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Gramática Aplicada da Língua Portuguesa

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Gramática Aplicada da Língua Portuguesa 
 
 
 
1:​ Por que nem todas os enunciados têm a mesma importância para a 
mesma exposição gramatical? 
 
• Por que apesar de tão variadas formas por que se apresentam os 
enunciados, há traços comuns que devem ser ressaltados ​[AL. 1,256 ]: 
• ​ ​São mensagens completas e de acordo com a situação em que se 
acham falante e ouvinte. 
• São unidades sequenciais delimitadas por um silêncio precedente a 
ele e uma pausa final. 
• São proferidos com um contorno melódico particular. 
Esta curva de entonação é o significante ou expressão material que 
ecova a modalidade de intenção comunicativa do enunciado (significado 
ôntico) que o falante quer transmitir ao seu interlocutor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2:​ Significados das orações e sua importância para a gramática. 
 
• ​Oração ​é um grupo de palavras estruturado cujo núcleo é o verbo. 
Uma ​Oração​ é uma Frase, mas uma Frase não é uma oração. 
Oração ​é a forma de organizar as palavras, expressando as ideias. O 
verbo é necessário na oração; pode estar elíptico, ou seja, não constar 
na oração. A ideia de verbo também pode ser indicada por uma locução 
adverbial. 
Oração é um segmento lingüístico caracterizado basicamente: 
1. ​pela presença obrigatória do verbo (ou locução verbal), e 
2. pela propriedade de se tornar, ela mesma, um objeto de análise 
sintática 
A maioria dos gramáticos da língua portuguesa costuma atribuir à 
oração uma qualidade discursiva bastante particular que é a de 
expressar um conteúdo informativo na forma de uma construção dotada 
de verbo. Independentemente de essa construção expressar um sentido 
acabado no discurso oral ou escrito, o verbo torna-se fundamental para 
caracterizar a oração; por isso, a determinação de que o verbo é o 
núcleo de uma oração. 
Oração – Tipos 
Absoluta –​ é a que forma um período simples 
Coordenada – mantém com outra uma relação sintática de 
independência 
Subordinada – é aquela que depende sintaticamente de outra oração 
(OP) 
Principal –​ é aquela da qual a oração subordinada depende 
Intercalada – ​é independente e de cunho esclarecedor (“Meu pai – 
Deus o guarde – mostrou-me o caminho do bem”). 
Tipos de orações coordenadas 
Aditivas – relacionam pensamentos similares – e e nem, a primeira une 
duas afirmações; a segunda (+e não), une duas negações (Não veio 
nem telefonou). 
Adversativas – relacionam pensamentos contrastantes – mas 
(adversativa por excelência), porém, todavia, contudo, entretanto, no 
entanto (marcam uma espécie de concessão atenuada) (A estrada era 
perigosa, entretanto todos queriam visitá-la). 
Alternativa – relacionam pensamentos que se excluem – ou, ora … ora, 
quer … quer, já … já, seja … seja (Ora chama pela mãe, ora procura o 
pai) 
Conclusiva – ​relacionam pensamentos tais, que o segundo encerra a 
conclusão do enunciado do primeiro – logo, portanto, pois, por 
conseguinte, conseqüentemente etc. (Falta carne no mercado, portanto 
conheça a comida vegetariana). 
Explicativa – relacionam pensamentos em sequência justificativa, de tal 
forma que a segunda frase explica a razão de ser da primeira – que, 
pois, porque, porquanto (Vou sair, que aqui está muito abafado). 
Observações 
A conjunção aditiva e pode aparecer com valor adversativo (“É ferida 
que dói e não se sente.”) e conclusivo (Ele estudou muito e passou no 
concurso) 
Oração principal: ​é um tipo de oração que no período não exerce 
nenhuma função sintática e tem associada a si uma oração 
subordinada. 
Oração subordinada: é toda oração que se associa a uma oração 
principal e exerce uma função sintática (sujeito, objeto, adjunto adverbial 
etc.) em relação à oração principal. 
As orações subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor 
ou função, em: 
Orações subordinadas substantivas 
Inicialmente, diga-se que são aquelas orações subordinadas que 
exercem as seguintes funções: ​sujeito, objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal, predicado nominal e aposto. 
As orações subordinadas substantivas podem ser de seis 
espécies: 
1ª. Subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito em 
relação a outra oração. 
2ª. ​Objetivas diretas: ​são aquelas que exercem a função de objeto 
direto de outra oração. 
3ª. ​Objetivas indiretas: são aquelas que exercem a função de objeto 
