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FACULDADE TECSOMA Graduação em Biomedicina Danielly da Silva Martins Jheniffer Lopes de Campos Kamila de Fátima Silva Sousa Karine Silva Dantas Neto Lorena da Silva Borges Raianne Borges Assunção Suely Freire da Cruz Thaiane Machado dos Santos INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM ACADÊMICOS DO CURSO DE AGRONOMIA DA FACULDADE FINOM PARACATU. Paracatu/MG 2018 Danielly da Silva Martins Jheniffer Lopes de Campos Kamila de Fátima Silva Sousa Karine Silva Dantas Neto Lorena da Silva Borges Raianne Borges Assunção Suely Freire da Cruz Thaiane Machado dos Santos INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM ACADÊMICOS DO CURSO DE AGRONOMIA DA FACULDADE FINOM PARACATU. Trabalho apresentado na Semana de Eventos dos Cursos da saúde 2018. Curso de graduação em Biomedicina, da Faculdade Tecsoma. Prof. Orient. Esp. Leidiane Campos Barcelos Paracatu/MG 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 1.1 Sistema Urinário ................................................................................................ 6 1.1.1 Anatomia E Funções Dos Órgãos ............................................................... 6 1.1.2 Processo De Formação E Excreção De Urina ............................................ 9 1.2 Composição Da Urina ...................................................................................... 11 2. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ...................................................................... 12 2.1 Definição .......................................................................................................... 12 2.2 Epidemiologia .................................................................................................. 12 2.3 Transmissão .................................................................................................... 13 2.4 Microbiologia .................................................................................................... 13 2.5 Formas Assintomática E Sintomática Da Doença............................................ 13 2.6 Diagnóstico ...................................................................................................... 14 2.7 Tratamento ...................................................................................................... 15 2.8 Complicações .................................................................................................. 15 2.9 Profilaxia E Prevenção ..................................................................................... 16 3. OBJETIVOS .......................................................................................................... 17 3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 17 3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 17 4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 18 5. EXAME DE ELEMENTOS E SEDIMENTOS ANORMAIS (EAS) .......................... 19 5.1 Definição .......................................................................................................... 19 5.2 Coleta de Amostra Biologia e Realização do exame ....................................... 19 5.2.1 Realização da Coleta de Urina .................................................................. 19 5.2.2 Procedimento de Realização do EAS ....................................................... 20 5.3 Avaliação Física Da Urina ................................................................................ 20 5.4 Avaliação Química Da Urina ............................................................................ 21 5.4.1 Proteínas ................................................................................................... 21 5.4.2 Açúcares ................................................................................................... 21 5.4.3 Corpos cetônicos ....................................................................................... 21 5.4.4 Bilirrubina .................................................................................................. 22 5.4.5 Urobilinogênio e urobilina .......................................................................... 22 5.4.6 Ureia .......................................................................................................... 22 5.4.7 Ácido úrico e creatinina ............................................................................. 23 5.4.8 Leucócitos ................................................................................................. 23 5.4.9 Sangue ...................................................................................................... 23 5.4.10 Nitrito ....................................................................................................... 23 5.5 Avaliação de sedimentos da urina. .................................................................. 23 5.5.1 Eritrócitos .................................................................................................. 23 5.5.2 Leucócitos ................................................................................................. 24 5.5.3 Células epiteliais ....................................................................................... 25 5.5.4 Bactérias ................................................................................................... 27 5.5.5 Parasitos ................................................................................................... 28 5.5.6 Fungos ...................................................................................................... 28 5.5.7 Muco ......................................................................................................... 29 5.5.8 Cilindros .................................................................................................... 29 5.5.9 Cristais ...................................................................................................... 33 5.5.10 Artefatos .................................................................................................. 35 5.6 Principais alterações encontradas no exame EAS, que indicam infecção no trato urinário ................................................................................................................... 36 6 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 37 6.1 Tipo de Estudo ................................................................................................. 37 6.2 Fonte de Dados ............................................................................................... 37 6.3 Palavras Chaves .............................................................................................. 37 6.4 Cronograma ..................................................................................................... 37 6.5 Materiais .......................................................................................................... 38 6.6 Orçamento ....................................................................................................... 38 6.7 Metodologia .....................................................................................................38 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 45 8 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 53 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54 ANEXOS ................................................................................................................... 