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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Aula 1 – Tarifação de Energia Elétrica na Indústria
Prof. José Sâmia Jr.
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1 – INTRODUÇÃO:
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 A Energia Elétrica é a forma de energia mais consumida nos processos produtivos.
 Algumas alternativas para a eficiencia energética não são implantadas devido aos elevados custos, quando comparados aos possíveis decréscimos nas faturas de energia elétrica. Logo, compreender como são calculadas essas faturas é um fator importante para tomar decisões corretas em projetos de eficiência energética.
 O resultado de uma análise das faturas de energia elétrica, durante um intervalo de tempo significativo (12 meses), permite uma adequação das tarifas aplicadas à demanda do consumidor, podendo gerar uma economia substancial nas despesas com energia elétrica. 
 Resolução ANEEL no. 414, de 9 de setembro de 2010: estabelece de forma atualizada e consolidada as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica.
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2 – DEFINIÇÕES E CONCEITOS:
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Consumo de Energia Elétrica: Quantidade de potência elétrica (kW) consumida em um intervalo de tempo, expresso em quilowatt-hora (kWh). No caso de um equipamento elétrico o valor é obtido através do produto da potência do equipamento pelo seu período de utilização. 
 Demanda: Média das potências elétricas ativas ou reativas, expresso em quilowatt (KW), solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, sendo que, para o faturamento este tempo é de 15 minutos.
 Demanda Medida: maior demanda de potência ativa, verificada por medição, integralizada no intervalo de 15 (quinze) minutos durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
 Demanda Contratada: demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela concessionária, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e que deverá ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).
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2 – DEFINIÇÕES E CONCEITOS (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Demanda de Ultrapassagem: parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em quilowatts (kW).
 Fator de Carga: é a relação entre as demandas média e máxima do sistema, correspondentes a um período de tempo Δt.
 Horário de Ponta: é o período de 3 (três) horas consecutivas exceto sábados, domingos e feriados nacionais, definido pela concessionária, em função das características de seu sistema elétrico. O horário de Ponta estabelecido é das 17h30 às 20h30. Em algumas modalidades tarifárias, nesse horário a demanda e o consumo de energia elétrica têm preços mais elevados.
 Horário Fora de Ponta: Corresponde às demais 21 horas do dia, que não sejam às referentes ao horário de ponta.
 Período Seco (S): período de 7 (sete) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de maio a novembro.
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2 – DEFINIÇÕES E CONCEITOS (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Período Úmido (U): período de 5 (cinco) meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos pelas leituras de dezembro de um ano a abril do ano seguinte.
 Consumidor livre: segundo a ANEEL, é aquele que, atendido em qualquer tensão, tenha exercido a opção de compra de energia elétrica, conforme as condições previstas nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995 Decreto n. 5.163, de 30 julho de 2004 (Diário Oficial, de 30 jul. 2004, seção 1, p.1). Fábricas, shoppings, indústrias que estão enquadrados nesta categoria podem hoje escolher de quem comprar energia.
 Tarifa: Preço da unidade de energia elétrica (R$/KWh) e/ou da demanda de potência ativa (R$/kW). 
 Tarifa Binômia: Conjunto de tarifas de fornecimento, constituído por preços aplicáveis ao consumo de energia elétrica ativa (kWh) e à demanda faturável (kW). Esta modalidade é aplicada aos consumidores do Grupo A (alta tensão). 
 Tarifa Monômia: Tarifa de fornecimento de energia elétrica, constituída por preços aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica ativa (kWh). Esta tarifa é aplicada aos consumidores do Grupo B (baixa tensão).
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3 – FATOR DE POTÊNCIA:
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
Mede a eficiência da utilização da energia elétrica, através da relação das potências. Varia de 0 à 1,0 e é adimensional. Quanto maior o valor, melhor a eficiência.
3.1 - Componentes de Potência envolvidas:
 Potência Ativa (P): potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento, etc. É medida em kW (quilowatt). 
 Potência Reativa (Q): potência usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas. É medida em kvar (quilo volt-ampère reativo). Neste caso existe a dualidade entre os tipos de reatância (*), daí ser atribuído o sinal positivo à Potência reativa Indutiva e o negativo à Potência reativa Capacitiva.
 Potência Aparente (S): potência total fornecida pela fonte. A unidade é o KVA (quilo volt-ampère).
(*) parte da impedância (medida da capacidade de resposta de um circuito elétrico percorrido por uma corrente alternada) total de um circuito de corrente alternada que não é devida à resistência pura, mas sim à capacitância e à indutância associadas ao circuito.
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3 – FATOR DE POTÊNCIA (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
3.2 - Características das Carga:
 Cargas resistivas: Ondas de tensão (V) e corrente (I) para uma corrente alternada em fase. A carga possui característica resistiva (se senoidal perfeita, FP=1). Ângulo de fase φ=0°.