indireto de outra oração, isto é, ligam-se à oração principal mediante 
preposição. 
4ª. ​Completivas nominais: são aquelas que completam o sentido de 
um substantivo, adjetivo ou advérbio. 
5ª. ​Predicativas: são aquelas que funcionam como predicativo do 
sujeito. 
6ª.​ ​Apositivas:​ são aquelas que funcionam como aposto. 
Orações subordinadas adjetivas 
A oração que modifica um substantivo de outra oração é denominada 
oração subordinada adjetiva. Em geral, tais orações são introduzidas 
por pronome relativo. 
Exemplo: ​O garoto que era risonho tornou-se um garoto sisudo. 
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, as orações 
subordinadas adjetivas exercem a função sintática de adjunto adnominal 
de um termo da oração principal. 
As orações subordinadas adjetivas são de duas espécies: 
explicativas e restritivas. 
As explicativas são aquelas que indicam qualidade inerente ao 
substantivo a que se referem. Justapõem-se a um substantivo já 
plenamente definido pelo contexto. 
Além disso, as orações adjetivas explicativas podem ser eliminadas sem 
prejuízo do sentido. Têm função meramente estilística. 
As orações subordinadas adverbiais são dos seguintes tipos: 
causais, comparativas, consecutivas, concessivas, condicionais, 
conformativas, finais, proporcionais e temporais. 
Termos da Oração 
Os termos da oração podem ser classificados em três tipos: 
Termos essenciais da oração 
São os termos necessários para a formação das orações. 
Confira quais são os termos essenciais: 
Sujeito: ​termo da oração no qual se enuncia alguma coisa; 
Predicado:​ termo da oração que se refere ao sujeito. 
Termos integrantes da oração 
Esses termos integram (completam) o significado dos termos essenciais 
(sujeito e predicado). 
Os três termos integrantes da oração são: 
Agente da passiva: ​indica quem praticou a ação de um verbo na voz 
passiva; 
Complemento nominal: completa o sentido do adjetivo, do advérbio ou 
do substantivo; 
Complemento verbal: ​completa o sentido dos verbos transitivos. 
Termos acessórios da oração 
Diferentemente dos termos essenciais, os termos acessórios são 
necessários em apenas alguns contextos. 
As funções desses termos são qualificar um ser, exprimir alguma 
circunstância e determinar os substantivos. 
A seguir listarei os termos acessórios: 
Adjunto Adnominal: termo que caracteriza, modifica, determina ou 
qualifica um substantivo; 
Adjunto Adverbial: ​termo que altera o sentido do verbo, do adjetivo ou 
do advérbio; 
Aposto: ​explica, resumi, enumera ou especifica um outro termo; 
Vocativo: ​utilizado para referir-se ao interlocutor. 
A ORAÇÃO 
Todo enunciado que apresenta verbo é uma oração. Logo, o verbo é o 
núcleo de qualquer estrutura oracional. Por conseguinte, a análise 
sintática de uma oração exige que partamos do verbo. Ora os verbos 
apresentam complementos verbais, ora não apresentam complementosverbais. 
São complementos verbais: objeto direto e objeto indireto. O estudo 
dos complementos verbais é chamado de predicação verbal. 
Os auditores ​analisaram​ os balancetes. 
O exemplo acima é uma oração, pois foi empregado o verbo analisar. É 
a expressão de uma ação. Está flexionado no pretérito perfeito simples 
do modo indicativo. Contextualiza-se, portanto, a prática de uma ação, o 
tempo em que essa ação ocorreu, o agente da ação e o referente 
passivo à ação executada pelo sujeito agente. 
O fiscal ​está apurando​ as denúncias. 
Temos também uma oração. Trata-se do verbo apurar na forma 
composta. está é o seu auxiliar. E apurando é o verbo principal no 
gerúndio. Trata-se de uma locução verbal. 
Os relatórios ​que foram analisados comprometem a candidatura de 
Luíza. 
Cada verbo é uma oração. Temos acima duas orações. Os termos 
grifados constituem a primeira oração, com um verbo na forma simples. 
O termo em negrito constitui a segunda oração. Nesta, o verbo analisar 
está na forma composta, ou seja, verbo auxiliar + verbo principal no 
particípio. A oração em ​negrito integra o sujeito do verbo 
comprometem. 
Oração – Estrutura 
Uma das dificuldades enfrentadas pelos que buscam entender a 
estrutura da oração com base nas gramáticas tradicionais é a forma 
pela qual se distribuem os chamados ​termos da oração​. A clássica 
tripartição desses termos em ​essenciais​,​integrantes e ​acessórios ​não 
contribui para uma visão das relações entre os constituintes da oração, 
além de induzir o aluno a pensar que os chamados termos ​essenciais 
são mais importantes do que os demais. 
 