57 1. INTRODUÇÃO 1.1 Sistema Urinário O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo. Ele é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. ( LOUREDA, 2016.) Figura 01: Sistema Urinário Fonte: Aula de Anatomia 1.1.1 Anatomia E Funções Dos Órgãos Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelho-parda. Estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra lombar. São descritos como órgãos retroperitoneais, por estarem posicionados por trás do peritônio da cavidade abdominal. ( FREITAS, 2004.) A função dos rins é, entre outras, filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo, como amônia, ureia e ácido úrico. Eles também atuam secretando substâncias importantes para nossa saúde. Entre suas funções, pode-se 6 destacar a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc.; a regulação do equilíbrio ácido-básico, mantendo o pH sanguíneo constante; a excreção de substâncias exógenas, como medicações; e a produção de hormônios, como aldosterona e prostaglandinas. Os rins recebem sangue das artérias renais, ramos da aorta que vêm diretamente do coração. Depois de circular pelo grande número de vasos existentes nesses órgãos, o sangue sai, livre das toxinas, pelas veias renais rumo ao coração, e a urina desce pelos ureteres até cair na bexiga. ( VARELLA, 2014.) Os ureteres são dois tubos que ligam os rins à bexiga. Fazem parte do aparelho urinário, juntamente com os rins, a bexiga urinária e a uretra. Têm entre 25 a 30 cm de comprimento e cerca de 6 mm de diâmetro. Descem do abdômen superior, onde estão os rins, até a pelve, por trás dos órgãos gastrointestinais. Por seu trajeto, o ureter se divide em duas partes, a abdominal e a pélvica. Possui três camadas: • camada mucosa: constitui a parte interna do orgão. • camada muscular: a segunda camada do ureter, composta por duas camadas musculares lisas, uma interna e outra externa. • camada adventícia: camada mais externa, onde se encontram os vasos sanguíneos e fibras nervosas. A extremidade superior do ureter localiza-se dentro do rim e se chama pelve renal. Do rim, o ureter desce pela parte posterior do abdômen e penetra na cavidade pélvica, abrindo-se no óstio do ureter, situado no assoalho da bexiga. Sua função é transportar a urina dos rins para a bexiga, por meio de movimentos peristálticos (ondas) da musculatura lisa. A urina se move ao longo dos ureteres devido ao peristaltismo do órgão e à força da gravidade. ( FREITAS, 2004.) A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto. Nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do ureter. A bexiga de um adulto é capaz de armazenar cerca de 700 ml a 800 ml. É dividida em quatro partes: ápice (anterior), corpo, fundo (posterior) e colo. Na saída da bexiga, encontramos o músculo esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, e o 7 músculo esfíncter externo, que é voluntário e permite que impeçamos a saída da urina. A contração da musculatura da bexiga é controlada pelo sistema nervoso autônomo parassimpático. ( VARELLA, 2014.) Figura 02: Bexiga urinaria no homem e mulher Fonte: Aula de Anatomia A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra .As uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta (3,8 cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20 cm, é muito mais longa que a uretra feminina. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma. ( CASTRO, 1985.) A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a Prostática, a Membranácea e a Esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório. A Uretra feminina é um canal membranoso estreito estendendo- se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de direção oblíqua para baixo e para 8 frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6 mm. Seu orifício externo fica imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2 cm dorsalmente à glande do clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas para uretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral. ( VARELLA, 2014.) Figura 03: Uretra Masculina e Feminina Fonte: Aula de Anatomia 1.1.2 Processo De Formação E Excreção De Urina A urina é formada nos rins, mais precisamente no néfron. Em cada rim existe aproximadamente um milhão de néfrons, estruturas conhecidas também como unidades funcionais dos rins. Cada néfron é formado pelo corpúsculo renal e pelos túbulos renais. O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman. Os glomérulos são vários capilares que estão completamente enovelados. Esses capilares são envoltos pela cápsula de Bowman. O túbulo renal, por sua vez, é formado por três partes: o túbulo proximal, a alça de Henle e o túbulo distal. A urina é formada a partir da filtração do sangue que passa no interior dos néfrons. 9 O processo de formação da urina ocorre em três etapas: 1. Filtração 2. Reabsorção 3. Secreção Inicialmente o sangue arterial chega sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Nesse momento, a pressão faz que parte do plasma saia em direção à cápsula de Bowman. Essa passagem de plasma é conhecida como filtração. O filtrado formado é muito semelhante ao plasma no interior dos vasos sanguíneos,entretanto, não possui proteínas nem células do sangue. O material proveniente da filtração segue para os túbulos renais, local onde ocorre a reabsorção. Nessa etapa, as substâncias importantes que não devem ser perdidas são reabsorvidas. Quase 99% da água filtrada no corpúsculo, por exemplo, é absorvida. A grande reabsorção é também verificada para glicose e aminoácidos. ( SANTOS, 2014.) No túbulo proximal ocorre a maior parte da reabsorção de água e sódio, duas substâncias essenciais para o funcionamento do corpo. Estima-se que cerca de 67% a 80% de íons Na+ e água são absorvidos do filtrado nessa etapa. Na alça de Henle e no túbulo distal, substâncias também são reabsorvidas. Além da reabsorção, ocorre a secreção no túbulo renal, que é um processo oposto ao da reabsorção. Na secreção, as substâncias presentes nos capilares são lançadas no interior do túbulo renal, o que garante a sua eliminação pela urina. Substâncias tóxicas do metabolismo e medicamentos, por exemplo, são excretadas no túbulo proximal. ( VARELLA, 2014.) Figura 04: Estrutura do Nefron Fonte: Brasil Escola 10 1.2 Composição Da Urina A composição da urina é essencialmente água, correspondendo a 95% de todo o líquido. Os restantes 5% dizem respeito às toxinas e substâncias em excesso que são excretadas. A ureia corresponde a 2%, sendo os outros 3% divididos por substâncias como ácido úrico, amónia, creatina e minerais, entre os quais sódio, potássio, cálcio, fosfato, sulfato e magnésio. Esta é a composição da urina em indivíduos saudáveis. Em determinadas alturas, devido a problemas de saúde, a urina pode ainda conter outras substâncias. ( FELIPPE, 2015.) 