1 =′−+− υψυυ VV Resolvendo esta equação do segundo grau para υ1, obtemos ψυψυ 22211 sencos VV −′±= ⎪⎭ ⎪⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ −′±= ψυψ 22 2 1 sencos V V de forma que e portanto, { }2 222 21 2 1 0 1 sen)(cos )( 1 2 ψψ −±+= m m mm m T T Apesar de existirem duas soluções para T1, somente uma delas terá significado físico. A escolha do sinal dependerá do valores de m2/m1 e ψ. Na seqüência vamos calcular T2. 2 1 2 2 1 2 2 112 1 2 222 1 0 2 um m um m T T υυ == Aplicando a lei dos cossenos à figura da coluna esquerda da pág. 7, temos θυυυ cos2 222222 VV ′−+′= De (9.62) e (9.65), temos )cos1( )( 2 2 21 2 1 2 1 2 2 θυ −+= mm m u de forma que )cos1( )( 2 2 21 21 0 2 θ−+= mm mm T T Para expressar T2 em termos de ζ, olhamos novamente para a figura da coluna esquerda da pag. 7 e vemos que ςυυυ cos2 222222 VV −+=′ V=′2 Como υ Com o auxílio de (9.62), podemos escrever ςυ cos22 V= ςς 22 21 212 2 1 2 1 2 0 2 cos )( 4cos4 mm mm u V m m T T +== Quando T1 e T2 são escritos em termos de θ é fácil ver que T1 + T2 = T0, de acordo com a suposição inicial de que a colisão é elástica. Quando T1 e T2 são escritos em termos de ψ e ζ esta relação não é tão explícita porque os ângulos são diferentes. Um caso interessante é quando m1 = m2. Neste caso, é fácil ver que ψ201 cosTT = onde escolhemos o sinal + porque o sinal – levaria a T1/T0 = 0, o que não é fisicamente aceitável. Por outro lado, Como ζ + ψ = π/2 (para m1 = m2), podemos escrever ζ202 cosTT = então { } (A) sen)(cos 22 21 1 1 1 1 2 ψψυ −±+= m m mm m u Exemplo 9.7 --------------------------------------------- Em uma colisão elástica frontal de duas partículas de massas m1 e m2 as velocidades iniciais são u1 e u2. Se as energias cinéticas das duas partículas são iguais no sistema LAB, obtenha as condições sobre u1/u2 e m1/m2 tal que m1 fique em repouso no sistema LAB após a colisão. 2 1 2 2 2 12 222 12 112 1 u u m mumum =⇒= Vamos definir 2 2 1 1 2 αα =⇒= m m u u Como m1 permanece em repouso após a colisão, a expressão da conservação da energia é 2 222 12 222 12 112 1 υmumum =+ 22221 2 11 υmum = A conservação do momento linear nos leva a 222211 υmumum =+ (C) )( 1 2 2 2211 2 um umum ααυ +=+= De (B) e (C), temos 414,012 =−=α 172,0 e 414,21 2 2 1 2 1 ==== αα m m u u -------------------------------------------------------------- 13 2 1113 2 11 uumm =⇒= υυ Da eq (A) da pag. 8 (b) Devemos ter 5 5 1 2 1 ≤≤ m m (c) Substituindo m1 = m2 no ítem (a) temos ψ = 48o. 1u 2u 2v1 m 2m 2m1m colisãoda antes colisãoda depois Solução. Como as energias cinéticas antes da colisão são iguais, -------------------------------------------------------------- e portanto, [ ]ψψ 22 21 1 sen)(cos 3 2 1 2 −±+= m m mm m ψψ cos 3 2sen)( 1 2122 1 2 −+⋅=−±⇒ m mm m m Elevando ao quadrado, ψψψ cos 3 4cos)( 9 4sen 1 212 2 1 2 212 2 1 2 ⋅+⋅−++⋅=−⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ m mm m mm m m Simplificando, temos 1 21 121 21 2 2 2 1 12 513 )(12 8513cos m mm mmm mmmm ψ −=⋅+ +−= 1 12 5131 1 21 ≤−≤− m mm A inequação 121 12513 mmm ≤− tem como solução 21 5mm ≤ Por sua vez, a solução da inequação é 25 1 1 mm ≥ A faixa de valores permitidos para m1/m2 é dada pela interseção