3: ​Diferencie e exemplifique: 
 
(a) Sintaxe de concordância; 
 
• ​Sintaxe – O que é 
Significa,etimologicamente,ordenação, disposição,organização e tem 
sido entendida como o conjunto das propriedades das estruturas que 
estão subjacentes aos enunciados existentes (ou possíveis) numa dada 
língua particular e a descrição dessas estruturas. 
A ​sintaxe é a relação estabelecida entre os elementos linguísticos que 
atuam na formação dos enunciados. 
Assim, a constituição de frases, orações e períodos, considerando-se os 
diversos contextos em que se usa a língua, é o objeto de estudo dessa 
disciplina. De fato, por constituir-se enquanto fenômeno que ativa a 
relação entre os itens linguísticos, atuando na estruturação e 
organização dos textos, a sintaxe assume, entre as diversas correntes 
teóricas que se preocupam com o estudo da linguagem, uma grande 
importância 
A ​Sintaxe compreende estudos dos processos gerativos, combinatórios 
e formadores das frases nas diversas línguas naturais. Sua origem, 
enquanto ramo de estudo da linguagem, remonta aos gregos. Os 
reflexos da tradição fundada pelo filósofo Aristóteles podem ser 
apontados na divisão da frase em sujeito e predicado , concepção ainda 
hoje evidenciada nos estudos veiculados em gramáticas e livros 
didáticos de língua portuguesa. 
A ​Sintaxe de Concordância trata das relações de harmonia gramatical 
entre os termos da frase, relações essas que envolvem gênero e 
número. Quando essas relações se estabelecem entre o sujeito e o 
verbo, elas se referem à concordância verbal. Já as relações entre 
nomes (determinado e determinante) dizem respeito à concordância 
nominal. 
Às vezes, a Norma Culta aceita duas opções de concordância. Embora 
uma pequena minoria social e politicamente influente dite as regras do 
bom falar, a pressão da maioria dos falantes da Língua faz com que, 
ocasionalmente, essas regras sejam quebradas. Os escritores 
modernos também contribuíram no combate à radicalidade da 
Gramática Normativa, que agora chama essas transgressões 
gramaticais de concordância por atração. 
 
 
 
(b) Sintaxe de regência; 
 