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3 – FATOR DE POTÊNCIA (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Cargas indutivas: tais como motores e transformadores (equipa-mentos com bobinas) produzem potência reativa com a onda de corrente atrasada em relação à tensão. A carga possui característica indutiva, FP<1 (atrasado).
 Cargas capacitivas: Cargas capacitivas tais como bancos de capacitores excessivos ou cabos elétricos enterrados produzem potência reativa com corrente adiantada em relação à tensão. Onda de corrente (I) adiantada em relação à onda de tensão (V). A carga possui característica capacitiva, FP<1 (adiantado).
Ambos os tipos de carga absorverão energia durante parte do ciclo de corrente alternada, e circulam entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando um espaço no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa. 
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3 – FATOR DE POTÊNCIA (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
3.3 - Definição: 
Defini-se então o fator de potência como a razão entre a potência ativa e a potência aparente, ou seja, o cosseno da ângulo entre as duas potências no triângulo das potências. Ele indica a eficiência do uso da energia. Um alto fator de potência indica uma eficiência alta e inversamente, um fator de potência baixo indica baixa eficiência energética. Um triângulo retângulo é frequentemente utilizado para representar as relações entre kW, kvar e kVA, conforme a Fig. abaixo.
Obs.:
Período de medição de Energia Reativa Indutiva (I) - intervalo compreendido das 6h00 às 24h00 horas.
Período de medição de Energia Reativa Capacitiva (C) - intervalo compreendido das 24h00 às 6h00 horas.
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3 – FATOR DE POTÊNCIA (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
3.4 - Causas e Consequências de um Baixo FP:
 Causas:
 Cargas indutivas 
 Transformadores e motores operando na condição de baixo carregamento 
 Excesso de cargas capacitivas 
 Consequências:
 Maiores perdas por efeito Joule devido à circulação da potência reativa no sistema elétrico. 
 Redução do aproveitamentodas capacidades dos transformadores 
 Aquecimento dos cabos 
 Fatura de energia elétrica mais cara (consumo e multas)
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3 – FATOR DE POTÊNCIA (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
3.5 – Principais medidas para melhorar o FP:
 Instalação de bancos de capacitores. O efeito do banco de capacitores consiste em contrabalançar o atraso da corrente em relação à tensão, ocasionado pelo caráter indutivo da carga, através do fornecimento de corrente adiantada em relação à tensão.
 Redimensionamento de transformadores e motores elétricos.
 Instalação de máquinas síncronas: máquinas síncronas operando como motores ou geradores têm a capacidade de correção do fator de potência.
3.6 – Legislação Brasileira sobre o FP:
No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL estabelece que o fator de potência nas unidades consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo das 00h:00 até 06h:00 e 0,92 indutivo durante as outras 18 horas do dia. Esse limite é determinado pelo Artigo nº 95 da Resolução ANEEL nº414 de 09 de setembro de 2010, e quem descumpre está sujeito a uma espécie de multa que leva em conta o fator de potência medido e a energia consumida ao longo de um mês, cobrados na conta de energia elétrica como ERE-Energia Reativa Excedente.
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4 – CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES:
 
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
No Brasil, as unidades consumidoras são classificadas em dois grupos tarifários: Grupo A, que tem tarifa binômia e Grupo B, que tem tarifa monômia. O agrupamento é definido, principalmente, em função do nível de tensão em que são atendidos e também, como conseqüência, em função da demanda (kW). 
 Grupo B: As unidades consumidoras atendidas em tensão abaixo de 2.300 volts são classificadas no Grupo B (baixa tensão). Em geral, estão nesta classe as residências, lojas, agências bancárias, pequenas oficinas, edifícios residenciais, grande parte dos edifícios comerciais e a maioria dos prédios públicos federais, uma vez que, na sua maioria são atendidos nas tensões de 127 ou 220 volts. 
O Grupo B é dividido em sub-grupos, de acordo com a atividade do consumidor, conforme apresentados a seguir: 
 Subgrupo B1 – residencial e residencial baixa renda; 
 Subgrupo B2 – rural e cooperativa de eletrificação rural; 
 Subgrupo B3 – demais classes; 
 Subgrupo B4 – iluminação pública.
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4 – CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES:
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Grupo A: Os consumidores atendidos em alta tensão, acima de 2300 volts, como indústrias, shopping centers e alguns edifícios comerciais, são classificados no Grupo A. 
Esse grupo é subdividido de acordo com a tensão de atendimento, como mostrado a seguir. 
