Buscar

HISTÓRIA DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

HISTÓRIA DAS TEORIAS MOTIVACIONAIS
Déc. 50/60 - o estudo da motivação não possuia as características atuais;
1964 – 1º livro-texto sobre motivação que abordava: Teoria do impulso; Incentivo e Reforço; Impulsos adquiridos; Conflito e emoção;
Evidenciava-se estudos psicanalíticos e estudos comportamentais com animais;
Não havia interesse sobre como aplicar a teoria motivacional (na escola, no esporte, no trabalho, nas crenças de controle pessoal etc.)
2
Origens Filosóficas
Na Grécia antiga: alma tripartida na qual cada aspecto motivava um determinado tipo de comportamento. Ex.: Aristóteles:
Componente nutritivo: aspecto mais primitivo da alma, vinculada as necessidades corporais urgentes relacionadas à manutenção da vida;
Componente sensível: também relacionado ao corpo, regulava o prazer e a dor.
Componente racional (seres humanos): relacionado às idéias e ao intelecto (razão), nível mais elevado da alma, caracterizando a VONTADE; as outras partes deveriam estar submetidas a este aspecto da alma
3
1ª Grande Teoria – A VONTADE
René Descartes: dualidade Mente X Corpo
Corpo: máquina; agente mecânico motivacionalmente passivo
Mente: imaterial; motivacionalmente ativo através da VONTADE; controla o corpo e a satisfação das necessidades.
A VONTADE é considerada uma faculdade (ou poder) da mente que inicia e direciona todas as ações; decide como e quando agir (no interesse da virtude e para o controle dos apetites corporais); as necessidades, corporais, paixões e prazer/dor somente excitam a vontade.
A VONTADE MOTIVA TODAS AS AÇÕES
4
Surgimento da Psicologia
Até o surgimento da Psicologia, os estudos motivacionais centravam-se na compreensão da vontade (como escolhas ou abnegação/ resistência).
	CRÍTICA: tais teorias não davam conta de explicar as origens, intensidade e diferenças individuais da vontade.
	OBS.: Atualmente, a VONTADE (Volição) retorna como uma importante característica psicológica do processo motivacional.
Após o surgimento da Psicologia: Teoria dos Instintos
5
2ª Grande Teoria – OS INSTINTOS
INSTINTO – compreendido como uma força motivacional que surge de uma substância física, dotação genética (Darwin), que possibilita a adaptação ao meio.
	Estímulo adequado reflexos corporais
						herdados
		Ex.: Gato após urinar/defecar realiza 	movimento reflexo de “esconder na areia”
MOTIVAÇÃO torna-se biológica/ mecânica (automatizada) e deixa de ser mental (vontade), pois com ou sem experiência, os animais realizam comportamentos adaptativos aos seus ambientes.
	Ex.: pássaros constroem ninhos, galinhas chocam ovos, etc.
6
Os Instintos
W. JAMES – o homem possui um grande nº de instintos físicos (sugar, locomoção, etc.) e mentais (imitação, brincar, sociabilidade)
W. McDougall – os instintos são forças motivacionais (motores primários fundamentais), irracionais e impulsivas que orientam para uma determinada meta; TODA MOTIVAÇÃO HUMANA teve sua origem num conjunto de instintos geneticamente dotados, sem os quais não há ação. Ex.: exploração, luta, materno etc.