• Sintaxe de Regência, que nada mais é do que o emprego (ou não) de 
preposição. 
De um lado, existe um termo REGENTE, ou seja, aquele que exige 
determinada preposição; de outro, o termo REGIDO. Na posição de 
termo regente, pode haver um substantivo, um adjetivo, um advérbio 
(casos de REGÊNCIA NOMINAL) ou um verbo (REGÊNCIA VERBAL). 
A depender do sentido, especialmente nos casos de regência verbal, 
essa preposição pode variar. É o que observamos com o verbo 
ASSISTIR. No sentido de "ver, presenciar", é transitivo indireto e rege a 
preposição "a" (Ele assiste ao jogo de futebol.). Já no sentido de "morar, 
residir", rege a preposição "em" (Ele assiste no município de 
Petrópolis.). Na acepção de "prestar assistência", pode ser transitivo 
direto (sem preposição) ou indireto, com a preposição "a" (para 
memorizar: se é para socorrer, não se preocupe com a preposição - de 
todo jeito estará certo!...rs...). 
Como puderam observar, esse assunto passa necessariamente pela 
análise da transitividade do verbo e também está ligado a "Crase". 
Basta pensar que, se no lado do "TERMO REGENTE", o elemento 
exigir a preposição "a" e, no lado do "TERMO REGIDO", houver outro 
"a" (que pode ser um artigo definido feminino, um pronome 
demonstrativo, um pronome relativo "a qual/as quais"), haverá o 
encontro de dois "as", ocorrendo o fenômeno de crase, que deve ser 
indicado com o emprego do acento grave (à).​. 
 
(c) Sintaxe de colocação; 
 
• ​A ​Sintaxe de Colocação​, também conhecida por Toponímia 
Pronominal, refere-se ao modo correto, segundo a Norma Culta, de 
posicionar as palavras na oração. Essa sintaxe trata mais 
especificamente da posição do pronome pessoal oblíquo e do pronome 
demonstrativo o com relação ao verbo. A definição tradicional menciona 
essa sintaxe como a parte da Gramática Normativa que trata da ordem 
dos termos na oração, e das orações no período. 
 
 
4:​ Morfologia; A constituição das unidades. 
 
• Morfologia significa, com base nos seus elementos de origem, o 
estudo da forma. Mas o que tal definição nos diz acerca de o que vem a 
ser morfologia? Não muito, como veremos. 
Primeiramente, o termo forma pode ser tomado, num sentido amplo, 
como sinônimo de plano da expressão, em oposição a plano do 
conteúdo. 
Nesse caso, a forma compreende dois níveis de realização: os sons, 
destituídos de significado, mas que se combinam e formam unidades 
com significado; e as palavras, as quais por sua vez, têm regras 
próprias de combinação para a composição de unidades maiores. 
Mas a palavra não precisa ser interpretada, necessariamente, como a 
unidade fundamental para representar a correlação entre o plano da 
expressão e o do conteúdo. Podemos atribuir esse papel ao morfema. 
Temos aqui, por conseguinte, duas unidades distintas como possíveis 
centros de interesse de nossos estudos de morfologia. 
• ​Morfologia – O que é 
No sentido exato seria o estudo da forma. 
Em português por exemplo, a parte de morfologia estuda a estrutura das 
palavras. 
Estuda também as classes gramaticais sem se preocupar com o sentido 
das palavras quando inseridas no contexto da frase (sintaxe). 
Mas como é estudo da forma, pode ser realizada em tudo que se refira 
a esta atividade (não só em português) em todas as áreas do 
conhecimento, como estudo da forma de minerais, etc… 
A ​Morfologia​ é o estudo da palavra dentro da nossa língua. 
Numa linguagem bem simples pode-se dizer que a ​Morfologia tem por 
objeto ou objetivo de estudo,as palavras dentro da nossa Língua, as 
quais são agrupadas em classes gramaticais ou classes de palavras. 
Elas são agrupadas em dez classes, denominadas classe de 
palavras ou classes gramaticais: 
1:Substantivos: ​Substantivo provém da mesma família de “substância, 
substancial”, ou seja, algo necessário, fundamental. Os substantivos 
recebem classificações distintas, tendo em vista aspectos relacionados 
à ​formação e ao ​significado​. Quanto à formação, um substantivo pode 
ser formado por ​composição ou por ​derivação​. Quanto ao processo de 
composição, pode ser ​simples ou ​composto​. Em relação ao processo de 
derivação, pode ser ​primitivo ou ​derivado​. No que tange à significação, 
cada substantivo tem um aspecto de ​generalização ​e um aspecto 
de​abstração​. Quanto à generalização, pode ser ​comum ​(geral) ou 
próprio (específico). Em relação à abstração, pode ser​concretos ou 
abstrato​. 
Substantivos ​simples 
São aqueles que apresentam um único ​radical​ em sua estrutura. 
Substantivos ​compostos 
São representados por aqueles que possuem pelo menos ​dois ​radicais 
em sua estrutura. 
• Substantivos ​primitivos 
Classificam-se como aqueles que não derivam de outra palavra. 
Substantivos ​derivados 
São aqueles que provêm de outras palavras já existentes. 
Substantivos ​concretos 
Representam aqueles que possuem forma, seja real ou imaginária. 
Substantivos ​abstratos 
Representam aqueles que não possuem forma. Geralmente dão nome a 
estados, qualidades, sentimentos e ações. 
Substantivos ​comuns 
São aqueles que generalizam. Designam de modo geral seres, 
entidades e coisas diversas. 
Substantivos ​próprios 
São aqueles assim denominados pelo fato de designarem de forma 
particular seres, entidades e coisas diversas. São iniciados com letra 
maiúscula. 
 
