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GLOSSÁRIO DA COMUNICAÇÃO - JOSÉ HAROLDO PEREIRA E DENNIS MCQUAIL Emissor: É quem produz e emite a mensagem. Toda mensagem tem um emissor identificado e caracterizado como tal. Pode ser apenas uma pessoa ou até mesmo uma organização complexa envolvendo milhares de pessoas. Receptor: Destinatário da mensagem, quem recebe e interpreta a mensagem. Pode ser outra pessoa ou um grupo de pessoas, o público em geral. Mensagem: É o que o emissor transmite ao receptor. É toda e qualquer peça de comunicação: aula, palestra, carta, faz, e-mail, etc. A mensagem não é o que o emissor quer dizer, mas sim o que ele diz, da forma como diz. São classificadas do mesmo modo que a comunicação (informais/profissionais, visuais, sonoras, audiovisual, etc.). Podem ser estudadas de acordo com o número e qualidade das dimensões que elas utilizam. Elementos de uma mensagem (palavras, gestos, imagens, etc.). Sintonia: Não basta haver emissor-mensagem-receptor. O problema da sintonia se coloca na recepção: é preciso que o receptor esteja atento à mensagem: conectado fisicamente e psicologicamente. Sintonia não quer dizer entendimento e compreensão da mensagem. Retorno: O receptor responde à mensagem, convertendo-se em emissor enquanto emissor se converte em receptor, dizemos que há retorno ou feedback na comunicação. Com o retorno, o emissor pode estar estabelecendo uma conversação com o receptor. Há uma maior interação entre os dois. Contexto: Toda comunicação ocorre dentro de um contexto. Toda mensagem depende do contexto em que ela está inserida. Há o contexto interno (da própria mensagem), e o externo (situação psicológica, social, histórica, etc.). Na comunicação pela palavra há o contexto verbal (relação das palavras entre si e o idioma utilizado) e o extraverbal (circunstâncias em que as palavras são utilizadas). Comunicação: As dimensões mais importantes da comunicação dizem a respeito de dois pontos: o grau de resposta ou retorno e o grau em que uma relação comunicacional é também uma relação social. Informação: Refere-se a dados fatuais, verificáveis, e de confiança acerca do mundo real. Incluem-se aqui opiniões bem como descrições acerca de factos do mundo. Sinais: Fenômeno físico no qual os signos são convertidos para efeito de transmissão de mensagem. Sinais gráficos, ondas sonoras, ondas luminosas, sinais fotográficos, sinais magnéticos, ondas eletromagnéticas, etc. Canal é o meio físico que transporta os sinais do emissor até o receptor. É um conceito teórico. Na prática da comunicação o que temos é uma cadeia de canais unindo o emissor ao receptor. Ruído: É todo sinal que atrapalha a transmissão da mensagem, toda interferência no canal de comunicação, tudo o que dificulta a comunicação. Pode ser um ruído de qualquer natureza, visual, sonoro. Fala-se em ruído semântico quando o ruído é de natureza interpretativa. Repertório: É o vocabulário de um código, a lista de signos oferecida por esse código. É a porção do código conhecida e utilizada por um emissor ou um receptor. Para haver uma boa comunicação, mais do que usar o mesmo código, o emissor precisa usar o mesmo repertório do receptor. Redundância: Tecnicamente, uma mensagem é redundante quando utiliza mais signos do que o necessário para transmitir a informação. Ela tem muita utilidade. Em primeiro lugar, neutralizar os ruídos do canal. Uma segunda utilidade da redundância é aumentar a clareza, diminuir a ambiguidade da mensagem. O problema da comunicação não está na redundância, mas no excesso da redundância. Quanto maior a taxa de informação de uma mensagem, menor a taxa de redundância, e vice-versa. Acesso: Num processo ou sistema de comunicação, pode referir a possibilidade de um emissor chegar a uma audiência escolhida ou de a audiência receber certas mensagens ou canais. Na prática, relaciona-se, sobretudo, o grau de abertura dos canais mediáticos a uma vasta gama de vozes, em especial as que têm pouco poder ou recursos limitados. Audiência: Conjunto de todos os que são de fato atingidos por um dado conteúdo dos media (meios de comunicação), ou pelos canais dos media. A audiência pode também existir como alvo imaginado ou como grupo desejado de receptores. Pode coincidir com um grupo social concreto ou publico. As audiências podem ser definidas de acordo com os media e conteúdos relevantes, em termos da sua composição social, localização ou momento do dia. As audiências mediáticas não são entidades fixas e podem só ser conhecidas a posteriori como abstrações estatísticas (Por exemplo, índice de audiência), com uma conhecida probabilidade de recorrência. Campanha: Tentativa planejada de influenciar a opinião pública, o comportamento, atitudes e conhecimentos em nome de qualquer causa, pessoa, instituição ou tópico, usando diferentes media num período específico de tempo. Os principais tipos de campanha são as: publicitárias, políticas, de informação pública, angariação de fundos. Comercialização: Processo pelo qual as estruturas e conteúdo midiáticos refletem os objetivos de obtenção de receitas pela indústria dos meios de comunicação e são governadas tendo em conta o mercado. Promove valores materialistas e de consumo. Comunidade Virtual: Descreve relações de grupo ou estritamente pessoais, formadas on-line por participantes em trocas e discussões na internet. Uma comunidade virtual