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Direito Penal I Aline Sayuri Kazari USJT - Direito 1 Direito Penal I Aula III – 26/02/2015 Professor: Fernando Bolque Princípio da legalidade O princípio da legalidade ou reserva legal está inscrito no art. 1 do CP e no art. 5º da CF. I. Aspecto histórico: O princípio da legalidade tem resquícios na Magna Carta, de João sem Terra que estabelecia que nenhum homem livre poderia ser punido senão pela lei da terra. A causa próxima do princípio da legalidade, porém, seta no Iluminismo, tendo sido incluído do art. 8º da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, de 26 de agosto de 1.789; II. Aspecto político: O princípio da legalidade é um limitador do poder estatal, pois os crimes apenas poderão ser respondidos nos termos da lei. Conquanto que tudo que não é proibido é permitido; III. Aspecto jurídico: Juridicamente, o princípio da legalidade subdivide-se em dois subprincípios: (i) Reserva legal: Alguém só pode ser punido se existir uma lei que o considere como crime. Ainda que o fato seja imoral, antissocial ou danoso, não haverá possibilidade de se punir o autor; (ii) Anterioridade: Apenas uma lei anterior ao fato praticado pode determinar o crime, sendo irrelevante a circunstância de entrar em vigor, posteriormente, uma lei que o preveja como crime. Entende-se por lei a norma positivada, não sendo qualquer ato normativo. A lei deverá ser proveniente de um processo normativo constitucional, em seu sentido material e formal. Medidas Provisórias não podem legislar sobre matéria penal, devido ao seu caráter temporário. É ilegítima a edição de leis retroativas que fundamentem ou agravem a punibilidade; a fundamentação do agravamento da punibilidade pelo direito consuetudinário; a fundamentação ou o agravamento da punibilidade pela analogia; ou a edição de leis penais indeterminadas (não determinando o quantum aplicado ao condenado, ou abragência do preceito primário vago).
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