2: O artigo ​integra as dez classes gramaticais que conhecemos. É 
definindo como o termo que antepõe o substantivo para determinar o 
gênero​(masculino/feminino) e o ​número ​(singular/plural), de modo 
definido​ ou ​indefinido​. 
 
3: Adjetivo​ é a classe de palavras variáveis que modificam um 
substantivo exprimindo as suas características. O adjetivo pode ser: 
Simples​ - possui apenas um radical, um só elemento. 
Composto​ – possui mais de um radical, mais de um elemento. 
Primitivo – é aquele que não deriva de outra palavra; servindo de base 
para a formação de outras palavras. 
Derivado – é aquele que deriva de outras palavras, geralmente de 
substantivos e de verbos. 
Grau do adjetivo: Grau comparativo: transmite a ideia de igualdade, 
superioridade ou inferioridade de um ser em relação a outro. 
Grau superlativo: pode ser relativo ou absoluto. 
4: Numeral é uma das palavras que se relaciona diretamente ao 
substantivo, dando a ideia de número. 
5: Pronome​ ​é classe de palavra (variável em gênero, número e pessoa) 
que acompanha ou representa o ​substantivo​, serve para apontar uma 
das três pessoas do discurso e situá-lo no espaço e no tempo. O 
pronome pode funcionar como: 
6: Verbo​ é a palavra que indica ação, praticada ou sofrida pelo sujeito, 
fato de que o sujeito participa ativamente,estado ou qualidade do 
sujeito, fenômeno da natureza. 
7: Advérbio​ é a palavra que modifica o verbo. 
Advérbio é uma classificação que existe dentro da gramática normativa 
da língua portuguesa, usada para conceituar palavras que indicam 
circunstância de um fato, de alguma forma o intensifica, ou então 
estabelece um grau na qualidade de um adjetivo e até mesmo de outro 
advérbio. Em síntese, o advérbio é a palavra que modifica o verbo, 
podendo ser classificados de acordo com a circunstância em que é 
aplicado. 
8: Preposição​ é uma palavra relacional, capaz de ligar duas outras 
palavras entre si, de modo que o sentido da primeira seja completado 
pelo da segunda. As principais preposições são: ​a, ante, após, até, 
com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob, 
sobre, trás. 
 
9: Conjunções​ são palavras invariáveis que servem para conectar 
orações, estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de 
simples coordenação. Alguns exemplos de conjunções são: portanto, 
pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, 
porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme etc. 
 
10: Interjeição​ ainda é considerada uma classe gramatical, apesar de 
alguns gramáticos discordarem, argumentando que a interjeição se dá 
muito mais pela semântica da palavra do que pela forma. 
 
 
 
 
5:​ Ortoépia, prosódia e ortografia. 
 