das soluções acima, ou seja, 211 51312 mmm −≤− (B) 2 2 12 2 2 112 2 um um αυυ =⇒= Exemplo 9.8 --------------------------------------------- Partículas de massa m1 são espalhadas elasticamen- te por partículas de massa m2 em repouso. (a) Em que ângulo no ref LAB um espectrômetro deveria ser colocado para detectar partículas que perderam 1/3 do seu momento linear (em módulo)? (b) Sobre que faixa de valores de m1/m2 isto é possível? (c) Calcule o ângulo de espalhamento para m1/m2 = 1. Solução. (a) 021 TTT =+ de forma que ψ202 senTT = 9.8 colisões inelásticas A conservação da energia em uma colisão não elástica de duas partículas pode ser escrita como 2 222 12 112 12 222 12 112 1 υυ mmumumQ +=++ onde Q é a energia perdida ou ganha durante a colisão. Q = 0: colisão elástica: T é conservada Q > 0: colisão exoérgica: T aumenta na colisão Q < 0: colisão endoérgia: T diminui na colisão Uma medida da inelasticidade de dois corpos é dada pelo coeficiente de restituição que é definido (para uma colisão frontal) como 12 12 uu − −= υυε Uma colisão onde ε = 0 (os corpos ficam grudados após a colisão) é dita totalmente inelástica. Exemplo 9.9 --------------------------------------------- Considere uma colisão elástica frontal e mostre que ε = 1. Determine as velocidades após a colisão. Solução. Da conservação do momento linear 22112211 υυ mmumum +=+ (1) ) -( 22 1 2 11 um mu υυ =−⇒ Da conservação da energia 2 222 12 112 12 222 12 112 1 υυ mmumum +=+ (2) )-( 22 2 2 1 22 1 2 1 um mu υυ =−⇒ 1 1 2 2 u uυ υ+ = + -------------------------------------------------------------- Impulso: Define-se o impulso de uma força que age sobre uma partícula, durante um intervalo de tempo, como )( vF m dt d= ∫= 2 1 t t dtFI Uma vez que ∫∫ −=== 2 1 2 1 )()()()( 12 t t t t tmtmmddtm dt d vvvvI podemos escrever O impulso é igual à variação do momento linear da partícula. Usando a notação das seções anteriores, podemos escrever o impulso durante umacolisão como m m= −I v u 9.9 Seção de choque Nas seções anteriores obtivemos várias relações entre as velocidades das partículas envolvidas em uma colisão. Contudo, não pudemos determinar estas velocidades em termos da velocidade inicial da partícula projétil porque as velocidades finais dependem do campo de força envolvido na colisão e do parâmetro de impacto, b, definido na figura abaixo. 1u ψb 1v 2v A equação que falta é a conservação do momento angular, que pode ser escrito (no ref LAB) em termos da velocidade inicial da partícula projétil e do parâmetro de impacto como buml 11= ς1 2 2 1 (3)u u υ υ− = − de onde concluímos que ε = 1. De (1) e (3), temos 2 21 2 1 21 21 1 2 u mm mu mm mm +++ −=υ 2 21 12 1 21 1 2 2 u mm mmu mm m + −++=υ Dividindo (2) por (1), temos ou Da relação 11 2 112 1 2 mTuumT oo =⇒= podemos escrever uma expressão para l em termos de b e To oTmbl 12= Conhecendo-se b e To (ou b e u1) pode-se deter- minar as velocidades após a colisão. Infelizmente, na maioria dos casos de interesse, as colisões envolvem partículas microscópicas de forma que b não é conhecido. Nesse caso, o conceito de seção de choque é muito útil. Considere um feixe de partículas iguais que viajam na mesma direção com a