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Morte e Vida Severina (Poema) – João Cabral de Melo Neto
Auto da Compadecida – Ariano Suassuna
O Mulato – Aluísio Azevedo
Questões
1.  (FUVEST) 
Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa,
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar;
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)
Nos versos acima, a personagem da “rezadora” fala das vantagens de sua profissão e de outras semelhantes. A sequência de imagens neles presente tem como pressuposto imediato a ideia de:
a) sepultamento dos mortos.
b) dificuldade de plantio na seca.
c) escassez de mão-de-obra no sertão.
d) necessidade de melhores contratos de trabalho.
e) técnicas agrícolas adequadas ao sertão.
2. (FUVEST-SP)
Decerto a gente daqui
jamais envelhece aos trinta
nem sabe da morte em vida,
vida em morte, severina; 
(João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina)
Neste excerto, a personagem do “retirante” exprime uma concepção da “morte e vida severina”, ideia central da obra, que aparece em seu próprio título. Tal como foi expressa no excerto, essa concepção só NÃO encontra correspondência em:
a) “morre gente que nem vivia”.
b) “meu próprio enterro eu seguia”.
c) “o enterro espera na porta:
o morto ainda está com vida”.
d) “vêm é seguindo seu próprio enterro”.
e) “essa foi morte morrida
ou foi matada?”.
3. (FEI-SP) Leia o texto com atenção e responda à questão.
— O meu nome é Severino
não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muito na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da Serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
(João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
É possível identificar nesse excerto características:
a) regionalistas, uma vez que há elementos do sertão brasileiro.
b) vanguardistas, pois o tratamento dispensado à linguagem é absolutamente original.
c) existencialistas, pois há a preocupação em revelar a sensação de vazio do homem do sertão.
d) naturalistas, porque identifica-se em Severino as características típicas do herói do século XIX.
e) surrealistas, já que existe uma apelação ao onírico e ao fantástico.
4. (CEFET) Leia as seguintes afirmações sobre Morte e Vida Severina:
I) O nascimento do filho do compadre José é antagônico em relação aos outros fatos apresentados na obra, já que esses são marcados pela morte.
II) Podemos dizer que o conteúdo é completamente pessimista, considerando-se que a jornada é marcada pela tragédia da seca, o que leva Severino à tentativa de suicídio.
III) Mais do que a seca, as desigualdades sociais do Nordeste são o tema da obra.
Assinale a alternativa correta sobre as afirmações:
a) Somente I e II estão corretas. b) Somente I e III estão corretas. c) Somente II e III estão corretas.
d) As três estão corretas. e) As três estão incorretas
5. (POLI) O trecho abaixo é um fragmento de Morte e vida severina, poema escrito por João Cabral de Melo Neto. O poema conta a história de Severino, um retirante que foge da seca, saindo dos confins da Paraíba para chegar ao litoral de Pernambuco (Recife). Lá, o retirante acredita que irá encontrar melhores condições de vida. Este excerto (trecho) conta o momento em que, no final de sua caminhada, Severino chega ao litoral. Mas, mesmo ali, encontra apenas sinais de morte, como quando estava no sertão. Completamente desacreditado, sugere a um morador da região que pretende o suicídio. Então, inicia com ele uma discussão. Acompanhe:
"- Seu José, mestre Carpina
Para cobrir corpo de homem
Não é preciso muita água.
Basta que chegue ao abdômen
Basta que tenha fundura igual a de sua fome.
- Severino retirante,
O mar de nossa conversa
Precisa ser combatido
Sempre, de qualquer maneira.
Porque senão ele alaga e destrói a terra inteira. 
- Seu José, mestre Carpina,
Em que nos faz diferença
Que como frieira se alastre,
Ou como rio na cheia
Se acabamos naufragados
num braço do mar da miséria?"