11 2. INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO 2.1 Definição A infecção do trato urinário (ITU) é definida como um quadro infeccioso que pode manifestar-se em qualquer parte do sistema urinário, sendo os rins, bexiga, ureteres e uretra. Também é conhecida como infecção urinária. (MINHA VIDA, 2016). Possui três tipos, conforme a estrutura que é afetada: • Uretrite: quando a infecção ocorre na uretra; • Cistite: quando a infecção ocorre na bexiga; • Pielonefrite: quando a infecção ocorre nos rins. 2.2 Epidemiologia Pode suceder tanto em homens quanto mulheres, possuem prevalência variada, conforme a faixa etária e as situações individuais em relação à idade e ao sexo. (FIGUEIREDO). Durante a infância, no primeiro ano de vida essa infecção é mais comum no sexo masculino. (MELDAU). Sua epidemiologia pode variar devido á vários fatores, tais como: flora bacteriana habitual de áreas anatômicas específicas, fatores antibacterianos e iatrogênicos (sondagens) e doenças associadas congênitas e adquiridas (diabetes). (FIGUEIREDO). A mulher adulta tem cinquenta por cento (50%) mais chance de ter o problema do que o homem, (MINHA VIDA), em consequência da associação de outros fatores como pH vaginal, ausência de lactobacilos vaginais e vaginites bacterianas. (FIGUEIREDO), fatores anatômicos, porque a uretra termina próximo à entrada da vagina, local onde a flora bacteriana é abundante. Outro aspecto importante é o hábito de higiene após defecar ou urinar, levando o papel higiênico na direção ânus-vagina, facilitando a migração de bactérias intestinais até a vulva. Também a uretra feminina é mais curta quando comparada com a masculina, facilitando o caminho desses microrganismos até a bexiga. (MELDAU). Há um maior risco da ITU se desenvolver em mulheres grávidas, pois durante a gestação ocorrem alterações hormonais e da musculatura dos órgãos urinários favorecendo o refluxo de urina e a dilatação dos ureteres, eventos que aumentam o risco de bactérias da bexiga chegarem aos rins, causando pielonefrite. (PINHEIRO, 2018) 12 2.3 Transmissão Ocorre de forma ascendente, através da contaminação por bactérias do intestino grosso. (SANTOS). A Escherichia coli, habitualmente é responsável por essa patologia, pois integra a flora intestinal normal dos seres humanos. (MELDAU). Esse tipo de contaminação ocorre principalmente em mulheres, por ter o canal da uretra mais curto que nos homens e por causa da proximidade da região genital com o ânus. Em homens, a doença atinge principalmente os que precisam de instrumentação das vias urinárias, como o uso de cateter. (SANTOS). Pode ocorrer por via hematogênica: por causa da intensa vascularização do rim podendo o mesmo ser comprometido em qualquer infecção sistêmica; é a via de eleição para ITU por alguns micro-organismos como Staphylococcus aureus, Mycobacterium tuberculosis, sendo também a principal via das ITU em neonatos. Também pode ocorrer por via linfática que é rara apesar de haver a possibilidade de micro-organismos alcançarem o rim pelas conexões linfáticas entre o intestino e o rim e/ou entre o trato urinário inferior e superior. (CÂMARA, 2016). 2.4 Microbiologia A microbiologia é rastreada através de testes como o da urocultura, que identifica dois grupos de pacientes com bactérias através dos resultados obtidos; São os pacientes assintomáticos e sintomáticos. (CÂMARA, 2016). 2.5 Formas Assintomática E Sintomática Da Doença Assintomática é classificada como bacteúria assintomática, que é a presença de bactérias na urina sem episódio de sinais e sintomas. (PINHEIRO, 2018). Geralmente, é utilizado o critério do crescimento ≥ 105 UFC/mL em duas amostras de urina colhidas em um intervalo superior a 24 horas. Considerando esse valor de corte, a bacteriúria é confirmada em urina colhida através de sondagem em > 95% dos casos; quando a quantificação é menor, normalmente não há confirmação. (CÂMARA, 2016). É comum em pessoas, como as que portam cateteres inseridos na bexiga por um tempo prolongado; geralmente não é tratado, porque pode causar resistência de bactérias, ocasionando seu desequilíbrio na corrente sanguínea para bactérias mais fortes e difíceis de serem eliminadas com o uso de antibióticos. As exceções para o 13 tratamento são: gravidez, rim transplantado, o uso de medicamentos que suprimem o sistema imunológico, pacientes imunes suprimidos (HIV, canceres, etc.), crianças pequenas com refluxo grave da urina da bexiga para os ureteres. (IMAN, et. al.). O quadro clínico sintomático na uretrite é identificado pelos seguintes sintomas: corrimento purulento, micção dolorosa e sensação de queimação ao urinar (disúria), incômodo nos órgãos genitais, dor durante as relações sexuais, sangue na urina (hematúria). (SOS SAUDE MULHER). Na cistite: urgência miccional (vontade intensa e persistente de urinar), mesmo com a bexiga vazia ou praticamente vazia; micção dolorosa e sensação de queimação ao urinar (disúria); dor suprapúbica; sensação de pressão no abdómen inferior; urina turva (pela presença de piúria); sangue na urina (hematúria); urgência urinária (dificuldade em reter a urina). (SOS SAUDE MULHER). Na pielonefrite: febre acima de 38 ºC; arrepios; náuseas e vómitos; dor lombar; prostração; desorientação (mais comum em pessoas idosas); sangue na urina (hematúria). (SOS SAUDE MULHER). 2.6 Diagnóstico O diagnóstico é obtido através de exames de urina como a urocultura que identifica o agente etiológico. (SANTOS). As bactérias presentes na urina do paciente são cultivadas em laboratório, por aproximadamente três dias. O exame ajuda a auxiliar o profissional da saúde a receitar o medicamentocorreto para tratá-la. O resultado demora de três a cinco dias para ficar pronto. (UROCENTRO, 2016). Exame de urina com sedimento urinário: que irá fornecer, quando associado à história clínica e os sintomas, os dados que praticamente confirmam o diagnóstico de ITU é a presença de piúria, hematúria e de bacteriúria. O antibiograma: que atua de forma complementar a análise de urina. Em casos como pielonefrites e nas infecções urinárias hospitalares, a presença do antibiograma é de grande utilidade. (PORTAL DA DIÁLISE). Hemocultura: este exame corresponde à colheita de sangue por uma veia e só é importante num quadro de pielonefrite, identifica o agente etiológico e indica os riscos de se desenvolver sepse. (PORTAL DA DIÁLISE). 14 Exames de imagem como: ecografia/ultrassonografia, tomografia e radiografia com contraste das vias urinárias, para detectar quais partes do sistema urinário apresentam a infecção e se há alguma complicação. (UROCENTRO, 2016). 2.7 Tratamento É realizado através do uso de antibiótico, que será receitado pelo profissional da saúde de acordo com o resultado da urocultura. O tratamento deve ser realizado durante o tempo estipulado pelo profissional da saúde para evitar que haja recidivas. (MELDAU). As diretrizes da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas e as da União Europeia recomendam as Sulfonamidas Sulfametoxazol-trimetoprim (SMZ-TMP) ou Cotrimoxazol por três dias como o tratamento de primeira linha para cistite, caso a prevalência de resistência na região seja menor do que 20%. Se for maior, recomendam a nitrofurantoína por sete dias ou uma das fluoroquinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, levofloxacina) por três dias. Devem-se reservar as quinolonas de maior espectro (como a ciprofloxacina) para casos mais graves, de modo a não induzir resistência. A ciprofloxacina é especialmente útil nas pielonefrites de moderada severidade, pois a sua penetração tecidual é superior à da norfloxacina. (PORTAL DA DIÁLISE). 