 Subgrupo A1 para o nível de tensão de 230 kV ou mais; 
 Subgrupo A2 para o nível de tensão de 88 a 138 kV; 
 Subgrupo A3 para o nível de tensão de 69 kV; 
 Subgrupo A3a para o nível de tensão de 30 a 44 kV; 
 Subgrupo A4 para o nível de tensão de 2,3 a 25 kV; 
 Subgrupo AS para sistema subterrâneo.
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5 – MODALIDADES DE ESTRUTURAS TARIFÁRIAS:
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Define-se estrutura tarifária como sendo o conjunto de tarifas aplicáveis aos componentes de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência ativa, de acordo com a modalidade de fornecimento. 
 No Brasil, as tarifas do Grupo A são constituídas em três modalidades de fornecimento, relacionadas a seguir: 
 Estrutura tarifária Convencional; 
 Estrutura tarifária horo-sazonal Verde; 
 Estrutura tarifária horo-sazonal Azul.
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
5.1 – Estrutura Tarifária Convencional:
 O enquadramento na estrutura tarifária Convencional exige um contrato específico com a concessionária, no qual se pactua um único valor da demanda pretendida pelo consumidor (Demanda Contratada), independentemente da hora do dia (ponta ou fora de ponta) ou período do ano (seco ou úmido). 
 Os consumidores do Grupo A, sub-grupos A3a, A4 ou AS, podem ser enquadrados na estrutura tarifária Convencional quando a demanda contratada for inferior a 300 kW, desde que não tenham ocorrido, nos 11 meses anteriores, 3 (três) registros consecutivos ou 6 (seis) registros alternados de demanda superior a 300 kW. 
 A fatura de energia elétrica desses consumidores é composta da soma de parcelas referentes ao consumo, demanda e, caso exista, demanda de ultrapassagem. 
 A parcela de consumo é calculada multiplicando-se o consumo medido pela Tarifa de Consumo:
Pconsumo = Tarifa de Consumo x Consumo Medido
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
5.1 – Estrutura Tarifária Convencional (cont.):
 A parcela de demanda é calculada multiplicando-se a Tarifa de Demanda pela Demanda Contratada ou pela demanda medida (a maior delas): 
 A parcela de ultrapassagem é cobrada apenas quando a demanda medida ultrapassa em mais de 5% a Demanda Contratada. Calcula-se multiplicando a Tarifa de Ultrapassagem pelo valor da demanda medida que supera a Demanda Contratada: 
 Na estrutura tarifária Convencional, a Tarifa de Ultrapassagem corresponde a duas vezes a Tarifa de Demanda normal contratada.
Pdemanda = Tarifa de Demanda x Demanda Contratada
Pultrapassagem = Tarifa de Ultrapassagem x (Demanda Medida - Demanda Contratada)
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
5.2 – Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Verde:
 A opção de enquadramento na estrutura tarifária Verde somente é possível para as unidades consumidoras do Grupo A, sub-grupos A3a, A4 e AS. 
 Essa modalidade tarifária exige um contrato específico com a concessionária, no qual se pactua a demanda pretendida pelo consumidor (‘Demanda Contratada’), independentemente da hora do dia (ponta ou fora de ponta). Embora não seja explícita, a Resolução 456 permite que sejam contratados dois valores diferentes de demanda, um para o período seco e outro para o período úmido.
 A fatura de energia elétrica desses consumidores é composta da soma de parcelas referentes ao consumo (na ponta e fora dela), demanda e ultrapassagem.
 A parcela de consumo é calculada através da expressão abaixo, observando-se, nas tarifas, o período do ano:
Pconsumo = Tarifa de Consumo na ponta x Consumo Medido na Ponta +
Tarifa de Consumo fora de Ponta x Consumo Medido fora de Ponta
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
5.2 – Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Verde (cont.):
 No período seco (maio a novembro) as tarifas de consumo na ponta e fora de ponta são mais caras que no período úmido.
 A parcela de demanda é calculada multiplicando-se a Tarifa de Demanda pela Demanda Contratada ou pela demanda medida (a maior delas), caso esta não ultrapasse em mais de 5% a Demanda Contratada:
 A tarifa de demanda é única, independente da hora do dia ou período do ano.
 De acordo com a Resolução ANEEL 414, a parcela de ultrapassagem é cobrada apenas quando a demanda medida ultrapassa em mais de 5% a Demanda Contratada. É calculada multiplicando-se a Tarifa de Ultrapassagem (2x o valor da tarifa normal de fornecimento) pelo valor da demanda medida que supera a Demanda Contratada:
Pdemanda = Tarifa de Demanda x Demanda Contratada
Pultrapassagem = Tarifa de Ultrapassagem x (Demanda Medida - Demanda Contratada)
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
5.2 – Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Verde (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Esta estrutura de tarifa de energia é opcional para os consumidores dos subgrupos A3a, A4 e AS e obrigatória para os consumidores dos subgrupos A1, A2 e A3. No contrato celebrado entre o consumidor e a distribuidora deve ser definido uma demanda para o horário de ponta e outra para o horário fora de ponta.
