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Capítulo 4 Superficial aquecimento

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Recursos de Aquecimento Superficial Capítulo IV 
 
59 
 
RECURSOS DE AQUECIMENTO SUPERFICIAL 
O aquecimento superficial é aquele no qual o calor atinge apenas 2 cm de 
profundidade. Já o aquecimento profundo, atinge estruturas que estão em até 5 cm de 
profundidade. 
As modalidades de aquecimento superficial são parafina, lâmpada de 
infravermelho, bolsa térmica, manta térmica e banho de imersão. 
O banho de imersão, bolsa térmica e manta térmica só oferecem calor leve (38 a 
40°). 
A parafina e a lâmpada de infravermelho dependendo da técnica de aplicação 
podem atingir as três doses de aquecimento (leve, moderado e intenso). 
 
 Parafina: 
O método de transferência de calor da parafina é por condução e o da lâmpada 
de infravermelho é por radiação. 
É uma forma de calor úmido e superficial. O calor úmido está relacionado à 
propriedade da parafina (emoliente), que além de promover aquecimento promove 
hidratação tecidual (perda de água no tecido menos intensa do que no recurso de calor 
seco). 
A importância do calor úmido é principalmente pela sensação do paciente (muito 
mais agradável). Além disso, em uma pele desidratada como a do idoso é preferível 
utilizar, pois evita a acentuada desidratação. 
A parafina tem um baixo ponto de fusão, sendo que se funde a 54°C. Quando 
utilizada com o óleo mineral, o ponto de fusão passa a ser a 45°C. Essa mistura é feita 
para deixá-la mais líquida a uma menor temperatura, facilitando a aplicação e 
minimizando o risco de queimaduras. 
 Como se utiliza? 
Recursos de Aquecimento Superficial Capítulo IV 
 
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Mistura a parafina com o óleo mineral, onde a cada 6 ou 7 medidas de parafina 
acrescenta-se uma medida de óleo mineral. 
O seu calor é por condução e é capaz aquecer significativamente pele e tecido 
subcutâneo (2 cm). A parafina tem uma baixa capacidade de conduzir o calor (perder 
calor), aquecendo a região mais lentamente, com a vantagem de menor risco de 
queimadura. 
Outra vantagem é conduzir mais lentamente o calor, diminuindo a necessidade 
da troca do recurso para que se mantenha a temperatura. 
A elevação da temperatura tecidual depende do tempo de tratamento, ou seja, 
quanto maior o tempo de permanência maior a troca de calor e maior a elevação da 
temperatura na região a ser tratada. 
O tempo pode ser de 15 a 30 minutos, sendo definido de acordo com a área, pois 
quanto maior, mais tempo necessário; de acordo com a profundidade, porque quanto 
mais perto dos 2 cm, mais tempo necessário; e, de acordo com o objetivo da 
intervenção. 
 As vantagens da parafina 
- Isolante térmico conservando muito bem o calor (não precisando trocar); 
- Sensação de bem estar do paciente; 
- Capacidade de evitar a desidratação da região. 
 A desvantagem da parafina 
- Utilizá-la com um contato direto com o paciente. Nesse caso, quando se 
retira são presentes pêlos, suor e outras impurezas motivo pelo qual o recurso 
deveria ser de uso individual. Porém, o custo se tornaria muito elevado, 
assim consegue-se reaproveitar dependendo da técnica. 
 Formas de aplicação: 
Recursos de Aquecimento Superficial Capítulo IV 
 