(trecho tirado de teatro representado no Tuca)
O argumento central de Severino para defender sua intenção de suicidar-se é:
a) o de que o rio, tendo fundura suficiente, será o melhor meio, naquela situação, para conseguir seu intento.
b) o de que não é possível lutar com as mãos, já que as mãos não podem conter a água que se alastra.
c) o de que não é possível conter o mar daquela conversa, dada sua extensão e volume.
d) o de que a miséria, entendida como mar, irá naufragar mesmo a todos, independentemente do que se faça. 
e) o de que abandonando as mãos para trás será mais fácil afogar-se, já que não poderá nadar.
6. (FUVEST) É correto afirmar que, em Morte e Vida Severina:
a) A alternância das falas de ricos e de pobres, em contraste, imprime à dinâmica geral do poema o ritmo da luta de classes.
b) A visão do mar aberto, quando Severino finalmente chega ao Recife, representa para o retirante a primeira afirmação da vida contra a morte.
c) O caráter de afirmação da vida, apesar de toda a miséria, comprova-se pela ausência da ideia de suicídio.
d) As falas finais do retirante, após o nascimento de seu filho, configuram o “momento afirmativo”, por excelência, do poema.
e) A viagem do retirante, que atravessa ambientes menos e mais hostis, mostra-lhe que a miséria é a mesma, apesar dessas variações do meio físico.
7. (PUCCamp) A leitura integral de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, permite a correta compreensão do título desse “auto de natal pernambucano”:
a) Tal como nos Evangelhos, o nascimento do filho de Seu José anuncia um novo tempo, no qual a experiência do sacrifício representa a graça da vida eterna para tantos “severinos”.
b) Invertendo a ordem dos dois fatos capitais da vida humana, mostra-nos o poeta que, na condição “Severina”, a morte é a única e verdadeira libertação.
c) O poeta dramatiza a trajetória de Severino, usando o seu nome como adjetivo para qualificar a sublimação religiosa que consola os migrantes nordestinos.
d) Severino, em sua migração, penitencia-se de suas faltas, e encontra o sentido da vida na confissão final que faz a Seu José, mestre capina.
e) O poema narra as muitas experiências da morte, testemunhadas pelo migrantes, mas culmina com a cena de um nascimento, signo resistente da vida nas mais ingratas condições.
8. (UEL) Em Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, a palavra "severino(a)" apresenta-se como substantivo próprio, substantivo comum e adjetivo. Tal fato ocorre porque, nessa obra, a palavra "severino(a)":
a) Designa aquele que fala, além de outras personagens que, em virtude das dificuldades impostas pela vida, caracterizam-se por assumir a disciplina como norma de conduta. O termo qualifica a existência como permanente cuidadode não se expor a repreensões e censuras.
b) Designa a individualidade austera do protagonista e a individualidade flexível de outros homens e mulheres escorraçados do sertão pela seca. O termo qualifica a existência como busca constante de superação das dificuldades.
c) Designa o protagonista como ser inflexível, bem como outros retirantes que também se caracterizam pela rigidez diante da vida. O termo qualifica a existência como possibilidade de impor condições com rigor.
d) Designa aquele que fala, além de outros homens e mulheres que se caracterizam pelo rigor consigo mesmos e com os outros. O termo qualifica a existência humana como marcada pela austeridade nas opiniões.
e) Designa aquele que fala, o protagonista do auto, bem como os retirantes que, como ele, foram escorraçados do sertão pela seca e da terra pelo latifúndio. O termo qualifica a existência como realidade dura, áspera.
9. (UFOP) A partir da leitura de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, é correto afirmar que:
a) trata-se de um texto exclusivamente narrativo, uma vez que traz o relato dos episódios de uma viagem da personagem Severino do sertão até o mar.
b) trata-se de um texto exclusivamente dramático, uma vez que é composto de falas das personagens, além de comportar rubricas com marcações cênicas bastante nítidas.
c) trata-se de um texto exclusivamente lírico, uma vez que apresenta o discurso individual de Severino, que fala de si todo o tempo.
d) trata-se de um texto cuja classificação é de tragédia pura e simples.
e) trata-se de um texto cujo gênero é múltiplo, por não se prender exclusivamente a nenhum.
10. (UNIOESTE) Em relação à peça Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, todas as afirmativas abaixo são válidas, EXCETO
A) O fato em Morte e Vida Severina que comprova o subtítulo “auto de Natal” do poema-peça é o nascimento de um menino.