2.8 Complicações A cistite é uma complicação comum nas gestantes que pode evoluir para uma pielonefrite. Além desse risco, a bacteriúria assintomática na gravidez tem sido associada a um risco aumentado de nascimento prematuro, baixo peso do feto e aumento da mortalidade perinatal. (PINHEIRO, 2018). Se a ITU não for tratada corretamente pode evoluir para uma infecção generalizada que é a sepse, abcessos renais- quando há abcessos nos rins pode haver necessidade de punções ou mesmo cirurgias para remover esse pus. Se o rim for acometido por abcessos muito grandes ou numerosos há necessidade de retirar todo o rim para o controle da infecção- perda da função dos rins e quando causadas por bactérias mais resistentes e em pacientes com imunidade reduzida (diabéticos, idosos, etc.) pode até mesmo levar a morte. (MAZILI, 2016). 15 2.9 Profilaxia E Prevenção A prevenção se dá através da ingestão de muita água, micção após relação sexual, não reter urina, tratamento de infecções ginecológicas, evitar alterações intestinais como constipações, higienização anal no sentido ântero-posterior. (SANTOS). Alimentar-se corretamente: em pessoas cuja mucosa da bexiga é sensível deve evitar-se o consumo de café, citrinos, bebidas alcoólicas e comidas muito condimentadas; Preferir cuecas de algodão, uma vez que este tecido absorve a transpiração e impede a proliferação de bactérias; Evitar banhos de espuma ou aditivos químicos na água do banho (para não modificar a flora vaginal); Evitar o uso de diafragma ou preservativos associados a espermicida (para não alterar o pH vaginal); (PORTAL DA DIÁLISE). 16 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Identificar a incidência de infecções urinária dos acadêmicos de Agronomia Faculdade Finom. 3.2 Objetivos Específicos • Compreender a infecção urinária, sua etiologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento • Realizar exames de EAS • Aprimorar o conhecimento e realização de exames de EAS • Reunir os resultados da pesquisa • Interpretar e comparar resultados • Apresentar resultados na semana acadêmica 17 4 JUSTIFICATIVA As infecções do trato urinário (ITUs) são causas comuns de morbidade com índices significantes de mortalidade e acometem homens e mulheres em todas as faixas etárias, com variadas apresentações sintomáticas ou assintomáticas. Por ser uma infecção bacteriana mais comum que corresponde por uma grande procura aos serviços de saúde e atualmente é difícil encontrar indivíduos que mantem o exame de rotina em dia, assim evitando o rastreamento da doença não havendo o tratamento adequado, podendo evoluir a quadros graves de sepsemia. Devido a isso resolvemos buscar por meio da realização de exame de urina tipo 1, a incidência de ITUs nos Acadêmicos do curso de Agronomia da Faculdade Finom. 18 5. EXAME DE ELEMENTOS E SEDIMENTOS ANORMAIS (EAS) 5.1 Definição O exame mais utilizado para o diagnóstico de bacteriúria e infecção urinária é o exame simples de urina, também conhecido como sumário de urina e urinálise. Este analisa a urina quanto à cor, densidade, aspecto, presença de leucócitos, bactérias, sangue, glicose, urobilinogênio bilirrubina, nitrito e sedimentos urinários. Para esse diagnóstico provável, a literatura sugere que a presença de leucócitos, hemácias e nitrito são bons indicativos de bacteriúria ou infecção urinária. Entretanto, esses elementos são apenas sinais indiretos de inflamação, não sendo precisos para o diagnóstico definitivo de bacteriúria significativa. Para a confirmação de infecção urinária exige-se a cultura de urina, na qual o patógeno em crescimento é isolado e quantificado. (FEITOSA; SILVA; PARADA, 2009). 5.2 Coleta de Amostra Biologia e Realização do exame 5.2.1 Realização da Coleta de Urina Figura 05: Procedimento de Coleta Fonte: INFOTEC 19 5.2.2 Procedimento de Realização do EAS O exame é dividido em três partes, exame físico que se analisa as características macroscópicas, exame químico que analisa a composição química da urina, e exame microscópico de sedimentos. 5.2.2.1 Exame Físico Vai se avaliar a urina quanto a cor, volume, aspecto, cheiro. 5.2.2.2 Exame Químico • A urina vai ser colocada em tubos cones • Submergir a tira reagente na urina • Remover excesso de urina da fita • Comparar cuidadosamente os resultados com a cartela de cores fornecida na embalagem da tira reagente 5.2.2.3 Exame Microscópico • Centrifugar a urina de 5 a 10 minutos, a 3500 rpm no tubo cone • Despreza sobrenadante, e preparar as lâminas de vidro para microscopia com sedimento 5.3 Avaliação Física Da Urina A infecção do trato urinário baixo (cistite), quando sintomática, exterioriza-se clinicamente pela presença habitual de disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e dor suprapúbica. Febre, neste caso, não é comum. Na anamnese, a ocorrência prévia de quadros semelhantes, diagnosticados como cistite, deve ser valorizada. (HOOTON; STAMM, 1997). O aspecto da urina pode também trazer informações valiosas: urina turva (pela presença de piúria) e/ou avermelhada (pela presença de sangue),causada por cálculo e/ou pelo próprio processo inflamatório. Sendo assim, na avaliação física da urina, estão incluídas características como volume, aspecto, cor, cheiro, densidade e reação (pH). (HOOTON; STAMM, 1997). 20 5.4 Avaliação Química Da Urina A composição da urina compreende várias substâncias químicas, citadas a seguir. 5.4.1 Proteínas A urina contém normalmente quantidades insignificantes de proteínas. Em situação anormal, esse valor poderá oscilar entre 200 mg e 50 g por litro de urina. A presença de proteinuria poderá indicar afecções gerais como febre, inflamações das vias urinarias e outras. Nesse caso, o exame do sedimento não acusará cilindrúria. A proteinuria pode ocorrer igualmente nas afecções renais, quando então se acompanhará de cilindros hialinos. Essa proteinuria pode também se originar de substâncias contaminantes, como esperma, pus, secreção albuminosa vaginal e uterina ou menstrual. (RORIZ-FILHO, 2010). 5.4.2 Açúcares Entre os vários hidratos de carbono, que podem esporadicamente estar presentes na urina, o mais importante é a glicose, o que constitui a glicosúria. Normalmente, porém, a urina não contém glicose. Transitoriamente poderá ocorrer a "glicosúria alimentar", quando o indivíduo ingeriu grandes quantidades de açúcares pouco tempo antes da colheita, sendo considerada fisiológica. Quando duradoura, a glicosúria indica sempre uma condição patológica que, na maioria dos casos, é diabetes mellitus. (RORIZ-FILHO, 2010). 5.4.3 Corpos cetônicos Quando presentes na urina normal, podem atingir o nível insignificante de até 50 mg em volume excretado nas 24 horas. Corresponde a produtos finais da decomposição de ácidos graxos. Surgem em quantidade patológica quando o organismo se vale das gorduras para atender a suas necessidades energéticas por déficit de glicose. Isso ocorre mais comumente no diabetes mellitus e no estado de jejum prolongado. Tal situação pode ocorrer também quando há aumento excessivo de lipídeos na alimentação. Nessas eventualidades, as gorduras não são totalmente oxidadas, dando origem ao ácido diacético e seus derivados. (RORIZ-FILHO, 2010). 21 5.4.4 Bilirrubina Da destruição da hemoglobina resulta a bilirrubina indireta, insolúvel em água. Só após sua passagem pelo fígado, onde é conjugada, tornando-se solúvel, é que poderá sofrer eliminação pela bile e pela urina. Não é encontrada na urina normal. Ocorre bilirrubinúria sempre que há elevação desse pigmento no sangue, em quantidade superior ao limiar renal de 0,4 mg%, o que sugere distúrbios da função hepática ou hemólise excessiva. (RORIZ-FILHO, 2010). 