61 
 
- Luva de parafina: utilizada em extremidades podendo fazer a luva, meia ou 
bota de parafina. Usada para tratar mão, no máximo o punho, ou pé, no 
máximo o tornozelo. A maior dose alcançada é a de calor leve. 
A parafina é utilizada somente para edema residual (já está instalado), pois 
no edema de caráter inflamatório a parafina pode exacerbar o processo 
inflamatório. 
- Técnica de imersão: forma-se a primeira luva e tira espera secar, após, 
coloca-se o dentro do recipiente onde permanecerá até o fim do tratamento. 
A vantagem desta técnica é que há uma menor perda de calor para o 
ambiente. A desvantagem é que com essa técnica há um maior risco de 
formação de edema. 
- Técnica de pincelamento: com um pincel espalha-se a parafina de modo a 
envolver toda a área a ser tratada (sempre pincelando um pouco além dessa 
área para envolvê-la por completo). Essa técnica ainda é para áreas 
pequenas. Além disso, é bastante superficial, sendo mais do que as outras. 
- Compressa de parafina: é a forma mais utilizada da parafina. Com uma faixa 
de crepom mergulhada na parafina, fazendo várias camadas, colocando em 
contato com o paciente. Deve-se isolar com o plástico ou toalha. A 
desvantagem é não poder usufruir das propriedades de hidratação do tecido 
(emolientes), tendo finalidade apenas o aquecimento. 
 
A parafina só é uma forma de calor úmido quando for 
aplicada direto com o tecido em tratamento, as compressas de 
parafina, portanto tem o mesmo efeito que a bolsa térmica. 
 
 Cuidados para se aplicar a parafina 
Recursos de Aquecimento Superficial Capítulo IV 
 
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- Quando se aplica parafina tem que retirar todos os objetos (jóias, relógios, 
anéis); 
- Sempre observar a pele, avaliando a sensibilidade térmica e dolorosa do 
paciente; 
- Na presença de sinais flogísticos não se utiliza, pois o aquecimento favorece 
os sinais inflamatórios; 
- Realizar a assepsia do local e orientar o paciente a não movimentar; 
- Após o uso tem que elevar a temperatura do tanque que mantem a parafina 
derretida até 100°C, durante, aproximadamente, 30 minutos; 
- Trocar a parafina pelo menos a cada seis meses. 
 Efeitos fisiológicos: 
- Promove vasodilatação; 
- Aumento do fluxo sanguíneo; 
- Aumento da demanda de oxigênio e nutrientes no local; 
- Aumento do metabolismo; 
- Aumento do limiar da dor; 
- Aumento da extensibilidade do colágeno (só para a técnica de imersão). 
 Indicações: 
- Para o reparo tecidual; 
- Para modulação da dor através da teoria das comportas (Castel I); 
- Relaxamento muscular. 
 Contra-indicações: 
- Inflamação aguda (24 a 48 horas); 
Recursos de Aquecimento Superficial Capítulo IV 
 
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- Infecção; 
- Insuficiência vascular; 
- Áreas com alteração de sensibilidade; 
- Paciente com déficit cognitivo; 
- Áreas potencialmente hemorrágicas; 
- Tumor pelo risco de metástase; 
- Tromboflebite, pois pode gerar tromboembolia; 
- Locais em que a pele não esteja íntegra. 
 
 Radiação por lâmpada de infravermelho: 
É uma forma de calor seco. Existem três faixas de infravermelho recomendadas 
internacionalmente: IR-A, IR-B e IR-C. Elas diferem em graus de penetração e absorção 
no tecido, por isso algumas são mais indicadas do que outras para efeitos terapêuticos. 
Sendo a lâmpada de IR-A a mais indicada para tratamentos terapêuticos, pois é a que 
tem maior absorção na pele (maior interação), com menos efeitos colaterais. Não é 
qualquer lâmpada que produz efeito terapêutico, a lâmpada tem que produzir absorção 
de energia pelo tecido alvo. 
Ainda existe a radiação artificial que são os aquecedores ambientais, os 
secadores e os aparelhos de infravermelho fisioterápicos, sendo que estes últimos 
podem ser divididos em geradores luminosos (infravermelho) e geradores não 
luminosos (forno de Bier) que podem promover tanto o aquecimento quanto a alteração 
na função celular. 
Se a exposição às essas radiações artificiais for excessiva pode gerar lesão 
(queimaduras) e até câncer, como a radiação solar. 
Recursos de Aquecimento Superficial Capítulo IV 
 
