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AULA 01 semiologia ortopédica

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ORTOPEDIA – 1º BIMESTRE
AULA 01 – SEMIOLOGIA ORTOPÉDICA 					DR. JOÃO ARTONI
O exame físico começa quando o paciente entra na sala. Ortopedia estuda o sistema osteomuscular. Quando o paciente entra no consultório já começa a examinar o paciente. 
Anamnese 
Na ortopedia, a anamnese não tem grandes histórias, a maioria está relacionada a dor e trauma, não tem antecedentes pessoais e familiares. São histórias mais curtas e o que a gente mais se atenta é a dor. 
DOR
Início – insidioso (doenças degenerativas) ou repentino (trauma). Início insidioso é a dor que começa devagar, sente dor todos os dias que começa leve e vai aumentando ao longo do tempo. Início repentino é relacionado ao trauma, a dor começa decorrente de algum evento.
Tipo – aguda (trauma) ou crônica. A dor aguda geralmente é relacionada a trauma, ou seja, decorrente de um evento (ficou no celular o dia todo e a mão começou a doer. A dor crônica é uma dor que o paciente sempre te, (ex: faxineira sente dor nas pernas todo dia).
Sede – localizada (tendinite do bíceps) ou irradiada (coluna cervical). A dor muscular é pontual, o paciente consegue apontar onde está doendo, diferente da dor irradiada em que pensamos em dor neurológica. 
HPMA na ortopedia
Idade
Tipo de lesão: fratura, luxação, entorse, lesão muscular 
Mecanismo de trauma: traumático (sofreu um evento que causou a lesão), atraumático (tem uma lesão sem evento/trauma) ou microtraumático (trauma de repetição. Ex: nadador)
Frequência da lesão: se tem sempre, se já teve antes
Importante saber se recebeu tratamento adequado 
Grande parte dos pacientes tem limitação do movimento. A limitação de movimentos deve ser relacionada com:
Dor – doenças inflamatórias, infecciosas e traumáticas
Bloqueio mecânico (paciente não consegue mexer) – luxações inveteradas, consolidação viciosa
Diminuição de força – doenças neurológicas (ex: AVC) e desuso (ex: paciente que tem dor crônica e vai deixando de usar aquela articulação, o desuso causa lesões)
Luxação é a perda da congruência articular. Inveterada: não recebeu tratamento
Quanto a idade:
Infância 
Doenças congênitas – sprengel
Infecção – osteomielite, pioartrite
Trauma obstétrico – lesão do plexo braquial, fratura de clavícula (parto normal)
Adultos jovens – luxações e fraturas
Idosos – processo degenerativo do envelhecimento (osteoartrose e osteoartrite) e tumores 
Quanto ao sexo:
Masculino – maioria das lesões traumáticas
Feminino – tenossinovites 
Obs: não vai perguntar anamnese e HPMA na prova, é importante entender como colher a história e abordar o paciente.
Inspeção estática 
Sempre examinar o paciente desnudo. Paciente em pé com os membros superiores pendentes, examinar frente, lados e costa. Observar:
Edemas, equimose, deformidades ósseas
Deformidades da coluna cervical e torácica (escolioses e cifoses)
Hipotrofia (desuso, lesões nervosas) ou hipertrofia muscular
Posição dos membros 
Sempre comparar um lado com o outro.
Inspeção dinâmica – pede para o paciente realizar alguns movimentos
Elevação: plano da escápula (45 graus anterior ao plano coronal)
Flexão: paralela ao plano sagital e anterior ao plano coronal
Extensão: paralela ao plano sagital e posterior ao plano coronal 
Abdução: segmento anatômico se afasta da linha média do corpo
Adução: segmento anatômico se aproxima da linha média do corpo
Rotação externa: rodar para fora
Rotação interna: rodar para dentro
 		
Não são todas as articulações que fazem rotação externa/interna (ex: cotovelo e joelho só fazem extensão e flexão). Quem direciona os movimentos dos ossos são os ligamentos e quem dá os movimentos é a musculatura. 
Palpação óssea e muscular 
Palpar a procura de nódulos, deformidade, cicatriz, etc.
Graduação da força muscular (PROVA)
	Grau 0
	Ausência de contração muscular
	Grau 1
	Presença de contração muscular sem movimento
	Grau 2
	Movimentos com eliminação da força da gravidade
	Grau 3
	Movimento vence a força da gravidade
	Grau 4
	Movimento contra a força da gravidade e alguma resistência
	Grau 5
	Normal 
Testes específicos 
Teste de Jobe – avalia o músculo supra-espinhal (músculo que faz a elevação do braço). Paciente com membro superior em elevação de 90 graus, faz rotação interna (polegar para baixo), pede-se para o paciente fazer elevação contra resistência do examinador. É positivo se: paciente refere dor, diminuição de força ou impotência de elevar o braço. 
Teste de Lasegue (teste de elevação do membro inferior) – avalia lesão do nervo ciático. Paciente em decúbito dorsal, eleve a perna segurando-a pelo calcanhar com o joelho estendido, caso o paciente refira dor o teste é positivo. A partir de 35 graus o nervo ciático fica distendido e nesse momento ele causa dor (de 35 a 70 graus o paciente tem dor) e depois de 70 graus ocorre relaxamento do nervo ciático.
Manobra de Spurling (teste de compressão) – avalia a coluna cervical. A compressão pode agravar a dor causada por:
Estreitamento do forame neural
Pressão sob as superfícies articulares das vértebras
Espasmos musculares 
Teste de Adams (teste da inclinação anterior) – mais sensível para detectar escoliose. Observa-se formação de giba com a flexão do tronco devido desvio e rotação vertebral. Pede para o paciente fazer flexão de 90 graus dos membros superiores e depois uma flexão do tronco. Quando a escoliose não está definitiva, a coluna retifica (essa escoliose é reversível – pode fazer RPG, pilates, usar colete). 
 
Teste de Trendeleburg – avalia o músculo glúteo médio. Paciente em pé, com quadril estendido, flexiona o joelho contralateral ao glúteo a ser examinado. É positivo se abaixar a crista ilíaca posterior ipsilateral ao joelho fletido. 
Teste de McMurray – avalia lesões de menisco. Quadril a 90 graus e joelhos em flexão máxima, palpa-se as interlinhas articulares com uma das mãos e a outra segura o pé provocando rotação interna e externa da perna. A presença de dor com ou sem estalido em região medial após rotação externa significa lesão do menisco medial. Quando a rotação interna causa dor lateral significa lesão do menisco lateral. Não precisa saber fazer o teste, só saber que serve para avaliar lesão de menisco.
Rotação externa dor medial lesão do menisco medial
Rotação interna dor lateral lesão do menisco lateral
Teste da gaveta joelho – paciente em decúbito dorsal horizontal com o joelho em 90 graus de flexão, o examinador apoia o pé do paciente (senta em cima do pé do paciente) e traciona a tíbia, faz um movimento de translação (joga para frente) se tiver lesão do ligamento cruzado anterior vai para frente e se tiver lesão do ligamento cruzado posterior vai para trás.

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