• ​Ortoépia​ é a parte da gramática que trata da correta pronúncia dos 
fonemas. Preocupa-se não apenas com o conhecimento exato dos 
valores fonéticos dos fonemas que entram na estrutura dos vocábulos, 
considerados isoladamente ou ligados na enunciação da oração, mas 
ainda com o ritmo, a entoação e expressão convenientes à boa 
elocução. 
• ​Prosódia​ é a parte da fonética que trata da correta acentuação e 
entonação dos fonemas. A preocupação maior da prosódia é o 
conhecimento da sílaba predominante, chamada tônica. 
• ​Ortografia ​Nas línguas em que, ao lado da realidade oral, existe a 
representação escrita de um sistema convencional dessa oralidade 
chamado sistema gráfico ou ​ortografia​, este sistema se regula, em 
geral, ora pela fonética, ora pela fonologia, o que conduz a uma primeira 
dificuldade para se chegar a um sistema ideal, que exigiria uma só 
unidade gráfica para um só valor fônico. Neste particular tornou-se 
necessário não se confundir letra com som da fala; letra é a 
representação gráfica com que se procura reproduzir na escrita o som, 
o que não significa identificá-los. O nosso sistema fonológico tem sete 
fonemas vocais orais tônicos para cuja representação temos apenas 
cinco letras (a – e – i – o – u). Costuma-se hoje chamar grafema à 
unidade gráfica (letra) da escrita 
 
6:​ Lexemas e lexicologia. 
 
• ​Lexema​ é um conjunto de palavras que diferem apenas quanto a 
morfemas flexionais 
Lexicologia ​ Outro domínio dos estudos gramaticais que, pela sua 
especificidade e extensão também 
constitui uma disciplina autônoma, é a lexicologia. 
É tarefa da lexicologia o estudo dos lexemas, suas estruturas e 
variedades e suas relações 
com os significantes. Entende-se por lexema a unidade linguística 
dotada de significado léxico, isto é, aquele significado que aponta para o 
que se apreende do mundo extralinguístico mediante a linguagem. 
Assim, em amor, amante, amar, amavelmente o significado léxico é 
comum a todas as palavras da série. Ou seja, ​parte da linguística que 
estuda o vocábulo quanto ao seu significado, constituição mórfica e 
variações flexionais, sua classificação formal ou semântica em relação a 
outros vocábulos da mesma língua, ou comparados com os de outra 
língua, em perspectiva sincrônica ou diacrônica; lexiologia [Seu objeto é 
desenvolver as teorias de que os lexicógrafos lançam mão na solução 
de seus problemas práticos. 
 
 
 
 
 
7:​ Competência linguística. 
 
• Como toda atividade, o falar é uma atividade que revela um saber; 
assim a estes três níveis correspondem três planos ou tipos de saber 
linguístico: a) Ao falar em geral mediante cada língua corresponde o 
saber elocutivo, ou competência linguística geral, que não é saber falar 
uma língua particular, mas, ao falar com qualquer língua, fazê-lo 
segundo os princípios da congruência em relação aos padrões 
universais do pensamento e ao conhecimento geral que o homem tem 
do “mundo”, do mundo empírico. Na discutida frase “A mesa quadrada é 
redonda”, não há propriamente desconhecimento de língua, e sim de 
formulação do pensamentopor desconhecer a realidade do mundo 
empírico, uma vez que “ser quadrado” é diferente de “ser redondo”. 
 
b) Ao falar (em) uma língua particular corresponde o saber histórico 
denominado saber idiomático, ou competência linguística particular, que 
é falar (em) uma língua determinada de acordo com a tradição 
linguística historicamente determinada de uma comunidade. 
c) Ao falar individual e relacionado com a maneira de elaborar textos 
segundo situações determinadas corresponde o chamado saber 
expressivo ou competência textual; é um saber técnico (gr. téchnē), isto 
é, um saber que se manifesta no próprio fazer, um saber fazer 
gramatical que se manifesta numa língua particular e que pode ir além 
do já criado nessa língua. 
A competência ou saber não se manifesta igualmente em todos os 
planos do linguístico. Na língua particular ele ocorre com mais 
frequência; nos outros planos – no saber elocutivo e principalmente no 
saber expressivo – o domínio da competência só se alcança depois de 
cuidada educação linguística. Muitas vezes se diz que “alguém escreve 
mal o português”, quando, na realidade se quer fazer referência ao 
saber elocutivo ou ao expressivo, porque escreve sem congruência ou 
sem coerência, ou ainda com pouca clareza. Quando se diz que “o 
francês” é uma língua clara”, a rigor, não se quer fazer referência a 
características da língua francesa, mas à capacidade de estruturar o 
pensamento, o discurso ou o texto com clareza e logicidade mais do 
que o normal, em virtude de uma larga tradição do falar nessa 
comunidade, tradição que começa no ensino escolar francês, e que 
deveríamos cultivar entre nós. 
A língua portuguesa só atribui a com o significado de “copresença”; o 
que, na língua, mediante o seu sistema semântico, se procura expressar 
com esta preposição é que, na fórmula com + x, x está sempre presente 
no “estado de coisas” designado. Os significados ou sentidos 
contextuais, analisados pela nossa experiência de mundo e saber sobre 
as coisas (inclusive as coisas da língua, que constitui a nossa 
competência linguística) nos permitem dar um passo a mais na 
interpretação e depreender uma acepção secundária. 
 