 Essa modalidade tarifária exige um contrato específico com a concessionária, no qualse pactua tanto o valor da demanda pretendida pelo consumidor no horário de ponta (Demanda Contratada na Ponta) quanto o valor pretendido nas horas fora de ponta (Demanda Contratada fora de Ponta). Embora não seja explícita, a Resolução 456 permite que sejam contratados valores diferentes para o período seco e para o período úmido.
 A fatura de energia elétrica desses consumidores é composta pela soma de parcelas referentes ao consumo e demanda e, caso exista, ultrapassagem. Em todas as parcelas observa-se a diferenciação entre horas de ponta e horas fora de ponta.
5.3 – Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Azul:
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 A parcela de consumo é calculada através da expressão abaixo, observando-se, nas tarifas, o período do ano:
 As tarifas de consumo na ponta e fora de ponta são diferenciadas por período do ano, sendo mais caras no período seco (maio a novembro).
 A parcela de demanda é calculada somando-se o produto da Tarifa de Demanda na ponta pela Demanda Contratada na ponta (ou pela demanda medida na ponta, de acordo com as tolerâncias de ultrapassagem) ao produto da Tarifa de Demanda fora da ponta pela Demanda Contratada fora de ponta (ou pela demanda medida fora de ponta, de acordo com as tolerâncias de ultrapassagem):
Pconsumo = Tarifa de Consumo na Ponta x Consumo Medido na Ponta +
Tarifa de Consumo fora de Ponta x Consumo Medido fora de Ponta
5.3 – Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Azul (cont.):
Pdemanda = Tarifa de Demanda na Ponta x Demanda Contratada na Ponta +
Tarifa de Demanda fora de Ponta x Demanda Contratada fora de Ponta
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 A parcela de ultrapassagem é cobrada apenas quando a demanda medida ultrapassa a Demanda Contratada acima dos limites de tolerância de 5% da Demanda Contratada. O valor desta parcela é obtido multiplicando-se a Tarifa de Ultrapassagem pelo valor da demanda medida que supera a Demanda Contratada:
 As tarifas de ultrapassagem são diferenciadas por horário, sendo mais caras nas horas de ponta.
5.3 – Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Azul (cont.):
Pultrapassagem = Tarifa de Ultrapassagem na Ponta x (Demanda Medida na Ponta - Demanda Contratada na Ponta) + Tarifa de Ultrapassagem fora de Ponta x (Demanda Medida fora de Ponta - Demanda Contratada fora de Ponta)
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
5.3 – Estrutura Tarifária Horo-Sazonal Azul (cont.):
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Federais:
 PIS/PASEP (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) tem como finalidade o financiamento do programa do Seguro-Desemprego e o abono aos empregados que recebem até dois salários mínimos mensais. Gira em torno de 1% do valor da conta.
 
 COFINS (Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social) foi instituído pela Lei Complementar n° 70, de 30 de dezembro de 1991, destinado a financiar as despesas das áreas de Saúde, Previdência e Assistência Social. Gira em torno de 4% do valor da conta.
 Estadual:
 ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços), é regulamentado pelo código tributário de cada estado, ou seja, estabelecido em lei pelas casas legislativas. Por esta razão são variáveis. No estado de São Paulo é de 18% do valor da conta.
 
6 – TRIBUTOS APLICÁVEIS AO SETOR ELÉTRICO:
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1
 Municipal:
 CIP (Contribuição para Custeio do serviço de Iluminação Pública), prevista no artigo 149-A da Constituição Federal de 1988 estabelece, entre as competências dos municípios, dispor, conforme lei específica aprovada pela Câmara Municipal, a forma de cobrança e a base de cálculo da CIP. Assim, é atribuída ao Poder Público Municipal toda e qualquer responsabilidade pelos serviços de projeto, implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública.
6 – TRIBUTOS APLICÁVEIS AO SETOR ELÉTRICO:
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BILIOGRAFIA:
 http://www.edpbr.com.br/distribuicao-sp/saiba-mais/informativos;
 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3095674/mod_resource/content/1/SEL0437_Aula03_Tarifacao_parteI_2017.pdf;
 http://www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/Manual%20de%20Tarif%20En%20El%20-%20Procel_EPP%20-%20Agosto-2011.pdf;
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Tri%C3%A2ngulo_de_pot%C3%AAncias;
http://www.engeletrica.com.br/novo-site/fatordepotencia-manual-fatordepotencia.html;
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TÓPICOS COMPLEMENTARES DE ENERGIA ELÉTRICA
AULA - 1

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