tem muitas das características de uma comunidade real, que incluem identificação, ligação, normas e pontos de vista partilhados, mesmo sem contato físico ou conhecimento pessoal real dos outros membros. Convergência: Processo de unir ou de aproximar. Aplica-se, em regra, à convergência das tecnologias dos media como resultado da digitalização (era digital). As características físicas distintivas dos media deixam de fazer sentido, pelo menos para fins de produção, processamento e transmissão. Cultura: A referência fundamental do conceito incide nos artefatos simbólicos produzidos pelas indústrias dos media, mas engloba também costumes, práticas e significações associados ao processo de comunicação de massas (produção e recepção). O termo é, por vezes, usado para referir o quadro mais geral das crenças, ideologia, etc., da sociedade que providencia o contexto da intervenção dos meios de comunicação. Cultura de massas: Quando estava em uso (aproximadamente entre 1930-1970), este termo descrevia a cultura de massas querendo geralmente dizer formas inferiores de entretenimento e de ficção que apelavam à maioria dos não educados e não cultivados, oposta à alta cultura da minoria. A mudança cultural e a cultura popular mudaram o sentido do termo e o tornaram redundante ou indesejável. Quando estava em circulação era mais ideológico (ao defender valores culturais das elites) o que é empiricamente válido, uma vez que, exceto uma pequena minoria, todos tendiam a participar pelo menos em alguns aspectos da cultura de massa Difusão de notícias: Processo pelo qual a consciência dos acontecimentos é difundida em uma população, pelos meios de massas, ou por via pessoal, palavras ou contato verbal com ou sem envolvimento dos media. Digitalização: Termo geral para o tratamento por computador de todos os dados de transmissão, armazenamento e processamento, pelo emprego do código binário e, como tal, a base da convergência dos meios de comunicação. Diversidade: Em termos simples, não é mais do que o grau ou gama das diferenças em qualquer dimensão escolhida – quanto maior for a diferença, maior será a diversidade. Aplicada aos meios de comunicação de massas, pode- se relacionarcom estruturas de propriedade e controle, como conteúdos produzidos e transmitidos e com a composição da audiência e escolhas de conteúdo. A diversidade está associada a aceso, liberdade, escolha, mudança e igualdade. Entretenimento: Descreve-se um ramo fundamental da produção e do consume dos media, que cobre uma gama de formatos e partilha geralmente as qualidades de atrair, divertir e tirar as pessoas de si mesmas. É muitas vezes percebido como problemático, quando a dependência ao entretenimento exclui os usos informativos dos media, ou quando o modo de entretenimento invade a esfera do conteúdo da realidade – em especial nas notícias, informação e política, como parece cada vez mais o caso. Globalização: Processo geral onde a localização da produção, transmissão e recepção dos conteúdos dos media deixa de ser geograficamente fixa, em parte como resultado da tecnologia, mas também pela estrutura e organização internacional dos meios de comunicação. Aspectos positivos e negativos. Interatividade: Capacidade para comunicação recíproca, bidirecional e atribuível a um meio ou relação de comunicação. A característica que melhor define os novos media é o seu grau de interatividade. Líder de opinião: Essas pessoas estão em geral melhor informadas, usam mais os media de massas e outras fontes, estão bem implantadas e são respeitadas pelos que influenciam. Massa: Um vasto e amorfo conjunto de indivíduos, com comportamentos semelhantes, sob influência externa, e que são vistos pelos seus possíveis manipuladores como desprovidos de identidade própria, formas de organização ou de poder, autonomia, integridade ou determinação. Propaganda: Processo e produto de esforços deliberados para influenciar comportamentos e opiniões coletivas pelo uso de múltiplos meios de comunicação, através de formas sistemáticas e de sentido único. Publicidade: Paga aos meios de comunicação para vender bens ou serviços dirigidos aos consumidores. Tem vários fins, incluindo a criação de consciência, fazer imagens de marcas, formar associações positivas e encorajar o comportamento dos consumidores. Público: Refere-se ao conjunto social de cidadãos livres de uma dada sociedade ou espaço geográfico mais reduzido. Rede: Fluxo de informação através de linhas de uma rede, com particular referência à sua capacidade de transmissão e interatividade, bem como a quem ou que é que está ligado de modo mais ou menos forte e exclusivo. Sensacionalismo: É uma palavra corrente para todos os aspectos do conteúdo dos media que atraiam a atenção, ou inflamem emoções. Neste sentido está relacionado com a comercialização. Sociedade de massas: Forma de sociedade teoricamente identificada como dominada por um pequeno número de elites interligadas, que controlam as condições de vida de multidões, muitas vezes pela persuasão ou manipulação. Imperialismo cultural: Expressão geral para a tendência dos exportadores globais da indústria midiática (especialmente dos Estados Unidos) que dominam o consumo dos meios em outros países, menores e mais pobres e, impondo os seus próprios valores culturais nas audiências, e por toda a parte.
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