	CRÍTICA: Como verificar se o instinto realmente existe? Como determinar todos os tipos de instintos? (Listagem com mais de 6.000 tipos, após especulação teórica)
7
3ª Grande Teoria – O IMPULSO
IMPULSO – a função do comportamento está a serviço das necessidades corporais. A medida que ocorrem os desequilíbrios biológicos (falta de alimento, água, etc), os animais experimentam esses déficits biológicos psicologicamente como IMPULSO. Motivam qualquer comportamento que sirva às necessidades do corpo (comer, beber, etc)
8
S. Freud – PULSÃO
Fonte do impulso:
Déficit corporal
Ímpeto/ força do impulso:
Intensidade do desconforto psicológico (ansiedade)
Objetivo do impulso:
Objeto ambiental capaz de satisfazer o déficit corporal
Propósito do impulso:
Satisfação da necessidade corporal
Consequência: construção do aparelho psíquico através de vinculação das emoções de prazer/ desprazer
9
Clark Hull – Teoria do Impulso
O impulso é fonte de energia agrupada e composta por todos os déficits momentâneos do corpo (sono, fome, sede etc) que tornam-se uma necessidade corporal total. O Impulso possui uma base puramente biológica e constitui fonte última da motivação. 
A motivação pode ser prevista (e manipulada) antes de acontecer, se soubermos os antecedentes ambientais que geraram aquela necessidade.
Apesar de ENERGIZAR o comportamento, o IMPULSO não DIRECIONA o mesmo. A DIREÇÃO é aprendida através dos hábitos, adquiridos a partir dos processos de aprendizagem por reforços e consequências.
10
Declínio da Teoria do Impulso:
Se o impulso emerge das necessidades corporais;
A redução do impulso é reforçada e produz aprendizagem;
O impulso energiza o comportamento.
CRÍTICAS:
	1)Como explicar a existência de motivos que não tenham como fonte desequilíbrios corporais (ex. pessoas anoréxicas)? 
	2)Como explicar a aprendizagem que ocorre sem a correspondente redução do impulso? 
	3)Como explicar a existência de fontes externas de motivação?
11
Teoria da Auto-Atualização (Maslow)
Auto-atualização – uso e exploração plenos de talentos, capacidades e potencialidades
O homem auto-atualizador é o homem “comum de quem nada foi tirado” (Maslow)
12
Características
1) Percepção mais eficiente da realidade e relações mais satisfatórias com ela
2) Aceitação de si, dos outros, da natureza
3) espontaneidade, simplicidade, naturalidade
4) Concentração no problema, em oposição ao estar centrado no EGO
5) Desprendimento e necessidade de privacidade
6) autonomia, independência em relação à cultura 
7) Pureza permanente de apreciação
Experiências místicas e culminantes
Sentimento de parentesco com os outros
Relações interpessoais mais profundas e intensas
Estrutura de caráter democrático
Discriminação entre os meios e os fins, entre o bem e o mal
Senso de humor filosófico e não hostil
Criatividade auto-atualizadora
Resistência à aculturação
13
Oito comportamentos que levam à auto-atualização
1) Auto-atualização significa experienciar de modo pleno, intenso, desinteressado, com plena concentração e total absorção
2) Significa fazer de cada escolha uma opção para o crescimento
3) Atualizar é tornar verdadeiro, existir de fato e não somente em potencial; e aprender a sintonizar-se com sua própria natureza íntima
4) Honestidade e o assumir a responsabilidade de seus próprios atos
5) Aprender a confiar nos próprios julgamentos
6) Auto-atualização é um processo contínuo de desenvolvimento das próprias potencialidades, ou seja, usar nossa inteligência para fazer aquilo que se deseja fazer
7) Ter experiências culminantes
8) Reconhecer as próprias defesas e trabalhar para abandoná-las; tornar-se consciente pelas distorções que fazemos da nossa auto-imagem e a do mundo exterior.
14
Pirâmide de Maslow 
Necessidades Secundárias
Necessidades primárias
15
1a.: Necessidades FISIOLÓGICAS (+ baixo):
	Instintivas, básicas da sobrevivência, nascem com a pessoa: comida, abrigo, sono, sexo,....
	Desequilíbrio – comportamento direcionado para alívio
2a.: Necessidades de SEGURANÇA:
	Preservação de um bom estado, condição ou situação: perda de emprego, sustentabilidade, integridade física, estabilidade, ....