8:​ Propriedade dos estratos de estruturação gramatical. 
 
• O plano “transfrástico” e os advérbios – No estudo de certas unidades 
torna-se de capital importância não deixar de lado as diversas camadas 
ou estratos de estruturação gramatical. No que toca particularmente a 
certos advérbios, merece atenção a camada da antitaxe, que diz 
respeito à retomada ou substituição de uma unidade de um plano 
gramatical qualquer, já presente ou virtualmente presente ou previsto no 
discurso, poder ser retomada ou antecipada por outra unidade, num 
ponto do discurso individual ou dialogado [ECs.2, 38]. A substituição ou 
retomada já vinha sendo posta em evidência pela gramática tradicional 
no caso dos pronomes; mas a ação da antitaxe é mais ampla e vai 
desembocar no papel textual de alguns advérbios. 
 
9:​ Hipertaxe, Hipotaxe, Parataxe, Antitaxe. 
 
 
• ​Hipertaxe​ é a propriedade pela qual uma unidade de um estrato 
inferior pode funcionar por si só – isto é, combinando-se com zero – em 
estratos superiores, podendo chegar até ao estrato do texto e aí opor-se 
a unidades próprias desse novo estrato. Assim, um monema pode, em 
princípio, funcionar como palavra; uma palavra como grupo de palavras, 
e assim sucessivamente. 
 
• ​Hipotaxe​ é a propriedade oposta à hipertaxe: consiste na 
possibilidade de uma unidade correspondente a um estrato superior 
poder funcionar num estrato inferior, ou em estratos inferiores. É o caso 
de uma oração passar a funcionar como “membro” de outra oração, 
particularidade muito conhecida em gramática. 
 
Consiste a ​parataxe​ na propriedade mediante a qual duas ou mais 
unidades de um mesmo estrato funcional podem combinar-se nesse 
mesmo nível para constituir, no mesmo estrato, uma nova unidade 
suscetível de contrair relações sintagmáticas próprias das unidades 
simples deste estrato. Portanto, o que caracteriza a parataxe é a 
circunstância de que unidades combinadas são equivalentes do ponto 
de vista gramatical, isto é, uma não determina a outra, de modo que a 
unidade resultante da combinação é também gramaticalmente 
equivalente às unidades combinadas. 
 
• ​Antitaxe​ é a propriedade mediante a qual uma unidade de qualquer 
estrato gramatical já presente ou virtualmente presente (“prevista”) na 
cadeia falada pode ser representada – retomada ou antecipada – por 
outra unidade de outro ponto da cadeia falada (quer no discurso 
individual, quer no diálogo), podendo a unidade que substitui ser parte 
da unidade substituída, com idêntica função ou mesmo zero. É o 
fenômeno muito conhecido no domínio dos pronomes que “substituem” 
(= “representam”) lexemas (palavras ou grupos de palavras), inclusive 
lexemas inexistentes como tais na língua, como é o caso dos pronomes 
“neutros” (isto, isso, aquilo), que podem referir-se a um fato, a uma 
circunstância ou a uma situação. O fenômeno da antitaxe, entretanto, é 
uma realidade de muito maior amplitude e diz respeito, em princípio, a 
todos os estratos gramaticais.