B) Em Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto apresenta uma atitude de resignação e conformismo ante as desgraças e desesperos dos muitos Severinos.
C) O êxodo do sertão em busca do litoral não é uma solução para o retirante, pois na cidade grande encontra sempre a mesma morte severina, como revelam os dois coveiros.
D) Na cidade grande, quando não encontra uma morte severina, tem que levar uma vida severina, vivendo no meio da lama, comendo os siris que apanha em mocambos infectos.
E) A problemática apresentada em Morte e Vida Severina é basicamente de caráter social e envolve a caótica e degradante situação do homem nordestino, vitimado pelas secas, pela fome e pela miséria.
11. (UFOP) A respeito do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é incorreto dizer que:
(A) incorporando romances e histórias populares do Nordeste brasileiro, é um texto cuja vinculação com os mistérios e moralidades medievais é bastante nítida.
(B) tem fortes particularidades de um metateatro, principalmente na construção da personagem Palhaço.
(C) apresenta uma longa rubrica inicial, com precisas indicações para o diretor, para o cenógrafo e para o sonoplasta.
(D) desprezando a cultura religiosa das personagens que habitam seu cenário, tem um desfecho inverossímil e incompatível com o contexto que representa.
(E) é um texto estruturado com excepcional dinamismo, dado que os diálogos são curtos e as ações muito rápidas.
12. (UFOP) Sobre a construção das personagens do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é incorreto afirmar que:
(A) João Grilo, como protagonista, é um herói no sentido mais clássico do termo, uma vez que combina peculiaridades do herói trágico (a grandeza, p. ex.) e do herói épico (a coragem, p. ex.).
(B) o Diabo é uma alegoria que detém uma grande funcionalidade, contrastando vivamente com Manuel e com a Compadecida.
(C) o Padeiro e sua mulher demonstram claramente que o sistema moral da sociedade está totalmente comprometido com o sistema econômico.
(D) a Compadecida, justificando a metonímia com a qual é designada, apresenta-se como a maior e a melhor advogada de João Grilo.
(E) o Padre e o Bispo são verdadeiras caricaturas dos maus sacerdotes, o que justifica os traços fortes com que são compostos.
(UEL) As questões de 13 a 15 referem-se ao texto abaixo.
João Grilo: Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em verso. Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando.)
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.
Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu?
João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta de respeito!
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Valha-me.
Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré.
Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida, entra.
Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete!
João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o verso que eu recitei?
A Compadecida: Não, João, porque eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. Quem gosta de tristeza é o diabo.
João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a gente, dizendo que é falta de respeito.
A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado.
Encourado: Protesto.
Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou.
(...) Fonte: Auto da Compadecida. 15 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979.
13. A obra Auto da Compadecida foi escrita para o teatro:
a) Por João Cabral de Mello Neto e aborda temas recorrentes do Nordeste brasileiro.
b) E seu autor, Ariano Suassuna, aborda o tema da seca que sempre marcou o Nordeste.
c) Pelos autores do ciclo armorial, abordando temas religiosos e costumes populares.
d) Por Ariano Suassuna, tendo como base romances e histórias populares do Nordeste brasileiro.
e) Por João Cabral de Mello Neto e aborda temas religiosos divulgados pela literatura de cordel.
14. Ao humanizar personagens como Manuel e a Compadecida, o autor pretende:
a) Denunciar o lado negativo do clero, na religião católica.
b) Exaltar o sentimento da justiça divina ao contemplar os simples de coração.
c) Mostrar um sentimento religioso simples e humanizado, mais próximo do povo.
d) Retratar o sentimento religioso do povo nordestino, numa visão iconoclasta.
e) Fazer caricatura com as figuras de Cristo e de Nossa Senhora.
15. Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a obra, as personagens João Grilo e Chicó identificam-se com:
a) Os bobos da corte da Idade Média.
b) Os palhaços dos circos populares.
c) As figuras de arlequim e pierrô da tradição romântica universal.
d) Tipos humanos autenticamente brasileiros.
e) Figuras lendárias da literatura popular nordestina, semelhantes a Lampião e Padre Cícero.