5.4.5 Urobilinogênio e urobilina A urina contém traços de urobilinogênio, é oxidado logo após aquela ter sido eliminada do organismo. A exposição ao ar ambiente e à luz transforma o urobilinogênio em urobilina. Por este motivo, esta última nunca é encontrada na urina recentemente emitida e o urobilinogênio não está presente na reservada. Sabe-se que o urobilinogênio se origina no intestino às custas da flora bacteriana que atua sobre a bilirrubina. Aí, uma parte do urobilinogênio é transformada em estercobilina, cuja eliminação se dá nas fezes. A outra parte, absorvida, volta ao fígado, sendo então novamente eliminada para o intestino. Apenas uma fração desse urobilinogênio absorvido é excretada pelos rins, aparecendo na urina. (RORIZ-FILHO, 2010). 5.4.6 Ureia Sua excreção se faz normalmente pela urina e a determinação do seu nível não tem valor quando dosada na amostra de uma única micção. Contudo, seu índice urinário é representativo quando dosada num volume de 24 horas. A sua eliminação está submetida a grandes oscilações dependentes da dieta. Em média no caso de regime dietético misto, são excretados 30g em 24 horas, podendo oscilar entre 20 a 40g no mesmo período. Poderão ocorrer níveis superiores a este último, quando o indivíduo recebe dieta hiperprotéica ou apresenta quadro de catabolismo acelerado, como nas infecçôes e estado febril, nas neoplasias ou no hipertiroidismo. A excreção diminuída pode igualmente ocorrer nos processos de inanição nos regimes de dieta hipoprotéica e em outros mais. (RORIZ-FILHO, 2010). 22 5.4.7 Ácido úrico e creatinina O ácido úrico forma-se pela desintegração constante de nucleoproteínas celulares e é excretado na urina em forma de uratos ou ácido úrico. Essa eliminação faz-se com grandes oscilações, podendo variar de 0,10g a 2g em 24 horas. A creatinina é produzida no tecido muscular, numa taxa quase constante. A sua produção não é influenciada pela ingestão de proteínas ou por alterações do catabolismo proteico. A eliminação é feita quase inteiramente pela urina, numa taxa média de 1 a 2g ao dia. (RORIZ-FILHO, 2010). 5.4.8 Leucócitos Avalia processos infecciosos e inflamatórios do trato urinário (ITU). Pode ocorrer com ou sem bacteriúria. Valores de referência: negativo. Quando positivo liberar em + a +++ ou traços, pequena, moderada ou grande quantidade. 5.4.9 Sangue Realiza a Detecção e avaliação das hematúrias cujo Valor de referência é negativo. Quando positivo, liberado em traços, pequena, moderada ou grande quantidade ou de + a +++. 5.4.10 Nitrito A fita reagente identifica a presença de nitritos formados pela redução de nitratos por ação de redutases produzidas por bactérias, assim possibilita a Avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU). Valores de referência: negativo. 5.5 Avaliação de sedimentos da urina. 5.5.1 Eritrócitos Apresentam discos bicôncavos, lisos, anucleados, mede sete mm de diâmetro, consiste em um tempo de vida que dura cerca de 120 dias, em seguida passa pelo processo de hemólise. São mais difíceis para reconhecer devido à falta de estruturas e características, pois são confundidos com leveduras, gotículas de óleo e bolhas de ar. (STRASINGER; LORENZO, 2009). 23 Formada pela hemoglobina que são responsáveis na coloração avermelhada do sangue que faz a execução do transporte de oxigenação celular dos tecidos corporais. São constituídos por glóbulos vermelhos e com coágulos visíveis é produzida na medula óssea. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Sua presença na urina está relacionada a danos a membrana glomerular ou lesão vascular dentro do trato urinário. Então a presença de sangue na urina é denominada por hematúria e pode ocorrer por infecções ou inflamação aguda urinaria, pedras nos rins, doenças renais e coagulopatias. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura. 06 – Glóbulos Vermelhos Normais Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 5.5.2 Leucócitos São consideradas células brancas e também chamados de piócitos, mede 12 mm de diâmetro e possui núcleo. Consiste em célula de defesa do nosso organismo, sendo importante ao combater bactérias e vírus, assim agindo com quase todas as infecções que invade nosso corpo. O fígado filtra o sangue e quando não consegue impedir que os leucócitos transportem para o sistema urinário ocorre piuria. Significa que quando a urina está com pus fica esbranquiçados é por tanto correspondem com a infecção urinaria. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). 24 Figura 07 – Aglomerado De Glóbulos Brancos Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 5.5.3 Células epiteliais Existem três tipos diferentes de células epiteliais que revestem o trato urinário. Isto inclui as células que revestem os ureteres, bexiga e da uretra que são transitórias,tubulares e escamosas. É comum encontrar essas células no trato urinário através do seu revestimento, exceto se forem encontradas em grandes quantidades. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). As células transitórias epiteliais são menores, aparecem em várias formas, mas aparentemente mais encontradas nas formas esférica, poliédrica e caudada. São células que consiste em várias camadas de células epiteliais encontradas em todo o comprimento do trato urinário. Quando estão presentes na urina significa que essas células descamaram e foram levadas pela urina ao passar no canal urinário. Nível alto pode indicar inflamação ou infecção. Mas também podem ser misturadas com cristais e leucócitos formando muco urinário. (STRASINGER; LORENZO, 2009). 25 Figura 08– Células Epiteliais De Transição Caudadas Fonte: MUNDT; SHANAHAN, 2012. Células tubulares renais também faz parte de células epiteliais, tem núcleo alongado e forma colunares ou células convolutas, apresenta citoplasma grosseiramente granular. No entanto quando estão presentes na urina indica doença renal subjacente, ou seja, lesões tubulares. É quando ocorre uma grande quantidade significa necrose dos túbulos renais que pode afetar a função renal global. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 09 – Células Epiteliais Tubulares Renais Fonte: MUNDT; SHANAHAN, 2012. Células epiteliais escamosas são células maiores, sendo planas, geralmente com contorno irregular, elas têm núcleo fino e pequeno citoplasma granular fino. São células encontradas no revestimento da vagina e da uretra feminina e da uretra masculina que apresentam descamação celular normal e não possui significado patológico. Porem as células epiteliais escamosas Clue cell (celular-indicio) tem o seu 26 significado clinico indicando infecção vaginal através da bactéria Gardnerella vaginalis, que são cobertas com cocobacilo Gardnerella. É para a sua identificação as células são cobertas a maior parte da superfície da célula que consegue ultrapassar as bordas em consequência uma aparência granular e irregular. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 10 – Células Epiteliais Escamosas Fonte: MUNDT; SHANAHAN, 2012. 5.5.4 Bactérias A infecção bacteriana afeta qualquer parte do trato urinário, a bactéria na urina é o principal sinal de infecção urinaria, principalmente se tiver nitrito e leucócitos. Mas pode ocorrer por bactérias presentes na uretra ou na vagina que são contaminadas. A principal bactéria responsável por infecções no trato urinário é a Escherichia Coli, apresenta formato de bacilos. Acomete as mulheres por que possui a uretra mais curta, assim permitindo a facilidade que as bactérias penetram na bexiga. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Figura 11 – Bactérias Bacilos E Cocos Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 27 5.5.5 Parasitos O Trichomonas é um protozoário mais comum encontrado no sedimento urinário, possui flagelos, facilitando sua locomoção e com isso são transmitidos sexualmente provocando infecções do trato urinário. São classificados por Trichomonas Vaginalis e Trichomonas Hominis, são bastante semelhantes e não conseguem diferenciar sua forma, sendo caracterizado apenas por presença de Trichomonas sp. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Figura 12 – Trichomonas Fonte: MUNDT; SHANAHAN, 2012. 5.5.6 Fungos O microrganismo da infecção fúngica é a Cândida Albicans, apresenta como células ovoides, possui tamanho de cinco a sete mm, podem apresentar brotamentos. Estão relacionados por diversos fatores com a proliferação aumentada de microrganismo nas infecções urinarias, como não consegue esvaziar completamente a bexiga, pedras no trato urinário e má higiene intima. No entanto podem ser observadas no sedimento urinário desencadeado pela contaminação por secreção vaginal ou contaminação pela pele e ambiente. Frequente em paciente diabético ou imunossuprimidos. Ao ser diagnosticada deve apresentar presença de células leveduriformes com aspecto morfológico de Cândida sp. (STRASINGER; LORENZO, 2009). 28 Figura 13 – Fungos Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 5.5.7 Muco É geralmente normal visto com fios ou filamentos mucoides, proveniente dos glóbulos brancos, que entram na urina para evitar que a infecção urinaria se espalhe. Mas quando existe um excesso de muco na urina pode indicar infecções no trato urinário e também câncer de bexiga. Assim com a presença de muco a urina fica com aspecto turvo. Está relacionada ao sinal de células epiteliais com cristais e acúmulo de leucócitos. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 14 – filamento de muco Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 5.5.8 Cilindros São exclusivos dos rins, formados na luz dos túbulos contornados distais e dos ductos coletores. E o seu tamanho depende do túbulo que foi formado com diferentes condições clinicas. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). 29 Cilindros hialinos são incolores, sua morfologia é variada, formas cilindroides e enrugadas ou convolutas, que indica envelhecimento da matriz dos cilindros, assim o seu aumento é patológico de glomerulonefrite aguda, pielonefrite, doença renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 15 – Cilindro Hialino Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. Cilindros hemáticos indicam sangramento no trato urinário, mostrando hemorragias dentro do nefron. Associado a glomerulonefrite que permite a passagem das células por meio da membrana glomerular, se ocorrer qualquer lesão na estrutura capilar do nefron causa a sua formação. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 16 – Cilindros Hemáticos Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 30 Cilindros leucocitários aparecem granulares, núcleos multilobados, bordas irregulares. Indicam infecções ou inflamação do nefron, relacionado a pielonefrite. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Figura 17– Cilindros Leucocitários Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. Cilindros bacterianos presença de bacilos e estão presentes quando há presença de leucocitários e bactérias e confirmado por coloração de gram. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 18 – Cilindros Bacterianos Fonte: MUNDT; SHANAHAN, 2012. 31 Cilindros epiteliais indica destruição avançada dos túbulos e possuem formato achatado. Associados com metais pesados, substâncias químicas e toxicidade que induzido por drogas, infecções virais e rejeição de ao enxerto. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 19 – Cilindros Epiteliais Fonte: MUNDT; SHANAHAN, 2012. Cilindros lipídicos apresentam corpúsculos ovais de gordura e gotículas de gordura livre, devido a síndrome nefortica. Indicam proteinúria, associado à lipidúria. Tem relação como as doenças com síndrome nefroticas, necroses túbulos tóxicos e diabetes mellitus. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Figura 20 – Cilindros Lipídicos Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 32 5.5.9 Cristais Os cristais formados pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de PH, temperatura ou concentração. Porem existe vários tipos de cristais, como: Cristais de oxalato de cálcio possui a forma oval e se abre é forma o cristal, em grande quantidade ocorre à presença de cálculos renais, fazendo com que os níveis que cálcio seja elevado na urina. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 21 – Cristais De Oxalato De Cálcio Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. Cristal de ácido hipúricoconsiste em placas ou prisma alongados, castanho amarelo, solúveis a água e éter. É metabolito urinário do tolueno, para monitoramento de trabalhadores ocupacional ao solvente. No entanto não tem importância clínica. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Figura 22 – Cristais De Ácido Hipurico Fonte: MUNDT; SHANAHAN, 2012. 33 Cristais de cistina são cristais incolores, hexagonais e chapas que podem ser finas ou grossas. Encontrados quando a pessoa possui a genética de distúrbios metabólico em consequência impede a reabsorção de cistina pelos túbulos renais e tem probabilidade de causar cálculos renais. Possui significado clinico como cistinose, cistinuria congênita, insuficiência reabsorção renal ou hepatopatias toxicas. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 23 – Cristais De Cistina Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. Cristais de leucina tem significado patológico como hepáticas em fase terminal, cirrose, hepatite viral, atrofia amarela aguda do fígado e sem severas lesões hepáticas provocadas por envenenamento pelo fósforo tetracloreto de carbono ou clorofórmico. Em doenças hepáticas é associado ao cristal de tirosina. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 24 – Cristais Leucina Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 34 Cristais de tirosina aparecem nas enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose. Cristais de colesterol indica excessiva distribuição ressular e em quadros neutrófilos, como quiluria, resultando a consequência da obstrução a nível torácico ou abdominal da drenagem linfática, ou ruptura dos vasos linfáticos. (STRASINGER; LORENZO, 2009). Figura 25 – Cristais Tirosina Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 5.5.10 Artefatos Os artefatos correspondem a bolhas na lâmina sujeira e até mesmo fio de cabelo. Por isso não possui significado clinico, porém os artefatos são sem importância ao diagnóstico de urina. Mas as bolhas também podem ser confundidas com alguns leucócitos. A contaminação por elementos presentes no ambiente pode ocorrer durante a coleta, armazenamento e processamento de amostra. (MUNDT; SHANAHAN, 2012). Figura 26 – Artefatos – Bolhas Fonte: STRASINGER; LORENZO, 2009. 