mesma velocidade. Definimos a intensidade do feixe como número de partículas área tempo I = × Definimos a seção de choque diferencial (no ref CM) como d dN I Ω′= 1)(θσ θ Ω′d onde dN é o número de partículas espalhadas, por unidade de tempo, dentro do elemento de ângulo sólido dΩ´. Note que σ(θ) tem dimensão de área. O problema de determinar a seção de choque é mais fácil de ser resolvido no ref CM. Depois podemos passar para o ref LAB (próxima página). A figura acima mostra que dΩ´ pode ser escrito como (veja pag. 5, cap. 5) θθπ dd sen2=Ω′ b O número de partículas espalhadas em dΩ’ por unidade de tempo é igual ao número de partículas incidentes com parâmetro de impacto entre b e b + db, ou seja, bdbIdN π2⋅= Da definição de seção de choque, podemos escrever (9.120) sensen2 2)( θθθθπ πθσ d dbb d bdb ⋅−=−= O sinal – é necessário porque db/dθ é negativo (θ diminui quando b aumenta) e σ(θ) tem que ser positivo. Desta relação vemos que para obter a seção de choque diferencial é necessário conhecer b(θ). A seguir vamos voltar ao problema equivalente de um corpo discutido no capítulo passado, ou seja, vamos considerar o espalhamento de uma partícula de massa μ por um centro de força fixo. A eq. (8.17) dá a variação no ângulo para uma partícula movendo-se em um campo de força central: ∫ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −− =ΔΘ 2 2 2 2 2 )( r lUE drrl μμ Da figura abaixo vemos que o ângulo de espalhamento é dado por ∫ ∞ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −− =Θ min 2 2 2 2 2 )( r r lUE drrl μμ Θ−= 2πθ onde A energia cinética no ref CM é dada por (veja coluna direita pag. 7) 2 12 1 0 uT μ=′ θ Θmin r Por sua vez, o momento angular é dado por 1ubl μ= Em termos da energia cinética, 02 Tbl ′= μ Como U → 0 quando r → ∞, Com estes resultados podemos escrever . 0TE ′= (9.123) 1 )( min 0 2 2 2∫ ∞ ′−− =Θ r T U r b drrb Para obter rmin, observe a figura da pag. 4 do cap. 8 e veja que rmin é o valor de r para o qual 2 2 2 )()( r lrUrVE μ+≡= Assim, conhecendo-se o potencial U(r) pode-se determinar rmin, resolver a integral acima e obter θ(b). A partir de θ(b) pode-se obter a seção de choque. Relação entre as seções de choque nos referenciais CM e LAB. Como o número de partículas espalhadas é o mesmo, independente do sistema de coordenadas, (D) 2 )( 2 min 2 min0 r lrUT μ+=′ Então rmin é o valor de r que anula o denominador da integral acima. No caso de espalhamento de uma partícula que vem do infinito, podemos escrever Ω=Ω′ dd )()( ψσθσ Aplicando a lei dos senos à figura da coluna direita da pag. 6, temos a relação entre os ângulos θ e ψ. ψψπψσθθπθσ dd sen2)(sen2)( ⋅=⋅ sen( ) ( ) (9.125) sen d d θ θσ ψ σ θ ψ ψ= ⋅ ⋅ (9.126) sen )sen( 2 1 1 m mV =′= − υψ ψθ dθ/dψ , pode ser obtido diferenciando a eq. acima: 1 2 cos( ) ( ) cosmmd d dθ ψ θ ψ ψ ψ− − = 1 2 cos 1 cos( ) m md d ψθ ψ θ ψ= + − O objetivo agora é eliminar o ângulo θ para escrever σ(ψ) somente em termos de ψ. De (9.126´), podemos escrever de forma que Agora temos que eliminar θ da relação senθ/senψ que aparece em (9.125). Uma forma de fazer isso é multiplicando (9.126) por cosψ e adicionando cos(θ – ψ) de ambos os lados: )cos(cos)cos( sen cos)sen( 