	Desequilíbrio – comportamento direcionado para reconquista
16
3a.: Necessidades SOCIAIS:
	De aceitação, afiliação, pertença, amizade, socialização, participação, afeto, amor ....
	Desequilíbrio: gera comportamento hostil
4a.: Necessidades de ESTIMA:
	De autos avaliação, confiança e aceitação, aprovação social, respeito, status, ....
	Desequilíbrio: gera fraqueza, desânimo, falha na capacidade de auto-motivação
5a.: Necessidades de AUTO-REALIZAÇÃO:
	Potencial próprio, auto-desenvolvimento contínuo, impulso para ser mais do que é, percepção de que se é capaz de resolver os desafios
17
Década de 60
INCENTIVO: evento externo capaz de energizar e direcionar um comportamento de aproximação ou evitação. 
	A motivação primária
não é a redução do impulso/ déficit corporal, mas o aumento e a manutenção do contato com os estímulos incentivadores (HEDONISMO).
	Neste sentido, por meio da aprendizagem associamos os estímulos que geram prazer / desprazer, acarretando em comportamentos de aproximação / afastamento.
18
2) EXCITAÇÃO: descoberta neurofisiológica de um sistema no tronco cerebral. Ambientes não-estimulantes geram baixos níveis de excitação (tédio); ambientes um pouco mais estimulantes geram níveis ótimos de excitação (interesse); ambientes extremamente estimulantes geram MEDO.
	As pessoas preferem um nível ótimo de excitação, evitando níveis muito baixos ou muito altos.
19
Surgimento das miniteorias
Três tendências históricas explicam a mudança de paradigma:
1) A Natureza ativa da pessoa - reavaliaram da idéia de que os seres humanos são inerentemente passivos e necessitavam, devido a isto, de um impulso para torná-los ativos; neste sentido, o papel da motivação era excitá-los, fazê-los chegar à ação; MOTIVAR = MOVER; o IMPULSO era considerado como MOTOR do COMPORTAMENTO. Então, o estudo da motivação é hoje o estudo do direcionamento do propósito nas pessoas inerentemente ativas;
20
2) A Revolução Cognitiva - a motivação, como todo o campo da psicologia, tornou-se acentuadamente cognitiva; inicio da ênfase nos processos cognitivos da motivação (crenças, planos, metas expectativas, as atribuições, o autonconceito) retirando o peso biologicista/ fisiologicista e ambiental dos aspectos motivacionais; ênfasê no humanismo em detrimento do mecanicismo;
21
A Psicologia Cognitiva enfoca o como e o porquê do pensamento, busca formas de compreender, entender e descrever a cognição (construção do conhecimento humano) e qual a implicação / aplicação deste conhecimento no comportamento humano. Considera, ainda que o biológico é importante, mas não determinante do comportamento. Neste sentido, a aprendizagem é imprescindível às estruturas inatas (bio/fisiológicas) para compor a especificidade dos SERES HUMANOS.
	3) A pesquisa aplicada à relevância Social - os pesquisadores motivacionais tornaram-se cada vez mais interessados nos problemas motivacionais enfrentados pelas pessoas na sua vida diária (trabalho, escola, no enfrentamento contra o estresse, na solução de problemas de saúde, etc.), evidenciando o interesse na aplicação prática do conhecimento motivacional; tal movimento acarretou aproximação com psicólogos de outras áreas (saúde, escola, industria, etc.) e distanciamento dos experimentos com animais; tal ênfase levou os pesquisadores do campo motivacional a se questionarem sobre “O que causa o comportamento?”
22
A atualidade
1980 – os psicólogos motivacionais estavam em todas as áreas da psicologia: cognição, interação, saúde, educação etc.
O estudo da motivação necessitava de teorias que explicassem como as pessoas regulam intencionalmente seu próprio comportamento.
Centralizados a partir de quatro constructos: necessidades, cognições, emoções e eventos externos.
Ênfase na contribuição de um ou mais desses constructos para explicar a energia e direção do comportamento.
23

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais