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Assistência ao final da vida 3.docx

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Assistência ao final da vida
As últimas 48 horas 
Como é morrer?
A gente entra em coma?
Dói?
Como são as últimas horas?
Várias questões envolvem os últimos momentos de vida.
Alguns sintomas podem ser mais comum neste momento, novas causas de sofrimento podem surgir tanto para o paciente quanto para a sua família.
O uso de recursos terapêuticos de forma fútil, repetição de exames e outros procedimentos essenciais a manutenção de funções vitais e que não prestem exclusivamente a melhor compreensão e manejo dos sintomas devem ser evitados, pois seus efeitos são mais nocivos que benéficos.
As últimas horas costumam serem de muita tristeza e saudade. São momentos cercados de medo, incerteza, onde a espiritualidade do doente e de sua família pode colaborar bastante com esse momento.
Como no nascimento, o momento da morte é único e sozinho.
Cuidados paliativos das últimas horas
 O principal objetivo nesta fase é promover o controle dos sintomas de forma completa, prevenir os agravos da ultimas horas de vida, suavizar a agonia final, além de evitar tratamentos que possam ser considerados fúteis nesta fase.
As atitudes recomendadas são, preservar a vida, sem tornar o tratamento mais sofrido que a própria doença, atender como prioridade as necessidades em termos de alívio de sintomas.
Principais Sintomas
Anorexia
Imobilidade
Sonolência
Alterações de cognição
Mioclonus (Abalos musculares involuntários)
Dor
Dispnéia
Colapso Periférico
Ronco (Sororoca, respiração ruidosa)
Nas ultimas horas, todos os sintomas devem ser minuciosamente tratados. A prevenção é a melhor medida. Medicamentos para tratar hipertensão e diabetes podem ser suspensos nas ultimas 48 horas para evitar interações medicamentosas indesejáveis. A prioridade será tratar os sintomas que causam desconforto.
Os cuidados nos últimos momentos de vida necessitam de um trabalho de equipe de forma sincronizada e detalhada.
A decisão do local da morte seja em hospital ou em domicílio deve ser feita em conjunto com a família, previamente discutida com a equipe. Considerando condições e recursos de apoio.
Mesmo que muitas condições sobre o processo de morte sejam desconhecidas muitos sintomas desconfortáveis podem ser controlados com carinho, interesses e técnicas medico-cientificas. Cabe a nos entendermos que o doente como pessoa esta diante da sua maior limitação: O Fim Da Vida, um processo pelo qual todos iremos passar um dia. Este processo requer humanidade, carinho e amor, e também exige o máximo de conhecimento a cerca desse momento.
“É fundamental que o paciente se sinta acolhido em seu ambiente, com a presença continua de alguém querido ao seu lado. Alguém amoroso o suficiente para cuidar dos detalhes do seu conforto e ao mesmo tempo ter o desapego de permitir uma partida serena e diga.”
Maria Goretti S. Maciel
Importância da abordagem religiosa e espiritual nos cuidados paliativos.
Não há dúvida da importância da religião nos cuidados paliativos. Embora haja muitos questionamentos a respeito de como acessar a dimensão espiritual do ser humano e no que consiste o bom “cuidado espiritual”.
Entre as dificuldades para abordar a questão espiritual no final da vida esta o próprio desconhecimento a respeito de sua religiosidade / espiritualidade e a ignorância do paciente em relação à finitude.
Ao fazer avaliação do paciente deve-se identificar a importância da religião na sua vida e de sua família, podendo assim ser incluído nos cuidados.
A equipe deve ser treinada para aceitar os diferentes valores religiosos e espirituais, não impondo conceitos próprios e sempre respeitando e incentivando a participação do paciente em sua prática.
Características Gerais dos Ritos Mortuários
Os ritos mortuários se confundem com a própria história. Todos os povos, cada um a seu modo e de acordo com a sua cultura, ritualizam a morte e crêem num tipo de existência pós morte, mas de um modo geral todos os ritos são semelhantes.
Os ritos pretendem dar aos entes que ficam, conforto e a possibilidade de uma melhor aceitação da morte.
Assistência ao Luto.
Para profissionais de saúde que acompanharem o paciente na fase final de vida durante a vivência do luto antecipatório é importante levar em consideração da intensidade do valor afetivo do mesmo para cada familiar. Esse dado auxilia na compreensão das reações psíquicas e comportamentais, e no entendimento de que há um tempo interno peculiar para a aceitação e elaboração da perda a cada membro da família.
Para o profissional que trabalha em um contexto de perdas e mortes, é imprescindível o conhecimento o conhecimento a respeito da definição de luto e das reações comuns suscitadas por ele, uma vez que este evento causará muitas mudanças no comportamento dos familiares e do próprio doente.
Bromberg aponta o luto como um conjunto de reações a uma perda significativa e pontual que nenhum é igual ao outro.
Atualmente não se fala mais em fases de luto, pelo contrário, a construção teórica atual e de que o luto é um processo individual e dinâmico relacionado ao significado da relação e vínculo e por isso não pode ser enquadrado a fases e etapas. No entanto, apenas para fins didáticos, apresentamos as fases de luto escritas no passado por Bromberg.
Entorpecimento: Reação inicial. A pessoa se sente desamparada, perdida
Anseio e protesto: Fase de fortes emoções, sentimento de raiva, agitação física.
Desespero: fase mais difícil, fase de muita dúvida, duvida do valor da própria vida.
Recuperação e restituição: demonstra aceitação.
O que se observa é que o ser humano não é preparado para a finitude. A morte do outro nos impõe o confronto com nossa vida e nossa própria morte, e isso gera desconforto, ansiedade e sofrimento. Somos forçados a olhar atentamente para a qualidade da nossa vida e das nossas relações, uma vez que a morte é a fase final do ciclo da vida.

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