16.(UFMG) Todas as referências a O Mulato, de Aluísio Azevedo, estão certas, exceto:
a) Embora realizado conforme os padrões do Realismo, o final do romance ainda reflete os desenlaces característicos das narrativas românticas.
b) Com traços exagerados de caricatura, o Cônego Dias encarna, de forma virulenta, a hipocrisia religiosa, evidenciando o anticlericalismo da obra.
c) Um dos pontos altos do realismo de Aluísio Azevedo, neste romance, é a descrição da festa de Maria Bárbara, verdadeiro painel de costumes da sociedade maranhense.
d) Os contos publicados por Raimundo em São Luís, como a própria narrativa de Aluísio Azevedo, pintavam realisticamente os hábitos e os tipos ridículos do Maranhão.
17.(PUC-PR) Uma das características do Naturalismo é o determinismo. Assinalea alternativa que contém o exemplo correto para essa característica, tendo como base a leitura de “O Mulato” de Aluísio Azevedo.
a) Determinismo é apresentar a vida como ela é.
b) Determinismo é a tendência de imitar a realidade.
c) O destino das personagens está subordinado às condições de raça, meio e momento histórico.
d) O narrador determina qual é o conflito que viverão as personagens.
e) A paisagem e as personagens obedecem a uma ordem científica.
18.(UFLA) Com relação à obra O Mulato julgue as proposições apresentadas e, a seguir, marque a alternativa CORRETA.
I. Podem ser identificados alguns elementos naturalistas, como o anticlericalismo, projetado na figura do cônego Diogo, devasso, hipócrita e assassino.
II. Há fortes “resíduos” românticos, já que o autor toma partido do mulato, idealizando-o exageradamente e descrevendo-o como ingênuo e bondoso.
III. A trama da narração é romântica e desenvolve o velho chavão romântico da história de amor que as tradições e o preconceito impedem de se realizar.
a) Apenas as proposições I e II estão corretas.
b) Apenas as proposições II e III estão corretas.
c) Todas as proposições estão corretas.
d) Nenhuma proposição está correta.
e) Apenas as proposições I e III estão corretas.
19.Examine as frases abaixo e responda tendo como base o romance “O Mulato”, de Aluísio Azevedo.
I   – Os representantes do Naturalismo faz aparecer na sua obra dimensões metafísica do homem, passando a encará-lo como um complexo social examinando à luz da psicologia.
II –  No Naturalismo, as tentativas de submeter o Homem a leis determinadas são consequências das ciências, na segunda metade do século XIX.
III – Na seleção de “casos” a serem enfocados, os naturalistas demonstram especial aversão pelo anormal e pelo patológico.
Pode-se dizer corretamente que:
a) só a I está certa;
b) só a II está certa;
c) só a III está certa;
d) existem duas certas;
e) nenhuma está certa.
20. Católica de Salvador-BA É uma característica naturalista evidenciada no livro “O Mulato:
a) Prevalência dos meios sobre os fins.
b) Denúncia das desigualdades sociais.
c) Preferência por grupos sociais marginalizados.
d) Ênfase na satisfação de necessidades instintivas.
e) Similaridade entre o comportamento humano e o instinto animal
21.Algumas características do texto acima, como preocupação com a observação e a análise crua da realidade, o esmero ao configurar para o leitor a miserabilidade do quadro físico e humano de uma cidade pobre, levaram estudiosos a classificá-lo como iniciador, entre nós, do movimento literário denominado:
a) Arcadismo.
b) Naturalismo.
c) Simbolismo
d) Romantismo.
e) Classicismo.
22.(UCP-PR) Eixos dramáticos ao redor dos quais se desenvolve a trama romanesca de O mulato, romance de Aluísio Azevedo:
a)     A doença sem cura da heroína e a embriaguez.
b)    A marginalidade do mulato e o anticlericalismo.
c)     A saúde deficiente e precária do mulato e a decadência da sociedade burguesa.
d)    O comportamento geneticamente desavergonhado do mulato e o fanatismo religioso.
e)     O desprendimento inabalável da heroína e a fidelidade à memória do amado.
O mulato
Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramática do Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos de francês e tocava modinhas sentimentais ao violão e ao piano. Não era estúpida; tinha a intuição perfeita da virtude, um modo bonito, e por vezes lamentara não ser mais instruída. Conhecia muitos trabalhos de agulha; bordava como poucas, e dispunha de uma gargantazinha de contralto que fazia gosto de ouvir.
 Uma só palavra boiava à superfície dos seus pensamentos: “Mulato”. E crescia, crescia, transformandose em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu passado. Ideia parasita, que estrangulava todas as outras ideias.
 — Mulato!
 Esta só palavra explicava-lhe agora todos os mesquinhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão usara para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas famílias a quem visitara; as reticências dos que lhe falavam de seus antepassados; a reserva e a cautela dos que, em sua presença, discutiam questões de raça e de sangue. AZEVEDO, A. O Mulato. São Paulo: Ática, 1996 (fragmento).
23. O texto de Aluísio Azevedo é representativo do Naturalismo, vigente no final do século XIX. Nesse fragmento, o narrador expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois
a)relaciona a posição social a padrões de comportamento e à condição de raça.
b) apresenta os homens e as mulheres melhores do que eram no século XIX.
c) mostra a pouca cultura feminina e a distribuição de saberes entre homens e mulheres.
d) ilustra os diferentes modos que um indivíduo tinha de ascender socialmente.
e) critica a educação oferecida às mulheres e os maus-tratos dispensados aos negros.
24. Nas alternativas seguintes identificam-se elementos naturalistas abordados na obra “O  Mulato”, de  Aluísio
Azevedo, EXCETO:
(A) A descrição de Ana Rosa, uma fêmea unicamente preocupada com suas funções de procriação. “(…) a
missão sagrada de procriar muitos filhos (…) alimentados com seu leite, (…)” (instinto animal)
(B) O confronto entre o pai e a avó de Ana Rosa com o casal (Ana e Raimundo), “(…) ele vem, pede-ma em
casamento; vou eu – nego-lha!” “(…) Casar minha neta com o filho de uma negra? (…)” (preconceito racial)
(C) A forma como o autor caracteriza o protagonista  – cuja tez amulatada nem sequer lhe compromete as  feições do rosto. “(…) tez morena e amulatada, mas fina; (…)” (idealismo)
(D) A atitude do cônego Diogo, devasso, hipócrita e assassino, ao tramar de maneira dissimulada o assassinato de Raimundo “(…) – Calma! Calma! aconselhou o cônego, (…) Vamos ver o que se pode arranjar! só para a morte não há remédio! (…)” (anticlericalismo)
25.”Raimundo tinha vinte e seis anos e seria um tipo acabado de brasileiro, se não foram os grandes olhos azuis, que puxara do pai. Cabelos muito pretos, lustrosos e crespos; tez morena e amulatada, mas fina; dentes claros que reluziam sob a negrura do bigode; estatura alta e elegante; pescoço largo, nariz direito e fronte espaçosa. A parte mais característica de sua fisionomia eram os olhos grandes, ramalhudos, cheios de sombras azuis; pestanas eriçadas e negras, pálpebras de um roxo vaporoso e úmido; as sobrancelhas muito desenhadas no rosto, como a nanquim, faziam sobressair a frescura da epiderme, que, no lugar da barba raspada, lembrava os tons suaves e transparentes de uma aquarela sobre papel de arroz.”
Essa descrição de Raimundo, personagem de O Mulato, romance naturalista de Aluísio Azevedo.
a) A descrição pormenorizada do personagem manifesta a preocupação com o determinismo físico.
b) A descrição detalhada é imprescindível para determinar a superioridade física da personagem.
c) A descrição física, na qual predomina a mistura de duas etnias, há o propósito de romper o conflito racial.
d) Detalhou-se a descrição física do personagem para comprovar sua superioridade racial perante os demais.
e) A descrição física não é relevante para o Naturalismo, pois importa é a essência do indivíduo.

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