2 1 ψθψψθψ ψψθ −+=−+− m m Simplificando o lado esquerdo, obtemos 1 2 1 1 2 2 2 2 sen cos cos( ) sen cos 1 ( ) sen m m m m m m θ ψ θ ψψ ψ ψ = + − = + − 1 2 2 2 2cos( ) 1 sen ( ) 1 ( ) sen mmθ ψ θ ψ ψ− = − − = − Substituindo a expressão acima e a eq. (E) em (9.125), obtemos ψ ψψθσψσ 22 2 22 sen)(1 ]sen)(1cos[ )()( 2 1 2 1 2 1 m m m m m m − −+⋅= Como σ(θ) é expresso em termos de θ, precisamos de uma equação que nos dê θ em termos de ψ. Aplicando a função sen–1 em ambos os lados de (9.126´), obtemos ψψθ += − )sen(sen 2 11 m m As duas últimas equações especificam a seção de choque em termos de ψ. Dois casos especiais importantes são: m1 = m2 ψθψθσψσ 2 e cos4)()( =⋅= ou 1 2 sen( ) sen (9.126 )m m θ ψ ψ ′− = 1 2 cos ( ) cos( ) m md d d ψθ ψ ψθ ψ− = − 1 2 1 2 1 1 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 cos 1 1 ( ) sen cos 1 ( ) sen (E) 1 ( ) sen m m m m m m m m m m d d ψθ ψ ψ ψ ψ ψ = + − + −= − m1 << m2 ψθθσψσ == e )()( 9.10 A fórmula do espalhamento Rutherford Nesta seção vamos determinar a seção de choque para uma partícula espalhada por um campo coulombiano r krU =)( No caso do espalhamento Rutherford o zZek πε4 2 = onde z = 2 é o número de prótons presentes na partícula α (núcleo do He) e Z é o número atômico do núcleo espalhador. De (9.123), podemos escrever min 2 2 0 (9.134) r bdr kr r r b T ∞Θ = − −′ ∫ que é a integral E -10, do Apêndice E. ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − + −=++ −∫ ACBx CBx CCBxAxx dx 4 2sen1 2 1 2 Fazendo A = 1, B = –2κ e C = –b2, temos Fazendo 02T k ′=κ temos ∞ − ⎟⎟ ⎟⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛+ + =Θ− min 1 sen 2 1 r b r b b κ κ Da relação 1 1 2sen cos 1x x− −= − podemos escrever ∞ − ⎟⎟ ⎟⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛+ −− =Θ− min 1 21 cos 2 2 2 1 r b r b r κ κ Dividindo a equação (D) da página anterior (com U = − k/r e ) por temos 021 2 min 2 min =−− r b r κ Assim, 1 1 2 1cos cos 0 1 b κ − −−Θ = − ⎛ ⎞+ ⎜ ⎟⎝ ⎠ 1 2 1cos 2 1 b π κ −−Θ = ⎛ ⎞+ ⎜ ⎟⎝ ⎠ Desta relação podemos concluir que: tg bκΘ = Como 2 2 2 π θθ π= − Θ ⇒ Θ = − podemos escrever, tg cot 2 b θκ κ= Θ = Assim 2 2 1cossec 2 2 2 sen 2 db d κ θ κ θθ = − ⋅ = − ⋅ Substituindo este resultado em (9.120), temos 2min 22∫ ∞ −−=Θ r brrr bdr κ oTbl ′= μ2 oT ′ 2 1sen cos 2 1 b π κ ⎛ ⎞Θ = −Θ =⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎛ ⎞+ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ou inda, 2 cos 1b b κ κ Θ = ⎛ ⎞+ ⎜ ⎟⎝ ⎠ 2 1 b κ⎛ ⎞+ ⎜ ⎟⎝ ⎠ b κ 1 Θ ou 2 sensen 2 cot 2 )( 2 2 θθ θ κθσ ⋅ ⋅= Como, cos 2sen 2sen cos e cot 2 2 2 sen 2 θ θ θ θθ θ= = 2 sen 1 4 )( 4 2 θ κθσ ⋅= podemos escrever, Substituindo , temos 2 sen 1 16 )( 4 2 0 2 θθσ ⋅′= T k Note que a seção de choque independe do sinal de k, de maneira que a distribuição de espalhamento é a mesma, independente da força ser atrativa ou repulsiva. 