35 5.6 Principais alterações encontradas no exame EAS, que indicam infecção no trato urinário Não fazer a higienização correta desencadeia várias alterações, por isso é necessário desprezar o primeiro jato de urina por causa de leucócitos que se junta no período de 12 horas podendo desencadear resultados falso-positivo, por presença de sujeira (muco). (URINE STRIP: teste, 2000). Quaisquer que sejam os medicamentos que esteja tomando, é recomendado avisar ao laboratório antes do exame. Pois podem interferir nos resultados do exame de urina tipo 1, porem alguns medicamentos muda a coloração da urina. (URINE STRIP: teste, 2000). No exame físico: A cor que corresponde ao amarelo turvo e odor forte, aumento de PH. No exame químico: Presença de sangue, leucócitos e nitrito. Exames microscópicos: Microbiota bacteriana aumentada, leucócitos acima de 05 células por campo, hemácias aumentadas, acima de 05 células por campo, aumento no número de células. (STRASINGER; LORENZO, 2009.) 36 6 MATERIAIS E MÉTODOS 6.1 Tipo de Estudo Estudo de caráter quantitativo. 6.2 Fonte de Dados Livros Acadêmicos, artigos científicos publicados em revistas, e laudos de EAS dos acadêmicos de Agronomia. 6.3 Palavras Chaves Sistema Urinário, Anatomia do Sistema Urinário, Fisiologia Renal, Infecção do trato Urinário, Infecção urinaria assintomática, Incidência de Infecção do trato urinário. 6.4 Cronograma 37 6.5 Materiais • Frascos estéreis • Tubos cones • Centrifuga • Lâmina • Microscópio • Tiras Reagentes • Caixa de isopor 6.6 Orçamento 6.7 Metodologia Os indivíduos investigados foram Acadêmicos do curso de Agronomia da Faculdade FINOM. O estudo foi aprovado pela a coordenação dos cursos. Os participantes receberam um informativo contendo orientações necessárias para a realização de uma coleta adequada da amostra biológica primeiramente para os homens que logo recolhemos as amostras, e na semana seguinte para mulheres. As amostras foram colhidas em recipiente estéril, com tampa de rosca e etiquetadas com números e iniciais do nome dos acadêmicos. Depois, encaminhadas para o laboratório de Biologia da Faculdade Finom/Tecsoma sob condições isotérmicas e processadas dentro de 2 horas após a colheita. 38 Figura 27- Recolhimento de amostras Fonte: Fotos do Autor Figura 28- Recolhimento de amostras Fonte: Fotos do Autor Foram realizados os exames físicos, no qual se observou características macroscópicas, exames químicos por meio do uso de fitas reativas adquiridas comercialmente e análise de sedimento urinário, obtido após a centrifugação, e analisadas com auxílio de microscópio. Todos os resultados foram devidamente registrados para liberação. Figura 29- Urinas Coletadas Fonte: Fotos do Autor 39 Figura 30- Urinas Coletadas Fonte: Fotos do Autor Figura 31- Preparação das amostras para avaliação fisica e quimica Fonte: Fotos do Autor Figura 32- Amostras preparadas para a centrifugação Fonte: Fotos do Autor 40 Figura 33- Amostras preparadas para a centrifugação Fonte: Fotos do Autor Figura 34- Preparação para analise microscópica Fonte: Fotos do Autor Figura 35- Avaliação microscópica Fonte: Fotos do Autor 41 Figura 36- Lâmina de uma das amostras de urina contendo bactérias, indicativo de infecção do trato urinário Fonte: Fotos do Autor Figura 37- Lâmina de uma das amostras contendo bactérias, filamentos de muco, células, eritrócitos Fonte: Fotos do Autor 42 Figura 38- Lâmina de uma das amostras contendo Bactérias, eritrócitos, leucócitos e urato amorfos. Fonte: Fotos do Autor Figura 39- Lâmina de uma das amostras com presença de bacterias, cristal e filamento de muco Fonte: Fotos do Autor 43 Figura 40- Lâmina de uma das amostras contendo eritrócitos, leucócitos, filamentos de muco Fonte: Fotos do Autor 44 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram recolhidas 94 amostras de urinas dos acadêmicos do curso de Agronomia da Faculdade Finom, logo que analisadas os resultados obtidos foram reunidos e distribuídos em gráficos, para discussão da incidência de infecção do trato urinário. Gráfico 1- Distribuição dos Acadêmicos de Agronomia participantes da pesquisa segundo o sexo- Paracatu/Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa Das 94 amostras recolhidas 76% são de homens e 24% de mulheres, tal resultado se deve a baixa prevalência de mulheres que optam em cursar a área tecnologia. De acordo com dados do Sistema de Informações do Confea/Crea – SIC, atualmente, existem no Brasil cerca de 1 milhão de profissionais de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia registrados. Desses, pouco mais de 188 mil são mulheres, o que representa 17,85%.45 76% 24% Masculino Feminino Gráfico 2- Densidade das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu-Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa A densidade é o quociente obtido quando se divide massa por volume. A densidade atribuída à água pura é 1000. Quanto mais próxima desse valor for a densidade da amostra de urina examinada, mais diluída ela é. Urinas com densidade; próximas de 1035 estão muito concentradas, indicando desidratação. Sabendo disso pode-se observar somente 12,76% dos acadêmicos possuem urinas bem diluídas, 57,45% moderadamente diluídas, e 29,79% com maior concentração das substâncias sólidas diluídas na urina, sais minerais na sua maioria e menor quantidade de água. Gráfico 3- PH das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu-Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa 46 12,76% 57,45% 29,79% 1010-1015 1015-1020 1025-1030 71,21% 24,47% 4,26% Ph 6 PH 6,5 PH 7 A urina é naturalmente ácida, mas Valores de pH maiores ou igual 7 podem indicar a presença de bactérias que alcalinizam a urina, e também alimentação rica em carne e cereais. Das urinas coletas 4,26% tiveram Ph= 7. Gráfico 4- Alteração da Fita reagente das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu-Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa A fita reagente de urina, realiza a avaliação da composição química da urina, ela fornece os valores de ph e densidade, e também se tem alterações de Bilirrubina, Cetonas, Glicose, Leucócitos, Nitrito, Proteína, Sangue, Urobilinogênio. Das amostras de urina dos acadêmicos de agronomia, 92,55% não ocorreu nenhuma alteração, 5,32% se teve aumento (+) de proteína sendo todas amostras do sexo masculino, 1,07% correspondente a 1 amostra apresentou presença de sangue (+),porém ausente de microbiota bacteriana, por ser uma amostra do sexo feminino acredita-se que o sangue presente provêm do ciclo menstrual, e 1,07% correspondente a uma única amostra se teve presença de sague (+) (+) com presença de microbiota bacteriana moderada também do sexo feminino. De acordo com Strasinger e Lorenzo citado por APOLINÁRIO et al (2014) ,a presença de proteinúria é frequentemente associada com doença renal precoce, fazendo com que o exame de proteínas na urina seja parte importante. Porém, a demonstração de proteinúria no exame de rotina nem sempre significa uma doença renal, sua presença requer testes adicionais para determinar se a proteína representa uma condição normal ou patológica. 47 92,55% 5,32% 1,07% 1,07% Não Alterou Proteina (+) Sangue (+) Sangue (+) (+) Gráfico 5- Presença de Piócitos na análise microscópica das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu/Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa Das amostras analisadas dos acadêmicos 69,80% apresentaram quantidade normal de piócitos sem representação clínica, 28,74% tiveram quantidade de piócitos acima do valor de referência, tendo indicativo clinico de infecção e 2,15% campos repletos. Das amostras que apresentaram valor acima do de referência 86,2% tiveram presença de flora bacteriana. A presença de piócitos na urina em número significativo está relacionada, mais comumente, com infecção urinária (pielonefrite e cistite). Outros processos inflamatórios do trato gênito-urinário podem levar o aumento de piócitos sem a presença de bacteriúria. Em um estudo realizado por GUERRA et al (2012), observou- se que quando o exame simples de urina foi sugestivo de infecção, utilizando como critério apenas a presença de piócitos, em 27,8% das pacientes a urocultura foi positiva, confirmando a infecção. 