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 Forno de Bier: é um gerador não luminoso onde há uma resistência e, quando 
aquece, esquenta a placa metálica presente dentro do forno, refletindo essa 
energia não luminosa, promovendo o aquecimento. Esse recurso possui 
frequência (1012-1011 Hz) e comprimento de onda (0,7 a 1,5 mm) fixos, variando 
apenas a potência de 250 a 1500 W. 
- Desvantagens:Muito grande; atinge regiões muito extensas do corpo (efeito 
da termorregulação pode passar a ser sistêmico), alterando a PA e FC; o 
aquecimento não é homogêneo. 
 Lâmpada de Infravermelho: é composto por uma lâmpada com filamentos de 
tungstênio ou carbono no interior de um vidro. Este vidro, contém um gás inerte 
sobre baixa pressão. A lâmpada fica dentro do abajur para focar na região a ser 
tratada, pois a lâmpada possui feixes luminosos divergentes. 
A lâmpada possui freqüência (1013-1014 Hz) e comprimento de onda (0,7 a 1,5 
mm) que são fixos. Sua potência que pode variar de 250 a 1000 W. 
Técnica de aplicação: a distância e o tempo de tratamento dependem da potência 
da lâmpada. Se a potência for menor, a magnitude do aquecimento será menor; 
assim, deve-se aproximar mais a lâmpada da área a ser tratada e mantê-la por 
mais tempo. Se a lâmpada for mais potente, a distância pode ser maior e o tempo 
menor. 
Dosimetria e efeitos fisiológicos do infravermelho: deve-se fazer referência com 
a sensação do paciente, se essa sensação de calor é suave (leve), se ela é 
agradável (moderado) ou se é no limite do tolerável (intenso). 
- A quantidade de energia recebida pelo paciente vai depender: Da potência da 
lâmpada (W); da distância entre a lâmpada e o paciente; do tempo de tratamento. 
Os efeitos fisiológicos da lâmpada de infravermelho podem ser divididos em 
efeitos: 
- Térmicos: (os mesmos já relatados no capítulo anterior - Aquecimento). 
Recursos de Aquecimento Superficial Capítulo IV 
 
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- Não térmicos: consegue modificar a atividade celular, principalmente na derme, 
aumentando a sua produção de fibras elásticas promovendo uma cicatrização de 
boa qualidade. Por isso, ela pode ser usada para cicatrização de feridas não 
infectadas. Isso é, independe da potência, porque não é dependente do 
aquecimento e sim da radiação. 
Atentar-se para as feridas ao aplicar o infravermelho, pois são estruturas pobres 
em água, se for utilizar o infravermelho (ou qualquer outra forma de calor seco) 
tem que na avaliação determinar se a ferida está hidratada. Caso não esteja, 
deve-se reidratá-la com soro fisiológico e, posteriormente, aplicar o 
infravermelho. 
A lâmpada de infravermelho deve ser posicionada de forma que o seu abajur 
(radiação emitida), faça um ângulo de 90° com a área de tratamento, assim a luz 
incidirá de forma a minimizar a reflexão. A lâmpada não pode entrar em contato 
com o paciente, ficando a uma distância de 45 a 70 cm. Sendo que a distância 
escolhida depende da intensidade (potência) da lâmpada. A dosimetria 
(intensidade) depende da dose de calor necessário para os objetivos da 
intervenção. Ela está sempre relacionada à sensação do paciente e com a 
distância da lâmpada até o tecido alvo. Sendo que, pequenas modificações feitas 
na distância promovem um aumento ou diminuição da intensidade muito grande: 
I = 1/d2 
O tempo de aplicação pode variar de 10 a 20 min. Lembrando que deve-se 
realizar sempre a assepsia do local, retirando todas as barreiras principalmente o 
protetor solar porque ele bloqueia a luz.

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