02 1 0 TT =′ Assim, 2 sen 1 4 )( 4 2 0 2 θθσ T k= Das duas últimas equações da pag. 12, podemos escrever ψ ψψσ 42 0 2 sen cos)( T k= A seção de choque total é definida, no ref CM, como θθθσπθσσ π∫ ∫=Ω′= ot dd sen)(2)( No ref LAB, temos ψψψσπσ ψ∫= max sen)(2 ot d Se m1 < m2, ψmax = π; se m1 > m2, ψmax é dado no exemplo 9.6. Evidentemente, σt é o mesmo nos referenciais CM e LAB. Se m1 = m2, temos (coluna direita da pag. 7) 1. Obtenha o centro de massa de uma camada hemisférica de densidade constante, raio interno a e raio externo b. Problemas 2. Obtenha o centro de massa de um cone sólido de raio da base a e altura h. 3. Obtenha o centro de massa de um pião constituído de um cone sólido de raio da base a e altura h e um hemisfério sólido de raio a (figura abaixo). a h 4. Um projétil de massa M é atirado em um ângulo de 45o com energia cinética Eo. No topo de sua trajetória, o projétil explode, com energia adicional Eo, em dois fragmentos de massas fM e (1 – f )M. 5. Mesmo quando a força total sobre um sistema de partículas for nula, o torque pode ser diferente de zero. Mostre que, neste caso, o torque total tem o mesmo valor em qualquer sistema de coordenadas. 6. Uma corda uniforme de comprimento total 2a é mantida em equilíbrio sobre um prego liso. Um impulso muito pequeno faz com que a corda comece a deslizar sobre o prego. Obtenha a velocidade da corda no exato momento em que ela perder o contato com o prego. a O fragmento de massa fM viaja diretamente para baixo. Quais as velocidades (módulo e direção) dos dois fragmentos? Qual o maior valor possível de f ? 0/ 2k Tκ ′= 7. A força de atração entre duas partículas é dada por ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −−−= )()( 121212 rrrrf && o rk υ onde k e υo são constantes e . Calcule o torque interno sobre o sistema. Por que esta quantidade não é nula? O sistema é conservativo? 12 rr −=r 8. Uma partícula de massa m está presa à extremidade de uma corda leve que tem a outra extremidade enrolada em um cilindro de raio a. Todo o movimento ocorre no plano horizontal (desconsidere a gravidade). A velocidade angular da corda é ωo no momento em que o comprimento não enrolado da corda é b. Obtenha a velocidade angular e a tensão na corda após ela ter girado de um ângulo adicional θ. a b o ω ω θ 9. Uma partícula de massa m1 colide elasticamente com uma partícula de massa m2 inicialmente em repouso. Qual a fração máxima de energia cinética que m1 pode perder? 10. Uma partícula de massa m e velocidade u1 colide frontalmente com uma partícula de massa 2m em repouso. Se o coeficiente de restituição for tal que a perda de energia cinética é máxima, quais são as velocidades υ1 e υ2 após a colisão? 11. Um próton (massa m) e energia cinética To colide com um núcleo de hélio (massa 4m) em repouso. Obtenha o ângulo de recuo do hélio quando o próton é desviado de um ângulo ψ = 45o. A colisão é inelástica e Q = – To / 6. 12. Calcule a seção de choque diferencial σ(θ) e a seção de choque total σt para o espalhamento elástico de uma partícula por uma esfera impenetrável de raio a; o potencial é dado por ⎩⎨ ⎧ <∞ >= ar ar rU 0 )( 13. Mostre que a seção de choque para espalhamento Rutherford, para o caso m1 = m2, pode ser expressa em termos do ângulo de recuo (no ref LAB) como ςςσ 32 2 cos 1)( ⋅= oT k 14. Considere o espalhamento Rutherford no caso em que m1 >> m2. Obtenha uma expressão aproximada para a seção de choque diferencial no sistema de coordenadas LAB.
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