48 69,80% 28,74% 2,15% 1-5 p/c 6-25 p/c Campos repletos Gráfico 6- Presença de Hemácias na análise microscópica das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu/Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa Presença intermitente de hemácias na urina pode ser considerada normal quando a quantidade for inferior a 500 mil eritrócitos em 12 horas ou até três eritrócitos por campo. Pode decorrer de exercício vigoroso antes da coleta, intercurso sexual, trauma de leve intensidade, contaminação por paciente menstruada ou infecção. No presente estudo observou-se que 7,45% das amostras foram ausentes de hemácias, 71,28% apresentaram hemácias no valor de referência, 20,28% amostras com hematúria, sendo destes 6 do sexo feminino que tiveram presença de microbiota bacteriana e 13 do sexo masculino onde 11 também tiveram presença de microbiota bacteriana. Na pesquisa a hematúria está ligada a bacteriúria assintomática ou não. Na hematúria sintomática, sinais e sintomas auxiliam no diagnóstico da doença de base. Nos casos assintomáticos, aumenta a dificuldade diagnóstica e na maioria não se identifica a causa. Estudos populacionais com exames de urina observaram hematúria assintomática transitória em 12 a 16% e na maioria absoluta não se identificou a origem. A Prevalência de hematúria microscópica assintomática é de 0,2 a 16% dependente da idade e do sexo. Em homens jovens, sua incidência é de 2,5%, aumentando com a idade, podendo atingir até 22% após os 60 anos. (FILHO; JESUS, 2012). 49 7,45% 71,28% 18,10% 2,18% Ausente 1-5 p/c 6-20 p/c Campos repletos Gráfico 7- Presença de Células na análise microscópica das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu/Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa Das amostras dos acadêmicos a maioria correspondente a 62,80% apresentaram poucas células destas somente 4 amostras pertencem ao sexo feminino e 37,2% apresentaram várias células na análise de sedimento sendo dessas 19 do sexo feminino. Com isso observamos que a maioria das amostras do sexo feminino predominou a presença de várias células, o que confirma as demais bibliografias. As células escamosas são encontradas na pele, na vagina e nas partes exteriores da uretra, os transitórios estão localizados na bexiga, ureter e pélvis renal. As células tubulares são encontradas nos nefrônicos do rim, mas estas nenhuma foi encontrada nas amostras. As células se apresentam em infecção bacteriana vaginal e grande parte das células de transição na urina pode significar pode ser uma infecção na bexiga. Um grande número de células escamosas na urina pode ser devido a contaminação da amostra. Esta é vista normalmente no sexo feminino. (NAKAMAE,1980). 50 62,80% 37,20% Poucas Várias Gráfico 8- Presença de filamentos de muco na análise microscópica das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu/Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa O muco é um material proteico produzido por glândulas e células epiteliais do sistema urogenital. Não é considerado clinicamente significativo e sua quantidade é maior quando há contaminação vaginal sendo mais incidente no sexo feminino. Nas amostras dos acadêmicos 1,10% se teve ausente do muco este do sexo masculino, 47,9% presença de pouco muco sendo deste somente 4 do sexo feminino, 35,10% presença de muito muco com 19 sendo do sexo feminino. Gráfico 9- Presença de Microbiota bacteriana na análise microscópica das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia- Paracatu/Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa 51 1,10% 47,90% 15,90% 35,10% Ausente Poucos Moderado Muito 50% 2,20% 37,30% 10,50% Ausente Raras Moderada Alterada Dos exames realizados 50% das amostras se aprestaram ausente de flora bacteriana, normalmente, a urina não apresenta nenhum microrganismo,sendo que a presença de qualquer microrganismo pode levar ao desenvolvimento de uma infecção urinária, ou seja, 10,50% de todas as amostras apresentaram flora alterada indicando infecção, 37,30% das amostras apresentaram flora bacteriana moderada que pode ocorrer por contaminação da amostra, ou bacteriúria assintomáticas que só tem indicação de tratamento em casos específicos, e 2,20% apresentaram flora bacteriana rara, mais comumente ligada a contaminação da amostra ou início de uma bacteriúria. Gráfico 10 e 11- Presença de Flora bacteriana na análise microscópica das amostras de urina dos acadêmicos de Agronomia distribuído por sexo- Paracatu/Mg, 2018. Fonte: Dados da pesquisa Comparando a incidência de flora bacteriana nos sexos femininos e masculinos, podemos perceber que o grupo mais atingido por infecção com flora alterada foi do sexo feminino com 26,10%, enquanto do sexo masculino com 5,6%. Essa incidência se reproduz em vários estudos. Em uma pesquisa, realizado no hospital metropolitano de SP mostrou que das 159 uroculturas analisadas 77,98 % era pertencente ao sexo feminino e 22,02% pertencentes ao sexo masculino, nossos resultados foram semelhantes aos resultados deste estudo. As mulheres estão mais expostas a desenvolver infecções no trato urinário do que os homens, devido à sua anatomia da região genital, pois o ânus localiza-se muito próximo à vagina; também devido ausência de enzimas de defesa, que estão presentes no líquido prostático masculino. (SANTOS; SILVA; MORAIS, 2017) 52 26,10% 47,80% 26,10% Feminino Ausente Moderada Alterada 57,70% 2,20% 33,80% 5,60% Masculino Ausente Raras Moderado Alterado 8 CONCLUSÃO Em nosso estudo realizado com os Acadêmicos de Agronomia da Faculdade Finom, foi possível observar uma grande incidência de bacteriúria nas amostras de urina a qual está relacionada a presença de hemácias e piócitos, confirmando-se infecção do trato urinário, mais com maior ocorrência na forma assintomática que só tem indicação de tratamento em casos específicos. Observamos também uma maior prevalência de infecção urinária em indivíduos do sexo feminino. Esse resultado é coerente devido a anatomia da mulher, onde a genitália feminina fica muito próxima ao ânus, local onde há uma flora natural, por isso mulheres tem uma maior incidência de infecção do trato urinário. A melhor maneira de evitar a infecção do trato urinário é através de um programa de conscientização, por meio dos órgãos públicos de saúde, orientando e fornecendo informações básicas de higiene e prevenção. O correto é que em nenhum momento os indivíduos deixem de realizar exames básicos de rotina, para que deste modo, possam se precaver em caso positivo para esta patologia, consigam realizar um tratamento eficaz a fim de alcançar a cura efetiva. 53 REFERÊNCIAS APOLINÁRIO1, TA et al. Prevalência de infecção urinária e resistência a antimicrobianos em um grupo de gestantes. Faminas , [SL], abr. 2016. Disponível em: < http://www.faminas.edu.br/upload/downloads/20141126155932_16906.pdf >. Acesso em: 26 abr. 2018. AULA DE ANATOMIA. Sistema urinário. Disponível em: <https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-urinario/>. Acesso em: 28 abr. 2018. CÂMARA, Bruno. Infecções do trato urinário. BIOMEDICINA PADRÃO, [S.L], dez., 2016. 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